OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

DISCERNIMENTO - PARTE IV

"(§17) Quando te tornares um discípulo do Mestre, poderás sempre pôr a prova a verdade de teu pensamento colocando-o ao lado do Seu. Pois o discípulo é uno com o seu Mestre, e necessita somente voltar seu pensamento para o do Mestre para ver imediatamente se ambos estão de acordo. Se assim não for, o pensamento do discípulo está errado, e ele deve modificá-lo instantaneamente, pois o pensamento do Mestre é perfeito, porque Ele sabe tudo. Aqueles que ainda não foram aceitos por Ele não podem fazer isso perfeitamente; mas eles podem ajudar grandemente a si mesmos parando frequentemente para pensar: "O que pensaria o Mestre a este respeito? O que diria ou faria o Mestre nestas circunstâncias?" Pois nunca deves fazer, dizer ou pensar o que não possas imaginar o Mestre fazendo, dizendo ou pensando. 

(§18) Deves ser verdadeiro também no falar - exato e sem exageros. Nunca atribuas motivos a outra pessoa; somente seu Mestre lhe conhece os pensamentos, e ela pode estar agindo por razões que nunca entraram em tua mente. Se ouvires algum boato contra alguém, não o repitas; pode não ser verdadeiro, e ainda que o seja, é mais amável nada dizer. Pensa bem antes de falar, a fim de não caíres em inexatidões.

(§19) Sê verdadeiro na ação; nunca pretendas parecer outro senão aquele que tu és, pois todo o fingimento é um obstáculo à pura luz da verdade, que deve brilhar através de ti como a luz do Sol brilha através de um vidro transparente.

(§20) Precisas discernir entre o altruísmo e o egoísmo. Pois o egoísmo possui muitas formas, e quando pensas finalmente tê-lo morto em uma delas, ele ressurge em outra tão forte como sempre. Porém, gradualmente, tu te tornarás em tal medida pleno do pensamento de auxiliar os outros que não haverá mais lugar, nem tempo, para qualquer pensamento sobre ti mesmo.

(§21) Ainda deves discernir de outra maneira. Aprende a distinguir a Deus em todos os seres e em todas as coisas, não importando quanto mal possam aparentar superficialmente. Podes auxiliar o teu irmão através do que tens em comum com ele, que é a Vida Divina; aprende como despertá-la nele, aprende a invocá-la nele; assim tu salvarás teu irmão do erro.”

(Krishnamurt – Aos Pés do Mestre – Ed. Teosófica, Brasília)


PROCURE A ORIENTAÇÃO DE DEUS EM SEU INTERIOR


“Vá até Deus; ore a Ele e chore por Ele até que Deus lhe mostre como funcionam Suas leis e lhe dê orientação. Lembre-se: sentar-se e meditar em Deus até que sinta tranquilidade interior é superior a um milhão de raciocínios da mente. Diga, então, ao Senhor: “Não poderia resolver meu problema sozinho, mesmo que eu tivesse um número ilimitado de pensamentos diferentes; mas posso resolvê-lo colocando-o em Tuas mãos, pedindo primeiro Tua orientação e, em seguida, indo até o fim sem deixar-me desviar ou abater, pensando nos vários ângulos de uma possível solução.” Deus ajuda aqueles que se ajudam. Quando sua mente estiver tranquila e cheia de fé, após orar a Deus em meditação, você será capaz de ver as várias respostas para seus problemas; e, porque a mente está tranquila, você será capaz de escolher a melhor solução. Siga essa solução e terá êxito. Isto é aplicar a ciência da religião na vida cotidiana.”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship - Ed. Lótus do Saber - p. 66)


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

DISCERNIMENTO - PARTE III

"(§12) Procura verificar o que vale a pena ser feito; e lembra-te que não deves julgar as coisas por sua grandeza aparente. Uma pequena coisa, que seja diretamente útil à obra do Mestre, vale muito mais a pena ser feita do que uma grande coisa que o mundo considere boa. Precisas distinguir não somente o útil do inútil, mas ainda o mais útil do menos útil. Alimentar os pobres é uma obra boa, nobre e útil; porém alimentar suas almas é ainda mais nobre e mais útil do que alimentar seus corpos. Qualquer homem rico pode alimentar o corpo, mas somente aqueles que sabem podem alimentar a alma. Se tu sabes, é teu dever auxiliar outros a saber.

(§13) Por mais sábio que já sejas, nesta Senda ainda terás muito que aprender; tanto que aqui também deve haver discernimento, e tu deves pensar cuidadosamente o que vale a pena ser aprendido. Todo conhecimento é útil, e um dia terás todo o conhecimento; enquanto, porém, tu tiveres somente parte dele, toma cuidado para que essa seja a parte mais útil. Deus tanto é Sabedoria como Amor; e quanto mais sabedoria tiveres mais Ele poderá se manifestar por teu intermédio. Estuda, então, mas estuda em primeiro lugar aquilo que mais te habilite a auxiliar os outros. Trabalha pacientemente em teus estudos, não para que os homens te considerem sábio, nem mesmo para que possas ter a felicidade de ser sábio, mas porque somente os homens sábios podem ser sabiamente úteis. Por muito que desejes auxiliar, enquanto fores ignorante poderás fazer mais mal do que bem.

