OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

UMA LEI DA VIDA ESPIRITUAL

"Existe uma lei pouco conhecida da vida espiritual, todos que trilham a Senda devem levar outra pessoa com ele ao longo da estrada ascendente. O ideal é que esta pessoa seja a mais próxima nos vários relacionamentos humanos.

Trilhar a Senda é muito mais do que ser bem-sucedido nos exercícios e práticas da ioga. É um gradual enriquecimento e embelezamento de toda a natureza do aspirante, incluindo a autossensibilização com relação à presença da vida divina em todos os seres e na própria Natureza, ainda que somente nos níveis psíquico e intelectual no início.

O sucesso na ioga inclui a ampliação gradual e efetiva de toda a natureza intuitiva e intelectual do aspirante, para que ele comece a conhecer as grandes leis e princípios subjacentes à encarnação do Logos no universo, para que estes princípios possam começar a ser compartilhados com experiências em consciência, sendo isto parte do significado da palavra 'ioga'.

Na verdade, isto é ajudado pela meditação e sublimação e faz parte do seu valor na vida oculta. As qualidades de profunda compaixão e de uma grande suavidade são necessárias no desenvolvimento de uma natureza semelhante ao Cristo. Não se espera que ninguém faça mais em quaisquer destas direções do que está ao seu alcance; no entanto, estes são os ideais a serem lembrados."

(Geoffrey Hodson - A Suprema Realização através da Ioga - Ed. Teosófica, Brasília, 2001 - p. 95/96)
www.editorateosofica.com.br


terça-feira, 11 de agosto de 2015

CALMA E DESAPEGO

"O iogue sábio procura uma indiferença interior aos acontecimento e às mudanças transitórias, assim como o capitão de um navio minimiza os desvios da verdadeira rota que, na ausência de sua atenção, poderiam ser causados pelo tempo, vento e pelas ondas. Existe uma clara distinção entre a atenção apropriada às pessoas e aos movimentos, e nosso relacionamento com ambos, bem como o reconhecimento interior da falta de importância relativa que têm para o desenvolvimento do Ego, exceto como orientações para a conduta futura.

A calma do lago tranquilo entre as montanhas num dia sem vento representa a condição ideal da natureza mental e emocional do iogue que deve ser submetido a crises sucessivas, nas quais deve viver, pois são inseparáveis da existência física fora do santuário. Quando possível, antes de ir dormir, restabeleça a natureza psíquica a este estado tranquilo, após ter observado devidamente e notado sem envolvimento passional os eventos do dia. A recitação da Palavra Sagrada antes de dormir é uma prática útil que beneficia todo o quaternário inferior.

Brisas suaves podem soprar sobre o lago tranquilo causando ondulações em sua superfície, que retorna imediatamente à tranquilidade após a sua passagem. Talvez com uma só exceção, as experiências de qualquer dia da vida terrena são comparáveis a estas brisas suaves. A exceção seria o erro pessoal, quer seja inadvertido ou deliberado. No primeiro caso, a completa calma deveria ser instantaneamente reassumida após cada experiência e toda a natureza pacificada antes de ir dormir. O erro deve ser corrigido e também reparado quando há outros envolvidos. Deve haver a determinação para não repetir o erro, e em seguida a restauração da calma - se necessário, entoando a Palavra Sagrada e elevando a consciência inteiramente acima do pessoal. Isso vai assegurar a entrada nos estudos e trabalhos noturnos, aparecimento diante dos Mestres e irmãos Iniciados, discípulos e aspirantes, e a percepção e recepção de decisões e ordens com uma mente calma e uma aura pacífica, livre de distorções e manchas.

O costume oriental de deixar atrás os calçados ao entrar num templo é um símbolo útil para deixarmos para trás as considerações mundanas antes de irmos dormir. É bem verdade que esta é uma orientação sutil para os aspirantes que são forçados a se submeter às condições de vida terrena entre pessoas de tipos diferentes e em vários graus de desenvolvimento. A ioga torna a pessoa cada vez mais sensível às condições externas e internas, apesar de conceder também mais calma e autocontrole. Este último deveria ser aumentado como um parte essencial da ioga. Calma mental imperturbável mesmo quando as emoções tiverem sido perturbadas - por outra pessoa, ou uma percepção intuitiva de um erro ou de uma desarmonia atual ou premente - este é o ideal."

(Geoffrey Hodson - A Suprema Realização através da Ioga - Ed. Teosófica, Brasília, 2001 - p. 94/95)


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A YOGA ENSINA O HOMEM A MUDAR A SI MESMO (PARTE FINAL)

"(...) Torne-se como uma flor; se você colhe uma linda rosa e a esmaga em suas mãos, ela desprende uma doce fragrância. É assim que o devoto deve ser. Não importa como seja esmagado pela indelicadeza do outro, ele emite o doce perfume do perdão, da bondade. São Francisco era assim. Todos os santos expressam compaixão e bondade. (...)

O homem divino está preocupado em seu próprio comportamento correto em relação à outras pessoas. 'Ofereço bondade, penso com bondade, falo com bondade? Faço o bem neste mundo?' Ele não está interessado em ser um grande instrutor para praticar o bem. Não. Onde quer que esteja, seja o que for, ele quer fazer somente o bem. Esse indivíduo é como a flor perfumada; abelhas devotas juntam-se a seu redor.

