OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sexta-feira, 21 de junho de 2013

CARMA E DESTINO (1ª PARTE)

"Ao virmos ao mundo, trazemos as consequências do que fizemos em existências passadas. A família em que nascemos, as nossas características físicas, intelectuais e morais são resultantes diretas de ações pregressas.

Um elemental constrói o nosso corpo físico com o material cedido pelos pais, de acordo com o molde etérico pré-formado. Assim é determinado o nosso Carma físico, para a encarnação que se inicia. As ações de vidas passadas nos planos mais elevados, também se fazem representar na vida presente. Elas constituem uma forma pensamento no plano mental, a qual nos influencia diretamente e age sobre nós nas ocasiões devidas. O mecanismo de sua ação é o mesmo das formas pensamentos habituais. Quando pensamos, por exemplo, em alguma pessoa, o nosso pensamento cria uma forma astro mental que vai planar sobre a pessoa focalizada. Esta será ou não influenciada pela forma pensamento, de conformidade com a correspondência vibratória. Se o pensamento for de bondade e a pessoa não tiver qualidades vibratórias correspondentes, a forma ficará planando sem atuação. Desta maneira as formas pensamento agirão de conformidade com a sintonia de vibrações. 

Ora, a forma pensamento cármica está em perfeita articulação com o ser a que corresponde e descarregará sobre ele vibrações geradoras de sofrimentos físicos ou morais, ou poderá envolvê-lo por uma aura de bem-estar e alegria. Influenciado diretamente por esta forma pensamento, o indivíduo é encaminhado a diversas situações, até a última que porá fim à sua existência. Mas ele pode subtrair-se às influências maléficas dessa forma pensamento. Há grande elasticidade nos mecanismos cármicos, desde que o indivíduo tenha desenvolvido o seu saber e a sua vontade. Só o ignorante viverá ao sabor das circunstâncias e será, de fato, escravo do Destino.

O livre-arbítrio, embora relativo, existe. Quanto menos ignorantes formos e quanto melhor soubermos pôr em ação a nossa vontade, mas livres seremos. Há indivíduos cujo grau de evolução lhes permite ver todo o passado e o futuro, em consciência vigílica. Devido ao conhecimento que têm poderão modificar o futuro, anular por meio de ações contrárias, no sentido do bem, o mal que fizeram em vidas passadas e que lhes iria acarretar algumas consequência dolorosa na existência atual.

O homem comum também vê o seu passado, tem antevisão do futuro e torna as suas decisões a respeito, porém antes de nascer. Frequentemente escolhe as condições da próxima encarnação e procura se revestir de coragem para suportar os sofrimentos que anteviu e a provação cármica que aceitou. Por isso mesmo, há pessoas boas e puras, que sofrem muito. Este sofrimento foi por elas escolhido, a fim de esgotar mais rapidamente o carma. Mas como só praticam o bem, não semearão sofrimentos futuros e assim estarão preparando um destino feliz. (...)"

(Alberto Lyra - O Ensino dos Mahatmas - IBRASA, São Paulo - p. 210/211)


sábado, 15 de junho de 2013

TRANSFORMAÇÃO - PENSAMENTO E SENTIMENTO ESTÃO SUJEITOS A MUDANÇA (PARTE FINAL - I)

" (...) Assim, existe uma mudança sutil quanto à ênfase do papel predominante da vida para um papel como forma. Como a transformação ocorre dentro de nós (...) ao longo de toda nossa evolução humana, primeiramente nos identificamos com nossos corpos físicos. Leva algum tempo antes que compreendamos que esses corpos são formas que irão passar. Depois, quando vemos o corpo como uma forma passageira, são os nossos sentimentos que parecem ser duradouros. Quando adolescentes, juramos amizade eterna ou amor eterno. Posteriormente compreendemos que nossos sentimentos estão também sujeitos à transformação constante, e são nossas ideias que agora consideramos como duráveis. A essa altura somos muito dogmáticos. Isso também passa e podemos adquirir certa flexibilidade de pensamento até que compreendamos que até mesmo o pensamento é apenas uma vestimenta e que algo mais profundo interiormente representa para nós a vida eterna.  

