OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 31 de maio de 2015

A MENTE, A IGNORÂNCIA E A VERDADE (1ª PARTE)

"Uma maneira convincente de se compreender a consciência humana é o uso de símbolos. A mente pode ser considerada como um cálice ou um vaso, uma palavra derivada do latim vascellum, 'vaso pequeno ou recipiente', que, curiosamente, também significa 'navio'. Aceitemos o convite para visualizar esses dois símbolos: primeiramente o recipiente, depois o navio.

Certamente um vaso é um recipiente, como por exemplo um vaso de jardim onde uma planta pode crescer. Um navio também é um recipiente, mas com um movimento inerente - ele tem a capacidade de viajar de uma praia a outra. Essas duas imagens fornecem janelas bastante vívidas sobre a mente humana, sua condição atual e seu potencial. Viajemos durante algum tempo nas operações da mente - por um lado, como um recipiente para a ignorância, e por outro, como um recipiente para a verdade.

Quando olhamos à nossa volta, notamos que hoje em dia a falta de profundidade prevalece na vida humana. A mente raramente está sossegada; ela gosta de se repetir e frequentemente está num estado de divisão. Nosso senso de separatividade origina-se neste recipiente da mente, e é reforçado diariamente.

O livro A Voz do Silêncio (Ed. Teosófica) faz menção ao estado de consciência descrito como a sala da ignorância, ou avidiâ: é a disposição do indivíduo comum, que está constantemente voltado para fora, em direção ao mundo, que não tem interesse particular no significado mais profundo da vida, que vive para o momento e é puxado daqui para ali por muitas atrações diferentes. Essa sala é descrita com estas palavras: 'Sim, a ignorância é como um vaso fechado e sem vento; a alma é um pássaro mudo no interior. Não trina, não consegue mexer uma pena; mas o cantor, mudo e entorpecido, está pousado, e morre de exaustão.'

Podemos notar aqui a descrição da ignorância como um vaso, mas com a qualificação de que está fechado e sem ar; em outras palavras, as notas da natureza interior não conseguem ser ouvidas. (...)"

(Linda Oliveira - A mente, a ignorância e a verdade - Revista Sophia, Ano 13, nº 54 - p. 39/40)


sábado, 30 de maio de 2015

A TRANQUILIDADE NOS PROTEGE DAS VIBRAÇÕES NEGATIVAS

"Já se provou que o homem perde seis anos de vida por viver em meio a vibrações sonoras elevadas, cercado de excesso de ruído. Quando você está nervoso, fica receptivo a vibrações perturbadoras de todos os tipos, que afetam ainda mais seu sistema nervoso. Quando está calmo, as vibrações irritantes não conseguem perturbá-lo. Elas o atingem quando está nervoso e de mau humor, mas assim que você se acalma e sua mente volta a ficar forte, não conseguem mais chegar a você.

Mude e fortaleça suas próprias vibrações com o pensamento: 'estou em paz' ou 'sou feliz'. Dia após dia faça essa afirmação, e desenvolverá um magnetismo de paz ou de felicidade. Se achar que o ambiente em que vive não é apropriado aos seus objetivos, encontre um que o auxilie. Ao ir para um ambiente adequado, você ajuda no desenvolvimento de seu magnetismo e na sua mudança pessoal para melhor. Conviva com pessoas que são modelos do que gostaria de ser. Se quer magnetismo nos negócios, conviva com empresários. Mantenha as roupas e o corpo limpos e arrumados e, aonde quer que vá, comporte-se com a consciência de que tem domínio sobre si mesmo. Se quer ser um escritor, busque pessoas que possuem vibrações literárias. Se quer ser santo, conviva com pessoa santas."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 135)
http://www.omnisciencia.com.br/o-romance-com-deus/p


sexta-feira, 29 de maio de 2015

A GRAÇA DIVINA E O ESFORÇO HUMANO

"'Na história da religião, há um debate eterno quanto ao que é importante: a graça divina (kripa, como é chamada na Índia) ou o esforço humano. A resposta é muito simples, e os mestres repetidas vezes têm tentado levá-la às pessoas nos seus ensinamentos.

'O homem deve fazer o melhor que puder, é claro. Entretanto, o melhor que fizer haverá de se coroar de êxito na medida em que ele compreenda que não é ele, como ser humano, que está agindo, mas que é Deus que age por intermédio dele, inspirando-o e orientando-o.

'Pensar em Deus como o Agente não faz com que a pessoa seja passiva. Requer uma grande força de vontade ser receptivo a Ele. O fiel deve se oferecer positiva e alegremente para o fluxo da graça divina. 

'O poder que está em você é seu, mas é dado por Deus. Faça uso dele; Deus não o utilizará por você. Quanto mais você harmoniza a sua vontade com relação à Sua infinita vontade, durante a atividade, mais você terá o poder de Deus e a Sua infinita vontade, mais você terá o Seu poder e a Sua bênção, fortalecendo-o e orientando-lhe os passos em tudo o que fizer.'"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 111) 


quinta-feira, 28 de maio de 2015

DOAÇÃO

"Com uma única vela acesa a gente pode acender inúmeras outras, fazendo-as luzir, sem que a sua luz venha a se reduzir. Uma vela, acendendo outra, nada perde, mas como beneficia!

Com a nossa alegria, podemos acender a alegria em muitos corações, e isto não nos custa nada.

Com a nossa energia espiritual, podemos suscitar a energia de um número incontável de pessoas, e isto não nos empobrece.

Com a nossa paz, podemos induzir à paz muitas almas até então aflitas.

Com a nossa coragem, podemos aquecer aqueles que se enregelavam nas masmorras do medo.

Com a nossa fé, podemos comunicar fé aos desalentados nas sombras das dúvidas e do desalento.

Tudo isto não é o bastante para que passemos a, desde agora, cultivar mais luz, alegria, energia, paz, coragem e fé?

Vê como é possível cada um de nós melhorar a sociedade?!

Vivifica-nos, Senhor, com Teu Espírito."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 155)


quarta-feira, 27 de maio de 2015

A UNIVERSIDADE (PARTE FINAL)

"(...) Uma verdadeira Universidade deveria preparar o homem de tal modo que, depois de terminados os estudos, ele tivesse sempre durante toda sua vida uma serena clareza de espírito como se um imortal estivesse desenvolvendo um trabalho temporal; tal é o verdadeira objetivo de qualquer cultura digna deste nome. Diz-se que a missão de uma Universidade é formar homens educados e sábios; pois bem, do ponto de vista teosófico, a Universidade deve produzir homens servidores e imortais. É justamente na Universidade onde os mais altos ideais da vida deveriam projetar-se como beleza e serenidade; e o mais alto ideal que se pode ensinar ali ao homem, nos tempos atuais, deveria ser a alegria de cooperar com todos os homens e com todas as nações, para conseguir o bem-estar da Humanidade. (...)

