OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 8 de maio de 2013

NOSSO DESTINO DIVINO

"O homem tem um destino divino a cumprir, mas são poucos os que conhecem a finalidade de sua existência e, menos ainda, os que sinceramente procuram alcançar esse objetivo. Passa-se a vida comum cuidando das carências do corpo, cumprindo as responsabilidades impostas pelas necessidades do momento. Dessa maneira, o homem médio vive e morre sem saber de onde veio, por que está aqui e para onde vai.

As grandes escrituras do mundo afirmam que o homem é a mais inspirada criação do Divino; que ele, de fato, é feito à imagem de seu Criador. Será a imagem de Deus um corpo de carne, propenso a doença e impotente contra a morte? Uma inteligência coberta por maya e sujeita a estados inconstantes de humor e emoções? Isso não pode ser a imagem do Grande Poder que concebeu e mantém as complexidades cósmicas do Universo! Onde está, pois, a imagem divina pela qual se supõe o homem seja feito?

O homem é um ser tríplice. Ele tem um corpo, mas não é esse corpo que reclama, sofre e morre. Ele tem uma mente, mas não é essa mente que é desvirtuada pelas artimanhas da ilusão cósmica. Sua natureza real é o atman imortal, a alma que habita, de forma invisível, o templo da carne mortal. Esse atman é a imagem de Deus dentro do homem - a imagem completamente perfeita, cujas qualidades divinas são amor, sabedoria, onipotência e alegria eterna.

Cego é o filho de Deus que permite a profanação dessa imagem divina dentro de si, turvando-a com as imperfeições da consciência material a ponto de ela não poder mais ser reconhecida. Ao fazer assim, o homem vive contra sua verdadeira natureza. Eis porque ele nunca está totalmente satisfeito, por que sempre existe algum anseio, bem no fundo, que o lança primeiro para um caminho, depois para outro, procurando a incógnita quantidade sempre evasiva.

O "algo mais" que o homem procura é Deus: o Ser Divino que palpita logo atrás das batidas do coração; o Amor que se filtra através de todas as formas de amor pela família, amigos e ser amado; a Alegria que acende todas as chamas de felicidade; a Sabedoria onisciente que está sentada logo atrás dos pensamentos da pequena mente humana. Mais próximo do que o mais próximo está o Poder Divino que deu vida ao homem e pode trazer sentido a realização à sua existência."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 24/25)


terça-feira, 7 de maio de 2013

HATHA YOGA - HATHA VIDYA (5ª PARTE)

" (...) A palavra Hatha é formada por ha, significando o sol e tha, a lua; ha é o pólo positivo e tha, o negativo. Vidya significa ciência, sabedoria. Hatha vidya é portanto a ciência das polaridades da bioenergia ou alento vital, aquela energia que mantém o corpo sadio e vivo. A energia solar ou positiva (ha) penetra-nos com a inspiração através da narina direita; e a lunar ou negativa (tha), pela esquerda.

O elemento de maior importância de Hatha Yoga evidentemente é o prana (a bioenergia ou alento vital), que absorvemos principalmente por via respiratória. A ciência médica de hoje ainda vê a respiração como um fenômeno exclusivamente bioquímico. É muito pouco. A respiração, além de sua já tão conhecida função fisiológica e bioquímica, segundo o Yoga clássico, é também um fenômeno energético e psíquico. É o que as velhas escrituras ensinam.

As duas correntes energéticas - ha e tha - se manifestam em nível fisiológico, respectivamente, nos impulsos nervosos ortossimpático (ha, estimulante) e vagossimpático (tha, frenador), no anabolismo-catabolismo, na acidez-alcalinidade, e na fisiologia em geral como "hiper" ou "hipo" funções (hipertensão-hipotensão, hipertonia-hipotonia, hipertermia-hipotermia...) etc. Quando predomina o equilíbrio (hatha), isto é, quando não ocorre predominância seja de ha, seja de tha nos diferentes aspectos fisiológicos, reina a saúde orgânica. Quando não, a doença. A saúde pode ser definida como eutimia, euforia, euritmia, eutonia, eutermia. A doença, por distimia, disforia, disritmia, distonia, distermia. A prática de Hatha Yoga se propõe a substituir "dis" por "eu". Quando ha ou tha predomina, acontece o "dis". O equilíbrio hatha restabelece o "eu".

