OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 31 de maio de 2014

NATUREZA

"Desde que saibas gozá-la, a paisagem é tua. 

Não importa que o cartório diga diferente.

Tu, que tens a capacidade de descobrir magia e beleza, ficas sabendo: 

és dono de todas as serras, dos caminhos ensolarados,

dos remansos do rios, de todas as praias,

do horizonte, do colorido de todos os crepúsculos,

do frescor das madrugadas outonais, de todos os rosais, 

de pedregulhos, arvoredos, dos tabuleiros agrestes,

das cascatas, do refrigério dos oásis, de todas as paisagens que teus olhos, 

ávidos de poesia, vieram a captar.

Se tens tempo e poesia para sentir beleza,

são teus todos os lugares que te convidem a ficar e contemplar."

(Hermógenes - Ânimo de Viver - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2011 - p. 17)


0S CAMINHOS DO AUTOCONHECIMENTO (PARTE FINAL)

"(...) Para compreendermos o processo do que se é devemos seguir cada pensamento, cada sentimento, cada ação. É dificílimo compreender o que é, porque o que é nunca é estático, está sempre em movimento. A compreensão do fato real requer vigilância, com uma mente muito atenta e veloz. Se começamos condenando o que é, ou resistindo a isso, não compreenderemos seu movimento. Para compreender alguém não posso condená-lo; devo observá-lo, estudá-lo. E devo amar o que estou estudando. Se desejamos compreender uma criança, devemos amá-la e não criticá-la. Devemos brincar com ela, observar-lhe os movimentos, as idiossincrasias, os modos de conduta. Se apenas a condenamos, não pode haver compreensão. Da mesma forma, temos que observar o que pensamos, sentimos e fazemos, momento a momento. É preciso ao mesmo tempo um espírito alerta, atento e calmo.

A maioria de nós não é criativa; somos relógios de repetição, e retemos lembranças, experiências e conclusões, nossas ou de outros. Ser criativo não significa pintar quadros ou escrever poesias e tornar-se famoso. A potência criadora é um 'estado de ser' em que a mente se aquieta, já não se focaliza em experiências, ambições ou desejos. A criação não é um estado contínuo, ela se renova a cada momento, é um movimento em que não existe o 'eu', o 'meu'; só assim pode haver compreensão de nós mesmos.

O homem pequeno quer tornar-se um grande homem, o não virtuoso quer ser virtuoso, o fraco e o obscuro anseia por poder, posição e autoridade. É essa a incessante atividade da mente, que nunca pode estar quieta para compreender o estado de criação.

Para transformar esse mundo de angústias, guerras, desemprego, fome e divisões de classes que nos rodeia, urge operar uma transformação em nós mesmos, compreendendo o processo integral do nosso pensamento e do nosso sentimento nas relações. Se pudermos compreender a nós mesmos tais como somos, de momento em momento, ganharemos uma tranquilidade que não é produto da mente. Só nesse estado pode haver criatividade e paz."

(J. Krishnamurti - Os Caminhos do Autoconhecimento - Revista Sophia, Ano 12, nº 49 - Pub. da Ed, Teosófica, Brasília - p. 06/07)

sexta-feira, 30 de maio de 2014

ILUSÃO OU VERDADE?

"Se a humanidade, ou qualquer parte, dela tiver de progredir em qualquer medida real, isto apenas poderá ser feito por uma mudança verdadeira, através de forças que geram melhorias nas mentes das pessoas, nos seus gostos, nas suas visões, valores e comportamentos, e não através da criação de ilusões prazerosas e atribuições de virtudes imaginárias a homens ou objetos, seja para lucro, para fins tirânicos ou de glória. Criar impressões que não correspondem à verdade deixam as coisas como estão e dão origem a ações da parte da própria pessoa e da de outros que positivamente impossibilitam qualquer real mudança para melhor. Qualquer glorificação, que não se origine de um sentimento real pela pessoa e apreço pelas suas qualidades, é apenas um truque de feitiçaria e produz hipnotismo de massa, como foi o caso na Rússia, na Alemanha e outros lugares. A bolha, por mais colorida que ela possa afigurar-se em determinada ocasião, eventualmente terá que romper-se e depois haverá desilusão e uma forte reação àquilo que se realizou anteriormente.

Falando de amor ou afeição, o mundo seria melhor pela realidade do amor no coração das pessoas, ou pela simulação do amor que pode revestir-se de muitas formas enganosas? Pode-se criar uma impressão de amizade, como é feito pela estrutura política portentosa, mas isto é apenas parte do jogo diplomático. O que conta é o sentimento ou o espírito de amor dentro da pessoa e isto é o que ajuda os demais. Eu não sei a extensão do bem de ‘fingir uma virtude, se você não a tem’. Podemos satisfazer-nos facilmente com o fingimento e não atentar para a realidade. Se o substituto opera bem, por que preocupar-nos em encontrar a peça genuína?"

(N. Sri Ram - Em Busca da Sabedoria - Ed. Teosófica, Brasília, 1991 - p. 26/27)


OS CAMINHOS DO AUTOCONHECIMENTO ( 2ª PARTE)

"(...) Para compreendermos a nós mesmos é preciso ter a intenção de compreender, e aí reside nossa dificuldade. Embora descontentes, quase todos nós desejamos realizar uma alteração súbita; nosso descontentamento é canalizado no sentido de chegar a um certo resultado. Quando estamos descontentes procuramos, por exemplo, uma ocupação diferente. O descontentamento, ao invés de nos encher de entusiasmo e nos fazer investigar a vida e todo o seu processo, canaliza-se para algo superficial. Em consequência disso nós nos tornamos medíocres, perdendo daquele ímpeto, aquela intensidade necessária para compreender o significado pleno da existência.

O autoconhecimento não pode ser dado por outros. O indivíduo precisa conhecer a si mesmo tal como é, e não como deseja ser, pois o que ele deseja ser é apenas um ideal imaginário. Para conhecer a si mesmo, o indivíduo precisa de extraordinária vigilância por parte da mente. Tudo está sujeito à constante mudança, por isso a mente não deve ser restringida por dogmas. Se você é ganancioso ou violento, o simples fato de nutrir um ideal de não violência ou de generosidade é de pouco valor. Mas compreender que somos violentos ou gananciosos requer um percebimento extraordinário. Requer honestidade e lucidez de pensamento, ao passo que simplesmente seguir um ideal representa uma fuga que nos impede de perceber e de atuar diretamente sobre o que somos.

A compreensão do que somos, não importa como - feios, bonitos, perversos, malignos - é o começo da virtude. A virtude é essencial, porque dá liberdade. É só na virtude que se pode descobrir e viver - mas não apenas no cultivo da virtude, que leva somente à respeitabilidade, porém não traz compreensão nem liberdade.