Todos aqueles que foram beneficiados com o que as nossas Universidades modernas podem ensinar, sabem quanta gratidão se deve ter por esses centros de educação; mas ao mesmo tempo é mister reconhecermos que se esses ensinamentos nos preparam de algum modo mentalmente, não os puseram em condições de compreender o problema da vida que enfrentamos ao deixarmos a Universidade. Tivemos que desaprender, lenta e dolorosamente, muitas lições do passado e aprender numerosas lições, estranhas e difíceis, das quais os nossos professores não nos haviam falado. Se pudéssemos mudar tudo isso radicalmente, se a Universidade pudesse transformar-se  num lugar onde nos indicassem o trabalho próprio para alimentar a nossa alma; se ali nos fizessem ver que, à medida que vamos executando esse trabalho espiritual, mais e mais nos aproximamos da Eternidade, então, estou seguro, a vida universitária se tornaria a parte principal da existência do indivíduo. Mas na situação atual, muitas pessoas que não passaram pelas aulas universitárias são Almas mais nobres e Servidores mais dedicados, do que aqueles que estudaram muitos anos na Universidade. Tudo isso há de mudar, seguramente, quando os princípios fundamentais da Teosofia permearem a educação e nossos professores ensinarem acima de tudo as grandes verdades que revelam ao homem sua natureza Divina e como essa natureza se desenvolve através do serviço à Humanidade."

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 41/43)

terça-feira, 26 de maio de 2015

A UNIVERSIDADE (1ª PARTE)

"Quando chega a época do estudante entrar na Universidade, podemos considerar que os seus veículos - físico, astral e mental - foram, até certo ponto, disciplinados e estão razoavelmente sob controle. Começa, então, um período no qual a alma pode imprimir efetivamente no cérebro sua atitude interna em relação à vida, preparando seus veículos para o trabalho que pretende realizar. Infelizmente, nas Universidades de hoje, a educação destes veículos é insuficiente, porque o ensino é acadêmico demais e quase não tem relação com os problemas da vida, tal como são vistos pela alma. Em termos gerais, podemos dizer que a parte mais útil da vida universitária não é a instrução recebida dos professores, mas a adquirida no contato com os outros estudantes, nos esportes e nas relações interpessoais. (...)

Quando as ideias teosóficas prevalecem nas Universidades, será reconhecido que a educação oferecida deve ter por objetivo levar o estudante a compreender, em primeiro lugar, os problemas de sua própria alma. Ele veio a este mundo para executar um determinado trabalho e os primeiros anos de sua infância e de sua adolescência foram utilizados na construção de seu veículo; está agora livre para analisar seu passado e olhar seu futuro, a fim de compreender exatamente quem é e qual é sua missão. A ajuda que podemos lhe oferecer é apresentar-lhe os aspectos da cultura, que possam evocar nele sua síntese evolucionária. Durante sua educação no Jardim de Infância e no Ensino Fundamental, este foi um de seus objetivos; mas enquanto, então, sua síntese era sentida, sobretudo emocionalmente, na Universidade deveria ser encarada intelectualmente.

A síntese deve ser-lhe apresentada através das experiências de homens de gênio em diferentes ramos de atividade, no passado e no presente, de tal modo que sua visão geral possa fortalecer seu entusiasmo natural pela atividade específica, que, como alma tenha de exercitar no futuro imediato. Se um homem ou uma mulher termina os seus estudos universitários sem ter encontrado dentro de si um profundo entusiasmo por uma carreira qualquer, podemos considerar completamente fracassado a missão que a Universidade deveria cumprir em relação a ele ou ela. O papel da Universidade é mostrar-nos quais são os objetivos dignos de serem perseguidos em nossa vida, e não apenas, como hoje em dia, preparar-nos para o exercício de uma profissão. Este era em verdade o objetivo da Universidade na antiga Atenas, mas em nossos dias a compreensão do que é a vida é tão deficiente que na Universidade, os próprios professores estão confusos a respeito dos grandes problemas da existência, e por tal razão todo seu entusiasmo visa primordialmente os aspectos intelectuais ou acadêmicos.  (...)"

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 38/40)

segunda-feira, 25 de maio de 2015

O ENSINO FUNDAMENTAL (PARTE FINAL)


"(...) Cada criança deve aprender, no começo e no fim de cada dia, a lembrar-se de que é uma alma, através de uma simples oração. Isso pode ser conseguido por meio de uma simples invocação, como, por exemplo, a que empregam para esse fim os filhos dos teósofos, que pertencem ao agrupamento denominado 'Cadeia de Ouro do Amor', a qual diz assim: 

'Eu sou um elo da Cadeia de Ouro do Amor, que circunda o mundo, e devo manter meu elo brilhante e forte'. 
'Assim, procurarei ser bom e amável para com todos os seres vivos que encontrar e ainda proteger e ajudar todos aqueles que são mais fracos do que eu'. 
'Farei todo o possível para ter pensamentos puros e belos; para dizer palavras puras e verdadeiras e executar ações puras e nobres. Oxalá cada elo da Cadeia de Ouro torne-se puro e forte". 

A imaginação da criança poderá com facilidade compreender o simbolismo desta bela oração, que encerra a ideia da grande unidade da Vida, mais ampla do que a da própria criança. Uma obra, que ainda está faltando na área educacional, é a de livros didáticos e contos infantis, que apresentassem às crianças a vida universal da Humanidade, estimulando ao mesmo tempo sua imaginação. Poderíamos transformar as crianças em grandes filósofos, se simplesmente compreendêssemos que a filosofia não é um conjunto de sistema definidos ou de escolas, mas de pensamentos, sentimentos e aspirações comuns ao que de melhor existe na humanidade. 

Outro elemento de importância na educação da criança é o ensinamento que lhe possamos dar, através do cuidado com animais e plantas. Estas classes inferiores da criação deviam estar sempre em íntimo contato com sua vida, a fim de que ela se recordasse constantemente que forma parte de uma grande e única cadeia de vida; a fim de que aprendesse que não somente o servir aos seus semelhantes é coisa nobre, senão que também é necessário e proveitoso servir aqueles seres que no plano da vida ocupam lugares inferiores ao seu. Além disso devemos ter presente que cada flor, cada árvore, cada animal irradia uma influência própria e que podemos utilizar esses auxiliares invisíveis para fomentar o desenvolvimento dos bons sentimentos e pensamentos das crianças." 

