OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 2 de julho de 2019

COMO ENFRENTAR OS DESAFIOS KÁRMICOS

"As pessoas raramente investigam as causas ocultas daquilo que acontece em suas vidas. Não conseguem entender por que sofrem. O sofrimento estende uma grossa cortina sobre suas mentes, ocultando a origem dos males.

Só por intermédio de uma comunhão íntima e profunda com estados superiores de consciência torna-se claro que todas as deficiências, mentais ou físicas, são consequências necessárias do mau comportamento da pessoa no passado. O sábio tem lucidez interior para determinar a causa exata de cada vicissitude. Pode, pois, prescrever ações que removerão essa causa, de influência deletéria na vida da pessoa.

Quem nasceu com desvantagem em alguma área deve resistir à tentação da autopiedade. Lamentar-se é diluir a força interior de superação. Melhor seria que dissesse: 'Obstáculos não existem. Existem oportunidades.'

Não acuse ninguém, muito menos a si próprio. Queixa e acusação não apagam o que está feito, ao contrário, só reforçam sua dependência de circunstâncias cujo controle você de fato perdeu.

Busque Deus no silêncio interior. Reconcilie-se com a realidade e com o que precisa ser feito. Você pode remodelar seu karma desde que, doravante, passe a viver pela consciência da alma. Repudie os ditames do ego: eles são o fruto perene da ilusão.

Quanto mais perto você chegar de Deus, mais seguramente O conhecerá como o próprio Amor Divino: Aquele que está mais próximo, Aquele que é mais Caro."

(Paramhansa Yogananda - Karma e Reencarnação - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 34/35)

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

CORAGEM: UMA QUALIDADE INATA DA ALMA

"Aquele que busca com sinceridade, na prática, ao contrário daquele que 'busca' na poltrona e desperdiça a vida ruminando teorias intelectuais, entusiasma-se ao pensar na dura tarefa que tem pela frente. O guerreiro autêntico, mesmo que sinta medo, atira-se corajosamente à batalha quando a força do braço se torna necessária. O alpinista de verdade, embora apreensivo diante da encosta íngreme que deverá escalar, prepara-se resolutamente para conquistá-la. E o homem sincero na busca da verdade diz a si mesmo: 'Sei que alcançar a perfeição é uma tarefa árdua, mas farei de tudo para alcançá-la. (...)' Meditando incansavelmente dia após dia, ele finalmente toma consciência do corpo e recupera a percepção da divina bênção interior, que há muito perdera.

Ânimo, devoto! Não importa quão árido, duro e ressequido tenha se tornado o solo de seu coração durante os anos de fome da indulgência sensual, do fracasso e do desapontamento, ele pode ser regado e fertilizado novamente pelas águas vivificantes da comunhão interior. Seu entusiasmo espiritual, há muito arrefecido, pode ganhar vida nova. Basta que você beba de novo o vinho antigo da comunhão com Deus. No campo do empreendimento espiritual fervoroso, lance novamente à terra macia das percepções renovadas da alma as sementes do sucesso espiritual e veja-as transformar-se numa seara de alegrias divinas. 

Em vez de se sentir vencido e desencorajado diante daquilo que supõe ser uma tribulação, agradeça a Deus a oportunidade de descobrir o que precisa aprender, e de juntar forças e sabedoria para enfrentar o desafio."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como Ter Coragem, Serenidade e Confiança - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 17/18


sábado, 21 de outubro de 2017

SOBRE O MEDO (PARTE FINAL)

"(...) Ora, de que temos medo? Temos medo de um fato ou de uma ideia relativa ao fato? Temos medo da coisa, tal qual, ou temos medo daquilo que pensamos que ela é? Consideremos, por exemplo, a morte. Temos medo do fato da morte ou da ideia da morte? O fato é uma coisa e a ideia outra. Tenho medo da palavra 'morte', ou do fato em si? Porque tenho medo da palavra, da ideia, nunca chego a compreender o fato, nunca considero o fato, nunca estou em relação direta com o fato. Só quando estou em completa comunhão com o fato, não há temor. Se não estou em comunhão com o fato, há temor. E não estou em comunhão com o fato enquanto tenho uma ideia, uma opinião, uma teoria, relativamente ao fato. É necessário, portanto, que eu me esclareça bem se estou com medo da palavra, da ideia, ou do fato. Se me vejo frente a frente com o fato, nada há que compreender, nele; estou em presença do fato, e sei como proceder. Se tenho medo da palavra, devo então compreender a palavra, examinar todo o processo do qual decorre a significação da palavra, do termo. 

Por exemplo: uma pessoa teme a solidão, a dor, o sofrimento da solidão. Ora, esse medo existe porque a pessoa, em verdade, nunca encarou a solidão, nunca esteve em comunhão direta com ela. No momento em que alguém está completamente aberto para o fato da solidão, compreende o que ela é; mas se só se tem uma ideia, uma opinião a respeito do fato, baseado em conhecimento prévio, essa ideia, essa opinião, esse conhecimento prévio relativo ao fato, cria o temor. O temor, evidentemente, é produto do dar nome, do designar, do projetar um símbolo para representar o fato; isto é, o temor não é independente da palavra, do termo. 

Tenho uma reação, digamos, ligada à solidão, isto é, digo que tenho medo de ser nada. Temo o fato em si, ou esse temor é despertado por um conhecimento prévio do fato, sendo esse conhecimento a palavra, o símbolo, a imagem? Como pode haver temor em relação a um fato? Quando estou frente a frente a um fato, em comunhão direta com ele, posso olhá-lo, observá-lo, por conseguinte, não há medo deste fato. O que causa medo é minha apreensão relativamente ao fato, o que o fato possa ser ou fazer. 

