OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 23 de dezembro de 2012

O QUE SIGNIFICA SER RELIGIOSO


Comentário de Paramahansa Yogananda a respeito do tema “O que significa ser religioso”, estampado no livro “A Ciência da Religião  – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 13/15

“(...) toda pessoa neste mundo é religiosa, porque cada uma está tentando livrar-se da carência e da dor e obter a Bem-aventurança. Todas trabalham para o mesmo objetivo. Em sentido estrito, porém, somente poucos neste mundo são religiosos, porque não são muitos os que conhecem os métodos mais eficazes para remover, permanentemente, toda dor e carência – física, mental ou espiritual – e obter a verdadeira Bem-aventurança.

O devoto genuíno não pode se aferrar a um conceito rigidamente estreito e ortodoxo da religião, mesmo que tal conceito esteja remotamente relacionado à ideia da religião que estou procurando elucidar aqui. Se você, durante algum tempo, não frequentar igreja ou templo, nem participar de qualquer cerimônia ou formalidade religiosa – mesmo que se comporte religiosamente em sua vida diária sendo tranquilo, equilibrado, concentrado, caridoso, e extraindo felicidade até das situações mais difíceis -, então as pessoas comuns de tendências marcadamente ortodoxas ou estreitas moverão a cabeça e afirmarão que, embora você esteja tentando ser bom, ainda assim, do ponto de vista da religião ou aos olhos de Deus, você está “se perdendo”, já que nos últimos tempos não tem entrado nos limites dos lugares sagrados.

É claro que, embora não possa haver desculpa válida para a pessoa se excluir permanentemente de tais lugares sagrados, não pode haver, por outro lado, razão legítima para ela ser considerada mais religiosa por frequentar a igreja se, ao mesmo tempo, não aplica na vida cotidiana os princípios que a religião sustenta, quer dizer, aqueles que contribuem afinal para a  obtenção da Bem-aventurança permanente. A religião não está atarraxada aos bancos da igreja, nem tampouco limitada às cerimônias que ali se realizam. Se você tem uma atitude de reverência, se vive cotidianamente sempre com a perspectiva de trazer a imperturbável consciência de Bem-aventurança para sua vida, será tão religioso dentro quanto fora da igreja.

Naturalmente, isso não deve ser entendido como argumento para abandonar a igreja, a qual é, geralmente, um grande auxílio em muitos aspectos. O que se deseja destacar é que não basta se sentar no banco da igreja e apreciar passivamente uma pregação, é indispensável não economizar esforços para alcançar a felicidade eterna também nas horas em que se está fora do templo. Não se trata de que ouvir uma pregação não seja em si uma coisa boa; certamente que é.”


ACREDITO EM DEUS, POR QUE ELE NÃO ME AJUDA?


“Acreditar em Deus e ter fé em Deus são coisas diferentes. Uma crença não tem valor se você não a submete à prova e não vive segundo ela. A crença que se converte em experiência torna-se fé. Eis por que nos disse o profeta Malaquias: “Fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e derramar sobre vós uma bênção tal que não haja espaço suficiente para recebê-la.”

A fé ou experiência intuitiva da verdade plena, está na alma. Ela gera a esperança humana e o desejo de realizar. (...) Os seres humanos comuns praticamente nada sabem dessa fé intuitiva latente na alma, que é o manancial secreto de todas as nossas mais incríveis esperanças.

A fé significa o conhecimento e a convicção de que fomos feitos à imagem de Deus. Quando nos sintonizamos com a consciência Dele em nós, podemos criar mundos. Lembre-se: na sua vontade reside a onipotência de Deus. Quando chega uma multidão de dificuldades e, a despeito delas, você se recusa a desistir, quando sua mente fica “pronta”, então você descobre Deus lhe respondendo.

A fé tem de ser cultivada, ou melhor, descoberta em nosso interior. Ela está lá, mas é preciso fazê-la surgir. Se observar sua vida, você verá os inúmeros modos por que Deus age nela; assim, sua fé será fortalecida. Poucas pessoas procuram pela oculta mão Dele. A maior parte das pessoas considera o curso dos acontecimentos natural e inevitável. Mal sabem que mudanças radicais são possíveis por meio da oração!”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro – p. 26/27)


sábado, 22 de dezembro de 2012

COMO ASSOCIAR A NOSSA CONSCIÊNCIA COM DEUS


“Alguns buscadores queixam-se de que é difícil conhecer Deus. Contudo, Ele é o mais fácil de conhecer; como não está separado de nós, Ele nunca esteve longe de nós. Se estivesse, não estaríamos aqui, nem mesmo seríamos. Deus não se separou de nós; o homem se separou de Deus. Quando nossos pensamentos se voltam para fora, envolvidos na multiplicidade do mundo finito, divorciamo-nos Dele. Esta é a simples verdade.