Há diferença entre ser virtuoso de fato e o 'vir a ser' virtuoso. O ser virtuoso vem com a compreensão do que é, ao passo que o 'vir a ser' virtuoso é adiamento, ocultação do que é pelo cultivo de um ideal. Se observarmos atentamente, verificaremos que o ideal não tem essa qualidade. A virtude é essencial numa socidedade que se está desintegrando rapidamente. Para criar um novo mundo é preciso liberdade para descobrir; e para ser livre é indispensável a virtude, porque sem virtude não há libertação do medo do que se é.(...)"

(J. Krishnamurti - Os Caminhos do Autoconhecimento - Revista Sophia, Ano 12, nº 49 - Pub. da Ed, Teosófica, Brasília - p. 06)


quinta-feira, 29 de maio de 2014

A OBRIGAÇÃO PRIMÁRIA DO HOMEM

"É obrigação de cada ser humano olhar cuidadosamente para dentro de si e ver a si mesmo como de fato é, sem poupar sacrifícios no sentido de aprimorar seu corpo, sua mente e sua alma. Ele deveria perceber os danos acarretados pela injustiça, pela perversidade, pela vaidade e por coisas do tipo, e fazer o melhor para combatê-las.

O estado do homem é de provação. Durante esse período ele é testado por forças do mal e também pelas do bem. Ele é constantemente uma presa fácil para tentações, e precisa provar sua coragem resistindo a cada uma delas. Ele não é um guerreiro que combate inimigos imaginários; é incapaz de levantar seu dedo contra inúmeros inimigos que habitam seu próprio ser e, o que é pior, os confunde com amigos.

Não cabe ao homem desenvolver todas as suas faculdades até a perfeição. Sua obrigação é aprimorar todas as suas capacidades que o levam pelo caminho de Deus rumo à perfeição, suprimindo completamente aquelas cujas tendências sejam contrárias.

Sendo uma criatura imperfeita, é inerente ao ser humano buscar continuamente a perfeição. Todavia, em sua tentativa, ele se perde em devaneios e, assim como uma criança que tenta se levantar, cai repetidas vezes e finalmente aprende a caminhar. O homem, mesmo com toda a sua Inteligência, é apenas um infante comparado ao Deus infinito e eterno.

Nosso objetivo sempre se afasta de nós. Quanto maior o progresso, maior o reconhecimento do nosso próprio desmerecimento. A satisfação está no esforço, não na conquista. Esforço completo significa vitória completa."

(Mahatma Gandhi - O Caminho da Paz - Ed. Gente, São Paulo, 2014 - p.36)


OS CAMINHOS DO AUTOCONHECIMENTO ( 1ª PARTE)

"Os problemas do mundo são tão colossais e complexos que, para compreendê-los e resolvê-los, temos de estudá-los de maneira muito simples e direta: e a simplicidade não depende de circunstâncias exteriores nem de nossos preconceitos e caprichos. A solução não se encontra em conferências ou projetos, nem na substituição de velhos por novos líderes. Ela se encontra, evidentemente, no criador do problema, na origem dos malefícios, do ódio e da enorme incompreensão entre os seres humanos. A origem é o indivíduo, você e eu, não o mundo, tal como o concebemos. O mundo é uma expressão de nossas relações com os outros, não é algo separado de você e de mim. O mundo é construído pelas relações que estabelecemos entre nós.

Você e eu, portanto, somos o problema, e não o mundo, porque o mundo é a projeção de nós mesmos. Para compreendê-lo, precisamos nos compreender. Nós somos o mundo, e nossos problemas são os problemas do mundo. Nunca é demais repetir isso. Porque temos uma mentalidade indolente, pensamos que os problemas do mundo não nos dizem respeito e têm de ser resolvidos pelas Nações Unidas, ou pela substituição dos velhos líderes. Mostramos uma mentalidade muito elementar ao pensar dessa maneira, porque nós somos os responsáveis pela aterradora miséria e pelo constante perigo de guerra no mundo.

A transformação precisa começar por nós mesmos. O mais relevante é a intenção de compreendermos a nós mesmos, e não esperar que os outros se transformem. Essa obrigação é nossa. Porque, por mais insignificante que seja a vida que vivemos, se pudermos nos transformar, introduzir na existência diária um ponto de vista radicalmente diferente, então talvez venhamos a influir no mundo como um todo, porque ele é fruto das nossas relações com os outros, em escala ampliada.

A compreensão de nós mesmos não é um processo isolado. Não implica se retirar do mundo, porque não se pode viver em isolamento. 'Ser' é estar em relação. É a falta de relações corretas que gera conflitos, angústias e lutas. Por menor que seja o nosso mundo, se pudermos transformar nossas relações, essa transformação, da mesma forma que uma onda sonora, se propagará constantemente no mundo exterior. Se pudermos operar uma transformação aqui, não uma transformação superficial, porém radical, começaremos a transformar o mundo. O autoconhecimento é o começo da sabedoria e, portanto, o começo da transformação e da regeneração de valores. (...)"

(J. Krishnamurti - Os Caminhos do Autoconhecimento - Revista Sophia, Ano 12, nº 49 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 05/06)

quarta-feira, 28 de maio de 2014

VERDADE E AMOR

"Verdade e amor são lados de uma mesma moeda e, embora sejam as únicas coisas pelas quais valha a pena viver, ambos são muito difíceis de colocar em prática. Uma pessoa não pode ser verdadeira se não amar todas as criaturas feitas por Deus. Verdade e amor são, portanto, o sacrifício completo. Sem verdade não há amor. Sem verdade pode até haver afeição, como, por exemplo, por um país ou pela dor alheia; pode também existir paixão, como a de um homem por uma mulher. (...) O amor transcende toda a animalidade e nunca é parcial.

 Cientistas afirmam que sem a presença de uma força coesiva entre os átomos que formam o nosso globo, este se partiria em pedaços e nós deixaríamos de existir; e assim como existe uma força coesiva nessa substância oculta, o mesmo prevalece em todos os seres animados. O nome dessa força coalescente entre os seres animados é amor. Notamos sua existência entre pais e filhos, entre irmãos e irmãs, entre amigos, mas precisamos aprender a usá-la entre todas as criaturas vivas. Em seu uso consiste nosso conhecimento de Deus."