(C. Jinarajadasa - Teosófica Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 36/38


domingo, 24 de maio de 2015

O ENSINO FUNDAMENTAL (2ª PARTE)

"(...) A natureza mental da criança deve ser formada estritamente de acordo com os fatos; em nossos dias é sumamente difícil conseguir isso, porque a maioria das palavras que usamos não significam o que deveriam significar. Palavras que têm significado já bem definido e aceito são amiúde empregadas de uma maneira exagerada ou como gíria, o que produz confusão na mente sensível da criança. É preciso, pois, tomarmos o maior cuidado, a fim de que as crianças ouçam apenas palavras verdadeiras, isto é, palavras que tenham uma relação clara e precisa com o que elas indicam. A natureza mental da criança é extremamente ativa e, portanto, difícil de manter-se numa determinada direção; por conseguinte, é preciso dar-lhes e ainda exigir delas descrições claras das coisas. A exatidão mental introduzida na educação permitirá à sua inteligência adormecida manifestar-se de um modo mais completo no decorrer dos anos; a exatidão no pensamento e nas descrições é necessária por uma razão imperiosa: é ela que faz baixar ao cérebro da criança a consciência da alma que, em ocasiões anteriores, já formulou pensamentos exatos com respeito às experiências pelas quais passou em suas vidas precedentes.

Não é necessário dizer que a mente da criança deve ser exercitada por meio de contos. A mente é um dos melhores instrumentos construtivos que possuímos: em verdade, a razão de ser da mente, é construir. Devemos, portanto, proporcionar-lhe materiais adequados às diversas etapas de seu crescimento e, desde a idade mais tenra, mostrar-lhe o que torna belas suas criações. Por esta razão, a utilidade dos contos de fada e especialmente dos mitos é evidente; os mitos têm em sua estrutura algo de beleza intrínseca, e as faculdades imaginativas da mente infantil se desenvolvem muito, quando são postas em contato com os grandes romances dos mundos invisíveis e visíveis.

Um elemento necessário na educação é dar à criança, ainda em sua mais tenra idade, uma síntese definida sobre a qual ela possa basear sua imaginação; para obter este resultado, é fundamental a religião. Não devemos entender por religião uma série de dogmas teológicos; o que a criança precisa no início é algum grande pensamento universal que relacione com um sentimento também universal. Cada religião possui vários destes pensamentos que estão ao alcance da mentalidade até das crianças, e é perfeitamente possível rodear os pequenos seres de uma esplendida atmosfera religiosa. (...)"

(C. Jinarajadasa - Teosófica Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 34/36)

sábado, 23 de maio de 2015

O ENSINO FUNDAMENTAL (1ª PARTE)

"Depois que a criança tiver obtido, no Jardim de Infância, certo domínio sobre os seus veículos, deve desenvolver, na seguinte etapa educacional, as capacidades necessárias para compreender o sentido da Lei. Será pois necessário, que suas emoções sejam então trabalhadas mais a fundo. Pois bem, este ser nasceu com uma natureza emocional que foi desenvolvida durante numerosas vidas: por conseguinte, o mestre não tem que modelar uma natureza emocional totalmente elástica e informe. Ele pode apenas modificá-la, tirando-lhe as rugosidades ou os desvios que possa apresentar e fortalecendo o que nessa alma houver de nobre e elevado. O que é preciso dar à criança, ou melhor, na maioria dos casos tornar a despertar nela, é a capacidade profunda de sentir e, ao mesmo tempo, conservar a serenidade.

Obtém-se isso em grande parte, atuando sobre o corpo físico da criança. Surge aqui o valor da ginástica, especialmente os exercícios de conjunto, que tenham algum sentido de ritmo. Porque quando o ritmo pode ser desenvolvido numa ação física, como por exemplo, na dança ou nos movimentos eurrítmicos, haverá indubitavelmente uma bem definida reação emotiva, que fortalece o corpo emocional invisível da criança e a impele a adquirir a noção da lei e da ordem; e isso, por sua vez, atua de tal maneira sobre sua natureza mental, que a põe em harmonia com a ideia da lei. Este efeito é grandemente aumentado quando tais exercícios rítmicos são executados e simultaneamente por um grande número de crianças; pois, enquanto trabalham todos juntos é como se fossem unidades de um movimento rítmico invisível, que os submete à grande lei da ordem e da beleza na ação.

O sentimento da Lei e da Beleza também se desenvolve muito exercitando a criança na poesia e na música; é claro que esta preparação não é para capacitá-la a escrever versos ou compor obras musicais - a não ser que já tenha realmente aptidão específica para tal - mas ela deve receber a poesia e a música como seu alimento emocional. Desde a mais tenra idade, a criança deveria aprender cantos e versos compatíveis com sua capacidade; porém precisamos ter o cuidado para que sejam realmente apropriados a seu desenvolvimento. Da mesma maneira como a sujeira física poderia infectar seu corpo, igualmente sua natureza emocional e mental poderia ser pervertida por poesias impuras ou músicas de baixo nível. As pequenas músicas de ninar, com sua usual confusão de pensamentos e imagens sem nenhuma relação com a vida real, são, sob este ponto de vista, especialmente prejudiciais. Talvez atualmente nossos poetas nos brindem com grandes composições para substituírem aquelas canções de ninar que, ainda hoje, adormecem as crianças. Se na nossa moderna civilização, pudéssemos eliminar os ruídos dissonantes das ruas, os horríveis cartazes de publicidade e abandonar o uso de frases com significado distorcido, então não teríamos de lamentar o fato das crianças serem turbulentas. A turbulência é uma enfermidade de natureza emocional, mas seus germens não estão tanto na criança, quanto no mundo externo que a rodeia em nossa atual civilização. (...)"

(C. Jinarajadasa - Teosófica Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 32/34)


sexta-feira, 22 de maio de 2015

O JARDIM DE INFÂNCIA (PARTE FINAL)

"(...) Devemos reconhecer, entretanto, que o caráter da criança é influenciado não somente pelos objetos que manipula e pelas formas que vê, mas também pelas numerosas influências invisíveis; as linhas, os ângulos, as curvas da sala; a cor das paredes; a forma dos objetos físicos que o rodeiam no Jardim de Infância, tudo isso, de modo invisível, pode ajudar ou retardar o seu desenvolvimento, porque cada linha, cada cor ou cada som influencia sua natureza mental e emocional; podemos facilitar ou dificultar a evolução desses pequenos seres, através da influência dos objetos que os rodeiam no Jardim de Infância. Os métodos pedagógicos aplicados nessa etapa preconizam o valor das crianças manusearem vários objetos; é preciso, porém, que os pedagogos reconheçam também que tais objetos, de uma maneira contínua, ainda que invisível, estão formando a criança e que esta influência pode moldar sua natureza de um modo positivo ou pervertê-la completamente.

