OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 19 de junho de 2014

SABEDORIA E FORÇA INTERIOR PARA SER VITORIOSO NA VIDA

"Estas são as qualidades que nos capacitam a fazer escolhas acertadas quando as decisões da vida se apresentam diante de nós:
  • tranquilidade interior; o estado em que as nossas faculdades de intuição e discernimento podem despertar;
  • esforço para ser menos emotivo e mais objetivo, distanciando-se de apegos pessoais e preconceitos;
  • humildade para pedir orientação a Deus em vez de confiar na própria 'sabedoria'.
Ao meditarmos profundamente todos os dias, começamos a desenvolver e nutrir todas essas qualidades.

Como seria bom se Deus dissesse: 'Agora, meu filho, é só você se sentar que Eu lhe direi exatamente o que deve fazer, e quando. Basta seguir o que lhe digo e a sua vida será um mar de rosas!' Mas não é assim que funciona. Se Ele fizesse isso, não desenvolveríamos nossa natureza divina. Não poderíamos, pois é com esforço árduo e com o exercício do discernimento concedido por Deus que nossa divindade é revelada. Nós é que temos de trazer isso à tona. 

Enquanto não o fizermos, jamais perceberemos que realmente somos parte Dele. Intelectualmente talvez o compreendamos, mas isso tem pouco valor prático. Só quando percebemos a verdade diretamente - quando tivermos enfrentado todos os testes da vida e encontrado dentro de nós a orientação divina e a força para vencer - é que podemos dizer com convicção, como Cristo e todos os grandes seres: 'Eu e meu pai somos um; eu sei. Sou feito à Sua imagem invencível.'

Assim, desempenhamos o papel que nos cabe no lila do Senhor; no divino drama da vida, com a coragem, a fé e a sabedoria de um filho de Deus."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 28/29)


VIVA PARA OS OUTROS E ELES VIVERÃO PARA VOCÊ (1ª PARTE)

"Há os que dizem: 'Sou um homem religioso'. Contudo, se outra pessoa se sentasse no banco em que costumam sentar-se, na Igreja, estariam prontos para cortar a cabeça do intruso! De vez em quando vejo, em minhas classes, esse tipo de incidente. Se outra pessoa quer o seu lugar, ceda-o, mesmo que tenha de ficar em pré. Se tiver um comportamento exemplar, terá, todos os dias, alguém pensando em você com respeito. Quando aprender a viver para os outros, eles viverão para você. Enquanto viver egocentricamente, ninguém se interessará por você. O melhor modo de atrair as pessoas é com boas ações. 

Se olhar ao redor, durante uma festa, quase sempre notará alguns convidados que são claramente invejosos do que os outros têm. Ninguém gosta de estar com gente desatenciosa e egoísta. Mas todos têm prazer em estar com uma pessoa de tato e consideração.

Pratique a consideração, tanto no uso da linguagem quanto nas ações; e quando se sentir tentado a falar com aspereza, controle o impulso e, em vez disso, fale com calma. Que ninguém ouça palavras duras de sua boca. Não tenha medo de dizer a verdade quando solicitado, mas não imponha suas ideias aos outros. Lembre-se também de que pode ser verdadeiro chamar um cego de cego, ou uma pessoa doente de doente, mas é melhor evitar essa rudeza. Com bondade e consideração nas palavras que pronunciar, você eleva as pessoas e as torna melhores.

Entretanto, nem sempre são as palavras que os outros ouvem, mas a força e a sinceridade que existe por trás delas. Quando um homem sincero fala, o mundo se move. Quando ele diz algo, os outros escutam. Algumas pessoas falam sem parar, esperando convencer o ouvinte pelo constante jorro de palavras. O ouvinte prisioneiro, porém, só pensa: 'Por favor, deixe-me ir!' Quando falar, não fale muito de você mesmo. Procure falar de um assunto que interessa ao interlocutor. E ouça. Essa é a maneira de ser atraente. Verá como sua presença será solicitada. (...)"

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 142/143)


quarta-feira, 18 de junho de 2014

DEUS O GURU PERFEITO

"Subjugue seu ego. Dedique cada momento e cada movimento a Ele (o Senhor), que tem assegurado à humanidade o que propiciará a ela a liberação da dor e do mal. Quando se pergunta sobre onde está Deus, as pessoas apontam para o céu ou para alguma região remota. Eis porque Ele não está se manifestando. Dê-se conta de que Ele está dentro de você, com você, atrás, diante, em torno de você. Ele é todo misericórdia, sequioso e até ansioso por atender a suas preces, desde que estas brotem de um coração puro.

