OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

AME A ESSÊNCIA


“Amor não é aquele que só consegue amar a perecível forma.

Por ser fácil, é vulgar amar a formosura da forma.

Esse amor, que não vai além do apetite estético, é tão vulnerável quanto a própria beleza transitória. Dura somente o tempo que dura aquilo que o tempo, a doença e a morte desfiguram e extinguem.

O Amor liberto do tempo, das injunções existenciais, o Amor que perdura, os vulgares não conhecem, pois não entendem o que é amar a Essência, que transcende as formas.

Somente os que já conseguiram penetrar em algumas camadas mais sutis e profundas de seu próprio universo interno, portanto, mais longe do ilusório, são capazes da libertadora aventura, da transcendente ventura de Amar.

Este amar Real também goza a forma.

Mas, em realidade, ama a Essência, que lhe dá Eternidade, Infinitude, Transcendência, Felicidade, Plenitude.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro – p. 223)


BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS, PORQUE ELES ALCANÇARÃO MISERICÓRDIA


"A misericórdia é uma espécie de angústia paternal diante das imperfeições de um filho que incidiu no erro. É uma qualidade intrínseca da Natureza Divina. A história da vida de Jesus está repleta de relatos de uma misericórdia divinamente manifestada em suas ações e personalidade. Nos sublimes filhos de Deus que alcançaram a perfeição, vemos revelado o oculto Pai transcendente assim como Ele é. O Deus de Moisés é descrito como um Deus de ira (embora eu não acredite que Moisés, que falava com Deus “face a face como um homem fala a seu amigo”, tenha alguma vez considerado Deus como o tirano vingativo retratado no Antigo Testamento). Mas o Deus de Jesus era tão bondoso! Foi essa bondade e misericórdia do Pai que Jesus expressou quando, em vez de condenar e destruir seus inimigos que o crucificavam, pediu ao Pai que os perdoasse, “porque não sabem o que fazem”.

Com o paciente coração de Deus, Jesus considerava a humanidade como pequenas crianças sem compreensão. Se uma pequenina criança apanhasse uma faca para atacá-lo, você não desejaria matá-la em retaliação. Ela não sabe o que faz. Quando consideramos a humanidade assim como um bondoso pai vela por seus filhos e está disposto a sofrer por eles, para que possam receber algo da luz e do poder de seu espírito, então nos tornamos semelhantes a Cristo: Deus em ação.

Somente os sábios podem ser realmente misericordiosos, pois, com divino discernimento, percebem até mesmo os malfeitores como almas – filhos de Deus que merecem compaixão, clemência, ajuda e orientação quando se desviam do caminho. A misericórdia abrange a capacidade de ser útil; somente almas qualificadas ou evoluídas são capazes de ser úteis de uma forma prática e misericordiosa. A misericórdia se expressa de forma útil quando a angústia paternal abranda a severidade do julgamento rigoroso e oferece não apenas perdão, mas genuíno auxílio espiritual para eliminar o erro de um indivíduo.

Os que são moralmente fracos mas desejam ser bons, o pecador (aquele que contraria sua própria felicidade desprezando as leis divinas), os que sofrem de senilidade física, deterioração mental e ignorância espiritual – todos necessitam do amparo misericordioso de almas cujo desenvolvimento interior as qualifica para oferecer compreensiva ajuda. As palavras de Jesus estimulam o devoto: “A fim de receberdes a misericórdia divina, sede misericordiosos para convosco, tornando-vos espiritualmente qualificados; e sede misericordiosos também para com os outro filhos de Deus que se encontram na ilusão. As pessoas que de todas as formas estão sempre progredindo e que compassivamente reconhecem e suavizam a carência de um desenvolvimento integral nos demais irão certamente enternecer o coração de Deus, obtendo para si próprias Sua misericórdia infinita e incomparavelmente benévola.”

 (Paramahansa Yogananda – A Yoga de Jesus – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 87/88)


A ORIGEM DO SECTARISMO


“As práticas religiosas são estabelecidas pelos profetas na forma de doutrinas. Homens de intelecto limitado, não conseguindo interpretar o verdadeiro significado dessas doutrinas, aceitam sua expressão exotérica ou externa e, gradualmente, caem nas formalidades, convenções e práticas rígidas. Essa é a origem do sectarismo.