Do ponto de vista teosófico, a influência que o professor exerce sobre a criança tem uma importância muito maior que os educadores atualmente percebem; pois a criança é influenciada não apenas pela pessoa visível do mestre, mas ainda pela parte invisível de sua natureza. Uma palavra forte ou um sorriso amável produzem, como todos nós sabemos, resultados evidentes; mas o efeito produzido pelo seu pensamento é infinitamente maior. O verdadeiro mestre deve dominar métodos pedagógicos não apenas intelectualmente, mas também emocionalmente; isso é essencial, sobretudo no Jardim de Infância, visto que os campos astrais e mentais das crianças são extremamente sensíveis à influência do pensamento e dos sentimentos do professor. Ninguém tem o direito de ser professor, se não tiver um grande amor pelos pequenos e não se interessar pela sua vida. A aplicação deste princípio geral é tanto mais importante no Jardim de Infância, onde as crianças são confiadas aos mestres, por assim dizer, de corpo e alma.

Muitos melhoramentos ainda deverão ser introduzidos nos Jardins de Infância, mas o princípio geral que lhes deve servir de base é o de que, enquanto os três campos da criança ainda forem plásticos, o mestre tem a obrigação de fazer atuar sobre eles, não só as influências visíveis, mas as invisíveis também, a fim de que a elevação da natureza da alma possa atingir o seu cérebro, o mais rapidamente possível."

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 30/32)

quinta-feira, 21 de maio de 2015

O JARDIM DE INFÂNCIA (1ª PARTE)

"A criança não é somente o pequeno corpo físico que vemos; tem também um corpo astral que é o veículo de suas emoções e um corpo mental dotado da faculdade de pensar. Todos estes três veículos - o mental, o astral e o físico, constituem a criança; e todos os três são sensíveis e demandam formação e coordenação. Cada veículo possui uma vitalidade própria que é completamente distinta da vitalidade geral dominante da alma da criança; e cada um destes três corpos tem uma consciência rudimentar que é capaz de sentir antipatias ou simpatias que nem sempre coincidem com as da alma da criança. Essas correntes subconscientes de percepção são muito pronunciadas durante a infância e devem ser mantidas, durante o dito período, em seus limites correspondentes, enquanto a alma usa os veículos que lhes dão origem. 

Às vezes, alguns desses elementos subconscientes pode ser completamente contrário à natureza da criança; o seu corpo físico pode ser muito turbulento ou muito apático, devido à hereditariedade física dos pais. Isso, porém, não quer dizer que a alma tenha, obrigatoriamente, falta de serenidade ou de energia. De igual modo, o corpo mental e astral de cada criança possui energias próprias para começar a vida, energias totalmente independentes da alma da criança que usa esses veículos. Por conseguinte, o objetivo principal da etapa educativa do Jardim de Infância é o de levar a criança a dominar por completo os seus veículos; o cérebro precisa ser desenvolvido por meio de exercícios musculares, a natureza emocional por meio de sentimentos e a mental por meio de pensamentos.

Todos nós sabemos que no Jardim de Infância, treina-se o corpo da criança com método, ordem e ritmo, capacitam-se seus centros cerebrais para apreenderem os conceitos de cor, forma, peso, temperatura, etc. Pois bem, a habilidade mecânica adquirida pelo corpo físico da criança nos exercícios praticados no Jardim de Infância atua sobre sua natureza emocional e mental, sendo esta preparação muito necessária para que a alma possa alcançar mais rapidamente sua síntese. (...)"

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 28/30)

quarta-feira, 20 de maio de 2015

A TEOSOFIA NA ESCOLA E NA UNIVERSIDADE (PARTE FINAL)

"(...) O verdadeiro objetivo da educação, portanto, é duplo. Em primeiro lugar, deve procurar despertar o conhecimento latente na criança; ela deve ser levada rapidamente a redescobrir os princípios de conduta que em vidas anteriores testou e considerou válidos; de maneira que a melhor educação será aquela que permite à alma, atuando através do cérebro da criança, recordar-se, por assim dizer, o mais depressa possível, dos fracassos e êxitos obtidos nas encarnações anteriores. Em segundo lugar, a educação deve fazer o possível para que a criança tenha prontamente uma ideia sintética da vida; porque a verdadeira educação do indivíduo não começa senão quando este vê a vida de um ponto de vista central. Nas atividades gerais da vida, algumas vezes nos perdemos, porque permitimos divisões entre o nosso mundo mental e emocional e o mundo moral; e quando vivemos, por assim dizer, em compartimentos, a resultante de nossas energias será sempre menos forte do que seria se vivêssemos como um todo indivisível. Portanto, a educação deve, desde o início, inculcar na criança o sentido da unidade na vida; e como ela já tinha atingido, anteriormente, algum nível de síntese através das experiências de vidas passadas, o educador deveria tentar levá-la a recuperar rapidamente a lembrança dessa síntese e a ampliá-la para abarcar horizontes ainda mais amplos. 

Este trabalho de capacitar a alma, através de seu corpo de criança, a alcançar sua síntese precedente, deve ser feito em três etapas: o Jardim de Infância, a Escola de Ensino Fundamental e a Universidade. (...)"

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 27/28)

terça-feira, 19 de maio de 2015

A TEOSOFIA NA ESCOLA E NA UNIVERSIDADE (1ª PARTE)

"Atualmente, há numerosas tentativas de reforma no mundo da educação; todos os que têm o dever precípuo de ensinar e ajudar a formar o caráter das crianças, percebem que as teorias e os métodos existentes são insatisfatórios. A tendência dessas diversas reformas fica bastante clara, quando abordamos o problema da educação do ponto de vista da Teosofia. As teorias existentes partem da suposição de que a inteligência da criança só existe a partir do momento de seu nascimento e que, quando começa a frequentar a escola, sua mente é uma tabula rasa; portanto, o objetivo da educação seria, essencialmente, dar à criança conhecimento que ainda não possui e modelar um caráter que até esse momento não está formado. Estas teorias ainda não aceitas como verdadeiras, apesar do fato de todas as pessoas que se dedicam a instruir crianças, assim como os pais que devem criá-los, saberem, por experiência própria, que desde a mais tenra idade estes pequenos seres têm tendências e aptidões próprias e perfeitamente determinadas. 

Do ponto de vista teosófico, deve-se considerar sempre, em primeiro lugar, o fato de que a criança é uma alma imortal e que sua aparência de menino ou menina tem o objetivo de capacitá-la a desenvolver suas potencialidades latentes, através de experiência que vai adquirindo durante a sua vida neste planeta. Em segundo lugar, devemos recordar que o mundo visível não é mais do que uma parte do outro mundo mais vasto, no qual a criança vive e onde é continuamente influenciada, quer para o bem, quer para o mal, não só pelo que vê e ouve, como também pela invisível atmosfera mental e emocional que formam os pensamentos e sentimentos dos demais. Como uma alma imortal, a criança já passou por várias experiências de vida, e sua atual aparência de criança é apenas uma entre muitas outras semelhantes em vidas passadas. Portanto, podemos afirmar que essa alma possui um conhecimento importante acerca da vida e já adquiriu certa experiência para saber o que deve ou não fazer. Contudo, todos estes conhecimentos se encontram, em grande parte, latentes, pelo menos no que se relaciona ao cérebro da criança. (...)"