(Mahatma Gandhi - O Caminho da Paz - Ed. Gente, São Paulo, 2014 - p. 47)

ENTREGA AO SENHOR AS COISAS CORRIQUEIRAS

"Entregar-se ao Senhor é entregar todos os pensamentos e ações sem desejar o fruto da ação, sem executar a ação para ganhar seus frutos, mas praticar a ação porque ela é o dever do indivíduo. O ato é dedicado ao Senhor e os resultados, portanto, pertencem ao Senhor. Ações assim feitas - frutos abandonados no momento da execução - são livres de karma. Como o ego, desta maneira, não é alimentado nem cultivado, ele desaparece em pouco tempo. Por exemplo, ao se barbear, o que é classificado como uma tarefa mundana sem inspiração, a atitude correta da pessoa que prepara o seu corpo por amor ao Senhor e melhora a sua aparência para honrá-Lo, e não para satisfazer sua vaidade ou para sua própria satisfação pessoal. Também, ao andar, ofereça a ação ao Senhor, para que Ele mantenha o corpo em boas condições físicas e possa nele viver; essa é a atitude para todo e cada ato do dia. Varrer a casa é dedicado ao Senhor para que Ele tenha uma residência arrumada. Cozinhar, também, é dedicado ao Senhor, para que o corpo possa estar forte e vigoroso para benefício do Senhor. É bobagem buscar o fruto da ação. Quando se morre, os únicos itens levados são as boas e más ações. O Poder, o dinheiro, a posição social, o prestígo, a vigorosa beleza do corpo, o culto à personalidade - todas essas coisas desaparecem e, portanto, é uma bobagem trabalhar para elas. O homem é vida com desejo; vida sem desejo é Deus. A mente é desejo; quando a mente desaparece, o desejo desaparece."

(J.S. Hislop - Conversações com Sathya Sai Baba - Fundação Bhagavan Sri Satya Sai Baba do Brasil - p. 24/25)

terça-feira, 27 de maio de 2014

O AMOR DIVINO TORNA CADA ALMA ÚNICA

"O vínculo que nos une a todos tão intimamente, até mais do que os laços de família, é o amor divino. Quanto mais eu vivo, mais percebo que essa é a única força que pode manter as pessoas unidas. Receber e transmitir amor, o amor divino, é nosso dever concedido por Deus na vida. Esse amor já é inato em nossas almas; e, exatamente como é natural que a rosa exale uma doce fragrância, também é natural que a alma emane a doce fragrância do amor divino. Muitas e muitas vezes recordo aos devotos, aqui e na Índia, estas palavras imortais de Guruji que expressam a mensagem dos grandes santos através das eras: 'Só o amor poderá ocupar meu lugar'. Durante minhas viagens, falei com muitas pessoas e verifiquei que o amor é a única mensagem à qual todos os seres humanos respondem. A maneira correta de tratar todas as almas é com amor divino; e o amor divino é o caminho que nosso abençoado guru, Paramahansa Yogananda, colocou diante de nós.

Cada um de nós é único aos olhos de Deus. E diante Dele somos todos iguais: ninguém é superior; ninguém é inferior. Para Ele somos todos especiais porque, quando criou cada um de nós, Ele não pensou em ninguém mais, somente em nós. Somos assim individualizados em Seu pensamento e em Sua grande consciência. Essa singularidade da alma é o que devemos encontrar dentro de nós e expressar. Não existe maior método para manifestar essa nossa singularidade do que através do amor divino, por nossa habilidade, concedida por Deus, de amar pura e incondicionalmente. Quando compreendemos e praticamos isso, nosso caminho torna-se muito mais fácil. Uma vez que experimentarmos o amor divino que flui de Deus através de nós, esse amor dará um brilho à vida que nada mais na terra - nem poderes, nem glórias, nenhuma dose de satisfação sensorial - pode nos dar."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p.257/258)
http://www.omnisciencia.com.br/so-o-amor.html


O FILME CÓSMICO DE DEUS

"Como parte das etapas no despertar do ser humano, o Senhor inspira os cientistas a descobrirem, na época e no lugar certos, os segredos de Sua criação. Muitas descobertas modernas ajudam o homem a compreender o cosmos como expressão variada de um único poder: a luz, guiada pela inteligência divina. As maravilhas do cinema, do rádio, da televisão, do radar, da célula fotoelétrica - o extraordinário 'olho elétrico' -, as prodigiosas energias atômicas, tudo é baseado no fenômeno eletromagnético da luz.

A arte cinematográfica pode retratar qualquer milagre. Do ponto de vista das impressões visuais, suas truncagens permitem todos os prodígios. Um homem pode ser visto como um transparente corpo astral, desprendendo-se de sua grosseira forma física; pode caminhar sobre a água, ressuscitar os mortos, inverter a sequência natural do desenvolvimento das coisas, e brincar de anular o tempo e o espaço. Um perito pode juntar as imagens fotográficas como quiser, obtendo maravilhas óticas semelhantes às que um verdadeiro mestre produz com autênticos raios de luz.

Os filmes de cinema, com suas imagens animadas, ilustram muitas verdades concernentes à criação. O Diretor Cósmico escreveu os roteiros de Seus próprios filmes e convocou enormes elencos para os cenários dos séculos. Da cabine de projeção da eternidade, Ele envia Seus raios de luz através dos filmes de eras sucessivas, e as cenas se projetam na tela do espaço.

Exatamente como as imagens cinematográficas parecem reais, mas são apenas combinações de luz e sombra, assim também a variedade universal é uma aparência ilusória. Os planetas, com suas incontáveis formas de vida, nada mais são que imagens num filme cósmico. Temporariamente verdadeiras aos cinco sentidos do homem, as cenas transitórias são projetadas na tela da consciência humana pelo infinito raio criador.

O público de um cinema pode olhar para cima e ver que as imagens na tela aparecem com o auxílio de um feixe de luz sem imagens. Do mesmo modo, o colorido drama universal deriva da branca e única luz da Fonte Cósmica. Com engenhosidade inconcebível, Deus encena 'superproduções' para diversão de Seus filhos, fazendo-os simultaneamente atores e espectadores de Seu cinema planetário."

(Paramahansa Yogananda - Autobiografia de um Iogue -E. Lótus do Saber, Rio de Janeiro, 2001 - p. 301/302)
http://www.omnisciencia.com.br/livros-yogananda/autobiografia-de-um-iogue.html


segunda-feira, 26 de maio de 2014

VOCÊ É A CONSCIÊNCIA

"Quando você diz 'Eu quero conhecer a mim mesmo', você é o 'eu'. Você é o conhecimento. Você é a consciência através da qual tudo é conhecido. E que não pode conhecer a si mesmo. Porque você é a própria consciência.

Não existe nada a ser conhecido além disso. O 'eu' não pode se transformar num objeto de conhecimento, de consciência. O 'eu' é a própria consciência.

Assim, você não pode se tornar um objeto para si mesmo. Quando isso acontece, surge a ilusão do 'eu' autocentrado - porque mentalmente você fez de si  mesmo um objeto. 'Este sou eu', você diz. A partir dessa afirmação, você passa a ter uma relação com você mesmo e a contar para os outros e para si mesmo a sua história.

Quando você sabe que é a consciência na qual a vida externa acontece, torna-se independente do que existe externamente e perde a necessidade de buscar sua identidade nos fatos, nos lugares e nas situações. Em outras palavras: as coisas que acontecem ou deixam de acontecer perdem a importância, perdem o peso e a gravidade. Sua vida passa a ter outra graça e leveza. O mundo é então visto como uma dança cósmica, a dança da forma - só isso."