O processo pode continuar - o que sentíamos ser um alma imortal, compreendemos ser, por sua vez, um simples veículo temporário ou uma forma, como os outros, sujeito à transformação. Até mesmo Buddhi é um veículo de Atma, não no sentido de um corpo ou de uma forma como os vemos, mas talvez como um tipo de véu tênue - mais sutil do que o mais sutil que conseguimos imaginar. À medida que o homem evolui, a personalidade torna-se cada vez mais a expressão direto do Ego, que é uma forma que reflete verdadeiramente a vida interior. O homem está agora cônscio como um Ego imortal sensibilizando a personalidade como sua forma. Dizem que, com o tempo, até mesmo o Ego deixa de existir como tal, pois, afinal de contas, ele é simplesmente o veículo ou a forma externa da Mônada. Assim, no final das contas, também ele está sujeito à transformação e parece desaparecer. Podemos começar a nos perguntar se, de certo ponto de vista, a distinção entre a vida e forma não é uma ilusão - se vida e forma são, depois de tudo, não duas coisas distintas, mas realmente duas funções da mesma coisa divina. 

Voltemos ao nosso estado atual - a nossa condição presente - em relação ao mundo objetivo, onde estamos apegados a formas materiais e sofremos quando elas são transformadas. Como vimos, até certo ponto com relação à nossa própria constituição, logo que deixamos de nos identificar com certas formas, toda nossa atitude com relação a elas muda. Ao mesmo tempo nossa atitude com relação à transformação dessa formas muda. Essa mudança é em si mesma uma transformação em nós, uma transformação na consciência até onde a consciência seja forma, até onde esteja cercada, modelada pela forma. Talvez, realmente, seja mais uma questão de ir além das formas do que atravessá-las. Em outras palavras, quando vemos as formas aprisionando nossas consciências, nossos lamentos e preconceitos com relação a elas desaparecem e nossa consciência torna-se correspondentemente livre. Uma expansão de consciência ocorre quando não mais estamos pessoalmente, e, portanto, dolorosamente, apegados a elas. (...)"

(Mary Anderson - Revista TheoSophia Jul/Ago/Set 2012 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 39/40)


sexta-feira, 14 de junho de 2013

TRANSFORMAÇÃO - SOMENTE A FORMA MUDA (2ª PARTE)

" (...) Tudo isto pode parecer bastante teórico e difícil de compreender, mas possui um lado bastante prático que pode afetar toda a nossa vida. Nada consegue ferir-nos. Nada consegue assombrar-nos logo que compreendermos que o que muda é apenas a forma - a forma é que é passageira e temporária - e que somente a vida perdura. 'O espírito [poderíamos dizer "a vida"] jamais nasceu; o espírito jamais deixará se ser'.  Dito filosoficamente, o lótus individual murcha, mas um arquétipo, a ideia platônica do lótus é eterna, dando origem a outras forma de lótus. Dito de maneira teosófica, o lótus murcha, mas o perfume de sua vida retorna à alma grupo para enriquecer as formas de gerações futuras do lótus. O corpo de nossa mãe, de nosso marido, de nossa esposa, de nosso filho, de nosso amigo morre, mas ele ou ela permaneceu como um ser vivo, assumindo outras formas, tal como a borboleta deixa para trás a forma morta da lagarta que era. 'Morri como mineral e me tornei vegetal; morri como vegetal e me tornei animal; morri como animal e me tornei um homem. Quando fui diminuído por isso?'

Pois morte é transformação - é o cruzar a forma ou ir além dela. Reciprocamente, transformação é morte, e é uma coisa grande e gloriosa quando ocorre naturalmente, quando a hora é chegada, quando a forma está gasta. Mas quem somos nós para julgar quando é o momento adequado; e quem somos nós para julgar quando a forma está gasta? A morte das formas faz com que soframos por nos identificarmos com essas formas. Dizem que a vida jamais existe sem a forma, ou a forma sem a vida. Onde há forma há vida interior mesmo que seja tão sutil que seja invisível para nós. Mesmo na assim chamada matéria morta, a vida elemental está ativa. Uma vez que a vida e forma, então, estão intimamente ligadas, às vezes é difícil traçar a linha divisória entre elas. Como no caso de tantos pares de opostos não podemos dizer 'isto é vida' e 'aquilo é forma'. Podemos dizer, 'a vida parece predominar aqui' e 'ali parece predominar a forma'. O que num caso parece ser a sensibilização da vida é visto no outro caso como a forma externa. Se algo que pensávamos ser a vida desaparece na transformação, será que essa coisa não era forma o tempo todo? Ou não poderia, por meio da mudança sutil - uma retirada da vida -, ter-se tornado predominantemente forma? 