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 25/27)


segunda-feira, 18 de maio de 2015

LIBERDADE

"Arrancar a planta venenosa logo quando desponta do chão é fácil.

Quando já cresceu um pouco, torna-se mais difícil.

A medida que os ramos já estão grandes e as raízes mergulham fundo na terra, torna-se quase impossível. 

É isto que me vem à mente quando vejo um indivíduo idoso, pigarreando, ofegante, canceroso, tendo de abandonar o cigarro, sem que o possa. Matando-se cada vez que fuma, mas se mantendo no vício, sem poder largar.

Como teria sido diferente se tivesse parado o hábito de fumar, antes que se tornasse um vício!

Nos primeiros cigarros, nas primeiras doses de álcool, nos primeiros ensaios com algum tóxico é que se deve dar um basta. E ainda melhor seria que nunca houvesse um acender de cigarro, um tragar ou cheirar uma droga qualquer.

O homem nasceu para se tornar cada vez mais livre e mais puro, e não para ser um escravo, um poluído.
Fortalece, Senhor, minha vontade e esclarece minha inteligência para que nunca me degrade."
(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 97/98)
www.record.com.br


domingo, 17 de maio de 2015

A SABEDORIA DO SOFRIMENTO (PARTE FINAL)


"(...) Ninguém se torna sábio na escola primária das circunstâncias de fora - mas sim na Universidade da sua substância de dentro. 

Para escutar a sabedoria da substância interna, deve o homem silenciar de vez em quando o ruído das circunstâncias externas e auscultar a voz de dentro.

Deve o homem entrar, a cada dia, por meia hora, no silêncio de dentro e fechar todas as portas aos ruídos de fora.

Não somente aos ruídos físicos da natureza e da sociedade, mas também aos ruídos mentais e emocionais do seu próprio ego.

Para todo o principiante é difícil fechar as portas aos pensamentos e às emoções, mas com paciência e persistência, domina ele a dificuldade e encontra a facilidade.

No fim, pode o homem ficar no silêncio de dentro em plena sociedade dos ruídos externos.

E, na razão direta que cresce o silêncio de dentro, decresce o amargor do sofrimento.

Por fim, pode o homem dizer a si mesmo: eu sou o senhor do meu destino, eu sou o comandante da minha vida.

Ninguém é senhor do seu destino de fora, mas pode e deve ser senhor do seu destino de dentro.

O destino de fora obedece à natureza e à sociedade, e não a nós - mas o destino de dentro obedece ao homem e o faz feliz ou infeliz.

Gozos e sofrimentos são coisas que nos acontecem à-toa - mas a felicidade ou infelicidade são creações nossas.

Eu sou o senhor da minha felicidade ou infelicidade - outros são autores dos meus gozos ou sofrimentos.

Eu tenho gozo, eu tenho sofrimento - mas eu sou a minha felicidade ou infelicidade."

(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 69
www.martinclaret.com.br


sábado, 16 de maio de 2015

A SABEDORIA DO SOFRIMENTO (1ª PARTE)

"A alternativa da vida humana não é sofrer por não sofrer - o grande problema é saber sofrer.

Quem se identifica com o seu corpo é um analfabeto da sabedoria - quem se identifica com sua alma é um sábio.

O nosso ego material é infeliz quando sofre - o nosso Eu espiritual pode sofrer feliz.

Quem sofre para sofrer é um masoquista - quem sofre por um ideal superior é um homem sábio. 

É melhor realizar-se pelo sofrimento do que frustrar-se no gozo.

Se a vida terrestre fosse a vida definitiva, o sofrimento seria um absurdo.

Saber que o sofrimento pode ser o caminho para a felicidade faz sofrer com serenidade e amor.

Quem vê no sofrimento um meio para ultrapassar as futilidades da vida é um iniciado.

Todo o homem que não sabe sofrer é um ignorante - quem sabe sofrer é um sábio.

Quem se revolta contra o sofrimento faz de um mal dois males.

Quem se resigna estoicamente ao sofrimento não se faz melhor nem pior.

Quem vê no sofrimento um meio de purificação redime-se da amargura do sofrimento.

Não adianta aconselhar o sofredor que sofra com paciência - o que resolve o seu problema não são bons conselhos, de que está calçado o caminho do inferno - o que resolve é que o sofredor tenha a visão nítida do seu verdadeiro Eu. (...)"

(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 68/69)


sexta-feira, 15 de maio de 2015

O REINO DOS CÉUS

"Com efeito, eu vos asseguro que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no reino dos céus.

Os escribas e os fariseus esquecem o primeiro mandamento: 'Ama o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente.' São pessoas muito éticas, corretas em seu modo de vida; prendem-se, porém, às formas e observâncias exteriores, o que os leva à intolerância, à estreiteza e ao dogmatismo. A justiça que ultrapassa a dos escribas e dos fariseus é exatamente o oposto disso. É uma ética que encara a observância das formas e dos rituais não como um fim em si mesmo, mas como meios para entrar no reino dos céus.

Deus está além do bem e do mal relativos. Ele é o Bem absoluto. Quando nos unirmos a ele em nossa consciência, vamos além da justiça relativa. Essa verdade é com frequência mal compreendida: não significa que devamos desculpar a imoralidade, pois a ética é o fundamento real da espiritualidade. Ao nos iniciarmos na vida espiritual, é preciso que nos abstenhamos conscientemente de fazer mal aos outros; que nos abstenhamos da mentira, do roubo, do desregramento e da avidez; impõe-se que observemos a pureza física e mental, o contentamento, o autocontrole e a lembrança contínua de Deus. 

Mas o desejo de viver uma vida verdadeiramente ética e de praticar as disciplinas espirituais vem-nos apenas se decidirmos viver o primeiro mandamento - se aprendermos a amar a Deus e a lutar por manifestá-lo. Sem este ideal, a moralidade degenera para o decoro externo dos escribas e dos fariseus. Se, porém, o primeiro mandamento é observado, então o segundo se segue como decorrência natural. Quando amamos Deus, precisamos amar nosso próximo como a nós mesmos - porque nosso próximo é o nosso próprio eu.

Pela prática do autocontrole, pela contenção interior das paixões, desenvolvemo-nos espiritualmente na direção da união com o Deus absoluto. A pessoa que atinge este estágio supremo não precisa fazer distinção consciente entre o certo e o errado, nem praticar o autodomínio. A santidade e a pureza tornam-se sua verdadeira natureza. Ela transcende a justiça relativa e entra no reino dos céus."

