OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A META SUPREMA

"A humanidade está empenhada numa eterna busca daquele 'algo mais' que espera lhe trará a felicidade completa e sem fim. Para as almas individuais que procuraram e encontraram Deus, a busca terminou. Ele é esse Algo Mais.

Muitas pessoas talvez duvidem de que encontrar Deus seja a finalidade da vida, mas todos podem aceitar a ideia de que o propósito da vida seja encontrar a felicidade. Eu afirmo que Deus é a Felicidade. Ele é a Bem-aventurança. Ele é o Amor. Ele é a Alegria que nunca deixará sua alma. Então, por que você não tenta alcançar essa Felicidade? Ninguém mais pode dá-la a você. Você mesmo tem de cultivá-la, o tempo todo.

Mesmo que a vida lhe tenha dado, em certo momento, tudo o que você queria - riqueza, poder, amigos -, passado algum tempo você se torna de novo insatisfeito e necessita de algo mais. Uma coisa, porém, jamais se tornaria monótona para você: a própria alegria! A experiência interior que todos estão buscando é a felicidade que é deliciosamente variada, embora sua essência seja imutável. A alegria perene, sempre renovada, é Deus. Encontrando essa Alegria dentro de si, você A encontrará em tudo no mundo exterior. Em Deus, você terá acesso à fonte da perene, infindável bem-aventurança.

Imagine que esteja sofrendo uma punição que não lhe permita dormir numa hora em que você necessita, desesperadamente, descansar, e de repente alguém diz: 'Muito bem, agora já pode dormir'. Pense na alegria que sentiria no momento em que estivesse a ponto de cair no sono. Multiplique-a por um milhão! Nem isso descreveria a alegria sentida na comunhão com Deus. A alegria de Deus é ilimitada, incessante, sempre nova. Corpo, mente, nada poderá perturbá-lo quando estiver nesse estado de consciência - assim são a graça e a glória do Senhor. E Ele lhe explicará tudo o que você não tem sido capaz de entender, tudo o que você quer saber.

Quando você senta em silêncio na meditação profunda, a alegria borbulha internamente, sem ter sido despertada por qualquer estímulo externo. A alegria da meditação é avassaladora. Aqueles que ainda não alcançaram o silêncio da verdadeira meditação não sabem o que é a verdadeira alegria. Quando a mente e os sentimentos são interiorizados, você começa a sentir a alegria de Deus. Os prazeres dos sentidos não perduram, mas a alegria de Deus é sempiterna. É incomparável!"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship -  p. 175/177)


terça-feira, 19 de março de 2013

JNANA YOGA - OS DOIS PÁSSAROS (6ª PARTE)

"Uma alegoria nos Uppanishads - a dos "Dois Pássaros" - ajuda-nos a compreender esta cosmovisão vedantina, que fundamenta a Jnana Yoga. Vejamo-la na descrição de Swamiji Sivananda:

Há dois pássaros na mesma árvore. Um, num dos galhos mais altos, o outro, mais abaixo. O primeiro se encontra perfeitamente sereno, silente, majestoso para todo sempre. É totalmente bem aventurado. O outro, nos ramos inferiores, come umas vezes frutos doces, outras, amargos. Por vezes, dança alegre. Por vezes, se sente miserável. Rejubila-se agora e depois chora. Às vezes prova uma fruta extremamente amarga e é presa de desgosto. Olha para o alto e contempla o outro, o pássaro maravilhoso de áurea plumagem, sempre venturoso. Deseja fazer-se igual a ele, mas logo se esquece, e novamente volta a comer frutas doces e amargas. Novamente come uma daquelas mais amargas e volta a sentir-se miserável. Volta então a desejar tornar-se igual ao pássaro lá do alto. Gradualmente, vai deixando de comer as frutas e se tornando sereno e feliz como o outro. O pássaro mais alto é Deus ou Brahman. O de baixo é jiva ou alma individual que está comendo os frutos de seus karmas (as consequências agradáveis e desagradáveis de suas prévias ações), isto é, prazer e dor, atingindo altos e baixos na batalha da vida. Sobe, para depois cair novamente, na medida em que os sentidos o puxam para baixo. Gradualmente consegue desenvolver vairagya (despaixão) e viveka (discriminação), e, voltando-se para Deus, pratica meditação, para, finalmente, atingir a autorrealização (conhecimento de si mesmo) e só então desfruta a eterna bem aventurança de Brahman. (In All About Hinduism, p. 178)