Minha opinião, minha ideia, minha experiência, meu conhecimento relativo ao fato é que cria o temor. Enquanto houver verbalização do fato, que significa dar um nome ao fato e por conseguinte identificar-se com ele ou condená-lo; enquanto o pensamento estiver julgando o fato, na qualidade de observador, haverá temor. O pensamento é produto do passado, só pode existir por efeito da verbalização, dos símbolos, das imagens. Enquanto o pensamento estiver considerando ou traduzindo o fato, tem de haver temor. 

Assim, é a mente que cria o temor, sendo a mente o processo do pensar. Pensar é verbalização. Não se pode pensar sem palavras, sem símbolos, imagens. Estas imagens, que são nossos preconceitos, que é o conhecimento antecipado, as apreensões da mente, projetam-se sobre o fato, gerando o temor. Só há um estado livre de temor, quando a mente é capaz de observar o fato sem o traduzir, sem lhe dar nome, sem lhe pôr um rótulo. Isto é deveras difícil, porque os sentimentos, as reações, as ansiedades que temos, são logo identificados pela mente e ligados a uma palavra. O sentimento de ciúme é identificado por esta palavra. É possível não identificar um sentimento, olhar um sentimento sem lhe dar nome algum? E a atribuição de um nome ao sentimento, que lhe dá continuidade, que lhe dá força. No momento em que dais um nome à coisa que chamais temor, dais-lhe força. Mas se puderdes encarar o sentimento sem lhe aplicar um termo, vê-lo-eis dissipar-se. Por conseguinte, se desejamos ficar completamente livres do medo, é essencial compreendermos integralmente este processo de projetar símbolos, imagens e dar nomes aos fatos. Só pode haver libertação do temor, quando há autoconhecimento. O autoconhecimento é o começo da sabedoria, a qual é o fim do temor."

(J. Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade - Ed. Cultrix, São Paulo - p. 157/159
http://www.pensamento-cultrix.com.br/


domingo, 1 de outubro de 2017

RELAÇÕES E ISOLAMENTO (1ª PARTE)

"A vida é experiência, experiência em relação. Não se pode viver no isolamento; a vida, portanto, é relação, e relação é ação. E como adquirir a capacidade de compreender as relações, que é a vida? Não significam as relações, não só comunhão com pessoas, mas também intimidade com coisas e idéias? A vida são relações, que se expressam no contato com coisas, pessoas, ideias. Compreendendo as relações, teremos capacidade para enfrentar a vida de maneira completa, adequada. Nosso problema, portanto, não é ter capacidade — pois esta não é independente das relações — porém, antes, compreender as relações, o que naturalmente produzirá a capacidade de pronta flexibilidade, pronto ajustamento, pronta reação. 

As relações, sem dúvida, são um espelho em que nos descobrimos. Sem relações não existimos. Ser é estar em relação, estar em relação é existir. Só existis em relação, de outro modo não existis, a existência nada significa. Não é porque pensais, que existis, que vos tornais existentes.¹ Existis porque estais em relação, e é a falta de compreensão das relações que causa conflito. 

Ora, não há compreensão das relações porque nos servimos delas apenas como meio de promover alguma realização, promover transformação, promover o 'vir a ser'. Mas as relações são um meio de autodescobrimento, porque estar em relação é ser, é existência. Sem relações, não existo. Para compreender a mim mesmo, preciso compreender as relações. As relações são um espelho, em que posso ver-me, a mim mesmo. Esse espelho pode deformar ou refletir fielmente o que é. Mas a maioria de nós vê nas relações as coisas que prefere ver; não vê o que é. Preferimos idealizar, fugir, preferimos viver no futuro, a compreender aquelas relações no presente imediato. 

Ora, se examinarmos nossa vida, as relações existentes entre nós, veremos que elas constituem um processo de isolamento. Não estamos verdadeiramente interessados uns nos outros; embora falemos muito a esse respeito, não estamos de fato interessados. Só estamos em relação com alguém enquanto essas relações nos agradam, enquanto nos proporcionam um refúgio, enquanto nos satisfazem. No momento em que ocorre qualquer perturbação, causadora de desconforto para nós, abandonamos essas relações. Em outras palavras, só há relações enquanto estamos satisfeitos. Isso pode parecer uma maneira rude de falar, mas se examinardes realmente vossa vida, com muita atenção, vereis que é um fato. Evitar um fato é viver na ignorância, que nunca pode produzir relações corretas. Se examinarmos nossas vidas e observarmos nossas relações, veremos que elas são um processo de criação de mútua resistência, de uma muralha por sobre a qual nos olhamos e observamos, uns aos outros. Conservamos sempre a muralha e permanecemos atrás dela, quer seja da muralha psicológica, quer seja da material, da muralha econômica, da muralha nacional. Enquanto vivermos no isolamento, atrás da muralha, não há relações entre nós. Vivemos fechados, porque achamos muito mais agradável, muito mais seguro. O mundo está tão fracionado, há tanto sofrimento, tanta dor, guerra, destruição, miséria, que desejamos fugir e viver dentro das muralhas protetoras de nosso ser psicológico. As relações, pois, no caso de quase todos nós, são, de fato, um processo de isolamento, e é bem óbvio que tais relações criam uma sociedade, também causadora de isolamento. E isso, exatamente, o que está acontecendo no mundo inteiro: vós permaneceis no vosso isolamento, e estendeis a mão por cima da muralha, chamando a isso nacionalismo, fraternidade, ou o que quiserdes, mas o fato é que continuam a existir os governos soberanos, com seus exércitos. Enquanto apegados às vossas limitações, pensais poder criar a unidade mundial, a paz mundial — coisa de todo impossível. Enquanto tiverdes uma fronteira nacional, econômica, religiosa, ou social, é bem claro que não pode haver paz no mundo. (...)"