(Eckart Tolle - O Poder do Silêncio, Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 40)
www.esextante.com.br


ESCOLHO O MUNDO EM QUE VIVO

"Dentre todos os dons que lhe foram dados, sua capacidade de escolha é o mais precioso. Por meio do seu livre-arbítrio, você é convidado a partilhar com o Infinito do ato da criação, é convidado a co-operar com Deus.

A condição de criador lhe dá oportunidade de experimentar as consequências de suas escolhas e é essa a forma básica de crescimento e de evolução no sentido de uma consciência elevada. Quando você faz escolhas que estão em consonância com o seu bem maior e com as de outra pessoa, colhe resultados prazerosos. Se, no entanto, elas forem de encontro à sua natureza Divina, acarretarão consequências dolorosas. Por meio desse processo de tentativa e erro, você vai aprendendo gradualmente a fazer somente escolhas acertadas.

Repare nas condições do seu mundo (da sua saúde, das finanças, dos seus relacionamentos, do seu emprego) e vai perceber que são resultados das escolhas que fez. Se está descontente com essas condições, cabe a você a decisão de transformá-las. Ninguém mais poderá assumir essa responsabilidade por você.

O aspecto mais importante do processo de escolha consiste na sua capacidade de decidir livremente como responder a uma determinada situação. Talvez você esteja vivendo uma situação de fracasso pessoal, sofrendo por causa de uma doença súbita ou de algum outro revés aparente. Escolha agora dar graças à situação e vê-la como uma contribuição para um desígnio maior. Procure entender seu significado e descobrirá que ela contém um ensinamento espiritual que irá mais do que compensar o seu sofrimento atual.

‘Eu escolho o mundo em que vivo.’ Que alegria e que responsabilidade! Aceite seu legado divino e use o seu livre-arbítrio para criar o céu na terra."

(Douglas Bloch - Palavras que Curam - Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 44)


domingo, 25 de maio de 2014

APERFEIÇOAMENTO PESSOAL

"Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior. Estas atitudes se refletirão em mudanças positivas no seu ambiente familiar. Deste ponto em diante, as mudanças se expandirão em proporções cada vez maiores. Tudo o que fazemos produz efeito, causa algum impacto.

A tarefa do homem é ajudar os outros. Este é o meu ensinamento mais constante, esta é a minha mensagem. É a minha crença. Para mim, a questão fundamental é estabelecer melhores relacionamentos, sobretudo entre as pessoas – e de que forma podemos contribuir para isso.

O exílio de alguma forma serviu-me de ajuda. Quando em determinado momento de nossas vidas, passamos por uma tragédia de verdade – o que pode acontecer com todos nós -, podemos reagir de duas maneiras diferentes. Evidentemente, uma delas é perdermos as esperanças ou nos entregarmos ao álcool, às drogas ou a uma tristeza interminável. A outra alternativa é o despertar de nós mesmos, é descobrir uma energia que estava escondida, e passar a agir com mais lucidez e mais força."

(Sua Santidade o Dalai-Lama - O Caminho da Tranquilidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2000 - p. 10/12)

DEUS É PESSOAL OU IMPESSOAL?

"Deus é pessoal ou impessoal? Um esclarecimento deste ponto ajudará nas tentativas de comunicação com Ele. Muitas pessoas não gostam de pensar no Senhor como uma entidade pessoal; acham que a concepção antropomórfica é limitada. Eles O consideram como Espírito Impessoal, Todo-Poderoso, a Força Inteligente responsável pelo universo.

Mas se nosso Criador é impessoal, como explicar que Ele tenha criado seres humanos? Nós somos seres pessoais. Temos individualidade. Nós pensamos, sentimos, queremos; e Deus nos deu, não apenas o poder de apreciar os pensamentos e sentimentos dos outros, mas também o poder de responder a eles. Seguramente o Senhor não está despido do espírito de reciprocidade que existe em Suas próprias criaturas. Sempre que o permitimos, nosso Pai Celestial estabelece um relacionamento pessoal com cada um de nós.

Considerando o aspecto impessoal de Deus, ficamos com a impressão de um Ser Remoto, que simplesmente recebe as preces-pensamentos que oferecemos, sem respondê-las. Alguém que tudo sabe, mas que mantém um insensível silêncio. Mas isto constitui um erro filosófico, pois Deus é tudo: pessoal e impessoal. Ele criou pessoas, seres humanos. E como tal, o Criador não poderia ser inteiramente impessoal.

Pensar que Deus pode tomar uma forma humana, vir a nós e falar conosco, satisfaz uma necessidade profundamente arraigada em nossos corações. E por que Ele não age assim com todos? Muitos santos ouviram a voz de Deus. E vocês, por que não? 'Tu, Ó Senhor, és invisível, impessoal, desconhecido e incognoscível; mas acredito que, pela força da minha devoção, Tu podes ser 'cristalizado' numa forma.'

Persuadido pela intensa devoção, Deus pode tomar uma forma pessoal. Vocês podem, como São Francisco de Assis e outros grandes seres, ver o corpo vivo de Cristo, se orarem com intensidade suficiente. Jesus foi uma manifestação pessoal de Deus. Aquele que conhece Brahma (Deus) é o próprio Brahma. Não falou Cristo: 'Eu e meu Pai somos um'? Swami Shankara também declarou: 'Eu sou Espiríto' e 'Tu és Isto'. Temos a palavra de inúmeros grandes profetas afirmando que todos os homens são feitos à imagem da Divindade.

Recebo de Deus e não dos livros a maior parte dos meus conhecimentos. Raramente leio. Percebo diretamente tudo aquilo que estou lhes dizendo. É por isso que falo com autoridade, a autoridade da minha percepção direta da Verdade. A opinião do mundo inteiro pode ser contrária, mas a autoridade da percepção direta sempre acabará prevalecendo."

(Paramahansa Yogananda - Como Falar Com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 15/18)
http://www.gruposummus.com.br


sábado, 24 de maio de 2014

MAIS AMOR MENOS RESSENTIMENTO

"O ressentimento pode arruinar nossa saúde e nossos relacionamentos. Ao contrário da raiva, que é uma rápida explosão energética voltada para fora, o ressentimento pode permanecer dentro de nós durante muitos anos. As pessoas geralmente não percebem ou não querem perceber essa emoção. Ela começa quando alguém ou algo nos faz sentir inferiorizados.

As expectativas frustradas estão na raiz do ressentimento. Elas podem acontecer quando uma criança que assiste televisão percebe que a realidade ilusória da TV não é a verdadeira realidade de sua casa; quando uma pessoa é desprezada ou não reconhecida por outra, nos relacionamentos pessoais ou no trabalho; ou quando é traída por um companheiro. Em todos esses casos o ressentimento surge porque a autoestima foi prejudicada. Por isso as pessoas geralmente acham que estão erradas, se algo ruim acontece. (...)

