OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

O QUE PODE UM HOMEM

"O progresso da alma humana é algo que não tem limite! - dizem as Escrituras Sagradas.

O que o ser humano já conseguiu de progresso é algo inimaginável. Nossa criatividade é impressionante, a mente é fantasticamente criativa.

Em todos os setores da vida não param de acontecer descobertas sensacionais. É só observar o que aconteceu e acontece nas áreas científica, médica, psicológica, no setor de engenharia, agricultura, nas artes, nas comunicações e no quase surreal avanço das novas tecnologias... Certamente você tem outros exemplos.

Na área humanista e espiritual aqui nasceram e viveram (e vivem) gigantes da família humana, seres iluminados que são faróis para a humanidade às vezes caótica e perdida, mesmo com todos os avanços.

A tarefa de desvendar o potencial humano é um desafio permanente.

Porém, com toda essa conquista maravilhosa, continuamos com um pequeno defeito, que as técnicas mais modernas ainda não conseguiram reparar. É esse defeito temporário que tem feito toda a diferença na saga humana. É essa falha no sistema que vem impedindo que as benesses do desenvolvimento sejam de fato benéficas para o todo.

O dia em que conseguirmos diminuir a taxa de I.E.H. veremos o I.D.H. dos países subir astronomicamente.

Você sabe o que é I.D.H. (Índice de Desenvolvimento Humano). Mas I.E.H. é uma sigla nova, um tanto desconhecida, que significa Índice de Egoísmo Humano.

Este é o nosso defeito de fábrica.

Corrigindo-o, seremos capazes de irmos realmente mais longe.

E o mais longe pode estar tão perto!"

Fernando Mansur, Escrita Divina, Edição do Autor, 2017, p. 146.
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terça-feira, 14 de janeiro de 2025

INSTINTO E INTELIGÊNCIA

"(...) O instinto, quando desenvolvido e educado, torna-se um sentido a mais, vigilante no organismo em defesa de sua estrutura biológica, e a inteligência é a luz balsâmica a conduzi-lo no labirinto das agressões externas que o ser deve enfrentar.

Judas, por instinto infeliz, de medo e de ambição desmedida, enganou-se, traindo Jesus.

Maria Madalena, guiada pela inteligência que a induziu a libertar-se dos instintos vis que a dominavam, encontrou Jesus e liberou-se do vício, sublimando os sentimentos em que chafurdava.

Átila, guiado pela fúria do instinto perverso, assolou grande parte do mundo do seu tempo e sucumbiu devorado pelo ódio.

Agostinho de Hipona, reconhecendo, pela inteligência, a grandeza de Jesus e de Sua mensagem, superou os tormentos íntimos do instinto sexual e fez-se modelo de equilíbrio para si mesmo e para a posteridade. 

Pilatos, lavou as mãos, por instinto, evitando envolver-se na trama da covardia farisaica e, por falta de inteligência lúcida, comprometeu-se vilmente, perdendo a oportunidade feliz que se lhe deparara.

Guiado pela inteligência iluminada pelo sentimento de amor, o instinto se transforma em instrumento de felicidade.

Mediante, portanto, os atos que decorrem da conduta humana, pode-se saber quando são procedentes do instinto ou da inteligência."

Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Lições para a Felicidade, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 2003, p. 22/23.
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

A GRAÇA DIVINA

"Há muitas pedras no chão, mas bem poucas são diamantes. De modo semelhante, não é fácil encontrar verdades espirituais entre a confusão das opiniões humanas.

"A graça divina é como os mais preciosos desses raros diamantes. Ela está lá para ser encontrada por todos os que a buscarem diligentemente, porém, para encontrá-la, a pessoa deve fazer mais do que folhear alguns livros ou frequentar algumas palestras. A graça não pode ser encontrada onde as pessoas acreditam que ela esteja. Ela deve ser buscada do modo certo, no lugar certo, e com o espírito certo.

"O espírito certo é uma atitude de amor incondicional com respeito a Deus. O lugar certo é dentro de você. O modo certo é o silêncio da profunda meditação.

"Para achar Deus, você deve entrar em harmonia com os Seus caminhos."

Paramhansa Yogananda, A Essência da Autorrealização, Ed, Pensamento-Cultrix, São Paulo, 2010, p. 116.
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terça-feira, 7 de janeiro de 2025

A PIEDADE

“17. A piedade é a virtude que mais vos aproxima dos anjos; é a irmã da caridade, que vos conduz a Deus. Ah! deixai que o vosso coração se enterneça ante o espetáculo das misérias e dos sofrimentos dos vossos semelhantes. Vossas lágrimas são um bálsamo que derramais em suas feridas, e quando, por uma doce simpatia, chegais a lhes proporcionar esperança e resignação, que encanto não experimentais! É verdade que esse encanto tem um certo amargor, porque nasce ao lado da desgraça, mas, não tendo o sabor amargo dos gozos mundanos, também não traz as pungentes decepções do vazio que estes últimos deixam após si; tem uma suavidade penetrante que enche a alma de júbilo. A piedade, a piedade bem sentida é amor, amor é devotamento; devotamento é o esquecimento de si mesmo e esse esquecimento, essa abnegação em favor dos infelizes, é a virtude por excelência, aquela que o divino Messias praticou em toda a sua vida e ensinou na sua doutrina tão santa e tão sublime. Quando esta doutrina for restabelecida na sua pureza primitiva, quando for admitida por todos os povos, ela tornará feliz a Terra, fazendo que reinem aí a concórdia, a paz e o amor.