Como pode voar bem um pássaro de asas assimétricas?! (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 66/67)


PRODUZIR O ÊXITO INTEGRAL

"O homem mais sábio é aquele que procura Deus. O mais bem-sucedido é aquele que encontrou Deus.

O êxito não é uma questão simples, não pode ser avaliado apenas pela quantidade de dinheiro e bens materiais que você possua. O significado do êxito é muito mais profundo. Só pode ser determinado na medida em que sua paz interior e seu controle mental o tornam capaz de ter felicidade em quaisquer circunstâncias. Esse é o verdadeiro êxito.

Os melhores professores jamais o aconselharão a ser negligente, mas lhe ensinarão a ser equilibrado. Sem dúvida, você tem que trabalhar para alimentar e vestir o corpo. Mas se permitir que um dever seja contraditório com o outro, não se tratará de um verdadeiro dever. Milhares de homens de negócios estão ocupadíssimos em acumular riquezas, esquecendo-se de que também estão criando um bocado de doenças cardíacas! Se o dever para com a prosperidade faz esquecer o dever para com a saúde, deixa de ser um dever. A pessoa deve desenvolver-se de maneira harmoniosa. É inútil dedicar a atenção especial para cultivar um corpo maravilhoso, se ele abrigar um cérebro de tolo. A mente também precisa ser desenvolvida. E se você tem saúde perfeita, prosperidade e conhecimentos intelectuais, e mesmo assim não é feliz, isto significa que ainda não alcançou êxito em sua vida. Quando puder verdadeiramente dizer: "Sou feliz e ninguém pode me roubar esta felicidade", você será um rei: terá encontrado a imagem de Deus dentro de você.

Outra característica do êxito é que não apenas trazemos resultados harmoniosos e benéficos a nós mesmos, mas também compartilhamos esses benefícios com os demais. 

A vida deveria ser, principalmente, serviço. Sem esse ideal, a inteligência que Deus lhe deu não está se dirigindo a seu objetivo. Quando, ao servir, você esquece o pequeno ego, sente o grande Eu do Espírito. Assim como os raios vitais do sol nutrem a todos, você deve espalhar os raios da esperança no coração dos pobres e dos abandonados, despertar coragem no coração dos que perderam ânimo e ligar de novo a força no coração dos que se julgam fracassados. Quando você compreender que a vida é uma alegre batalha pelo dever e, ao mesmo tempo, um sonho fugaz, quando você se impregna com alegria de tornar os outros felizes, oferecendo-lhes gentileza e paz, ao olhos de Deus sua vida é um êxito."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 73/74)


segunda-feira, 6 de maio de 2013

HATHA YOGA - COMPONENTES DO SISTEMA (4ª PARTE)

" (...) A Hatha Yoga é um treinamento que tem por objetivo condicionar o homem inteiro, portanto de grande abrangência. A fim de beneficiar a matéria, as energias, as emoções, os pensamentos, a sensibilidade e a conduta moral, finalmente tudo aquilo que constitui o homem, tem de operar com diversos procedimentos, manobras e técnicas. Seus principais componentes são:

(a) Asanas - posturas do corpo que agem terapêutica e corretivamente sobre todos os sistemas, órgãos, tecidos e funções orgânicas. Vista superficial e rapidamente por este aspecto, a Hatha Yoga tem sido confundida com uma simples ginástica e às vezes até contorcionismo. Guarde bem - apenas aparece;
(b) Pranayamas - manobras inteligentes e eficazes sobre o campo energético (prana), sobre os condutos sutis de energia (os naddis) e sobre os centros psicoenergéticos (os chakras) mediante principalmente exercícios respiratórios conscientizadores e voluntários;
(c) Bandhas - controles musculares;
(d) Mudras - gestos para controles neuromusculares;
(e) Nidras - técnicas de relax
(f) Kriyas - técnicas de purificação do meio interno;
(g) Mitahara nutrição pura, leve e energética (satova);
(h) Dharma - conduta ética marcada por não violência, verdade, retidão, humildade, desapego, renúncia;
(i) Dhyana - mente concentrada, viabilizando a mentalização e a meditação;
(j) Mantras - sílabas ou palavras de poder. 