A chave do ressentimento é que a realidade é diferente das expectativas. Quando as pessoas percebem a realidade, acham que foram incompreendidas. Mas a outra pessoa pode estar totalmente inconsciente de que suas ações causaram isso. (...)

A questão essencial é a falta de habilidade para comunicar a frustração, quando a pessoa se sente impotente para obter mudanças reais em relação ao parceiro. Se a ferida for muito destrutiva, como no caso em que o parceiro deixa o outro em função de um novo amor, a pessoa abandonada se sente devastada, com a autoestima arrasada. Nessa situação aferrar-se ao ressentimento e à sensação de estar ‘moralmente certo’ é a maneira do parceiro rejeitado sentir que está tudo bem com e tudo mal com a outra pessoa. (...)

Livrar-se do ressentimento depende da percepção, do reconhecimento, da vontade de ‘deixar ir’ e de se mobilizar em direção à saúde. Mas isso é difícil, porque implica reconhecer e aceitar, sem julgamento, uma ferida profunda."

(Dora Kunz e Erik Peper - Mais amor, menos ressentimento - Revista Sophia, Ano 5, nº 19 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 6/7)


PREOCUPAÇÃO E MEDO (PARTE FINAL)

"(...) A vida é divertida quando não a levamos muito a sério. Uma boa gargalhada é um excelente remédio para as enfermidades humanas. Uma das melhores características do povo americano é a sua capacidade de rir. Ser capaz de rir da vida é maravilhoso. Isso o meu mestre [Swami Sri Yukteswar] me ensinou. No início do meu treinamento espiritual em seu eremitério, eu andava sempre com uma expressão solene, nunca sorria. Um dia, meu mestre fez uma observação certeira: 'O que é isso? Você por um acaso está numa cerimônia fúnebre? Não sabe que encontrar Deus significa o funeral de todas as tristezas? Então por que está tão sombrio? Não leve esta vida demasiadamente a sério.'

Sabendo que é um filho de Deus, tome a decisão de manter-se calmo, não importa o que aconteça. Se a sua mente está completamente identificada com suas atividades, você não pode estar consciente do Senhor, mas se estiver tranquilo e internamente receptivo a Ele, enquanto desempenha uma atividade externa, você estará sendo ativo da maneira certa.

Silencie a inquietude mental voltada para o exterior e interiorize sua mente. Harmonize seus pensamentos e desejos com as realidades plenamente realizadoras que você já tem em sua alma. Então perceberá a harmonia subjacente à sua vida e a toda a natureza. Se afinar suas esperanças e expectativas com essa harmonia intrínseca, flutuará ao longo da vida nas exultantes asas da paz. (,,,)

A compreensão de que todo o poder de pensar, falar, sentir e agir vem de Deus e de que Ele está sempre conosco, inspirando-nos e guiando-nos, liberta instantaneamente do nervosismo. Lampejos de alegria divina virão com essa compreensão. Às vezes, uma profunda iluminação permeia a pessoa, banindo a própria ideia de medo. Como um oceano, o poder de Deus tudo varre, irrompendo no coração como uma enchente purificadora, e removendo todo o bloqueio provocado por dúvidas ilusórias, irritação e temores. A ilusão da matéria, a consciência de ser apenas um corpo mortal é superada pelo contato com a doce serenidade do Espírito, que se pode obter por meio da meditação diária. Então você saberá que o corpo é uma pequena borbulha de energia em Seu oceano cósmico."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 91/93)
http://www.omnisciencia.com.br/onde-existe-luz.html


sexta-feira, 23 de maio de 2014

MANTENHAM SUAS MENTES EM DEUS

"Permaneçam em constante comunhão com Deus; com isso, todos os maus pensamentos irão desaparecer. Reservem um aposento ou um lugar especial no qual possam se recolher para as práticas diárias. Retirem-se para lá todas as manhãs e ao entardecer. Pratiquem japa, meditação e orem regularmente pelo máximo de tempo que puderem. Quanto mais se dedicarem à contemplação de Deus, mais produtivas se tornarão sua vidas. Quanto mais ligados às vaidades do mundo, mais inquietas serão suas mentes. Rezo a Deus todo poderoso para que, por Sua infinita graça, vocês sejam conduzidos pelo caminho certo!

Saibam que, sem adorar Deus, vocês jamais alcançarão a paz mental. Reservem algum tempo todos os dias para isso, seja praticando japa, meditando ou cantando as glórias de Deus. Devoção, fé e conhecimento verdadeiros são resultados de persistência e de longos anos de práticas espirituais. Depois de uma tentativa morna nas práticas das disciplinas espirituais por algum tempo e sem conseguir realizar Deus ou alcançar a bem-aventurança divina, muitas pessoas tornam-se agnósticas. A razão disso não é difícil de se encontrar. Sem afeto sincero por Deus, essa gente acha difícil perseverar nas práticas espirituais. Consideram as disciplinas demasiadamente árduas e pesadas para elas.

Sem devoção e amor por Deus a mente torna-se árida e inquieta. Quanto mais sofrerem em nome de Deus, mais paz sentirão no final. Sri Ramakrishna costumava dizer: 'Persistam em seus esforços com alegria e conseguirão vencer todos os osbtáculos.' Por isso, mergulhem de cabeça nas disciplinas espirituais, perseverem e jamais deixem de praticá-las (...)'."

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro - Ed. Vedanta, São Paulo, 2011 - p. 276/277)
www.vedanta.org.br


PREOCUPAÇÃO E MEDO (2ª PARTE)

"(...) Quando temos coisas demais para fazer ao mesmo tempo, nos desencorajamos. Em vez de se preocupar com o que tem de ser feito, diga simplesmente: ' Esta hora é minha. Farei o melhor que puder.' O relógio não percorre vinte e quatro horas em um minuto, e você também não pode fazer uma hora o que faria em vinte e quatro. Viva cada momento presente de maneira intensa e o futuro cuidará de si mesmo. Aprecie plenamente a maravilha e a beleza de cada instante. Pratique a presença da paz. Quanto mais o fizer, mais sentirá a presença desse poder em sua vida.

O prazer do homem moderno está em obter mais e mais, não se importando com o que acontece aos outros. Mas não seria bem melhor viver com simplicidade - sem muito luxo e com menos preocupações? Não há prazer algum em se ocupar tanto a ponto de não poder aproveitar o que tem. (...) Tempo virá em que a humanidade começará a abandonar essa consciência da necessidade de tantos bens materiais. Maior segurança e mais paz serão encontrados na vida simples.