Em verdade não são dois pássaros diferentes, mas um só. O de baixo, no entanto, presa da ilusão, desconhece que ele e o outro são o mesmo. Se conseguir aguaçar seu discernimento ao mesmo tempo desapegar-se das frutas, poderá vencer o permanente estresse resultante do incessante jogo dos opostos - alegrias e tristezas, prazeres e pesares. O ignorante pássaro de baixo é ahamkara, nosso falso ego pessoal, sempre entretido com frutas amargas e doces, ora chorando, ora sorrindo. Goza e sofre por não se ter dado conta de sua substancial unidade-identidade com o venturoso e sobranceiro pássaro de cima, que ele inveja. Sua libertação resultará, por um lado, da desidentificação com o irreal e simultânea identificação com o Real, e, por outro, depende de desapegar-se das frutas amargas ou doces. Este é mais uma forma de explicar Jnana Yoga. Sem viveka (discernimento) e vairagya (desapego), o cativeiro e a infelicidade continuam. (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 108/109)


segunda-feira, 4 de março de 2013

EM DEUS NOSSAS ASPIRAÇÕES ESPIRITUAIS SE REALIZAM


"Deus não é uma pessoa, como nós somos em nossa estreiteza. Nosso ser, consciência, sentimentos, volição têm apenas um vestígio de semelhança com o Ser (Existência), Consciência e Bem aventurança de Deus. Ele é pessoa no sentido transcendental. Nosso ser, consciência e sentimento são limitados e empíricos; os de Deus são ilimitados e transcendentais. Ele tem um aspecto impessoal e absoluto, mas não devemos pensar que Ele esteja fora do alcance de todas as experiências – inclusive de nossa experiência interior.

Deus pode ser percebido por todas as pessoas no estado de tranquilidade. É na consciência de Bem aventurança que nós O experimentamos. Não pode haver qualquer outra prova direta da Sua existência. É Nele, como Bem aventurança que nossas esperanças e aspirações espirituais se realizam – nossa devoção e amor encontram Nele o seu propósito.

Não se exige a concepção de um ser pessoal, que vem a ser apenas uma ampliação de nós mesmos. Deus pode ser ou tornar-Se qualquer coisa: pessoal, impessoal, todo misericordioso, onipotente e assim por diante. Mas não temos que nos preocupar com esses qualificativos. A concepção de Deus como Bem aventurança atende precisamente aos nossos objetivos, esperanças, aspirações e à nossa perfeição. (...)

Na Bem aventurança, transcendemos as alegrias e mágoas do mundo, mas não transcendemos a necessidade de cumprir nossos legítimos deveres no mundo.

O homem de Autorrealização sabe que Deus é o Autor de todas as ações, todo poder de agir flui Dele para nós. Quem está centrado no Eu espiritual sente-se como o desapaixonado observador de todas as ações, esteja ele vendo, ouvindo, tocando, cheirando, saboreando ou passando por várias outras experiências no mundo. Imersos na Bem aventurança, tais homens vivem sua vida de acordo com a vontade de Deus.

Quando se cultiva o desapego, o estreito egoísmo desaparece. Sentimos que estamos representando os papéis que nos foram atribuídos no palco do mundo, sem sermos afetados intimamente pelas alegrias e mágoas, amores e ódios que a encenação envolve."

(Paramahansa Yogananda – A Ciência da Religião – Self-Realization Fellowship - p. 50/52)


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

SOMENTE A BEM-AVENTURANÇA DIVINA É ETERNA


"Todo coração humano anseia por amor. E todas as formas de amor humano – aquelas entre pais e filhos, marido e mulher, patrão e empregado, amigo e amigo, guru e discípulo – vêm do Amor Único, que é Deus.

Todo coração humano também está buscando a felicidade. É o objetivo da vida. (...) O desejo de ser feliz e o de amar e ser amado são as forças motivadoras por trás de todas as nossas atividades e ambições.

Os sábios da Índia têm dito que Deus é Bem aventurança sempre existente, sempre consciente, sempre nova. Eles nos dizem que a felicidade que procuramos, a alegria que perdurará para sempre e nunca envelhecerá deve ser encontrada em Deus. E onde Ele está? Sua imagem divina reside em cada ser humano, como alma. Não conhecemos a paz divina da percepção da alma porque voltamos nossa atenção e nossa busca para as coisas deste mundo. Devemos lembrar que a felicidade alcançável na Terra é condicional e efêmera. Só a bem aventurança divina é eterna.