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 51/53


quinta-feira, 14 de maio de 2015

ESCOLHAS DIFÍCEIS, DECISÕES DIÁRIAS

"Pergunta: Diante das muitas escolhas difíceis e opções conflitantes que fazem parte da vida diária no mundo atual, como discernir se uma decisão é afetada ou se apenas parece ser correta por causa de nossos desejos pessoais e do apego às nossas próprias inclinações?

Primeiramente, temos de perceber que, para a maioria das pessoas, a maior parte do que fazem é tingida pelos desejos pessoais. Isto é normal; é humano. Na verdade, é o poder motivador dos desejos que possibilita as realizações!

O que os grandes mestres ensinam é que devemos primeiramente nos concentrar em substituir os desejos prejudiciais - que nos mantêm no cativeiro mortal - por ambições saudáveis que desenvolvam nossa natureza mais elevada. Assim, à medida que nos aproximamos do Divino, progredimos firmemente para o verdadeiro estado sem desejos - a união com Deus, na qual todos os desejos são eternamente realizados. Enquanto não atingimos esse venturoso estado, nossa visão e avaliação são influenciadas pelos desejos - quanto a isso, não há dúvida!"

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self.Realization Fellowship - p. 14/15)


quarta-feira, 13 de maio de 2015

O DESEJO QUE SATISFAZ TODOS OS DESEJOS

"Grande é a glória de Deus. Ele é real e pode ser encontrado nesta vida. Há numerosas preces nos corações dos homens - por dinheiro, por fama, por saúde - orações por toda sorte de coisas. Entretanto, a oração que deveria vir primeiro em todos os corações é a oração pela presença de Deus. De modo silencioso e seguro, à medida que caminha pelas veredas da vida, você precisa chegar à compreensão de que Deus é o único objetivo, a única meta que o satisfará, porque em Deus estão as respostas a todos os desejos do coração. 

Quando acha impossível satisfazer algum desejo urgente pelo próprio esforço, você se volta para Deus em oração. Assim, cada prece que faz, representa um desejo. Mas quando você encontra a Deus, todos os desejos desaparecem e não há necessidade de orar. Eu não rezo. Pode parecer estranho dizer isso, mas quando o Objetivo da oração está com você todo o tempo, não há mais nenhuma necessidade de orar. Na realização do desejo ou da oração por Deus está a alegria eterna.

Desejos materiais resultam de certas concepções errôneas sobre o propósito da vida. A Terra não é o nosso lar. As escrituras nos disseram que somos filhos de Deus, feitos à Sua imagem, e que a vontade divina quer que regressemos à Origem. O homem não compreende que, enquanto não retornar à Origem - Deus - terá de lutar penosamente para satisfazer desejos intermináveis. Pense nisso. O homem não pode evitá-los e não são pecado, mas a maioria dos desejos humanos é um obstáculo à realização do anseio supremo de retornar a Deus e, portanto, é prejudicial à felicidade. Até querer Deus e tê-Lo, o homem continuará a desejar tudo que acredite que o fará feliz. Mas para quem tem Deus, a satisfação instantânea de todos os desejos vem automaticamente.

Há dois tipos de desejos: os que nos ajudam a encontrar Deus e os que nos impedem de encontrá-Lo. Por exemplo, se alguém o agride, você quer revidar; no entanto, se vencer esse desejo usando o poder superior do amor, terá aplicado a ação que o ajudará a encontrar Deus. Todos os desejos deveriam ser satisfeitos em estilo divino. Se tentar satisfazê-los à maneira do mundo, só multiplicará suas dificuldades. Se aprender a entregar todos os desejos a Deus, Ele providenciará para que os bons desejos se realizem e os prejudiciais sejam superados. Não há proteção maior do que sua consciência e a qualidade divina de seus bons desejos. Se ao menos você visse a sua alma, reflexo perfeitíssimo de Deus em seu interior, viria todos os seus desejos satisfeitos! Dessa consciência divina, cuja posse supera todo o outro ganho, você não se afastaria, mesmo que o mundo inteiro lhe fosse dado; o louvor não o envaideceria, nem a censura o magoaria. Você só sentiria a grande alegria de Deus em seu interior."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 121/122)


terça-feira, 12 de maio de 2015

AS TRÊS VERDADES FUNDAMENTAIS

"Há três verdades teosóficas fundamentais que transformam a atitude do homem em relação à vida, quando ele começa a vivenciá-las. Estas verdades são:
1. O homem é uma alma imortal que evolui através dos tempos até tornar-se um ideal de perfeição.
2. O desenvolvimento da alma ocorre quando ela aprende a cooperar com o Plano Divino, que é a Evolução.
3. O homem aprende a cooperar com o Plano de Deus, em primeiro lugar, quando começa a ajudar seus semelhantes.
A primeira verdade nos ensina que o homem é uma alma e não um corpo; que o corpo é somente um instrumento usado pela alma e descartado por ela na ocasião da morte, quando já não serve mais a seus propósitos. Esta primeira verdade também nos fala da reencarnação ou processo de repetidos nascimentos na Terra, método por meio do qual a alma cresce através das experiências que acumula vida após vida, aumentando gradativamente sua sabedoria, força e beleza.

A segunda verdade nos diz que o objetivo da vida não é a contemplação, mas a ação, e que cada ação da vida de um homem deveria ser orientada pela compreensão de que ela precisa se enquadrar harmoniosamente no Plano Divino da Evolução. Quanto mais uma alma cooperar com o Plano divino, tanto mais feliz, sábia e gloriosa será.

A terceira verdade nos ensina que cada homem está ligado por laços invisíveis a todos os seus semelhantes; que eles crescem e caem com ele do mesmo modo que seu destino está ligado ao deles; que somente quando ele ajuda o todo do qual é parte, realmente estará ajudando a si mesmo. O amor para com nossos semelhantes e o altruísmo em sua mais alta forma são, portanto, coisas essenciais ao nosso desenvolvimento.

Essas verdades fundamentais são aplicáveis a cada momento de nossas vidas, e o teósofo é aquele que as pratica."

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 08/09)


segunda-feira, 11 de maio de 2015

BHAKTI (PARTE FINAL)

"(...) Mas aqueles que Me devotam todas as ações e a Mim, se entregam inteiramente, Me adorando, meditando sobre Mim em uma yoga sem desfalecimentos; aqueles que fixam em Mim sua consciência inteira - Ó Partha! - rapidamente Eu os livro da morte, a que está encadeado o oceano da existência. Não duvides que deves pairar em Mim, que estou além deste existência mortal. E se não és capaz de manter a consciência firmemente fixada em Mim, então, pelo yoga da perseverança, busca-Me... (Gita).

Eu posso dizer, por experiência própria, que não há dor que não se vá, quando a Divina Presença é por nós convidada a ficar. Não há sofrimento que o amor a Deus não cure.