Se estiver sempre emitindo cheques sem nada depositar na sua conta bancária, você acabará sem dinheiro. O mesmo acontece com a sua vida. Sem depósitos regulares de paz na conta da vida, faltar-lhe-á vigor, tranquilidade e felicidade. Finalmente, você será levado à falência - emocional, mental, física e espiritualmente. Porém, a comunhão diária com Deus reabastecerá permanentemente seu saldo bancário interno.

Não importa quão ocupados estejamos, não devemos nos esquecer de libertar a nossa mente por completo, de vez em quando, das preocupações e de todos os afazeres. (...) Durante um minuto de cada vez, tente afastar pensamentos negativos, fixando a mente na paz interna, especialmente se estiver preocupado. Depois, tente permanecer durante vários minutos com a mente calma. Em seguida, pense em algum incidente feliz; mantenha o pensamento nele, visualiza-o; reviva mentalmente alguma experiência agradável, repetidas vezes, até que tenha esquecido inteiramente suas preocupações.

Quando acossada por tribulações mentais esmagadoras ou por preocupações, a pessoa deve tentar dormir. Se puder fazê-lo, descobrirá, ao acordar, que houve um alívio na tensão mental e que a preocupação afrouxou suas garras. Nessas horas, precisamos nos lembrar de que, mesmo que morramos, a Terra continuará a seguir em sua órbita e os negócios continuarão sendo feitos como de costume; portanto, por que se preocupar? (...)"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 89/90)
http://www.omnisciencia.com.br/onde-existe-luz.html


quinta-feira, 22 de maio de 2014

NO SILÊNCIO BUSQUE A COMUNHÃO COM DEUS

"Bharatha é a terra onde cada um tem rathi (apego) a Bah ou Bragavan (Deus). Hoje, no entanto, as pessoas estão perdendo este sabor e este apego. Vocês podem Me dizer: 'Estamos tão ocupados; não temos tempo a dispensar.' Bem, posso acreditar que seja verdade. Sei que, não obstante o trabalho árduo, vocês têm achado tempo durante o dia para ir ao cinema, para manter conversas, promover partidos e engajar-se neles, envolver-se em querelas e em muitas outras distrações que aumentam suas preocupações. Melhor é que se mantenham longe daqueles companheiros que os atraem a tais distrações, distrações que os debilitam e o preocupam. Cada manhã e cada noite (ou tarde), dediquem alguns momentos ao silêncio em seus próprios santuários ou no lar; dediquem-nos ao mais alto de todos os poderes que conhecem. Estejam em sua elevada e inspiradora companhia. Adorem-no mentalmente. Ofereçam-lhe toda ação que praticarem. Vocês saem deste silêncio mais nobres e mais heróicos do que eram quando nele entraram. Pensem bem: vocês voltam do cinema ou do teatro mais pacificados, mais heróicos, mais puros, mais nobres do que quando foram? Não. Suas paixões cresceram, impulsos animais foram estimulados, a natureza inferior foi nutrida. Nada mais lhes pode propiciar a mais rica recompensa que o silêncio, a prece e a comunhão com o Mestre lhes dão. Nem mesmo uma respeitável conta bancária, uma coleção de diplomas, ou os músculos de um lutador campeão lhes bastam."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 92)
www.record.com.br


PREOCUPAÇÃO E MEDO (1ª PARTE)

"Embora a vida pareça caprichosa, incerta e cheia de problemas de toda ordem, ainda assim estamos sempre sob a proteção amorosa e orientadora de Deus. Não faça um escarcéu a respeito de coisa alguma. Lembre-se de que, sempre que você se preocupa, está aprofundando a ilusão cósmica dentro de você.

O medo de fracassar ou de ficar doente se cultiva remoendo esses pensamentos na mente consciente, até fincarem raízes no subconsciente e, por fim, na superconsciência. Em seguida, os temores arraigados superconsciente e subconscientemente começam a germinar e a preencher a mente consciente com as plantas do medo, que não são tão fáceis de destruir quanto teriam sido os pensamentos originais. Afinal, essas plantas produzem frutos venenosos que cheiram à morte. (...) Arranque-os de dentro de você, concentrando-se poderosamente na coragem, e desloque sua consciência para a absoluta paz de Deus em seu interior.

Seja qual for o seu temor, desvie sua mente dele e entregue o caso a Deus. Tenha fé Nele. Muito do sofrimento se deve, apenas, às preocupações. Por que sofrer agora, se a doença ainda não chegou? Uma vez que a maioria de nossas doenças é provocada pelo medo, se você o abandonar estará imediatamente livre. A cura é instantânea. Todas as noites, antes de dormir, faça a seguinte afirmação: 'O Pai Celestial está comigo, estou protegido'. Mentalmente envolva-se com o Espírito. (...) Você sentirá Sua maravilhosa proteção.

Enquanto mantiver sua consciência em Deus, você jamais sentirá medo. Todos os obstáculos serão superados pela coragem e pela fé. O medo vem do coração. Se alguma vez você se sentir tomado de pavor de alguma doença ou de acidente, deve inspirar e expirar profunda, lenta e ritmicamente, várias vezes, relaxando a cada expiração. Isso ajuda a normalizar a circulação. Se o seu coração estiver realmente calmo, você não poderá sentir qualquer medo.

Nosso problema é que, em vez de vivermos só o presente, tentamos viver no passado e no futuro ao mesmo tempo. Essas cargas são pesadas demais para a mente, por isso devemos restringi-las. O passado já se foi. Por que continuar a carregá-lo na mente? Deixe que ela cuide de seus fardos, um de cada vez. O cisne come apenas os sólidos contidos no líquido que ele filtra em seu bico. Da mesma forma, deveríamos nos lembrar apenas das lições que aprendemos no passado e esquecer os detalhes inúteis. Isso aliviará muito a mente. (...)"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 87/88)
http://www.omnisciencia.com.br/onde-existe-luz.html


quarta-feira, 21 de maio de 2014

VOCÊ TEM AUTORIZAÇÃO DIVINA?

"Um grande mestre espiritual concentra as almas puras à sua volta e as ensina, não apenas por palavras, mas também através da transmissão efetiva de espiritualidade. Não lhes dá simplesmente autoconfiança; ilumina de fato os corações de seus discípulos e converte-os em luz do mundo. Somente aqueles que alcançaram a iluminação, através da união com a luz que mora no coração de todos, podem tornar-se a luz do mundo. Somente esses iluminados têm condição de ensinar a humanidade; somente eles podem dar continuidade à mensagem da encarnação divina. Quando Sri Ramakrishna encontrava alguém que desejava pregar a palavra de Deus, perguntava-lhe: 'Você tem autorização divina?' Somente quem já viu Deus pode receber sua autorização, sua ordem direta para ensinar. A religião se perverte quando ensinada por pessoas não iluminadas. Não é bom fiar-se num diploma obtido em escolas de teologia: os livros não podem dar a iluminação. Pode-se estudar as escrituras, filosofia, história - pode-se ser versado em teologia, dogmas e doutrinas, e fazer sermões maravilhosos - e, no entanto, permanecer ainda como criança no que tange à vida espiritual. A fim de transformar a vida das pessoas, é preciso primeiro acender a sua própria candeia.