Amor e alegria, em suas formas mais puras, só podem ser encontrados em Deus. Todavia, em vez disso, nós os procuramos em todos os outros lugares. É somente quando enfrentamos severas provações e muita dor que começamos realmente a pensar em Deus e dedicar um pouco de tempo à adoração – oração, puja ou a recitação de um mantram. Mas chega a hora em que tais observâncias externas não nos satisfazem. Se a mente estiver vagando aqui e ali, a oração é ineficaz, e a repetição de mantrams e a prática de japa deixam de trazer a resposta de Deus que a alma anseia."

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship -  p. 173/174)


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

TODOS OS SERES RESPONDEM AO AMOR


"Esforce-se por sentir do mesmo modo que Deus sente por todos os Seus filhos. Podemos cultivar esse tipo de bondade e interesse se, em nosso relacionamento com o próximo, mantivermos em mente a oração silenciosa: "Senhor, deixa-me sentir Teu amor por essa alma". (...)

Todos os seres respondem ao amor. São Francisco estava tão imbuído de amor divino que até as criaturas de Deus mais tímidas e hostis perdiam o medo e a agressividade em sua presença. Aquele que é um canal do amor divino se torna espiritualmente magnético, irradiando um poder que harmoniza a discordância."

(Sri Daya Mata. - No Silêncio do Coração – Ed. Self-Realization Fellowship - p. 78)


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

PAZ NO LAR


“Se seu marido ou esposa deixa-se tomar pela ira e desperta a sua raiva, dê um pequeno passeio e refresque a cabeça antes de responder-lhe. Se ele ou ela fala de maneira grosseira, não responda do mesmo modo. É melhor ficar calado até que a exasperação passe. (...) Jamais deixe que qualquer pessoa roube sua paz; e não roube a paz dos outros por meio do seu destempero verbal. (...)

Se sua mulher grita com você e você grita com ela, vocês sofrerão o dobro – primeiro pelas palavras ásperas dela e, depois, pelas suas. Antes de mais nada, você estará ferindo a si mesmo. Quando acabar essa troca de ultrajes, sentirá que você também se acabou. É por isso que há tantos divórcios.

Falando francamente, as pessoas não deveriam se casar até que aprendessem a ter algum controle de suas emoções. As escolas deveriam educar os jovens nessa arte e no modo de desenvolver a calma e a concentração. (...) Como podem viver juntas duas pessoas habituadas à atividade nervosa, sem quase destruírem uma à outra com seu nervosismo? No começo de um casamento, a noiva e o noivo se deixam levar pelas emoções da excitação e da paixão. Mas depois de algum tempo, quando essas emoções começam inevitavelmente a desaparecer, a verdadeira natureza do casal começa a surgir, e as brigas e os desapontamentos aparecem.

O coração exige o verdadeiro amor, a amizade e, acima de tudo, a paz. Quando a paz é destruída pela emoção, dá-se a profanação do templo corporal. Um sistema nervoso saudável é o que manterá em ordem todos os órgãos e sentimentos corporais. Para manter o sistema nervoso saudável, é importante permanecer livre de emoções arrasadoras como o temor, a ira, a cobiça e a inveja.

Esses cáusticos parasitas mentais devoram todas as fibras de nosso ser; eles consomem e destroem a paz interior – a maior riqueza da pessoa.”

(Paramahansa Yogananda – Paz Interior – p. 99/100)

sábado, 17 de novembro de 2012

CANÇÃO UNIVERSAL


“Cantar a Canção Universal exige muito, o que o ser vulgar não decide nem tem tido força para fazer.

Palavras como equanimidade soam bem, mas nada ou pouco significam para o homem incapaz de reduzir o ritmo com que procura adquirir as coisas do mundo.

Ecumenismo é também muito sonoro. Mas, quais os que realmente transcendem os fossos a separar credos, doutrinas, partidos, times, pigmentação, ideologias, paróquias, cercas, muros...?

Desapego, para você e para mim, para a imensa maioria é árduo, parecendo mesmo impraticável.

Renúncia, quem a ela está disposto?

Devoção a Deus, no serviço a nosso irmão, é outra coisa praticamente estranha, inexistente.

Como estamos desafinados para a Canção Universal.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – p. 24/25)