OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 29 de dezembro de 2012

MISTÉRIO


 “FALA COMIGO, MISTÉRIO, que dás perfume aos cravos.

Fala comigo, Mistério, que luzes em cada estrela.

Fala comigo, Mistério, que reges colméias e sistemas planetários.

Responde ao meu chamado, Mistério, que vivificas o átomo.

Atende-me Tu, que divinizas o amor, e és o Amor.

Conversa comigo, Mistério, que faíscas na mente do sábio, na devoção do místico, na ação do justo, na obra do artista, na pureza do santo, na renúncia do eremita, na inocência da criança, na divindade do amor materno, na veemência colorida da primavera, no deslumbramento do cosmonauta, na incógnita que desafia a ciência, na ternura de todos os ninhos.

Fala comigo.

Mas fala bem alto, pois ruídos impertinentes não me deixam ouvir Tua Eternidade; a zoada do multissonoro envolvente me ensurdece e não consigo escutar Tua Unidade; as gargalhadas dos prazeres libertinos e os gemidos dos amargores todos do mundo fazem para mim inaudível Tua Canção de Paz.

Fala... E não demores.

Presa do tempo, minha alma vibra na ansiedade de retroceder às imateriais fibras de seu cerne, de onde vem Tua Fala que não chega.

Fala comigo Mistério. E leva-me na aventura do Insondável, para além das fronteiras da percepção, para longe da pobreza criada por Teu Silêncio, da miséria que nasce de Tua Ausência.

Fala comigo, Mistério.

Mas, antes, ensina-me a ouvir-Te.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro – p. 212/213)


PRÁTICAS ESPIRITUAIS MECÂNICAS


“Muitos buscadores me dizem: “Mas eu tenho orado”. O cristão pode dizer: “Tenho feito minhas orações diariamente há vinte e três anos”; o muçulmano: “Tenho feito namaj fielmente há vinte e três anos”; e o hindu: “Tenho praticado japa ou feito meu puja”. Mesmo assim, todos se queixam: “Não sinto que tenha feito progresso. Minha mente é muito inquieta. Sou muito nervoso. Por quê?” É porque essas práticas se tornaram mecânicas. Não podemos ganhar o amor de ninguém com palavras de amor pronunciadas de modo mecânico ou distraído. O amor precisa vir do coração. É isso o que falta, com tanta frequência, nas práticas espirituais.”

(Sri Daya Mata – No Silêncio do Coração – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 90/91)


LEMBRE-SE DO SENHOR QUE RESIDE EM SEU ÍNTIMO


 “Desenvolva a consciência de que Deus está com você.

O Senhor só parece distante porque sua atenção se dirige para o exterior, para a criação Dele, e não para o íntimo, para Ele. Sempre que a mente vagar pelo labirinto dos incontáveis pensamentos mundanos, leve-a pacientemente de volta à lembrança do Senhor que habita em você. A seu tempo, você O descobrirá sempre com você – um Deus que fala com você no próprio idioma que você usa, um Deus cuja face o espreita de cada flor, desde cada arbusto e de cada folha de grama. Então você dirá: “Estou livre! Visto-me do sutilíssimo véu do Espírito. Vôo da terra ao céu com asas de luz.” E que alegria inundará seu ser!

Divino Espírito, abençoa-nos para que, cada vez mais, no interior de nossos corações, só falemos de Ti. Não importa o que estejamos dizendo com nossas línguas, nossos corações estarão sempre repetindo Teu nome.”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – p. 37/38)


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

CONHEÇA AS LEIS DIVINAS DA PAZ INTERIOR E DA FELICIDADE


“A moralidade, tal qual o camaleão, tende a assumir as cores da sociedade circunjacente, mas as leis inescrutáveis da natureza, pelas quais Deus sustenta Sua criação, jamais são alteradas pelas determinações do homem.

A felicidade tem raízes na moralidade e nas qualidades divinas.

Aqueles que se insurgem contra a lei divina pagam o preço de perder a paz interior.

As estrelas de cinema e outros artistas são considerados as pessoas invejáveis. Por que, porém, suas vidas pessoais são tão frequentemente uma confusão de infelicidade e múltiplos divórcios? A maior parte dessas pessoas vive com excessiva energia nervosa concentrada nos sentidos. Excesso de alimentos, sexo promíscuo, intoxicação com bebidas alcoólicas e drogas – tudo isso produz uma contrafração da felicidade.
[As leis morais] harmonizam o corpo e a mente com as leis divinas da natureza, ou da criação, produzindo força, felicidade e bem-estar interior e exterior.

Essa é a razão pela qual o êxito moral – a liberdade do império dos maus hábitos e impulsos – produz mais felicidade do que o êxito material. No êxito moral há uma felicidade psicológica que não pode ser roubada por qualquer condição física. (...) Adote os pensamentos e as ações que levam à felicidade.