Estes componentes do sistema, agindo sinergicamente  isto é, cada um ativando e aprimorando o outro, com algum tempo de prática, criam e mantêm aquela condição que os sábios hindus denominam arogya, que entendo como "Saúde Plena".

Nesta simples "iniciação" não tenho como explicar a contento cada um destes componentes, não consigo esclarecer a teoria e orientar a prática. Gostaria de fazê-lo. Um outro livro meu - Auto perfeição com Hatha Yoga - é um estudo extenso e claro e uma apropriada orientação aos que desejem ou precisem praticar, configurando o que se poderia chamar "Hatha Yoga sem mestre". Eles tem ajudado um sem número de pessoas a desfrutar excelentes condições de saúde e notáveis melhoras na qualidade de vida. Através de alguns anos ensinando Hatha Yoga a centenas de pessoas, fui delineando um método que denominei "Treinamento Antidistresse" com o qual é possível prevenir os conhecidos e temíveis distúrbios gerados pelo estresse mal administrado. Os depoimentos dos beneficiários evidenciam a admirável eficácia do método. Bendita Hatha Yoga. (...)" 

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 65/66)


QUESTÃO DE HERANÇA, CUIDADO COM A COBIÇA

"Contraste doloroso! Jesus fala do desapego dos bens materiais, da futilidade das riquezas da terra, e do valor imenso dos tesouros celestes - e esse homem, envolvido em um litígio com seu irmão por causa de uma herança, algum pedaço de terra ou uma casa, só pensa em conquistar os bens caducos da vida presente. Durante todo o sermão de Jesus, não pensara em outra coisa. Depois de lhe falharem os recursos judiciários, lembrou-se de apelar para o grande prestígio do profeta de Nazaré, no intuito de satisfazer a sua cobiça. Nada lhe importavam as verdades do reino de Deus; só o interessava o reino da terra; o seu Messias era o dinheiro, o seu Salvador era aquele que o ajudava a agarrar uns bons punhados de metal sonante!...
Replicou-lhe Jesus:
- Homem! Quem me constituiu juiz ou partidor sobre vós?
Sabia Jesus que aquele grito representava a mentalidade de muitos dos seus ouvintes, mais afeiçoados aos bens da terra do que aos tesouros do céu. Por isso acrescentou:
-Cuidado e cautela com toda a cobiça! Ainda que alguém viva na abundância, não é da sua fortuna que depende a vida.
Depois desse exórdio, desenvolve o Mestre, em uma luminosa parábola, a ideia central da sua exortação, dizendo:
- Um homem possuía um campo que lhe produzira fruto abundante. Ao que ele se pôs a pensar consigo mesmo: "Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos... Isto é que farei! Vou demolir os meus celeiros e construí-los maiores, para abrigar toda a colheita e os meus bens. Então direi à minha alma: Agora sim, minha alma, tens em depósito grande quantidade de bens para muitos anos! Descansa, come, bebe, regala-te!"
Deus, porém, lhe disse:
- Insensato! Ainda esta noite te hão de tirar a vida! E as coisas, que amontoaste, de quem serão?
Depois, olhando em derredor, acrescentou, com insistência:
- Assim acontece àquele que acumula tesouros para si, mas não é rico aos olhos de Deus.
Que terá pensado aquele homem que vinha pleitear questões de herança junto ao Mestre de Nazaré?..."

(Huberto Rohden - Jesus Nazareno - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 260)