¹ Foi o que disse Descartes: Penso, logo existo. (cogito ergo sum) (N. do T.)

(J. Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade - Ed. Cultrix, São Paulo - p. 89/91)
http://www.pensamento-cultrix.com.br/


sexta-feira, 16 de junho de 2017

O MEDO CESSA PELO CONTATO COM DEUS

"O medo persegue-o constantemente. E só se extingue pelo contato com Deus, nada mais. Por que esperar? Por meio da Ioga, você pode ter a comunhão com Ele. A Índia tem algo a dar, algo que nenhuma outra nação jamais ofereceu. Devo tudo a meu guru, Swami Sri Yukteswar; ele foi um mestre em todos os sentidos. Seguindo sua sabedoria, pude ter êxito em minha missão no Ocidente. Ele disse: 'Tudo o que fizer, procure fazê-lo como ninguém antes o fez'. Se você se lembrar desse pensamento, terá êxito. A maioria das pessoas imita outras. Você deve ser original, e o que quer que faça, faça-o bem. A natureza inteira comunga conscientemente com você quando está em sintonia com Deus.

Frequentemente pensamos em nós mesmos primeiro, mas deveríamos sempre incluir os outros em nossa felicidade. Assim agindo, com toda a bondade de nossos corações, difundimos um espírito de consideração recíproca. Se, em uma comunidade de mil pessoas, todos procedessem assim, cada um teria 999 amigos. Mas se nessa comunidade, cada um agisse como inimigo do outro, teria 999 inimigos.

Conquistar os corações alheios pelo poder do amor é a maior vitória que se pode alcançar na vida. Procure sempre considerar primeiro os outros e descobrirá o mundo inteiro a seus pés. Foi essa a grandeza de Jesus. Ele viveu e morreu por todos. Homens de grande poder material que vivem exclusivamente para si mesmos são logo esquecidos, mas os que vivem totalmente para os outros são lembrados para sempre. O Rei dos Reis não teve um trono de ouro, durante sua breve passagem pela terra; mas ele tem reinado por vinte séculos, em um trono de amor, nos corações de milhões de pessoas. É o melhor trono que se pode ter."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 95/96)


domingo, 25 de setembro de 2016

ESFORÇO (2ª PARTE)

"(...) Esforço não significa luta para transformar o que é no que não é, ou no que deveria ser ou deveria 'vir a ser'? Porque não queremos enfrentar o que é, vivemos em luta constante, tentando fugir ou transformar, modificar o que é. O homem que tem em si o verdadeiro contentamento é aquele que compreende o que é, dando ao que é sua exata significação. Este é o verdadeiro contentamento. Nele, não há preocupação de ter poucas posses ou muitas posses, mas só interesse pela compreensão do total significado do que é. E esse contentamento só pode vir quando reconhecemos o que é, quando o percebemos lucidamente, e não quando estamos tentando modificá-lo ou transformá-lo. 

Vemos, pois, que o esforço é uma luta para transformar o que é, noutra coisa que desejais que ele seja. Estou me referindo apenas a luta psicológica, e não a luta com um problema físico, como um problema de engenharia ou qualquer problema atinente a algum descobrimento ou transformação de ordem puramente técnica. Estou falando, apenas, daquela luta que é psicológica e que sempre se sobrepõe ao que é técnico. Podemos edificar com todo o esmero uma sociedade maravilhosa, com o emprego do saber imenso que a ciência nos deu. Mas enquanto não for compreendido o esforço e a luta e a batalha psicológica, e não forem superadas todas as sobrecargas e correntes psicológicas, a estrutura da sociedade, por mais soberbamente edificada, está condenada a desabar, como tem acontecido tantas e tantas vezes. 

O esforço é uma distração do que é. No momento em que aceito o que é, não há mais luta. Toda forma de luta ou de esforço é um indício de distração, e a distração, que é esforço, existe necessariamente, enquanto, psicológicamente, desejo transformar o que é em alguma coisa que não é. 

Temos primeiro de ser livres, para vermos que a alegria e a felicidade não resultam de esforço. Há criação pelo esforço, ou só há criação com a cessação do esforço? Quando é que escreveis, pintais ou cantais? Quando é que criais? Sem dúvida, quando não há esforço, quando estais completamente abertos, quando em todos os níveis há comunhão completa entre vós, completa integração. Há então alegria, e começais a cantar, ou a escrever um poema, ou a modelar alguma coisa. O momento criador não nasce da luta.

Talvez, se compreendermos o problema da criação, estejamos aptos a entender o que significa esforço. Criação é produto de esforço, e temos consciência dos momentos em que somos criadores? Ou a criação é um estado de completo autoesquecimento, aquele estado em que não há agitação, em que estamos por completo inconscientes do movimento do pensamento, quando só há Ser, completo, pleno, rico? Esse estado resulta de labor, luta, conflito, esforço? Não sei se já tendes notado que quando executais uma coisa com facilidade, com destreza, não há esforço e sim uma ausência completa de luta; mas, visto que nossas vidas são, pela maior parte, uma série de batalhas, conflitos e lutas, não podemos imaginar uma vida, um 'estado de ser' em que haja cessado completamente a luta. (...)"

(Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade - Ed. Cultrix, São Paulo - p. 59/60)


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

REVERÊNCIA (1ª PARTE)

"A reverência é um aspecto da emoção do amor, consequentemente, não possui qualquer elemento de medo. Ela surge de um sentimento ou conceito no coração daquele que reverencia quanto à grandeza ou preciosidade de seu objeto. Assemelha o respeito, e, embora possa ser expressa na observância de certas formas que são apropriadas - não artificiais e meramente convencionais -, ela não impede a proximidade em espírito nem a plena comunicação entre o grande e pequeno, comunhão que resulta da realização da pessoa menor com a vida maior. Pelo contrário, ela eleva a pessoa pequena à atmosfera de grandeza, transmutando-a com sua magia.

Ser inspirado com reverência não é ser temeroso. Majestade e poder pertencem a todo ser espiritual. O medo é o alimentador da aversão; se não se quer antipatizar com ninguém, que não se tema ninguém. Sem dúvida, é mais eficaz dissipar o medo pelo reconhecimento da unidade da vida do que pelo modo, muitas vezes seguido, de opor ao medo uma normal intensificação da autoafirmação pessoal, que é uma forma de orgulho, ou encobrindo-o com uma simulação de coragem. 

A palavra mãno, em páli, que muitas vezes é traduzido como orgulho, é mais do que orgulho na forma rude comum com a qual a palavra é geralmente associada. Ele inclui todo tipo de processo mental e distintivo, por meio do qual uma película é lançada sobre a condição sensível ou negativa [não afirmativa, (N.E.)] do homem verdadeiramente espiritual, cuja autorrealização só pode ser descrita negativamente [não afirmativamente, (N.E.)] à incompreensão da mente ordinariamente obtusa, que está ocupada unicamente com variações de superficialidade. Pôr a si próprio em evidência, expressando qualquer forma agressiva, por mais sutil e refinada que seja, há de se tornar impossível antes dessa realização poder ser alcançada. (...)"

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 71)


sábado, 7 de novembro de 2015

UM REINO DIVINO ESTÁ EM JOGO

"Os santos dão ênfase à renúncia para que um forte apego material não nos venha a impedir de obter o reino de Deus. Renúncia não significa desistir de tudo; significa abandonar pequenos prazeres pela eterna bem-aventurança. Deus fala conosco quando trabalhamos para Ele, e deveríamos falar-Lhe continuamente. Digam-Lhe tudo aquilo que lhes vier à mente. Digam a Ele: 'Senhor, revela-Te, revela-Te'. Não aceitem o silêncio como resposta. Inicialmente Ele responderá dando-lhes algo que desejam, demonstrando assim estar atento a vocês. Mas não se contentem com Suas dádivas. Façam-No entender que só ficarão satisfeitos com a dádiva dEle mesmo. Finalmente ele lhes dará uma resposta. Poderão ter a visão do rosto de um santo ou ouvir uma voz Divina lhes falando; e saberão assim que estão em comunhão com Deus.

Convencer Deus a se revelar requer um empenho constante e ininterrupto. Ninguém pode lhes ensinar isto. Vocês têm que aprender sozinhos. 'Podemos levar um cavalo ao rio, mas não podemos forçá-lo a beber.' Porém, quando estiver com sede, o cavalo procurará a água com grande determinação. Portanto, quando sentirem uma sede imensa pelo Divino, quando não derem importância a mais nada - nem aos testes do mundo nem aos testes do corpo - então Ele virá. Lembrem-se, quando o chamado de seus corações for intenso, quando não aceitarem mais nenhuma desculpa, Ele virá.

Não deve haver em suas mentes qualquer dúvida de que Deus lhes responderá. A maioria das pessoas não obtém nenhuma resposta por causa desta descrença. Se estiverem absolutamente convictos de que vão conseguir algo, nada poderá impedi-los. Só quando vocês desistem é que lavram a sentença contra vocês mesmos. O homem bem sucedido não conhece a palavra 'impossível'. (...)"

(Paramahansa Yogananda - Como Falar com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 36/38)


quarta-feira, 18 de março de 2015

ENCONTRE A ALEGRIA DA REALIZAÇÃO NO AMOR DIVINO

"A lealdade e o amor entre marido e mulher gradualmente libertam a mente das limitações do plano sexual, elevando-a ao plano do amor divino. Quando o amor divino é maior do que o sexo, este amor supremo sublima o apetite sexual, transformando-o num belíssimo relacionamento humano. A gratificação sexual por si só não satisfaz o coração; sem amor verdadeiro, o coração continua vazio. Mas se homem e mulher sinceramente compartilham, no estado conjugal, o amor que têm na alma, encontrarão uma venturosa plenitude.

Também é possível encontrar essa realização no perfeito amor de Deus, e até em maior grau. Jesus não se casou. Muitos dos grandes santos não se casaram, porque encontraram a bem-aventurança mais elevada na comunhão com Deus. Segue o caminho da sabedoria quem percebe que a felicidade é o objetivo mais alto e busca a felicidade em Deus. 