Aqueles que têm contentamento interior estão vivendo de maneira correta. A felicidade só vem de fazer o que é certo.”

(Paramahansa Yogananda – Paz interior – Self-Realization Fellowship – p. 80/82)


SUGESTÕES PRÁTICAS PARA A VIDA DIÁRIA - IV

"Não vivas nem no presente nem no futuro, mas sim no eterno. A gigantesca erva daninha (do mal) lá não pode florescer, a própria atmosfera do pensamento eterno apaga esta mancha da existência. A pureza do coração é uma condição necessária para o atingimento do "Conhecimento do Espírito". Há dois meios principais pelos quais essa purificação pode ser atingida. Em primeiro lugar, afasta persistentemente todo mau pensamento; e em seguindo, mantém a mente tranquila sob quaisquer condições, nunca te agitando ou te irritando por qualquer coisa. Descobrir-se-á, assim, que estes dois meios de purificação são melhor estimulados pela devoção e pela caridade. Não devemos nos manter ociosos, sem tentar fazer alguma coisa para progredir, só porque não nos sentimos puros. Que todos tenham aspirações, e que trabalhem com o devido empenho; no entanto, devem trabalhar no reto caminho, cujo primeiro passo é purificar o coração. 

A mente precisa de purificação sempre que sentir ira ou que uma mentira seja contada, ou as faltas de terceiros sejam desnecessariamente reveladas; sempre que algo seja dito ou feito com o propósito de bajulação, ou que alguém seja enganado pela insinceridade de uma palavra ou ação.

Aqueles que aspiram pela salvação devem evitar a luxúria, a ira e a cobiça, e devem cultivar uma corajosa obediência às Escrituras, estudar Filosofia Espiritual, e cultivar a perseverança na sua realização prática.

Aquele que se deixa levar por motivos egoístas não pode entrar num Céu onde os motivos pessoais não existem. Aquele que não se preocupa com o Céu, mas que se sente contente onde encontra, já está no Céu, enquanto que o descontente irá clamar pelo Céu em vão. Não ter desejos pessoais é estar livre e feliz, e a palavra "Céu" não pode significar outra coisa a não ser um estado no qual a liberdade e a felicidade existam. O homem que pratica ações benéficas motivado por uma expectativa de recompensa não fica feliz a não ser que a recompensa seja obtida, e uma vez obtida essa recompensa, a sua felicidade cessa. Não pode haver descanso e felicidade permanentes enquanto houver algum trabalho a ser feito, e que não tenha sido realizado, sendo que o cumprimento do dever traz sua própria recompensa.

Aquele que se considere mais santo que os outros, aquele que tenha qualquer orgulho por estar isento de vícios ou insensatez, aquele que se crê sábio, ou de qualquer maneira superior ao seu próximo, está incapacitado para o discipulado. Um homem tem que se tornar como que uma criancinha antes de poder entrar no Reino dos Céus. A virtude e sabedoria são coisas sublimes, mas se elas criarem orgulho e uma consciência de separatividade em relação ao restante da Humanidade, então serão apenas as serpentes do eu reaparecendo de uma forma mais sutil. O sacrifício ou a entrega do coração do homem e suas emoções é a primeira das regras; envolve "o atingimento de um equilíbrio que não pode ser perturbado pelas emoções pessoais." Põe, sem demora, tuas boas intenções em prática, nunca permitindo que nem sequer uma delas permaneça apenas como uma intenção. Nosso único rumo verdadeiro é deixar que o motivo para a ação esteja na ação em si mesma, jamais na sua recompensa; não ser incitado à ação pela expectativa do resultado, e, nem tão pouco ceder à propensão à inércia.

Através da o coração é purificado das paixões e da insensatez; daí surge o domínio do corpo, e, por último, a subjugação dos sentidos. 

As características do sábio iluminado são, em primeiro lugar, que ele está liberto de todos os desejos, e sabe que somente o verdadeiro Ego ou Supremo Espírito é bem-aventurança, e que tudo o mais é dor. Em segundo, que ele está livre de apego ou repulsão com relação a qualquer coisa que lhe aconteça, e que agem sem intenção. Finalmente, vem a subjugação dos sentidos, que é inútil, e frequentemente prejudicial, dando origem à hipocrisia e ao orgulho espiritual, quando destituída do segundo, e que por sua vez não tem muita utilidade quando destituída do primeiro. 

Aquele que não pratica o altruísmo, aquele que não está preparado para dividir sua última porção com alguém mais pobre ou mais fraco do que ele, aquele que negligencia em ajudar seu próximo, qualquer que seja sua raça, nação, ou credo, quando e onde quer que encontre sofrimento, e que faz ouvidos moucos ao clamor da miséria humana; aquele que ouve uma pessoa inocente ser caluniada, e que não toma a sua defesa como defenderia a si mesmo, não é um teósofo."

(Helena Blavatsky - Ocultismo Prático - Ed. Teosófica, Brasília - p. 46/57)