O sentimento mais apropriado para vos fazer progredir, domando em vós o egoísmo e o orgulho, aquele que predispõe vossa alma à humildade, à beneficência e ao amor do próximo, é a piedade! piedade que vos comove até as entranhas à vista dos sofrimentos de vossos irmãos, que vos impele a lhes estender a mão para socorrê-los e vos arranca lágrimas de simpatia. Nunca, portanto, abafeis nos vossos corações essas emoções celestes, nem procedais como esses egoístas endurecidos que se afastam dos aflitos, porque o espetáculo de suas misérias lhes perturbaria por alguns instantes a alegre existência. Temei conservar-vos indiferentes, quando puderdes ser úteis. A tranquilidade comprada a custo de uma indiferença culposa é a tranquilidade do Mar Morto, que oculta no fundo de suas águas a lama fétida e a corrupção.

Quão longe, no entanto, se acha a piedade de causar a perturbação e o aborrecimento de que se apavora o egoísta! É certo que a alma experimenta, ao contato da desgraça alheia, um constrangimento natural e profundo que faz vibrar todo o ser e o abala penosamente, fazendo que se volte para si mesma. Grande, porém, é a compensação, quando conseguis dar coragem e esperança a um irmão infeliz que se enternece ao aperto da mão amiga e cujo olhar, úmido, por vezes, de emoção e de reconhecimento, se dirige para vós docemente, antes de se fixar no céu em agradecimento por lhe ter enviado um consolador, um amparo. A piedade é o melancólico, mas celeste precursor da caridade, primeira das virtudes que a tem por irmã e cujos benefícios ela prepara e enobrece. - Miguel. (Bordeaux, 1862.)”

Texto extraído do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, FEB, 2018, p. 186/187.
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quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

RESGATE E RENOVAÇÃO

"A reencarnação não seria caminhada redentora se já houvesses atendido a todas as exigências do aprimoramento espiritual.

Enquanto na escola, somos chamados ao exercício das lições.

Ante a Lei do Renascimento, surpreenderás no mundo dificuldades e lutas, espinhos e tentações.

Reencontrarás afetos que a união de milênios tornou inesquecíveis, mas igualmente rentearão contigo velhos adversários, não mais armados pelos instrumentos do ódio aberto, e, sim, trajados noutra roupagem física, devidamente acolhidos à tua convivência dificultando-te os passos, através da aversão oculta.

Saberás o que seja tranquilidade por fora e angústia por dentro. Desfrutarás a amenidade do clima social que te envolve com os mais elevados testemunhos de apreço e respirarás, muitas vezes, no ambiente convulsionado de provações entre as paredes fechadas do reduto doméstico. Entenderás, porém, que somos trazidos a viver, uns à frente dos outros, para aprendermos a nos amar reciprocamente como filhos de Deus.

Perceberás, pouco a pouco, segundo os princípios de causa e efeito, que as mãos que te apedrejam são aquelas mesmas que ensinaste a ferir o próximo, em outras eras, quando o clarão da verdade não te havia iluminado o discernimento e reconhecerás nos lábios que te envenenam com apontamentos caluniosos aqueles mesmos que adestraste na injustiça, entre as sendas do passado, a fim de te auxiliarem no louvor à condenação.

Ergues-te hoje sobre a estima dos corações com os quais te harmonizaste pelo dever nobremente cumprido, entretanto, sofres o retorno das crueldades que te caracterizavam em outras épocas por intermédio das ciladas e injúrias que te espezinham o coração.

Considera, porém, o apelo do amor a que somos convocados dia por dia e dissolve na fonte viva da compaixão o fel da revolta e a nuvem do mal. Aceita no educandário da reencarnação a trilha de acesso ao teu próprio ajustamento com a vida, amando, entendendo e servindo sempre.

Se alguém te compreende, ama e abençoa. Se alguém te injuria, abençoa e ama ainda.

Seja qual seja o problema, nunca lhe conferiras solução justa, se não te dispuseres a amar e abençoar.

Onde estiveres, ama e abençoa sem restrições ante a consciência tranquila e conquistarás, sem delongas, o domínio do bem que vence todo mal.”

Mãos Unidas, Reflexões à luz dos ensinamentos do Cristo, Chico Xavier/Emmanuel, IDE,2009, p. 39/41.
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