O Dicionário Oxford define 'transformar' como 'efetuar mudança (especialmente considerável) na forma, na aparência exterior, no caráter, na disposição etc. de alguma coisa'. Nosso caráter e nossa disposição também podem mudar, mas não pertencerão eles realmente em tal caso ao nosso lado forma em vez de ao nosso lado vida? Num ser vivo, um princípio pode mudar sua função. Dizem que no momento da individualização a alma animal torna-se um corpo causal. Para citar Jinarajadasa em Fundamentos da Teosofia (Ed. Pensamento): 'Na individualização tudo que foi o mais elevado do animal torna-se agora simplesmente um veículo para uma descida direta de um fragmento da divindade, a Mônada...' (...)"

(Mary Anderson - Revista TheoSophia  Jul/Ago/Set 2012 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 38/39)


quinta-feira, 13 de junho de 2013

TRANSFORMAÇÃO (1ª PARTE)

"As transformações estão ocorrendo constantemente no mundo à nossa volta - na Natureza, nas coisas feitas pelo homem e no próprio homem. Não será a transformação uma expressão do movimento que, segundo A Doutrina Secreta, é um dos três aspectos do absoluto - movimento, espaço e duração?

A palavra transformação é derivado do latim trans, que significa 'além de, completamente, através de', e forma, que significa 'uma forma'. Assim, poderíamos dizer que, etimologicamente, transformação tem a ver com atravessar ou ir além de uma forma ou de formas. Existe movimento através das formas de uma para outra e novamente daquela forma. Assim, é a forma que muda, embora visivelmente possa não mudar em sua inteireza ou imediatamente, a não ser que um fator especial, tal como o fogo, seja introduzido do exterior. Geralmente, aquilo que muda constantemente não é a forma total, mas suas partes. Na matéria são as moléculas e os átomos que muda. Nos corpos vivos, orgânicos - corpos de animais e plantas - células novas estão constantemente sendo adquiridas e as velhas, descartadas. 

Dizem que a cada sete anos as células do corpo humano são completamente renovadas de modo que não é o mesmo corpo que era há sete anos. Em toda matéria - tanto a de nossos corpos quanto a de objetos inanimados - os átomos estão em constante movimento, e as partículas subatômicas da matéria movem-se tão rapidamente que passam a pertencer a um conjunto de leis completamente diferente das leis que se aplicam à matéria que vemos com nossos olhos físicos. Mas, na matéria que conhecemos, as mudanças normalmente parecem ocorrer lentamente e conseguimos identificá-las. Vemos uma flor crescer, desabrochar e estiolar-se. Vemos o corpo de um animal recém-nascido crescer, entrar na fase adulta, envelhecer e depois morrer, desintegrando-se. Podemos dizer que o corpo do adulto ou do idoso é o mesmo que o de um bebê? É o mesmo que era há sete anos? É o mesmo que era ontem ou há poucos momentos? Contudo, reconhecemos a sucessão de formas como pertencendo a uma unidade, porque muitas dessas formas permanecem para preservar a aparência exterior e, acima de tudo, porque existe 'algo internamente' que permanece constante através de todas as mudanças. Existe um movimento de forma para forma, mas o que é que se move? Frequentemente dizem que a forma é um par de opostos, sendo o outro par a vida, e que, enquanto a forma muda, a vida é imutável. (...)"

(Mary Anderson - Revista TheoSophia  Jul/Ago/Set 2012 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 37/38)


sábado, 17 de novembro de 2012

A VIDA




“QUANDO A VIDA UNIVERSAL quis uma forma que pudesse conhecê-La, engendrou o homem. Mas o homem, esvaindo-se em prazeres e pesares, entre ócios e negócios, fugindo e perseguindo, esqueceu a Vida que ele mesmo é. A Vida tem razões para desolar-se com a vida que os homens levam.”

(Hermógenes – Mergulho na paz - 23)