OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

TUDO É DEUS - VEM DE DEUS E VAI PARA DEUS


“Não sei como o mundo vive sem essa comunhão com Deus. Pode acontecer, com razão, que o mundo seja abatido de tal forma que se veja forçado a pensar em Deus. Entretanto, até isso será bom porque, em última análise, não faz diferença como somos submetidos à presença do Senhor, contanto que estejamos diante Dele.

Portanto, nunca lamente o que acontece com você. Nunca se sinta derrotado por qualquer circunstância de sua vida. Sempre faça um esforço para pensar: “Senhor, tenho fé em que nenhuma provação ou experiência chega sem Tua permissão. Com Tua bênção, sei que tenho a força dentro de mim para suportar qualquer coisa que suceda.” Mesmo que sua tarefa pareça sobre-humana, lembre-se de que o Divino está simplesmente esticando a fita elástica de sua consciência, expandindo sua capacidade potencialmente infinita.

Com essa atitude de fé e renúncia, aprendemos a enfrentar este mundo com um só pensamento encorajador: “Tu, Senhor: Tu, Tu, Tu”. O devoto sente-se parte de Deus de tal modo que relaciona toda experiência com Deus. Esteja ele envolvido em assuntos mundanos, ocupado no escritório, expressando amor pela esposa, esposo ou filhos, percebe que tudo é Deus – vem de Deus e vai para Deus.

Quando a pessoa tem essa sagrada atitude com a qual se esforça para ver Deus em seu relacionamento com o marido, a mulher, os filhos, os irmãos e as irmãs, e sabe que é possível ver uma outra faceta da natureza divina em cada relacionamento, ela começa a ver que vive, move-se e existe no único Amado Divino.

Tal é o propósito da vida, o objetivo de todo o ser humano. Ao nos apegarmos à consciência de Deus à medida que passamos por todas as experiências que a vida nos traz, uma vez mais vemos a nós e a cada um ao nosso redor como partes do Todo Infinito. Então a liberdade é nossa.”

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 22/23)


CELEBRA O NATAL DO TEU CRISTO

"Quantas vezes celebrei o aniversário do Natal de Jesus! Agora anseio por celebrar o Natal do meu Cristo.

Do meu Cristo interno - sempre nascituro, e jamais nascido.

Do meu Cristo dormente - que não despertou.

Quando li, nos Atos dos Apóstolos, de Mestre Lucas, que em 120 pessoas havia despertado o Cristo no primeiro Pentecostes - pasmei...

O nascimento do Cristo Carismático - que maravilhoso Natal!

Naquela gloriosa manhã, às 9 horas, em Jerusalém.

E perguntei a mim mesmo: por que não me acontece esse Natal?

Eu sei por que não...

Não me acontece porque não passei pelo silêncio da meditação, como aqueles 120.

Ando sempre nos ruídos profanos do meu ego humano - e não entro no silêncio sagrado do meu Eu divino.

O Cristo interno não nasce do ruído - só nasce no silêncio.

No silêncio da presença...

No silêncio da plenitude...

Vou fazer de mim uma humana vacuidade - para ser plenificado pela divina plenitude.

A minha ego-vacuidade clamará pela cristo-plenitude.

E celebrarei o Natal do meu Cristo.

Em tempos antigos, só sabia eu do Jesus humano, que vivera uma única vez na terra da Palestina.

Como poderia esse Jesus nascer e viver em mim?

Hoje sei que o mesmo Cristo que encarnou em Jesus pode encarnar também em mim.

Não foi ele mesmo que disse que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos?

E não afirmou ele: "Eu estou em vós, e vós estais em mim"?

Minha alma pode ser uma manjedoura para o Natal do Cristo.

O Natal de Jesus degenerou em festa social e comercial - o Natal do meu Cristo jamais será profanado nem profanizado."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 141/142)


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O FILHO DO HOMEM

"Apareceu um homem, entre esses milhões de habitantes terrestres...

E esse homem veio tornar-se o centro da história da humanidade.

Não fez descobertas nem invenções, não derrotou exércitos nem escreveu livros - esse homem singular.

Não fez nada daquilo que a outros homens garante imortalidade entre os mortais - o que nele havia de maior era ele mesmo...

Pelo ano do seu nascimento datam todos os povos cultos a sua cronologia.

Possuía esse homem exímios dotes de inteligência - e infinita delicadeza de coração.

A sua vida se resume numa epopéia de divino poder - e num poema de humano amor.

Havia na vida desse homem uma pátria e uma família - mas também um exílio e uma solidão.

Havia inocentes com um sorriso nos lábios - e doentes com lágrimas nos olhos.

- Havia apóstolos - e apóstatas...

Brincava nos caminhos desse homem a mais bela das primaveras - e espreitava-lhe os passos a mais negra das mortes.

Esse homem vivia no mundo - mas não era do mundo...