Não queira no entanto usar bhakti como um analgésico ou um tranquilizante ao alcance da mão. De uma hora para outra, quando dentro de uma crise de angústia, não basta voltar-se para Deus e dizer: 'Pronto, agora estou precisando. Eu te amo, portanto vem salvar-me deste inferno.' Devoção a Deus é coisa séria. É definitiva, ininterrupta e total. Somente sendo assim, serve de remédio infalível contra os padecimentos existenciais. Só assim constitui remédio contra a coisa. Deus não atende a toques de campainha.

Experimente. Desenvolva amor à Onipresença e veja como o milagre ocorrerá. a paz reviverá na alma e no corpo. Os espinheiros continuarão a existir, mas se seus espinhos ainda cortam as carnes, as chagas que abrem logo se fecham e a dor, antes insuportável, perde a intensidade e acaba vencida pelo gozo espiritual dominante.

A alma do bhakta, reino de Deus, é inexpugnável, absolutamente fora do alcance da dor. Desenvolva bhakti, comece agora a amar a Deus acima de todas as coisas, bem como em todas as coisas e pessoas. Ame a Onipresença manifesta em tudo e não somente vença a dor, mas seja um comensal da Suprema Beatitude (ananda).

'Extremamente queridos, por mim, são aqueles que me consideram o Fim Supremo e, dotados de fé e devoção, seguem esta religião-néctar' (Gita)."

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 226/227)

domingo, 10 de maio de 2015

BHAKTI (1ª PARTE)

"É o caminho do amor devoto a Deus. É a solução mais adequada aos que nasceram dotados de grande sensibilidade (místicos, poetas, artistas), cuja afetividade lhes domina a vida. 

Quem, atendendo a Cristo, busca 'primeiro o reino de Deus', pelos caminhos do amor, infalivelmente alcançará os 'acréscimos', e entre estes a superação de todos os conflitos e ansiedades. 'Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou... Não se turbe vosso coração, nem se atemorize' (jo 14:27).

Efetivamente, é impossível ver-se lágrimas de desespero nos olhos dos que vivem inebriados de amor, se lembrando de Deus. O devoto, vendo-O em tudo, e em tudo O adorando, está isento, longe do desespero. Não há melhor recurso psicoterápico do que amar a Deus acima de tudo e em tudo.

Os homens gastam-se, perdem-se e se destroem na busca dos efêmeros 'acréscimos', esquecidos do essencial. Basta mudar de orientação, e amar a Deus com todas as forças da alma, dedicando-Lhe pensamentos, sentimentos e ações; basta inverter, mediante um discernimento superior (viveka), o processo de busca, passando a buscar antes o Reino de Deus, e todo sofrimento cessará. E a cruz pesada começará a perder peso. E acabará se transformando em bem-aventurança. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 225/226)


sábado, 9 de maio de 2015

FOGE DA TUA 'FELICIDADE' - E SERÁS FELIZ! (PARTE FINAL)

"(...) Milhares de pessoas só encontraram a sua felicidade no dia em que, esquecidas das suas próprias misérias, se condoeram das misérias alheias.

Legiões de infelizes descobriram a felicidade no momento em que, deixando de gravitar em torno do seu pequeno ego, foram levar a algum doente uma palavra de consolo, um auxílio material, um bouquet de flores, para lhe amenizar a solidão e monotonia.

O ignorante procura a felicidade em querer receber - e não a encontra, porque isto é egoísmo; o sapiente, porém, encontra no dar a felicidade que não buscava; porquanto 'há mais felicidade em dar do que em receber'.

Quem só quer receber confessa que é pobre, indigente, miserável - mas quem quer dar, sempre dar, dar o que tem e dar o que é - esse prova que é rico, fonte de inesgotável riqueza.

No plano das quantidades, é verdade, quem dá empobrece, e quem recebe enriquece; mas, no plano da qualidade, quem quer receber empobrece, e quem dá enriquece.

O mestre que dá as suas ideias a seus discípulos não perde essas ideias; pelo contrário, quanto mais as dá mais firmemente as possui e mais aumenta o seu cabedal de ideias, dando-as aos outros.

O homem que dá o seu amor a seus semelhantes não perde esse amor, mas tanto mais firmemente o possui quanto mais profusamente o distribui a seus semelhantes. Quem se recusa a dar seu amor aos outros perde-o - se é que o possuía! - porque, nesse mundo superior, dar é possuir tanto mais quanto mais se dá, ao passo que não querer dar é perder aquilo que se possui, ou julgava possuir." 

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 7ª edição - p. 32/33

sexta-feira, 8 de maio de 2015

FOGE DA TUA 'FELICIDADE' - E SERÁS FELIZ! (1ª PARTE)

"Ninguém pode ser íntima e solidamente feliz se não sacrificar a sua 'felicidade' pela felicidade dos outros. Ninguém pode ser realmente feliz enquanto não se perder em algo maior do que ele mesmo. 

Quem gira 24 horas por dia, 365 dias por ano, ao redor de si mesmo, do seu pequenino ego humano, dos seus pequenos prazeres e das suas mágoas pessoais, será necessariamente infeliz. Para ser profundamente feliz é indispensável abandonar de vez a trajetória do seu ego e lançar-se à vastidão do Infinito, permitindo ser invadido por Deus. E, como passo preliminar para essa mística divina, entusiasmar-se por alguma obra de ética humana, trocar o seu pequeno eu pessoal pelo grande nós universal.

Existe uma lei eterna que proíbe o homem de girar ao redor de si mesmo, sob pena de atrofia psíquica e espiritual, sob pena de ficar internamente doente e infeliz. A Constituição Cósmica exige que todo homem, para ser feliz, gire em torno da felicidade dos outros, ou, na frase lapidar do mais feliz dos homens que a história conhece, que 'ame a Deus sobre todas as coisas e seu próximo como a si mesmo', que 'perca a sua vida - para ganhá-la'.

Julgam os ignorantes e inexperientes que este preceito evangélico, reflexo da sabedoria dos séculos, represente algum idealismo aéreo e impraticável; mas os experientes sabem que ele é sumamente realista, porque encerra o elixir da verdadeira felicidade. Quem nunca aplicou essa receita não sabe de sua eficiência; mas todos os que a aplicaram sabem que ela é 100% eficiente. Nunca ninguém se arrependeu de ter sido altruísta, porém milhares e milhões se têm arrependido de terem sido egoístas. Se um egoísta pudesse ser realmente feliz, estaria ab-rogada a Constituição do Universo, teria o caos suplantado o cosmos. Ninguém pode ser feliz contra o Universo, mas tão somente com o Universo - a lei básica do Universo, porém, é amor. (...)"