Os seres humanos são a causa de milhares de males neste mundo, no entanto, não gosto de me referir ao homem como mau; é melhor dizer que comete erros. São os sentidos que nos desviam para os maus hábitos. Não seja escravizado por seus sentidos. De que adianta abusar deles até perder a saúde e a paz? Para ajudar a evitar isso, a religião ensina os eternos princípios de autocontrole e moderação, com os quais se pode dominar os instintos sensoriais. Veja o sentido do paladar, por exemplo. Por que não ceder à gula? Porque comer demais prejudica a saúde. Algumas pessoas comem sempre que veem comida por perto; mas todos os tipos de doença são ocasionados por hábitos alimentares errados e por excesso de comida."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 78/79)


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

COMO FAZER A ESCOLHA CERTA EM QUALQUER SITUAÇÃO (1ª PARTE)

"Para saber como fazer a escolha certa em qualquer situação, precisamos guiar o nosso raciocínio pelo poder da intuição. Todos possuem o dom do 'sexto sentido', mas a maioria das pessoas não o usa. Em vez disso, preferem confiar nos relatórios dos cinco sentidos inferiores. Todavia, os cinco sentidos nem sempre fornecem dados precisos para que possamos reagir corretamente ou tomar as decisões certas. Além de terem âmbito e poder limitados, os sentidos (e sua 'chefe', a mente identificada como ego) interpretam tudo conforme seus próprios gostos e aversões, e não segundo a verdade e aquilo que, em última análise, seria benéfico para a alma. Ao tomar decisões baseadas apenas no que os sentidos externos e a mente inferior dizem, não é de admirar que o ser humano tenha problemas com tantas frequência!

Espero que chegue o dia em que o mundo inteiro entenda a importância de um período diário de recolhimento interior para sua orientação e comunhão com Deus. Ao fazer assim, você fica mais equilibrado e mais calmo; a sua capacidade de discernimento desperta. Você fica mais livre das amarras de hábitos, desejos, emoções e apegos que o impelem a comportar-se de determinado modo, certo ou errado. O discernimento (que, como a intuição, é uma qualidade da alma) capacita-o a perceber o que você deve fazer, e quando deve fazê-lo. É com a meditação que se desenvolvem essas faculdades da alma.

Aprenda a analisar claramente as situações, sem os 'antolhos' da emoção. (...)"

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 15/16)

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A NECESSIDADE QUE O HOMEM TEM DE DEUS

"No mundo, assim como no ashram, a vida mais satisfatória que o ser humano pode ter consiste em seguir o caminho espiritual interior. Quando ele tem Deus, seu coração não almejará nenhuma outra coisa. Tudo que já tenha buscado ou desejado ardentemente, ele o encontrará no completo contentamento e satisfação que desfruta em Deus. Ele tem apenas uma oração: que não seja mais enganado por este mundo. Tendo encontrado a comunhão divina - a abertura pela qual ele pode escapar da pequena cela do corpo e da consciência do ego para a liberdade da alma -, ele nunca mais deseja confinar-se de novo.

Essa compreensão da natureza aprisionadora do ego se desenvolve de acordo com o grau com que entregamos esse ego, com todas as suas limitações e egoísmo, a Deus. É impossível para Ele entrar na consciência do homem que pensa constantemente: 'eu, eu, eu'. Naquele que está completamente absorto no 'eu' não há lugar para 'Tu'. O primeiro objetivo a se buscar é a remoção desse 'eu'. Não é simples, mas torna-se mais fácil se desenvolvemos um anseio mais profundo por Deus.

Com frequência, esse anseio por Ele surge pelo sofrimento. Entretanto, não vejo o sofrimento como essencial no caminho espiritual, Muitas interpretações da vida e dos ensinamentos de Jesus estendem-se sobre a virtude da tristeza e do sofrimento. Esse conceito é muito deprimente. Mesmo sendo jovem, eu o rejeitei quando ele me foi apresentado; eu não conseguia imaginar alguém procurando a tristeza ou o sofrimento voluntária e alegremente. Não é uma forma prática ou realista de acercar-se de Deus, porque esses estados negativos não são naturais à alma. Eu nunca teria abraçado a yoga se tivesse pensado que é um caminho de tristeza! Eu acreditava que a busca de Deus devia acabar de vez com toda dor e infelicidade. Agora, depois de trinta e tantos anos neste caminho espiritual, estou convencida, para além de qualquer dúvida, de que encontrar Deus e comungar com Ele acabam realmente com a infelicidade humana.

Isso não é para dizer que o aspirante espiritual não vai passar por certas fases de dificuldade. É irrealista a ideia de que, pelo simples fato de procurarmos Deus, Ele removerá todos os obstáculos de nosso caminho. Com certeza Ele poderia fazer isso; mas se o fizesse, de onde viria a tenacidade humana? O músculo se fortalece pelo uso. Um braço inativo, que prende flacidamente ao lado do corpo, gradualmente se enfraquece e se atrofia. Assim é como ser humano. Se os músculos de sua fé, dedicação, compaixão, paciência, devoção, lealdade, perseverança - todas essas qualidades embrionárias que jazem no fundo da alma - não forem exigidas e exercitadas durante seu sadhana ou busca espiritual, ele nunca mudará e superará suas fraquezas e limitações humanas."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 109/110)

domingo, 2 de novembro de 2014

SEGURANÇA NUM MUNDO INCERTO (PARTE FINAL)

"(...) Não se apegue aos passageiros sonhos da vida. Viva para Deus, e só para Deus. Essa é a única maneira de ter liberdade e segurança neste mundo. Fora de Deus não há segurança; não importa onde você vá, a ilusão pode atacá-lo. Seja livre agora mesmo. Seja um filho de Deus agora. Compreenda que você é Seu filho, para que possa livrar-se desse sonho da ilusão para sempre. Medite profundamente e fielmente, e um dia despertará em êxtase com Deus, e verá quão tolo é o fato de as pessoas pensarem que estão sofrendo. Você, eu e eles somos todos puro Espírito.