O descanso no dia de sábado foi erroneamente interpretado como a obrigação de evitar todo tipo de trabalho – inclusive o trabalho religioso. Esse é o perigo em que incorrem os homens de entendimento limitado. Devemos recordar que não fomos feitos para o sábado, mas o sábado foi feito para nós; não fomos feitos para as regras, mas as regras foram feitas para nós; elas mudam conforme mudamos. Devemos aderir à essência de uma regra, e não nos aferrar dogmaticamente à sua forma.

Para muitos, mudar as formas e os costumes implica mudar de uma religião para outra. Não obstante, o significado mais profundo das doutrinas de todos os diferentes profetas é essencialmente o mesmo. A maioria das pessoas não compreende isso.

Há um perigo semelhante no caso daqueles que são dotados de grande capacidade  intelectual; eles tentam conhecer a Verdade Suprema apenas pelo exercício do intelecto; mas a Verdade Suprema só pode ser conhecida por experiência direta. A experiência direta é diferente da mera compreensão. Não nos é possível compreender intelectualmente a doçura do açúcar se não o tivermos provado. Do mesmo modo, o conhecimento religioso decorre da experiência mais profunda de nossa própria alma. Frequentemente nos esquecemos disso quando procuramos aprender a respeito de Deus, dos dogmas religiosos e da moralidade. Raramente buscamos conhecer essas coisas através da experiência religiosa interior.

É lamentável que homens de grande capacidade intelectual – bem-sucedidos no uso da razão para descobrirem as verdades profundas das ciências naturais e de outros campos do saber – pensem que também serão capazes de compreender intelectualmente as verdades religiosas e morais superiores. É também lamentável que o intelecto ou a razão desse s homens, em vez de lhes servir de ajuda, frequentemente constituem barreiras à sua compreensão da Verdade Suprema pelo único meio possível: experimentá-la na própria vida .”

(Paramahansa Yogananda – A Ciência da Religião – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 59/60)


ENCONTRO CONTIGO MESMO

"Quantas vezes te encontras com teus amigos?

E nunca te encontras contigo mesmo?

Não com o teu ego externo - sim com o teu Eu interno...

O encontro com o teu centro resolveria os problemas das tuas periferias.

O encontro com tua alma resolveria os problemas da tua mente e do teu corpo.

Marca, cada manhã cedo, um encontro com tua alma.

Longe de todos os ruídos da tua mente e do teu corpo.

Isola-se em profundo silêncio e solidão.

Esvazia-te de tudo que tens - e serás plenificado pelo que és.

Faze do teu ego uma total vacuidade - e serás plenificado pelo Eu divino.

Onde há vacuidade acontece uma plenitude - é esta a maravilhosa matemática do Universo.

Entra, cada manhã, num grande silêncio - num silêncio pleniconsciente.

No silêncio da presença.

No silêncio da plenitude.

Abre os teus canais rumo à fonte cósmica - e as águas vivas do Universo fluirão através de teus canais.

E nunca mais te sentirás frustrado, angustiado, infeliz.

Esse encontro com o teu centro de energia beneficiará todas as periferias da tua vida diária.

Até os trabalhos mais prosaicos de parecerão poéticos.

E as pessoas antipáticas te serão simpáticas.

Nenhuma injustiça te fará injusto.

Nenhuma maldade te fará mau.

Nenhuma ingratidão te fará ingrato.

Nenhuma amargura te fará amargo.

Nenhuma ofensa te fará ofensor nem ofendido.

E estenderás o arco-íris da paz sobre todos os dilúvios das tuas lágrimas.

Se te encontrares contigo mesmo...

Isola-te, numa hora de profundo silêncio e solidão.

Mais tarde, serás capaz de estar a sós contigo em plena sociedade, no meio da tua atividade profissional.

E então terás resolvido definitivamente o problema da tua vida terrestre.

O mundo de Deus não te afastará mais do Deus do mundo."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 166/167).


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

FAZER O BEM


“Fazer o bem aos outros tem sido enunciado como o dever-síntese da caridade.

Mas... Ninguém consegue fazer bem somente aos outros.

Igualmente, ninguém consegue fazer o bem somente a si mesmo. Refiro-me, evidentemente, ao verdadeiro bem, àquele que não implica prejuízo para outrem e não se confunde com interesses e nem com objetivos imediatistas tacanhos.

O suposto bem que os egoístas buscam, em realidade, é o mal para todos.”

(Hermógenes – Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 184)