OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

QUEM TEM FÉ EM DEUS ESTÁ LIVRE DA DÚVIDA


“É fácil realizar ações extraordinárias que nos trazem nome e fama. O caráter de um homem, porém, se conhece pelas pequenas ações cotidianas. O verdadeiro karma yogi não faz publicidade de suas ações. Não importa o quão insignificante possa ser seu trabalho, ele se dedica à tarefa de coração e alma, porque, para ele, trata-se de um ato de adoração a Deus.

Todo mundo prefere fazer o que mais gosta. O segredo do trabalho, contudo, não é esse. Em qualquer ação que realizarem, gostem dela ou não, saibam que se trata de uma ação de Deus e que devem se ajustar a ela da melhor maneira possível. Lembrem-se de que tudo deve ser realizado como um ato de adoração a Deus. Com três quartos da mente pensem em Deus e com o resto realizem seu trabalho. Se puderem agir assim, seu trabalho será realmente um ato de adoração e seus corações ficarão repletos de felicidade.

Não desistam de suas práticas espirituais sob nenhuma circunstância. Se deixarem de praticar o japa e a meditação para se dedicarem apenas ao trabalho, o sentimento de egoísmo certamente surgirá e vocês serão a causa de desentendimentos e desarmonia. (...)

Esse é o verdadeiro segredo da ação. Aprendam primeiro a gostar do que fazem, mas não criem expectativas quanto aos resultados de seu trabalho. Somente quando forem capazes de realizar qualquer ação como um ato de adoração a Deus, apreciarão o que fizerem e não sentirão apego pelos frutos de suas ações. (...)

Sejam pessoas ativas, mas lembrem-se sempre de Deus. Tenham fé! Sem ela ninguém chega até Ele. Quem tem fé verdadeira, com certeza já alcançou Deus. Se tiverem fé numa moeda, ela terá valor, mas, sem fé, para vocês nem uma moeda de ouro terá valor. Quem tem fé em Deus está livre da dúvida. Sem renúncia não pode haver fé nem devoção. A renúncia é algo de suma importância, pois é ela que destrói todo o ego."

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro – Ed. Vedanta, São Paulo - p. 262/263)
http://www.vedanta.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=75&Itemid=82


KARMA

Ele não conhece nem ira nem perdão; completa verdade 

É o que mede sua vara, é o que pesa sua balança infalível; 

O tempo não conta; julgará amanhã,

Ou depois de muitos dias. 

Assim o punhal do assassino golpeará ele mesmo;

O juiz injusto perderá seu próprio defensor; 

A língua enganosa vitupera sua própria mentira; 

O ladrão sorrateiro e o solerte larápio roubam, só para devolver. 

Esta é a Lei que conduz à justiça, 

A qual ninguém pode fugir ou arrostar; 

Seu coração é Amor, o seu fim 

É doce Paz e Consumação. 

Obedecei! 

(Sir Edwin Arnold - Luz da Ásia, Ed. Teosófica, Brasília)  


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

SOMOS COMPLETAMENTE DEPENDENTES DE DEUS


“Como ser mortal, temporal, por que deve o homem pensar que tem direito automático às coisas deste mundo? Ele nem sabe por que veio ao mundo, nem quando o deixará. Somos completamente dependentes de Deus, que nos trouxe aqui. Estamos na Terra para cumprir, o melhor que pudermos, os deveres concedidos por Deus e para depositar os resultados a Seus pés. Somos sustentados por Deus durante cada momento de nossa existência; não só agora, mas por toda a eternidade. Que tristeza quando o homem abandona o próprio Ser que lhe dá a vida!

“Dê tudo a Deus”, dizia Guruji, “até a responsabilidade por seus atos. Ele quer que você O considere responsável, pois Ele é o verdadeiro Autor de tudo por intermédio de você. Você tem procurado roubar Dele tanto os frutos de suas ações quanto a responsabilidade de executá-las.” De manhã, de dia e de noite, o homem comum se envolve com “eu, mim, meu”. Em contraste, como é admirável, como é inspiradora a doce humildade de nosso Guru! Quando alguém o elogiava, um sorriso inefavelmente meigo vinha furtivamente à sua face, e ele dizia: “É Ele que é o Autor, não eu”.

Paramahansaji ensinava: “Quando morrer este ‘eu’, então saberei quem sou Eu”. Quando a consciência do ego se for, pode-se viver em verdade nesta percepção: “Senhor, se faço algum bem neste mundo, é por Tua causa. Perdoa-me, por favor, pelos erros que cometo, e ajuda-me a fazer melhor na próxima vez.”