Quando chegou, "não havia lugar para ele na estalagem" - e quando partiu, só havia lugar numa cruz, entre o céu e a terra.

Esse homem não mendigava amor - mas todas as almas boas o amavam...

Era amigo do silêncio e da solidão - mas não conseguia fugir ao tumulto da sociedade, porque "todos o procuravam"...

Irresistível era o fascínio da sua personalidade - inaudita a potência das suas palavras...

Todos sentiam o envolvente mistério da sua presença - mas ninguém sabia definir esse estranho magnetismo...

Era uma luminosa escuridão - esse homem...

Não bajulava nenhum poderoso - e não espezinhava nenhum miserável...

Diáfano como um cristal era o seu caráter - e, no entanto, é ele o maior mistério de todos os séculos...

Poeta algum conseguiu atingir-lhe as excelsitudes - filósofo algum valeu exaurir-lhe as profundezas...

Esse homem não repudiava Madalenas nem apedrejava adúlteras - mas lançava às penitentes palavras de perdão e de vida...

Não abandonava ovelhas desgarradas nem filhos pródigos - mas cingia nos braços a estes e levava aos ombros aquelas...

Esse homem não discutia - falava simplesmente...

Não esmiuçava palavras nem contava sílabas e letras, como os rabis do seu tempo - mas rasgava imensas perspectivas de verdade e beatitude...

Por isso diziam os homens, felizes e estupefatos: "Nunca ninguém falou como esse homem fala!"...

Para ele, não era o esquife o ponto final da existência - mas o berço para a vida verdadeira...

Por isso, vivem por ele e para ele os melhores dentre os filhos dos homens - porque adoram nesse homem o homem ideal, o homem-Deus...".

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 35/36)


NÃO SEJA SUSCETÍVEL


“A suscetibilidade se expressa como falta de controle do sistema nervoso. A ideia de estar sendo ofendido percorre a mente, e os nervos se rebelam. Ao reagir, algumas pessoas fervem de raiva internamente ou sofrem com os sentimentos feridos e não mostram a irritação externamente. Outras exprimem as emoções por meio de uma reação óbvia e instantânea nos músculos dos olhos e da face – e frequentemente também com a língua, numa resposta ríspida. Em qualquer caso, ser suscetível é tornar-se infeliz e criar uma vibração negativa que afeta igualmente os outros de maneira adversa. Ser sempre capaz de difundir uma aura de bondade e paz deveria ser a razão da vida. Mesmo que haja um bom motivo para estar exaltado por causa de maus-tratos, a pessoa que, em vez disso, controla-se nessa situação é senhora de si mesma.

Nada se consegue ruminando silenciosamente algo que percebemos como uma ofensa. É melhor remover, pelo autocontrole, a causa que produz essa suscetibilidade.

Quando alguma coisa o aborrece, não importa quão justificada seja sua insatisfação, saiba que está sucumbindo a uma suscetibilidade indevida, e você não pode se permitir isso. A suscetibilidade é um hábito contrário à vida espiritual, um hábito nervoso, um hábito que destrói a paz, tira o controle de si mesmo e rouba sua felicidade. Sempre que uma atitude de suscetibilidade visita o coração, a estática que produz impede que você ouça a divina canção de paz curativa que toca em seu interior no rádio da alma. Quando a suscetibilidade aparecer, procure imediatamente dominar essa emoção.”

(Paramahansa Yogananda – Paz interior – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 102/104)


domingo, 23 de dezembro de 2012

TOLERÂNCIA


Fragmento de um diálogo ocorrido entre Swami Bravananda (Maharaj) e Swami Prabhavananda, extraído do livro “O Eterno Companheiro”, de Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda – Ed. Vedanta, São Paulo – p. 38:

“- Você sabia que os ocidentais dão muita importância ao conceito de tolerância? Para eles, a tolerância é uma virtude superior. Não há nenhuma dúvida sobre isso. Peço, também, que você se supere. Quando as pessoas vierem lhe pedir conselhos, trate-as com simpatia em vez de tolerância. Você verá que a ideia de tolerância implica piedade e, até certo ponto, menosprezo. Com tais conceitos em seu coração, você jamais poderá tocar o coração dos outros. Só se pode servir e ajudar as pessoas com simpatia. Além disso, muitos desconhecem algo muito importante que eu vou lhe dizer agora. Inconscientemente, quem age apenas com tolerância deixa que sua vaidade aumente cada vez mais e se torna arrogante; isso o impede de ajudar a quem quer que seja e logo todos se afastam dele. Ninguém gosta de sentir-se sempre ignorante, equivocado, inútil e pecador. Em contrapartida, por meio da simpatia, você se posiciona ao lado da pessoa que pretende ajudar. Você lhe insufla coragem, faz com que ela se erga; isso tudo sem ferir seus sentimentos ou fazê-la sentir-se inferior. É impossível ajudar alguém se você se mantém afastado, o que sucede com frequência quando se age com tolerância. (...)”