Não tenha medo do sonho assustador deste mundo. Desperte na luz imortal de Deus! Houve um tempo em que a vida, para mim, era como assistir, impotente, a um filme terrível, e eu dava demasiada importância às tragédias ali encenadas. Então, um dia, quando meditava, uma grande luz apareceu em meu quarto e a voz de Deus me disse: 'O que estás sonhando? Contempla Minha luz eterna, na qual os incontáveis pesadelos do mundo vêm e se vão. Eles não são reais'. Que enorme consolo isso representou para mim! Por mais horrível que seja, um pesadelo é só um pesadelo. Um filme, agradável ou perturbador, é apenas um filme. Não devemos manter nossas mentes tão absortas nos tristes e aterrorizantes dramas desta vida. Não é mais sábio manter nossa atenção naquele Poder que é indestrutível e imutável? Por que se preocupa você com as desagradáveis surpresas do enredo deste filme do mundo? Estamos aqui apenas por pouco tempo! Aprenda a lição do drama da vida e encontre sua liberdade.

Sob as sombras desta vida se encontra a Luz maravilhosa de Deus. O universo é um vasto templo de Sua presença. Quando você meditar, vai encontrar, em toda parte, portas se abrindo para Ele, Quando você está em comunhão com Ele, nem mesmo os maiores danos do mundo podem roubar-lhe essa Alegria e essa Paz."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 47/48)

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A NATUREZA E SEUS VALORES OCULTOS

"É o Infinito, o Oceano de Poder, que está por trás de todas as manifestações fenomênicas. A sede de atividade mundana mata em nós o senso de reverência espiritual. Deixamos de perceber a Grande Vida subjacente a todos os nomes e formas porque a ciência moderna nos diz como utilizar os poderes da Natureza. A familiaridade com a Natureza cultivou o desprezo por seus segredos finais; nossa relação com ela é de caráter prático. Nós a cutucamos, digamos assim, para descobrir os meios de forçá-la a servir nossos propósitos; usamos suas energias, cuja Fonte ainda permanece desconhecida. Na ciência, nossa relação com a Natureza é como que existe entre um homem arrogante e seu criado; ou, em sentido filosófico, a Natureza é como um prisioneiro no banco das testemunhas. Nós a interrogamos repetidas vezes, nós a desafiamos, e minuciosamente pesamos seu depoimento, em balanças humanas inadequadas para medir seus valores ocultos.

'Por outro lado, quando o ser está em comunhão com um poder superior, a Natureza automaticamente obedece, sem esforço e sem tensões, à vontade do homem. Este domínio fácil sobre a Natureza é chamado de 'milagroso' pelo materialista que não o compreende."

(Paramahansa Yogananda - Autobiografia de um Iogue - Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro, 2001 - p. 362) 
http://www.omnisciencia.com.br/livros-yogananda/autobiografia-de-um-iogue.html


quinta-feira, 22 de maio de 2014

NO SILÊNCIO BUSQUE A COMUNHÃO COM DEUS

"Bharatha é a terra onde cada um tem rathi (apego) a Bah ou Bragavan (Deus). Hoje, no entanto, as pessoas estão perdendo este sabor e este apego. Vocês podem Me dizer: 'Estamos tão ocupados; não temos tempo a dispensar.' Bem, posso acreditar que seja verdade. Sei que, não obstante o trabalho árduo, vocês têm achado tempo durante o dia para ir ao cinema, para manter conversas, promover partidos e engajar-se neles, envolver-se em querelas e em muitas outras distrações que aumentam suas preocupações. Melhor é que se mantenham longe daqueles companheiros que os atraem a tais distrações, distrações que os debilitam e o preocupam. Cada manhã e cada noite (ou tarde), dediquem alguns momentos ao silêncio em seus próprios santuários ou no lar; dediquem-nos ao mais alto de todos os poderes que conhecem. Estejam em sua elevada e inspiradora companhia. Adorem-no mentalmente. Ofereçam-lhe toda ação que praticarem. Vocês saem deste silêncio mais nobres e mais heróicos do que eram quando nele entraram. Pensem bem: vocês voltam do cinema ou do teatro mais pacificados, mais heróicos, mais puros, mais nobres do que quando foram? Não. Suas paixões cresceram, impulsos animais foram estimulados, a natureza inferior foi nutrida. Nada mais lhes pode propiciar a mais rica recompensa que o silêncio, a prece e a comunhão com o Mestre lhes dão. Nem mesmo uma respeitável conta bancária, uma coleção de diplomas, ou os músculos de um lutador campeão lhes bastam."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 92)
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quinta-feira, 1 de maio de 2014

COMO ENCONTRAR A CERTEZA INTERIOR DA CONEXÃO COM O DIVINO

"A pessoa espiritualizada anda com Deus dentro de si. Todos os dias silencie o corpo, acalme a mente e volte-se totalmente para dentro de si com o propósito de comungar com Deus. Se você criar o hábito de meditar, isso fará toda a diferença entre ser uma pessoa comum, cheia de incertezas, dúvidas e frustrações, ou ser uma pessoa espiritual, que sente que sua vida está completamente nas mãos de Deus e que por isso tudo está bem. 

