OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

DE PATINHO FEIO A CISNE ENCANTADO (PARTE FINAL)

"(...) A reestruturação é algo que faz parte do cotidiano dos grandes seres. Napoleon Hill perguntou a Thomas Edison se sua surdez não lhe trazia dificuldades no seu trabalho de inventor, ao que ele respondeu 'Muito pelo contrário; a surdez me ajudou bastante. Poupou-me de ter que ouvir muitas conversas inúteis entre homens que não sabiam sobre o que estavam falando e ensinou-me a ouvir a voz interior.'

Gandhi transformou a não violência em sua arma mais poderosa. Ao propor para si mesmo e para mais de 100 milhões de seguidores que poderia vencer o maior exército da época sem usar armas, Gandhi fez uma magnífica resignificação. Ele acreditava que, quanto mais feroz fosse a agressão dos soldados ingleses, maior ainda teria de ser a capacidade de não violência do povo indiano. Com a desobediência civil e a resistência pacífica, levou a Índia a libertar-se do jugo britânico.

Ghandi convenceu seu povo de que a visão de mundo ocidental não se adaptava a realidade da Índia. Era necessário reafirmar sua própria realidade. Nas palavras de Gandhi, '...devemos reconhecer que competir com as nações ocidentais, nos termos deles, é um convite ao suicídio. Mas, se compreendermos que, apesar da aparente supremacia da violência, é a força moral que governa o universo, devemos, então, nos dedicar à não violência com uma fé total em suas possibilidades ilimitadas'.

Dependendo do contexto, o rosnado de seu cão pode significar coisas diferentes. Por exemplo, se você escuta o barulho durante o dia enquanto ele está brigando com o cão do vizinho por um pedaço de osso, você resolve facilmente o problema, dando-lhe um osso maior do que o do vizinho. Depois volta sua atenção para suas tarefas rotineiras. Mas se, no meio da madrugada, você está sozinho em casa e escuta o rosnado constante de seu cão, isso pode significar algo completamente diferente.

O mesmo ocorre com todas as nossas experiências. Elas só fazem sentido dentro de determinados contextos ou molduras. Se mudarmos a moldura, muda o significado da vivência."

(Dr. Ômar Souki - A Essência do Otimismo, Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 -  p. 85/87)
www.martinclaret.com.br 


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

CUMPRA O PRÓPRIO DEVER

"(3:35) Cumprir o próprio dever, mesmo sem sucesso, é melhor que cumprir com êxito o dever alheio. Mais vale morrer tentando realizar o que nos compete do que assumir as obrigações dos outros (sejam elas embora mais fáceis e seguras), pois esse caminho está semeado de perigos e incertezas.

O dever supremo de todo homem consiste, é claro, em encontrar o Eu único: Deus. Mas o caminho de uma pessoa para Deus pode ser muito diferente do caminho das outras e de quaisquer caminhos que as outras lhe imponham. Se ela não tiver um guru autêntico para lhe apontar a melhor direção, deverá seguir a voz interior que lhe sussurra: 'É por ali que deves ir a fim de conquistar a verdadeira liberdade.' O repúdio a qualquer envolvimento posterior com maya é o critério sumpremo da virtude. Podemos exclamar, por equívoco: 'Mas sinto mais alegria quando caminho rumo à satisfação dos sentidos!' Se não vivenciamos ainda a alegria divina, podemos com a maior facilidade ser ludibriados pela mera excitação dos prazeres sensuais. Há também quem diga, erroneamente: 'Todavia, quando contemplo esta mulher (ou este homem), sinto um amor profundo. Ora, um sentimento assim deve ser legítimo!' O resultado, na sequência das várias peripécias entre um nascimento e outro, muitas vezes leva esses entusiastas para bem longe de seus primeiros arroubos de paixão! A liberdade interior é, pois, o guia moral mais confortável. Pergunte a si mesmo: 'Encontrarei a liberdade no deleite desta contemplação? Sentir-me-ei livre nos anseios deste amor?'

A pergunta seguinte será, é claro: 'De que me sentirei livre?' Libertação do acicate do desejo não é libertação; é apenas alívio passageiro! A sensação de liberdade deve ser calma e garantir a plenitude interior. Ainda assim, como desabafou certa vez Yogananda, 'As pessoas são tão hábeis em sua ignorância!' Nem sempre convém à gente comum confiar demais em seu próprio tirocínio. A necessidade suprema de todo aquele que busca com sinceridade é a orientação de um guru autêntico.

Como fará para reconhecer seu dever principal quem não conta com essa bênção nem, talvez, anseia tanto por Deus? O único recurso é perguntar a si mesmo: 'Dar-me-á ele maior liberdade interior e a sensação de ter feito o que era certo para mim?'"

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramhansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 176/177


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

EXPECTATIVAS

"Se você não for verdadeiro com a voz interior ou com a fonte divina do seu coração, você não será feliz. Quantas vezes dizemos ou fazemos alguma coisa que não é inteiramente verdadeira, apenas para sermos apreciados ou para nos sentirmos próximos de outra pessoa, e logo em seguida nos arrependemos? Muitos sacrificam seus sonhos individuais e seus desejos para atender às expectativas dos outros.