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realizatio Fellowship - p. 119/120)


A VERDADE DE DEUS É UMA VERDADE ETERNA

""Mas, a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus, mesmo àqueles que acreditam em seu nome."

Adorar um Cristo ou um Krishna é adorar a Deus. Não é, porém, adorar um homem como Deus, adorar uma pessoa. É adorar o próprio Deus, a Existência impessoal-pessoal na encarnação e através dela; é adorá-la como una com o Espírito eterno, transcendente como o Pai e imanente em nossos corações. Neste contexto, o testemunho de São Paulo sobre Cristo é de importância relevante. Diz ele:

"Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. E nele fostes levados à plenitude, Ele que é a  cabeça de todo principado e poder."

De igual peso é a afirmação de São João de que a mesma Palavra que era "no princípio" e "era Deus" se fez carne em Cristo. Nesta passagem, o autor do quarto Evangelho relembra-nos que seu mestre não era um mero homem histórico, mas que é o Cristo eterno, um com Deus desde os tempos sem princípio. Este ponto de vista parece validado por Jesus, ao dizer: "Antes que Abraão existisse, eu sou."

Um hindu, pois, acharia fácil aceitar Cristo como uma encarnação divina e adorá-lo sem reservas, exatamente como adora Sri Krishna ou outro avatar de sua escolha. Mas não pode aceitar Cristo como o único filho de Deus. Os que insistem em encarar a vida e os ensinamentos de Jesus como únicos, certamente terão grande dificuldade para compreendê-los. Qualquer avatar pode ser muito bem entendido à luz de outras grandes vidas e doutrinas. Nenhuma encarnação divina jamais veio para refutar a religião e a doutrina de outro, e sim para cumprir todas as religiões, porque a verdade de Deus é uma verdade eterna. Disse Santo Agostinho:

"Aquilo a que chamamos religião cristã existia entre os antigos, e nunca deixou de existir desde o começo da raça humana, até que Cristo se fez carne, quando então a religião verdadeira, que já existia, começou a ser chamada de Cristianismo."

Se Jesus, na história do mundo, tivesse sido a única fonte geradora da verdade de Deus, ele não seria a verdade; porque a verdade não pode ser gerada: ela existe. Mas se Jesus simplesmente revelou e interpretou essa verdade, então podemos olhar para os outros que fizeram o mesmo antes dele e da mesma forma o farão depois dele. E, de fato, à medida que lemos os ensinamentos de Jesus, descobrimos que ele deseja de nós todos que descubramos a verdade: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." Ele veio - como declara - não para destruir a verdade eternamente existente, mas para cumpri-la. Isto ele fez, reafirmando-a, dando-lhe vida nova através de uma apresentação renovada." 

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 50/51)


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A REGRA DE OURO


"Sabemos que a felicidade vem do íntimo. Felicidade é um estado interior. Você não se tornará feliz miraculosamente, por conta de mudanças externas, mas apenas de você mudar. Você precisa enxergar as coisas de um ponto de vista mais amplo. Alguém pode até lhe apontar o caminho, ensinar técnicas, mas é tudo o que pode fazer. O resto é por sua conta.

Buscar a felicidade e a alegria não é de forma alguma errado, pecaminoso ou prejudicial ao espírito. Você não pode se formar na escola da vida sem aprender o que é alegria.

Madre Tereza escreveu: 

"Estou certa de que você entende a Regra de Ouro: Deus é amor e nos criou para coisas realmente grandes, para amar e sermos amados. É por isso que devemos amar ao próximo como Deus ama cada um de nós. Amar é dar-nos até o ponto em que começa a doer. Não se trata do quanto damos, mas do amor que colocamos no que damos.

"Por isso é preciso rezar - o fruto da oração é o aprofundamento da Fé. O Fruto da Fé é o Amor - o amor em ação é Serviço - e, assim, atos de Amor são atos de Paz - e isso é viver a Regra de Ouro.

"Amai-vos uns aos outros como Deus ama cada um de nós."

Não concordo que a doação do amor verdadeiro implique em dor, porque há tanta satisfação nessa entrega, que qualquer dor logo será suavizada.

Mas o resto é pura sabedoria. Se todos se dispusessem a seguir essas orientações tão simples de Madre Tereza, a violência e a guerra desapareceriam e a paz reinaria no mundo.” 

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro - p. 118/119)