Nada na vida nem na morte deve nos deixar amedrontados ou aflitos. A maravilhosa orientação de Paramahansa Yogananda, pela qual lhe sou eternamente grata, gravou em nós a consciência de que a vida é eterna. Por um curto período de tempo, o imortal raio de luz que é a alma reveste-se de uma perecível roupagem mortal - masculina ou feminina; branca, negra, vermelha ou amarela - mas por toda a eternidade a alma é sustentada pela Fonte Infinita dessa luz. Quanto mais meditamos, mais sentimos essa consciência. E quanto menos meditamos, menos conseguimos transcender a identificação com o eu inferior - uns tantos quilos de carne recobrindo uma mente limitada e aprisionada pelas percepções sensoriais aos conturbados ambientes do mundo. Temos que chegar ao verdadeiro Eu; ir além de seus instrumentos físicos e mentais para perceber que não somos frágeis seres mortais; que existe um elo inquebrantável entre nós e a Amada Mãe do universo, a Consciência Divina que flui por nós e que permeia o Infinito."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 11/12)


terça-feira, 29 de outubro de 2013

A PROXIMIDADE DO MUNDO CEGA O HOMEM

"Se você fechar um olho e segurar uma moeda muito próxima do outro olho, não conseguirá ver o mundo além: ficará ofuscado por causa desse pequeno objeto. Se afastar a moeda do olho aberto, verá como é vasto o mundo. O mesmo acontece com Deus. Quando você está estreitamente identificado com o mundo, fica cego e não consegue vê-Lo. Subjugado por ansiedade, preocupação, medo, insegurança e incerteza, de modo algum você consegue imaginar que Deus exista.

É apenas quando se afasta a ‘moeda’ deste mundo que você vê a vastidão de Deus dentro e fora da criação. Só então você contempla o mundo em sua verdadeira perspectiva. Você tem de manter o que é mais importante – Deus – diretamente em sua linha de visão. Quando Ele é o primeiro, tudo o mais entrará no foco adequado.

Por isso Cristo disse: ‘Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas’ Paramahansaji enfatizou essa mensagem a todos, muitas vezes. Cada ser humano sente no coração a necessidade de algo. Necessitamos de Deus; necessitamos nos agarrar em alguma coisa imutável que nos dará força para enfrentar os problemas pessoais, os testes e as experiências que atraímos para nós. Nunca culpe ninguém pelo que lhe acontece. Culpe a si mesmo; mas não se castigue, pois isso é errado. E nunca tenha pena de si próprio. Lembre-se sempre disto: você é filho de Deus, e a meditação é o meio pelo qual você pode compreender que pertence a Ele.

Meditação é a afirmação constante do que somos. Quando sentamos para meditar, estamos afirmando: ‘Sou a alma, unida a Deus’. (...) Como acontece com tudo, quanto mais praticar a meditação e nela se tornar mais versado, tanto mais se beneficiará dela; mais você lembrará e expressará sua herança divina. A importância e o valor da meditação estão em sua sagrada promessa dessa percepção final da natureza de sua alma.

Não basta ir à igreja; não é suficiente ouvir os maravilhosos sermões dados nos templos da Self-Realization Fellowship. Os sermões são bons; é importante ouvi-los. Se puder, você deve assistir regularmente aos serviços. Todavia, precisa haver, além disso, a prática diária da presença de Deus, a comunhão diária com Ele na meditação profunda e a apresentação diária de seus problemas a Ele."

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship – p. 20/22)


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

UMA MUDANÇA EM NOSSO MODO DE PENSAR TRARÁ DEUS PARA MAIS PERTO

"Porque Deus é, nós somos. Ele é o único princípio da vida; fora Dele, nada existe. Conclui-se logicamente que somos parte Dele. O sentimento de estar separado de Deus é uma ilusão. Podemos ajudar a destruir essa ilusão ao mudar o nosso modo de pensar. Não importa o que estejamos fazendo, a mente sempre está pensando em algo. Então, que sua mente pense em Deus e fale com Ele internamente.

Enquanto externamente está cuidando do corpo, por exemplo, pense interiormente: 'Este corpo é o templo de Deus. Nada tenho a ver com ele, exceto tomar conta dele para que Deus o use da maneira que desejar. De que forma Ele vai usá-lo, ou se Ele vai sustentá-lo ou não, é assunto Dele, não meu. Tomarei cuidado em relação à saúde deste corpo, não porque esteja interessado nele, ou porque seja algo a que eu esteja preso ou queira me apegar, mas porque o estou mantendo para Ele.'

Ao fazermos um esforço para manter nossa mente em Deus enquanto cumprimos nossas obrigações, não devemos naturalmente nos distrair, mas de vez em quando a mente deve dizer: 'Senhor, se não fosse Tua energia e inteligência que fluem através deste veículo, eu nada poderia fazer'. Quando desenvolvemos, na meditação profunda, a comunhão íntima com Deus, nossa mente pode submergir em Deus, podemos conversar mentalmente com Ele, não importa o que estejamos fazendo. Isso é expresso por Paramahansa Yogananda em seu lindo poema 'Deus! Deus! Deus!': 'Ao despertar, comer, trabalhar, sonhar, dormir, servir, meditar, cantar, amar divinamente (a todos meus amados), minha alma sussurra o tempo todo, sem ninguém a ouvir: Deus! Deus! Deus!' Paramahansaji viveu assim toda a sua vida. É possível fazer isso. Quando há uma constante lembrança de Deus, um dia, de repente, Ele responderá. Então, que alegria inunda todo o ser! Essa alegria sustenta o devoto na senda espiritual."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 127/128)


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A COMUNHÃO DIVINA É O CRITÉRIO DA RELIGIÃO

"Procure, até encontrar, o caminho mais adequado às inclinações espirituais de seu coração e de sua mente, e então seja constante. Seja qual for sua escolha, submeta-a a um bom teste. (...)