De acordo com o Vedanta, há dois tipos de conhecimento. O primeiro, inferior, consiste no conhecimento acadêmico, como o das ciências e da filosofia. Mesmo o conhecimento das escrituras é considerado um conhecimento inferior. O segundo, o conhecimento superior, é a percepção imediata de Deus. A pessoa iluminada por esse conhecimento superior não precisa de informções enciclopédicas a fim de discorrer sobre as escrituras: ela ensina a partir da sua experiência interior.(...)" 

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 41/42)
www.pensamento-cultrix.com.br


A NATUREZA DA BONDADE

"No tratado A filosofia Perene, Adous Huxley afirma: ‘O bem é a conformidade separada do eu, até a aniquilação final no fundamento divino que lhe dá existência; o mal é a intensificação da separatividade, a recusa em reconhecer que o fundamento existe’.

A bondade, portanto, é aquilo que reflete ou tenta refletir a divindade profundamente alojada dentro de nós. Essa divindade não é sua nem minha. Ela penetra tudo que existe, sendo, portanto, um todo indivisível. Por isso, a bondade não pode existir quando pensamos e sentimos que somos indivíduos separados, seres com identidades, interesses e desejos próprios.

Ao pensar desse modo, ficamos limitados e sofremos por causa dos desejos não realizados: dinheiro, fama, posição social, reconhecimento de nossa suposta importância, etc. Alem disso, ao tentar satisfazer desejos egoístas, (físicos, emocionais ou mentais), mais cedo ou mais tarde acabamos sofrendo. (...)

A bondade reflete-se na vida diária de várias maneiras. O relacionamento correto com todas as coisas e com todas as pessoas é uma qualidade básica da bondade – o relacionamento com a terra, a água, o ar, as árvores, os animais e os seres humanos. Isso surge de um permanente senso de harmonia e respeito por tudo, pois tudo que vive é sagrado. (...)

É preciso lembrar que a bondade sempre purifica, como afirma o livro A Chave para a Teosofia (Ed. Teosófica): ‘Para cada flor de amor e caridade que plantamos no jardim do nosso vizinho, uma semente daninha desaparece do nosso próprio jardim’. (...)

Inundemos o mundo com pensamentos de amor; eles se disseminarão nos lugares mais longínquos. Assim devemos nos treinar."

(Surendra Narayan - A natureza da bondade - Revista Sophia, Ano 5, nº 19 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 29)


terça-feira, 20 de maio de 2014

NÃO MATES AS TUAS SAUDADES

"Escreveste-me que estavas com saudades de mim - e me escreves para matar saudades.

Por favor, querida, não mates as tuas saudades.

Deixa viver as tuas saudades.

E, se morreres de saudades, é esta a mais bela das mortes.

Essa morte te fará viver na vida eterna - porque saudade é amor na ausência.

E será amor de presença eterna.

Quem morre de saudades morre de fome - e é mil vezes melhor morrer de fome do que viver com fastio.

Por vezes, o amor nos causa fastio - mas as saudades sempre nos deixam com fome.

Quem bebe da água das saudades terá sede outra vez.

Se o amor humano fosse amor integral, seria amor na presença - assim como saudade é amor na ausência.

Seria amor fascinante. sem fastio - assim como saudade é amor sempre faminto.

Mas o amor humano é suicida - mata-se a si mesmo.

É suicida por falta de transcendência - e excesso de imanência.

Só se pode amar deliciosamente o que sempre se possui - e sempre se procura.

O que é tão longínquo como a ausência - e tão propínquo como a presença.

Se Deus fosse apenas presença, e não também ausência - seria eu o rei dos ateus, ateu por fastio de Deus.

Mas como Deus é longínqua ausência e propínqua presença - eu vivo de saudades do Deus sempre presente e sempre ausente.

É esta a minha vida eterna.

A vida num Deus sempre possuído - e sempre procurado.

É este o estranho paradoxo da felicidade: procurar o que se possui - e possuir o que se procura.

Quanto mais o homem possui a Deus, tanto mais o procura.

A vida eterna é um incessante ser e um interminável devir, um estado - e um processo, um ter e um eterno querer.

Porque todo o finito em demanda do Infinito está sempre a uma distância infinita.

A vida eterna é uma sinfonia inacabada."

(Huberto Rohden - De Alma Para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo -SP, 2005 - p.75/76)
www.martinclaret.com.br


DESPERTANDO SUA MENTE

"Tudo é energia. A ciência descreve a energia e o modo como ela trabalha em termos físicos, com base em elementos terrenos: o modo como combinações específicas de átomos se agrupam. É em um nível mais alto - na dimensão espiritual - que encontramos a força que mantém os átomos juntos. Esta energia é aquilo que eu chamo de energia da Força de Deus.

Todo o universo é permeado por esta energia da Força de Deus. É disto que somos feitos e é daí que viemos.

A energia da Força de Deus é o Centro de tudo o que existe.

A mente, o espírito e o corpo físico são compostos da mesma energia da Força de Deus; entretanto, cada um deles vibra em uma frequência diferente. Quando me perguntam se a mente é uma parte do cérebro, respondo que o cérebro é o órgão da mente, assim como os olhos são o órgão da visão. A visão depende da saúde dos olhos, e o mesmo pode ser dito sobre a mente e o cérebro. O cérebro está em permanente evolução; depende de cada um de nós desenvolver e aumentar o seu poder. A mente já é perfeita.

A mente parece ser a janela para a própria natureza. Ela pode criar, imaginar e raciocinar. Quando aproveitamos a energia positiva da mente, os resultados são simplesmente inacreditáveis. A mente está ligada à energia da Força de Deus que cerca todas as coisas. Mozart ouvia a música em sua mente e utilizava o cérebro para escrever as notas. O cérebro era o meio através do qual ele podia compor, mas era sua mente que criava aquele esplendor musical.

Ao compreender que o cérebro não é a fonte das idéias, mas sim a mente, precisamos entender também que cada mente individual está ligada à Mente Universal e compartilha de sua substância."

(James Van Praagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 17)
www.esextante.com.br


segunda-feira, 19 de maio de 2014

QUE TRAJE VOCÊ USA?

"O traje que você usa ao rezar deve ser o da confiança, louvor e graças. Essa é a disposição ou traje apropriado. Deve ser receptivo, com a mente aberta, pronto para receber todas as bençãos que lhe foram concedidas desde o princípio dos tempos. 'Todas as coisas estarão prontas, se a mente estiver.'