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 7ª edição - p. 31/32


quinta-feira, 7 de maio de 2015

A RAIVA

"Um desejo insatisfeito geralmente resulta em raiva. Primeiro, descubra se seu desejo era bom ou mau. Se era mau, sinta-se grato por não ter feito uma coisa errada. Fique calmo; fique firme.

Quando a raiva surge, esquecemo-nos de nossa posição; e, quando nos esquecemos de nossa posição, fazemos coisas erradas, transformando-nos assim em instrumentos da ignorância. Se algo não vai bem, corrija o erro. Examine os fatos com inteligência e serenidade. A lei divina lhe propiciará lucidez.

Se quiser subjugar uma pessoa, faça com que ela quebre sua espada. Vença o mal com o amor; isso é força divina, bem mais poderosa que a raiva. A pessoa encolerizada deve tirar de você um oceano de amor e serenidade, que extinguirá as chamas de sua raiva. Aprenda a dar amor, calma e compreensão a quem esteja encolerizado.

Quando você sente raiva, é como se estivesse num forno baixo. Todos os seus nervos, células e carne ficam assando no calor da raiva, que costuma provocar às vezes até a morte. A raiva, levada a extremos, não é segura para o corpo, a mente ou a alma. Muitas doenças são provocadas por ela, que também distorce as linhas do rosto e acarreta o envelhecimento precoce. Não profane assim seu rosto e sua mente, feitos à imagem e semelhança de Deus. 

Jesus revelou toda a sua grandeza ao dizer: 'Pai, perdoai-os, eles não sabem o que fazem'. Dessa maneira, mostrou ser Deus. Se, enraivecido, houvesse usado seus poderes para destruir os outros, a humanidade O adoraria hoje? Não! Jesus patenteou suas qualidades divinas e está para sempre entronizado em todos os corações. Ele é o luminar que seguimos através da eternidade: uma luz que nos aquece e nos fortifica."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como Ter Coragem, Serenidade e Confiança - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 77/78)


quarta-feira, 6 de maio de 2015

O PASSADO ESTÁ MORTO

"Conversando com muitas pessoas, descobri que, embora tivessem mudado seus corpos para outra cidade ou estado, jamais haviam mudado suas mentes, o que faz uma vasta diferença. Não eram capazes de compreender que não podiam fugir de suas próprias mentes. Haviam tido uma perda de amor, uma morte ocorrera, algum escândalo as envolvera. Viver no passado é fatal, pois ofusca as esperanças e aspirações e rouba as pessoas da vitalidade e paz de espírito. 

Não são poucas as pessoas que não percebem que estão preservando os choques e recordações traumáticas na mente subconsciente. Verifiquei que muitas retornam e revivem essas recordações todas as noites, tendo pesadelos e sonhos desagradáveis. Há esqueletos terríveis ocultos na mente que muitos vão procurar todas as noites. Tais pessoas devem aprender a se afastar do passado sem o menor senso de apego. Devem aprender a mudar seus pensamentos e mantê-los mudados.

O que você pensa a respeito de si mesmo? O que pensa a respeito do mundo, das notícias? Será que as condições predominantes no mundo o deixam furioso? Se assim é, instalou em sua mente um terrível soberano. Não faz a menor diferença que todos os homens que escrevem em jornais e apresentam os noticiários pelos diversos meios de comunicação estejam errados e você seja a única pessoa certa. Se o que eles dizem o deixa irritado e transtornado, você instalou um péssimo governante em sua casa.

Você está sempre vivendo em seu estado mental. Não está vivendo onde seu corpo se encontra. Na verdade, está vivendo no estado de consciência, que é a soma total de seus pensamentos, sentimentos e convicções. (...)"

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 14ª edição - p. 204


terça-feira, 5 de maio de 2015

DA CRÍTICA E DA INCOMPREENSÃO

"Não desperdiçarei o meu tempo falando das faltas dos outros. Se me sentir inclinado a me deleitar em criticar os outros, erguerei a voz primeiro contra mim mesmo, na presença dos demais. 

A ninguém criticarei, a não ser que me peçam e, mesmo assim, só com o desejo de ajudar.

Tentarei agradar a todos com ações gentis e atenciosas, esforçando-me sempre por remover qualquer desentendimento que, consciente ou inconscientemente, eu tenha provocado. 

Manterei sempre erguida e luminosa uma tocha de constante amabilidade para guiar os corações daqueles que me interpretam mal.

Enxugo minhas lágrimas de tristeza, ao descobrir que, para Ti, não importa se represento um papel grande ou pequeno, contanto que o represente bem.

Buscarei a Deus primeiro; em seguida, todos os meus desejos serão satisfeitos. Viver em um palácio ou em uma cabana não fará diferença.

Usarei meu dinheiro honestamente adquirido para viver com simplicidade, abandonando o luxo.

Tomo a decisão de que ninguém me poderá provocar, insultando-me com palavras ou ações; e que ninguém me poderá induzir, por meio de louvores, a pensar que eu seja mais do que sou.

Não darei qualquer importância à crítica cruel e falsa, nem às guirlandas do louvor. Meu único desejo é fazer a Tua vontade, para agradar a Ti, meu Pai Celestial.

Falarei a verdade, mas, em todas as circunstâncias, evitarei falar verdades desagradáveis ou prejudiciais. Não farei críticas que não sejam motivadas pela benevolência.

Onde quer que estejam as trevas do desentendimento, ali espalharei a luz solar de minha boa-vontade."

(Paramahansa Yogananda - Meditações Metafísicas - Self-Realization Fellowship - p. 124/126)


segunda-feira, 4 de maio de 2015

AUTOENTREGA

"O homem é inerentemente divino. Deve, assim, em pensamentos, palavras e atos, demonstrar os divinos atributos do amor, tolerância, compaixão e humanidade. Deus é Verdade. O homem deve viver em Amor, evitando o rancor.

Há muitos que barganham com Deus e lhe ofertam dinheiro ou artigos em troca de Sua Graça. Deus não pode ser abrandado por presentes de um coco ou um saquinho de moedas. A Gita ensina que Deus se agrada com a oferta de uma folha, uma flor ou fruto ou uma gota d'água. A folha é seu corpo, que, igual a uma folha, brota, faz-se verde, depois murcha e finalmente cai. A flor é o coração liberto das pragas internas tais como a luxúria etc. O fruto é a mente, a consequência de seus esforços, os quais têm de ser dedicados a Deus. A água é a corrente de lágrimas que flui dos olhos quando se está em felicidade estática na contemplação da Glória Divina. 

A oferenda desses quatro é o genuíno ato de autoentrega (saranagathi). O amor a todos os seres, é o bastante. Ame sem qualquer desejo de retorno. Por tais meios você realizará (se dará conta da) a Unidade, e descartará o ego que A inviabiliza."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 228/229)