OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 10 de março de 2015

LISONJA VERSUS VERDADE

"É sempre bom falar a verdade; mas melhor ainda é dizer verdades agradáveis, evitando-se as desagradáveis. Dirigir-se assim a um manco: 'Olá, senhor Manco' pode ser verdadeiro, mas trata-se de uma verdade grosseira e prejudicial, que devemos evitar a todo custo. É ruim criticar quando a crítica não foi solicitada, mas é benéfico ouvir uma crítica gentil e é admirável aceitar uma censura firme, mas veraz, com sorrisos e mostras de gratidão. 

A lisonja pode ser boa quando estimula a pessoa a agir corretamente. No entanto, é perniciosa quando procura esconder uma ferida espiritual, permitindo que ela se inflame e envenene a alma com a ignorância. Todos gostamos de lisonjas, tal como muitas pessoas saboreiam sem saber mel envenenado. Também gostamos, no íntimo, de desculpar nossas falhas prejudiciais e esconder grandes furúnculos psicológicos que possam abalar e infectar nossa vida espiritual.

A lisonja alheia e os sussurros reconfortantes de nossos próprios pensamentos afagam docemente nossos ouvidos. A sabedoria humana é muitas vezes contaminada pela peçonha das palavras aduladoras. Muita gente perde com gosto dinheiro, tempo, saúde e mesmo caráter em troca das insinuações maldosas e enganadoras de parasitas que se dizem amigos.

Um santo tinha um amigo que sempre o criticava, para grande desgosto de seus discípulos. Certo dia, um desses procurou-o, exultante: 'Mestre, teu inimigo, o esmiuçador de defeitos, morreu!' O mestre prorrompeu em lágrimas e lamentou: 'Meu melhor crítico espiritual se foi! Estou de coração partido'.

Muitas pessoas preferem a bajulação à crítica inteligente e naufragam por não dar ouvidos às honestas advertências de mestres espirituais bem-intencionados. Assim, toda vez que alguém o criticar com brandura ou aspereza, pergunte-se: 'Terei sido ludibriado por palavras doces, permitindo que minha sabedoria caísse prisioneira da lisonja?'"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda,  A Espiritualidade nos Relacionamentos - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p. 30/31)
www.editorapensamento.com.br


segunda-feira, 9 de março de 2015

A HARMONIA DA FRATERNIDADE

"1. Imaginemos um campo deserto, mergulhado na escuridão, com muitos seres vivos aí se atropelando cegamente.

Estarão, naturalmente, aterrorizados e enquanto andarem para lá e para cá, sem se reconhecerem uns aos outros, durante a noite, haverá frequentes aborrecimentos e solidão. É, deveras, um lamentável espetáculo.  

Imaginemos, então, que, de repente, um homem superior apareça com uma tocha na mão, e que tudo nesse campo se torne claro e brilhante.

Os seres vivos que se encontram na obscura solidão, sentem, de repente, um grande alívio, quando olham ao seu redor e podem reconhecer uns aos outros, e retornam alegremente a desfrutar de sua camaradagem. 

Pelo campo deserto deve-se entender o mundo da vida humana, quando está mergulhado nas trevas da ignorância. Aqueles que não têm a luz da sabedoria em suas mentes perambulam na solidão e no temor. Nasceram sozinhos e sozinhos morrerão; eles não sabem como se associar aos seus semelhantes em tranquila harmonia, e são naturalmente desesperados e temerosos.

Um homem superior com a tocha é o Buda, assumindo a forma humana, e que com Sua Sabedoria e compaixão ilumina todo o mundo.

Com esta luz os homens se encontram uns aos outros e se sentem felizes em estabelecer o companheirismo e harmoniosas relações.

A verdadeira comunidade tem fé e sabedoria que a iluminam. É o lugar onde as pessoas se conhecem e se dependem umas das outras, e onde há harmonia social. A harmonia é, de fato, a vida e o real sentido de uma verdadeira comunidade ou organização."