Em todas as noites de sua vida, ao ir dormir, está se apresentando diante do Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores, o Espírito Vivo Todo-Poderoso, a Presença de Deus em você. Se se apresentar diante de um rei humano como servo, receberá as funções de servo ou escravo, conforme o caso. Se se apresentar diante do rei de qualquer país com as estrelas de general, receberá uma função correspondente.

Se você é chamado à presença de alguma pessoa preeminente, por exemplo, vai se apresentar com as suas melhores roupas. Não vai se preocupar muito se o terno está impecavelmente passado ou a gravata direita na presença de uma criada, mas cuidará meticulosamente de seu traje se for se eoncontrar com o Presidente dos Estados Unidos.

Você visita o Rei dos Reis, espiritualmente falando, todas as noites, ao cair no sono profundo. Use o traje do amor, paz, boa vontade e esperança. Use o traje da fé e certeza de que a natureza da Inteligência Infinita responde quando você a chama. Nunca vá dormir usando o traje da depressão, raiva, ressentimento ou autocondenção. Nesse caso, seu traje estará cheio de buracos, puído, sujo. Na medida em que o subconsciente sempre amplia o que nele se deposita, você estará gerando mais problemas para si próprio.

Limpe a sua mente antes de dormir. Perdoe a si mesmo e a todos os outros e vá ao encontro de Deus com uma canção de louvor no coração. Deus lhe dará uma benção tão abundante que não haverá espaço suficiente para recebê-la. Seu último pensamento antes de dormir fica gravado na mente subconsciente, o livro da vida, que registra tudo o que você sente e acredita.

Deus é amor absoluto e concede tudo o que você pedir e sentir ser verdadeiro. Deus é impessoal. Porque o Senhor é bom; a sua misericórdia dura para sempre; e a sua verdade de geração em geração (Salmos, 100:5)."

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 155/156)
www.record.com.br


OS MAUS HÁBITOS SÃO COMO O POLVO

"Os maus hábitos são como o polvo - com muitos tentáculos que mantém o objeto fortemente aprisionado. Uma vez que o envolvem, esses hábitos de polvo se alimentam de você e o destroem. Contudo, se os bons hábitos se apoderarem de você, eles o nutrirão.

Absolutamente não permita que a mente lhe diga que é muito difícil ser bom e muito fácil ser mau. É muito mais fácil ser bom do que sofrer as consequências dos maus atos. É um pouco difícil, às vezes, resistir às tentações, porque os sentidos estão sempre preparando armadilhas. Mas depois que você adquire o hábito de ser bom, torna-se muito difícil ser mau, pois sabe que vai apanhar por dentro e por fora se fizer algo que reconhecer como errado. Ter maus hábitos não traz alegria, pois o mal destrói toda a graça. O mal sacia a mente, e logo não há mais alegria em comer demais, no excesso de atividade sexual, no exagero da complacência com qualquer um dos sentidos. Se você exagerar em alguma coisa, lembre-se de que está sob a influência e sob as garrras dos maus hábitos. Por exemplo: se você sofre de úlcera e, por causa do hábito, continua a comer carne vermelha, fritura ou comidas apimentadas, que irritam ainda mais o estômago e acabam com a proteção criada pelo organismo para curar a úlcera, seu estado vai piorar e poderá degenerar em câncer ou hemorragia interna. Em vez disso, ingira alimentos leves e em forma de purê, e também coisas que não irritem as paredes do estômago. Por que permitir que o hábito o faça ingerir os alimentos que você já sabe que lhe fazem mal?

O crime não compensa e os maus hábitos também não. Acabam com a saúde, a felicidade e a paz de espírito. Além do mais, assim você estabelece um mau exemplo para seus entes queridos. Faça agora o esforço de vencer os hábitos nocivos. Não seja um fraco; mantenha-se longe das coisas que estimulam os maus hábitos. E escolha sempre bons substitutos, que proporcionam paz de espírito e um corpo saudável e sólido.

As tentações são poderosas e sedutoras, mas você é mais forte, pois tem a imagem de Deus dentro de si. Não importa quantas vezes caia; o importante é levantar-se de novo. Você só está perdido quando admite a derrota. E perdidas estarão também a paz e a felicidade."

(Paramahansa Yogananda - O Romance Com Deus - Self Realization Fellowship - p. 333/334)
http://www.omnisciencia.com.br/livros-yogananda/romance-com-deus.html


domingo, 18 de maio de 2014

A VOZ DA CONSCIÊNCIA CRÍSTICA

"A luz onipresente de Deus, impregnada da Inteligência Crística universal, emana silenciosamente amor divino e sabedoria para guiar todas as criaturas de volta à Consciência Infinita. A alma, sendo um microcosmo do espírito, é uma luz sempre presente no homem para orientá-lo por meio da inteligência discernidora e da voz intuitiva da consciência; mas a racionalização de ávidos caprichos e hábitos frequentemente se recusa a segui-la. Tentado pelo Satã da ilusão cósmica, o homem prefere ações que obstruem a luz da judiciosa orientação interna.

A origem do pecado - e do resultante sofrimento físico, mental e espiritual - jaz, portanto, no fato de que a divina inteligência e o discernimento da alma são subjugados pelo mau uso que o homem faz de seu livre-arbítrio concedido por Deus.  Embora pessoas sem compreensão atribuam a Deus suas próprias tendências vingativas, a 'condenação' de que fala Jesus não é uma punição imposta por um Criador tirânico, mas uma consequência que o próprio homem se impõe por meio de suas ações, de acordo com a lei de causa e efeito (karma) e a lei do hábito.

Sucumbindo a desejos que matêm sua consciência concentrada e confinada no mundo material - as 'trevas' ou porção grosseira da criação cósmica, na qual a Presença Divina iluminadora é intensamente obscurecida pelas sombras da ilusão de maya -, as almas envolvidas pela escuridão da ignorância, humanamente identificadas com egos mortais, entregam-se repetidas vezes a suas formas errôneas de vida, que se tornam então firmemente entricheiradas no cerébro como maus hábitos de comportamento mortal.

Quando disse que os homens preferem as trevas à luz, Jesus se referia ao fato de que os hábitos materiais mantêm milhões de pessoas distantes de Deus. Ele não quis dizer que todos os homens amam as trevas - somente aqueles que não fazem qualquer esforço para resistir às tentações de Satã, tomando em vez disso o caminho fácil que os leva encosta abaixo na montanha dos maus hábitos, tornando-se assim acostumados às trevas da consciência mundana. Ao fecharem as portas à voz da Consciência Crística que sussura em sua consciência individual, eles se afastam da experiência de alegria, infinitamente mais tentadora, que se alcança por meio de bons hábitos estimulados pela luz orientadora da sabedoria em suas almas."

( Paramahansa Yogananda - A Yoga de Jesus - Self - Realization Fellowship - p.77/78)
http://www.omnisciencia.com.br/livros-yogananda/yoga-de-jesus.html