Como associar de novo nossa consciência com Deus? Ao despertar de manhã, não pense primeiro no trabalho; torne um hábito levantar-se uns minutos mais cedo do que tem sido seu costume, de modo que, antes de começar as obrigações do dia, você possa passar quinze minutos, ou meia hora, meditando e comungando com Deus. Nesse período, esqueça o tempo e as responsabilidades mundanas; se houver uma sensação de urgência para terminar a meditação, você não terá a receptividade necessária para sentir a presença de Deus. Durante a meditação, esqueça todos os pensamentos estranhos, pense somente em Deus. Fale com Deus na linguagem de seu coração. Depois da meditação, leve a todas as suas atividades, da melhor maneira que puder, a paz da meditação que você acumulou no coração.”

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 115/116)


APRENDER A ARTE DO RELAXAMENTO MENTAL


“Algumas pessoas aprenderam a relaxar-se fisicamente, mas não mentalmente.

O relaxamento mental consiste na capacidade de libertar a atenção, à vontade, das incômodas preocupações a respeito das dificuldades passadas e presentes, da permanente consciência de um dever a ser cumprido, do receio de acidentes e outros temores persistentes, e da cobiça, da paixão ou de outros pensamentos e apegos negativos ou perturbadores. O domínio do relaxamento mental vem com a prática fiel. Ele é alcançado quando a pessoa é capaz de, à vontade, livrar a mente de todos os pensamentos inquietos e fixar a atenção plenamente na paz e no contentamento interiores.

Quando você está se debatendo na água, não é tão consciente da água quanto o é da sua luta contra ela. Mas quando se abandona e se descontrai, você flutua. E sente, então, todo o lago à volta de seu corpo acalentando-o de maneira reconfortante. É assim que Deus é. Quando você estiver tranquilo, sentirá todo um universo de felicidade balançando suavemente sob sua consciência. Essa felicidade é Deus.

Quando você pode permanecer tranquilo o tempo todo, a despeito das provações difíceis, e quando você estiver firme na fé imorredoura em Deus, estará mentalmente descontraído.

Mesmo o relaxamento mental é apenas um dos primeiros estados do relaxamento metafísico ou super-relaxamento, no qual há uma retirada voluntária e completa da consciência e da energia do corpo todo e uma plena absorção na verdadeira identidade da pessoa: o Espírito. Esse libertar-se da consciência em relação à ilusão de dualidade possibilita o modo mais elevado de relaxamento mental.

Voltando a mente para o interior, fixe-a entre as sobrancelhas, no lago ilimitado da paz. Observe o círculo eterno de paz ondulante em torno de você. Quando mais observar atentamente, mais sentirá as pequeninas ondas de paz difundindo-se das sobrancelhas para a testa, da testa para o coração e do coração para todas as células do corpo. Agora, as águas da paz estão transbordando das margens de seu corpo e inundando o vasto território da mente. A inundação de paz flui por sobre as fronteiras de sua mente e se move em direções infinitas.”

(Paramahansa Yogananda – Paz Interior - Ed. Self-Realization Fellowship – p. 49/52)


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

DESENVOLVA O HÁBITO DE CONVERSAR COM DEUS


“O hábito de amar a Deus e com Ele conversar interiormente deveria ser cultivado não apenas por aqueles que vivem em mosteiros, mas também pelos que vivem no mundo. Isso pode ser feito – é necessário apenas um pouquinho de esforço. Todos os hábitos que você desenvolveu até agora são ações que desempenhou de maneira regular, quer física, quer mentalmente, até se tornarem uma segunda natureza em você. Mas foi preciso, algum dia, começar a criar esses hábitos. Agora é a hora de iniciar aqueles tipos de ações e de pensamentos que desenvolvam o hábito de conversar silenciosamente com Deus.”

(Sri Daya Mata – No Silêncio do Coração – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 28)