O Guru real é aquele que lhe fala deste Deus Onipenetrante, não aquele Guru que promete salvação se você depuser a seus pés uma bolsa. Não se deixe iludir por tais homens mundanos cheios de ambição e egoísmo. Peça a Deus que ilumine sua mente, desperte sua inteligência, e que Deus mesmo seja seu Guru. O próprio Deus seguramente o guiará de forma perfeita, a partir do altar de seu próprio coração. Para muitos Gurus de hoje, a cerca é mais importante que a plantação. É assim que enfatizam proibições e regras, em detrimento do sadhana (disciplina espiritual), o qual eles deveriam proteger. Dessa forma, fanaticamente, insistem sobre observância de controles e regulações desatualizadas, enquanto o verdadeiro propósito fica abandonado à decadência. Exageram o papel do destino e das consequências kármicas sem, ao mesmo tempo, consolar o homem mediante descrever a onipotência da Graça de Deus."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1993 - p. 187)
www.record.com.br


IDENTIFICAÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) Uma das principais vias do yoga ou união é o desidentificar-se com o mundo de Deus para identificar-se com Deus do mundo. Esse caminhar é libertação pelos resultados e iluminação quanto ao processo psicológico.

À medida que avança nessa desidentificação, o homem vai se tornando cada vez mais invulnerável aos acontecimentos, às coisas, aos fatos e às pessoas.

Um imaturo vai ao cinema e goza e sofre, respectivamente, com as vitórias e derrotas do herói ao qual se identifica. Seus nervos, glândulas e vísceras são sacudidos pelos acontecimentos do mundo mítico criado pela fita. Uma pessoa de espírito crítico e amadurecido, conhecedora da técnica e arte cinematográficas, sabe 'dar o desconto', e assiste ao filme, dizendo para si mesmo: 'não é comigo'; 'eu não sou aquele personagem'; 'tudo isso é ilusão'.

O mundo que nos rodeia só é realidade na medida em que nos identificamos com ele, pois nos impõe dor ou prazer, pesar ou alegria, confiança ou medo... Desde que conheçamos o que é realmente o mundo, começaremos a sentir a equanimidade do espectador de mentalidade evoluída, sem sofrer nem gozar, sem tentar fugir ou buscar, sem medo, sem ódio e sem tédio."

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 159/160)

terça-feira, 17 de junho de 2014

O APEGO CRIA A ILUSÃO QUE ESCONDE A VERDADE

"Apego, afeição e interesse criarão preconceito, parcialidade e ilusão, os quais escondem a Verdade e estupidificam a inteligência. Raga é roga, isto é, apego é doença, no concernente ao inquiridor em pauta. Não é próprio de um yogi ter apegos (raga). Ele deve ser isento de favoritismos, fantasias e preferências. Uma vez que você se apegue a determinada pessoa, a algum hábito ou maneirismo, difícil ser-lhe-á descartá-los, igual ao pobre aldeão que se atirou no rio para resgatar para si um pacote de tapetes (realmente era um urso sendo arrastado pelas águas revoltas), mas constatou que o tal 'pacote' o agarrava tão apertado que não o deixava escapar. O homem pulara para agarrar o que supusera ser, para ele, um tesouro, mas ele é que foi agarrado e preso. Eis por que os santos deste país têm ensinado às pessoas que elas são genuínas filhas da imortalidade, repositórios de paz e da alegria, da verdade e da justiça, e que são senhores de seus sentidos, e que, portanto, o mundo externo não os pode reter com seu fascínio. É natural que o homem possa ter certos desejos, algum anseio por conquistar conforto, certas tentações para alcançar contentamento, mas deve se conduzir apenas como o doente à busca de um remédio. Alimento e bebida, moradia e vestimenta devem ser apenas subsidiárias às necessidades do Espírito e às necessidades da educação das emoções e impulsos. Devem assumir o lugar subalterno que o sal e a pimenta têm na mesa do jantar nos dias atuais. Uppu (sal) deve ser subsidiário de papu (lentilha), isto é, o sal deve ser pouco e dal (lentilha), muito. Você não pode ter mais sal que dal, nem mesmo tanto quanto. Assim, os esforços para conseguir saúde, conforto etc. devem ser bastantes para o propósito superior de manter a disciplina ascética (o sadhana), nem mais, nem menos."

(Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro,1993 - p.170)
www.record.com.br