(A Doutrina de Buda - Bukkyo Dendo Kyokai (Fundação para propagação do Budismo), 3ª edição revista, 1982 - p. 477/479)

domingo, 8 de março de 2015

CONTROLE AS SUAS EMOÇÕES

"Se seu marido ou esposa deixa-se tomar pela ira e desperta a sua raiva, dê um pequeno passeio e refresque a cabeça antes de responder-lhe. Se ele ou ela fala de maneira grosseira, não responda do mesmo modo. É melhor ficar calado até que a exasperação passe. (...) Jamais deixe que qualquer pessoa roube sua paz; e não roube a paz dos outros por meio do seu destempero verbal. (...)

Se sua mulher grita com você e você grita com ela, vocês sofrerão o dobro – primeiro pelas palavras ásperas dela e, depois, pelas suas. Antes de mais nada, você estará ferindo a si mesmo. Quando acabar essa troca de ultrajes, sentirá que você também se acabou. É por isso que há tantos divórcios.

Falando francamente, as pessoas não deveriam se casar até que aprendessem a ter algum controle de suas emoções. As escolas deveriam educar os jovens nessa arte e no modo de desenvolver a calma e a concentração. (...) Como podem viver juntas duas pessoas habituadas à atividade nervosa, sem quase destruírem uma à outra com seu nervosismo? No começo de um casamento, a noiva e o noivo se deixam levar pelas emoções da excitação e da paixão. Mas depois de algum tempo, quando essas emoções começam inevitavelmente a desaparecer, a verdadeira natureza do casal começa a surgir, e as brigas e os desapontamentos aparecem.

O coração exige o verdadeiro amor, a amizade e, acima de tudo, a paz. Quando a paz é destruída pela emoção, dá-se a profanação do templo corporal. Um sistema nervoso saudável é o que manterá em ordem todos os órgãos e sentimentos corporais. Para manter o sistema nervoso saudável, é importante permanecer livre de emoções arrasadoras como o temor, a ira, a cobiça e a inveja.

Esses cáusticos parasitas mentais devoram todas as fibras de nosso ser; eles consomem e destroem a paz interior – a maior riqueza da pessoa." 

(Paramahansa Yogananda – Paz Interior – Self-Realization Fellowship - p. 99/100)


sábado, 7 de março de 2015

CANÇÃO UNIVERSAL

"Cantar a Canção Universal exige muito, o que o ser vulgar não decide nem tem tido força para fazer.

Palavras como equanimidade soam bem, mas nada ou pouco significam para o homem incapaz de reduzir o ritmo com que procura adquirir as coisas do mundo.

Ecumenismo é também muito sonoro. Mas, quais os que realmente transcendem os fossos a separar credos, doutrinas, partidos, times, pigmentação, ideologias, paróquias, cercas, muros...?

Desapego, para você e para mim, para a imensa maioria é árduo, parecendo mesmo impraticável.

Renúncia, quem a ela está disposto?

Devoção a Deus, no serviço a nosso irmão, é outra coisa praticamente estranha, inexistente.

Como estamos desafinados para a Canção Universal."

(Hermógenes – Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 24/25)


sexta-feira, 6 de março de 2015

QUANDO ESTIVER ORANDO, NÃO PENSE EM QUALQUER COISA QUE NÃO O ESPÍRITO

"Quando orarmos, devemos tentar ao máximo concentrar toda nossa atenção em Deus, em vez de dizer “Deus, Deus, Deus” e deixar que a mente se demore em outra coisa. Tive uma tia que costumava dizer suas orações com o auxílio de um rosário. Quase sempre se podia vê-la com os dedos ocupados no rosário. Um dia, porém ela chegou-se a mim e confessou que embora tivesse feito isso por quarenta anos Deus jamais respondera às orações dela. Não admira! As 'orações' dela mal ultrapassavam um hábito físico nervoso. Quando estiver orando, não pense em qualquer coisa que não o Espírito.

A repetição cega de demandas ou afirmações sem, ao mesmo tempo, devoção ou amor espontâneo torna a pessoa uma simples 'vitrola de rezar' que não sabe o que significam suas orações. Resmungar orações de modo mecânico enquanto pensa interiormente em outra coisa não produz a resposta de Deus. Uma repetição cega, tomando o nome de Deus em vão, é estéril! Repetir uma demanda ou prece de maneira reiterada, em voz alta ou mentalmente com atenção e devoção que se aprofundam cada vez mais, espiritualiza a oração e transforma a repetição consciente e cheia de fé em uma experiência superconsciente."

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship - p. 45/46)