Os que procuram devem aprender a encontrar Deus em primeiro lugar. Concentrar-se em dinheiro ou saúde como objetivos primordiais, ao seguir uma religião, é desencaminhar-se. É bem verdade que se recebe tudo de Deus, mas quem busca primeiro outras coisas sentirá as algemas das limitações. Um mestre espiritual qualificado conhece e ama o Senhor; seu supremo interesse está em Deus. Um instrutor tentou persuadir-me a aceitar sua orientação espiritual com a promessa de que eu teria um grande número de seguidores. Sua oferta não me atraiu, pois eu queria somente Deus. Ora grandes mestres sempre procurarão despertar seu desejo de conhecer o Senhor. Eles não o conduzirão a um beco sem saída. 

Sem comunhão com Deus, fica faltando o sumo da religião. Igreja não é lugar de festas, filmes e frequentes reuniões sociais. Essas coisas distraem as pessoas de Deus. Podemos encontrar bastante diversão mundana na cidade. Vá a igreja por apenas um motivo: comungar com Deus. A comunhão divina é o critério da religião. Foi isso que meu guru ensinou e por isso o segui incondicionalmente, de todo o coração. Em consequência do que me ensinou, desfruto a sagrada comunhão com o Senhor em todos os momento de minha existência. Isso é o que a religião deve ser. 

Se eu contar que descobri uma fruta maravilhosa e descrevê-la detalhadamente todos os dias, durante um ano, sem deixar que a prove, você não ficará satisfeito. Ouvir falar da verdade não sacia a forme da alma: se você se satisfaz em ouvir a verdade, sem fazer qualquer esforço para conhecer Deus, sua satisfação é falsa. Você precisa ter uma fome de Deus tão profunda que o estimule a procurá-Lo com determinação. O propósito das palestras e sermões religiosos é despertar o anseio irresistível que a alma sente por Ele."  

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self Realization Fellowship - p. 114/115)


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

TUDO É DEUS - VEM DE DEUS E VAI PARA DEUS


“Não sei como o mundo vive sem essa comunhão com Deus. Pode acontecer, com razão, que o mundo seja abatido de tal forma que se veja forçado a pensar em Deus. Entretanto, até isso será bom porque, em última análise, não faz diferença como somos submetidos à presença do Senhor, contanto que estejamos diante Dele.

Portanto, nunca lamente o que acontece com você. Nunca se sinta derrotado por qualquer circunstância de sua vida. Sempre faça um esforço para pensar: “Senhor, tenho fé em que nenhuma provação ou experiência chega sem Tua permissão. Com Tua bênção, sei que tenho a força dentro de mim para suportar qualquer coisa que suceda.” Mesmo que sua tarefa pareça sobre-humana, lembre-se de que o Divino está simplesmente esticando a fita elástica de sua consciência, expandindo sua capacidade potencialmente infinita.

Com essa atitude de fé e renúncia, aprendemos a enfrentar este mundo com um só pensamento encorajador: “Tu, Senhor: Tu, Tu, Tu”. O devoto sente-se parte de Deus de tal modo que relaciona toda experiência com Deus. Esteja ele envolvido em assuntos mundanos, ocupado no escritório, expressando amor pela esposa, esposo ou filhos, percebe que tudo é Deus – vem de Deus e vai para Deus.

Quando a pessoa tem essa sagrada atitude com a qual se esforça para ver Deus em seu relacionamento com o marido, a mulher, os filhos, os irmãos e as irmãs, e sabe que é possível ver uma outra faceta da natureza divina em cada relacionamento, ela começa a ver que vive, move-se e existe no único Amado Divino.

Tal é o propósito da vida, o objetivo de todo o ser humano. Ao nos apegarmos à consciência de Deus à medida que passamos por todas as experiências que a vida nos traz, uma vez mais vemos a nós e a cada um ao nosso redor como partes do Todo Infinito. Então a liberdade é nossa.”

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 22/23)


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

ENCONTRE DEUS EM SI MESMO


“Pratique regularmente a meditação e a comunhão com Deus e você provará do vinho da alegria e da satisfação o tempo todo, não importa quais sejam as circunstâncias externas. Bebendo o néctar da paz interior das mãos do anjo de sua percepção silenciosa, você afogará as perturbações e as tristezas de sua vida cotidiana.

Deus está presente no trono da paz dentro de você. Encontre-O ali primeiro e você O encontrará em tudo o que é bom e significativo na vida: nos verdadeiros amigos, na beleza da natureza, nos bons livros, nos pensamentos profundos e nas aspirações nobres. Encontrando Deus em si mesmo, você saberá que todas as coisas na vida que lhe dão paz duradoura estão proclamando a presença eterna de Deus tanto fora quanto dentro de você. Quando conhecer Deus como paz em seu interior, você O perceberá como a  paz que existe na harmonia universal de todas as coisas externas.”

(Paramahansa Yogananda – Paz Interior – p. 121/122).