Eu quase fiz isto. O sonho da minha mãe era que um de seus filhos se tornasse freira ou padre. Decidi atender seu desejo e ser o padre que minha mãe sempre quis. Por quê? Porque eu pensava que com isto minha mãe sentiria orgulho de mim e me amaria ainda mais. entretanto, após um ano em um seminário, desisti, percebendo que não tinha a vocação espiritual necessária para o sacerdócio. Era o desejo da minha mãe, não o meu. Na época, eu não percebia que o amor da minha mãe estava sempre presente e sempre estaria, independentemente do rumo que eu tomasse.

Quando somos crianças, existe um padrão estabelecido: os filhos devem esforçar-se para conquistar o amor dos pais, e os pais moldam os filhos para fazer deles o que esperam que sejam. Para quem foi criado em famílias muito exigentes ou muito fechadas, o esforço para agradar pode ser interminável. À medida que as crianças crescem, os desejos dos pais permanecem em seu subconsciente e tornam-se parte de sua programação. Na idade adulta, sua autoestima pode depender da aceitação dos outros, da mesma maneira como procuravam agradar os pais para conseguir seu amor. O que acontece é que estes adultos nunca chegam realmente a viver para si mesmos. (...)"

(James Van Praagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 51)

sexta-feira, 20 de junho de 2014

A VOZ INTERIOR

"A voz interior desafia a descrição. Contudo, algumas vezes realmente sentimos que recebemos uma inspiração de dentro de nós. O tempo em que eu aprendi a reconhecê-la pode ser chamado de meu tempo de prece e ocorreu por volta, digamos, de 1906. Lembro-me da ocasião. Fora isso nunca senti em momento nenhum da minha vida qualquer experiência nova. Assim como ocorre com os cabelos, meu crescimento espiritual também não foi percebido.

Que eu saiba, ninguém jamais questionou a possibilidade de a voz interior falar a alguns. E mesmo que esse tipo de afirmação pudesse ser atestada em uma única pessoa, isso já representaria um ganho para o mundo.

De fato, muitos podem fazer essa afirmação, mas nem todos serão capazes de substanciá-la. Todavia, ela não pode e não deve ser suprimida apenas para impedir falsos candidatos.

Não haveria nenhum perigo se muitas pessoas verdadeiramente retratassem sua voz interior. Infelizmente, porém, não há remédio contra a hipocrisia. A virtude não deve ser suprimida simplesmente porque muitos vão fingi-la. Em todo o mundo inúmeros homens já afirmaram ser capazes de externar a voz interior, mesmo assim, o planeta ainda não sofreu nenhum mal em decorrência dessas atividades efêmeras.

Antes que alguma pessoa seja capaz de ouvir essa voz ela precisa passar por um treinamento longo e rígido – quando é a voz interior que fala é simplesmente inconfundível. É impossível enganar o mundo inteiro de maneira bem-sucedida durante todo o tempo. Não se estabelece, portanto, nenhum perigo de anarquia se um homem humilde como eu não for suprimido e ousar afirmar a autoridade da voz interior quando ele acredita que a escutou.

O homem é um ser falível. Ele nunca tem certeza de seus passos. Aquilo que ele pode considerar como resposta para suas preces pode ser um eco do seu orgulho. Para ser guiado de maneira infalível o homem precisa possuir um coração perfeitamente inocente e incapaz de cometer maldades. Não posso fazer tal afirmação, pois minha alma é imperfeita e errante, e continua a lutar e a se esforçar para se aprimorar."

(Mahatma Gandhi - O Caminho da Paz - Ed. Gente, São Paulo, 2014 - p.86/87)


sexta-feira, 2 de maio de 2014

SILENCIE PARA OUVIR DEUS

"Quando seu anseio por Deus é sincero e total, sempre que você se interiorizar e pronunciar silenciosamente o nome do Amado Divino, seu coração transbordará de amor e alegria. Isso é o que todos nós queremos. Não há palavras que possam descrever essa alegria, esse amor irresistível. Entendo a facilidade com que os santos passam toda uma vida observando o voto de silêncio, por causa da bem-aventurada conversa interior que há entre Deus e Seus verdadeiros devotos! Os santos preferem não falar muito, para evitar que as explosivas bombas de suas palavras abafem a doce voz interior de Deus."

(Sri Daya Mata - No Silêncio do Coração - Self-Realization Fellowship - p. 70/71)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

VOZ INTERNA





“Multidões de homens e mulheres – sejam vitoriosos, ricos e embriagados de prazer, sejam derrotados, pobres e padecentes – vivem virados para fora de si, buscando algo, precisando de algo. Algo sempre lá de fora.

Nessa procura, vivem surdos para a Voz Interna.

E morrem afirmando que ela não existe.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – p. 183)