Eis uma outra ilustração que Guruji oferecia: 'As moscas gostam de apinhar-se em volta de imundícies. A abelha quer ir somente aonde possa recolher o doce néctar. Não gosto de ver pessoas se comportarem como moscas, reunindo-se onde quer que haja feiura, mexerico, maldade, mesquinhez, ódio, ciúme, inveja, intolerância e preconceito. Preferiria contemplar um jardim de perfumadas florações de qualidades da alma, para onde as abelhas humanas são atraídas para sorver o mel divino do amor, da compaixão e da bondade.

Quando digo essas palavras, cada um de vocês reage positivamente. Por quê? Porque elas expressam a própria natureza de sua alma; e estou simplesmente recordando o que vocês são: almas feitas à imagem do Amado Único.

'Não terás outros deuses diante de Mim. (...) Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso'. Agora você entende melhor o que o Senhor quer dizer: quando fazemos coisas divinas, quando expressamos qualidades divinas, que são inatas em cada um de nós, não temos outros deuses - ciúme, cobiça, ira, ódio ou qualquer outra coisa. Nós fizemos Dele, de Suas qualidades, de Seus ideais, o primeiro em nossa vida."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 168/169)

domingo, 9 de agosto de 2015

A YOGA ENSINA O HOMEM A MUDAR A SI MESMO (1ª PARTE)

"(...) É preciso que o devoto que queira conhecer Deus aprenda a ser mais silencioso e a escutar a voz do Amor em seu íntimo. Deve aprender a viver o amor em sua vida, a praticá-lo primeiro dentro do coração, e depois expressá-lo externamente.

Quantas vezes na vida magoamos as pessoas com nossas palavras e ações. Isso é o que se chama crueldade mental; em muitos sentidos, é pior que a brutalidade física. Nunca diga nada sob a emoção da mesquinhez. É melhor 'passar um zíper na boca' se você não consegue falar com o coração livre da mesquinhez. O desejo de magoar alguém - filho, marido, pais - é brutal!

A ciência da Yoga ajuda a superar fraquezas. Ensina o indivíduo a mudar a si mesmo e a seus hábitos diários, de modo que se torne uma pessoa melhor, não apenas o que se chama de 'anjo na rua e demônio em casa' - o que fala magnificamente diante dos outros, mas não é esse tipo de pessoa em seu próprio lar. (...) 'O que sou? Sou mesquinho? Sinto prazer em magoar as pessoas, em falar mal dos outros? Se assim for, seria melhor eu aprender a vencer esses hábitos horríveis.' Isso é o que significa introspecção. 

O próprio primeiro sloka do Gita diz (simbolicamente): 'Reunidas no campo de batalha de minha consciência, estão minhas qualidades boas e minhas qualidades ruins. Que me sucedeu hoje? Quem venceu?' Mantive a tranquilidade no meio da agitação? Foram amáveis minhas palavras quando eu estava querendo dizer uma coisa maldosa para ferir alguém? Fui generoso ou fiquei com a melhor parte para mim?

Viva o amor internamente. Quando você quiser fazer ou dizer alguma coisa indelicada, pense no amor em seu coração. E depois expresse-o externamente, com algum ato ou ação amável. (...)"

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 166/168)


sábado, 8 de agosto de 2015

O DIVINO ESTÁ DENTRO DE NÓS

"Conta uma antiga história que no topo de uma montanha havia um belo mosteiro, onde o abade e os monges estavam muito preocupados. Os velhos monges estavam ficando cada vez mais velhos e morrendo. Não havia noviços atraídos pela vida contemplativa. O mosteiro poderia se extinguir e cair em ruínas.

O abade decidiu consultar um sábio rabino que morava um pouco mais abaixo na montanha. Quando o rabino soube do problema, sorriu e disse: 'Não se preocupe. Tudo estará bem, porque o Messias está entre vocês. Sussurre esse segredo no ouvido de cada um de seus monges.'

O abade agradeceu o rabino, retornou ao mosteiro e fez o que foi aconselhado. Gradualmente, a relação entre os monges mudou. Cada um deles pensava: 'Quem será o Messias? Talvez seja o irmão Tiago, de quem eu não gosto, ou o irmão João, com quem fui grosseiro outro dia... Ou talvez eu seja o Messias, então tenho de me comportar melhor.' Desse modo, eles começaram a se ver sob uma nova luz e a se tratar com novo respeito e afeição. Uma atmosfera completamente nova passou a reinar, uma atmosfera de amor que resultou em paz e harmonia.

Como de costume, visitantes ocasionais apareciam: turistas, montanhistas, andarilhos, mochileiros, muitas pessoas jovens. Muitos notaram a maravilhosa atmosfera do lugar. Elas voltavam para casa e contavam a seus amigos; alguns deles se interessaram pela vida monástica e juntaram-se ao mosteiro.

Isso não é um conto de fadas, pois o Messias está realmente em cada um de nós. O ser mais recôndito de toda criatura viva é divino. O livro Aos Pés do Mestre [Ed. Teosófica] diz: 'Aprenda a distinguir o Deus em todos e em tudo, não importa o quão nocivo possa parecer na superfície. Você pode ajudar seu irmão através daquilo que tem em comum com ele, que é a vida divina. aprenda como despertar essa vida nele, aprenda a apelar a essa vida nele, e assim você o ajudará.'"

(Mary Anderson - O divino está dentro de nós - Revista Sophia, Ano 13, nº 56 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 10/11)