(§14) Precisas distinguir entre a verdade e a falsidade; tens de aprender a ser verdadeiro em tudo, em pensamento, palavra e ação.

(§15) Primeiro em pensamento; e isto não é fácil, pois há no mundo muitos pensamentos falsos, muitas superstições insensatas, e ninguém que estiver escravizado por eles poderá fazer progresso. Portanto, não deves acolher um pensamento simplesmente porque muitas outras pessoas o acolhem, nem porque se tenha acreditado nele por séculos, nem porque esteja escrito em algum livro que os homens julguem ser sagrado; tu tens de pensar sobre a questão por ti mesmo, e julgar por ti mesmo se ela é razoável. Lembra-te que, embora um milhar de homens concorde sobre um assunto, se eles não souberem nada sobre aquele assunto a sua opinião não tem valor. Aquele que quiser trilhar a Senda tem de aprender a pensar por si mesmo, porque a superstição é um dos maiores males do mundo, um dos grilhões dos quais, por ti próprio, deves te libertar completamente.

(§16) O teu pensamento a respeito dos outros deve ser verdadeiro: não penses a respeito deles aquilo que não saibas. Não suponhas que os outros estejam sempre pensando em ti. Se um homem fizer alguma coisa que imaginas poder prejudicar-te, ou disser alguma coisa que imaginas aplicar-se a ti, não penses imediatamente: "Ele deseja ofender-me." É mais provável que nunca tenha pensado em ti, pois cada alma tem as suas próprias preocupações e seus pensamentos giram principalmente em torno de si mesma. Se um homem te falar iradamente, não penses: "Ele me odeia, ele quer ferir-me." Provavelmente alguém ou alguma outra coisa o deixou irado, e acontecendo encontrar-te, voltou sua ira sobre ti. Ele está agindo insensatamente, pois toda a ira é insensata, mas nem por isso deves pensar sobre ele de modo não verdadeiro. (...)"

(Krishnamurt – Aos Pés do Mestre – Ed. Teosófica, Brasília)


O VIVER NATURAL E O DESNATURAL - PARTE III

"(...) O desejo sexual. Algo mais deveria ser dito aqui a respeito do instinto natural de propagação, que é, depois do instinto de autopreservação, o mais forte no corpo animal. O desejo sexual, como todos os outros desejos, tem um estado normal e um estado anormal ou doentio, resultando este último apenas da matéria estranha acumulada pelo viver desnatural, conforme mencionado acima. No desejo sexual, cada pessoa tem um termômetro exato para indicar a condição de sua saúde. Esse desejo é arrancado de seu estado normal pela irritação dos nervos resultante da pressão de matéria estranha acumulada no organismo, pressão esta que é exercida sobre o aparelho sexual e, a princípio, se manifesta por um aumento do apetite sexual, seguido por uma diminuição gradual da potência.

Em seu estado normal, o desejo sexual torna o homem completamente livre de todas as luxúrias inquietantes e atua no organismo (despertando um desejo de apaziguamento) apenas esporadicamente. Aqui, mais uma vez, a experiência demonstra que esse desejo, como todos os outros, é sempre normal em pessoas que levam uma vida natural como foi mencionado.

A raiz da árvore da vida. O órgão sexual - a junção de importantes extremidades nervosas, particularmente dos nervos simpáticos e espinais (os nervos principais do abdome), os quais, por meio de sua conexão com o cérebro, são capazes de vitalizar todo o organismo - é, em certo sentido, a raiz da árvore da vida. O homem bem instruído no uso apropriado do sexo pode manter o corpo e a mente em perfeita saúde e viver uma vida feliz do começo ao fim.

Os princípios práticos da saúde sexual não são ensinados porque o público encara o assunto como impuro e indecente. Cega dessa maneira, a humanidade atreve-se a cobrir a Natureza com um véu porque esta lhe parece impura, esquecendo-se de que ela é sempre casta e que todas as coisas impuras e inconvenientes estão nas ideias do homem, e não na Natureza em si. É claro, portanto, que o homem não conhecendo a verdade sobre os perigos do abuso do poder sexual e sendo compelido a práticas erradas pela irritação dos nervos resultantes do viver desnatural, sofre doenças perturbadoras durante a vida e, por fim, torna-se vítima da morte prematura.

Habitação do homem. Em segundo lugar, vem o que diz respeito ao nosso local de habitação. Podemos compreender facilmente quando sentimos desprazer ao entrar em um recinto lotado, depois de respirar ar fresco no alto de uma montanha ou na amplidão de um campo ou de um jardim, que a atmosfera da cidade ou de qualquer lugar lotado é um lugar de moradia completamente desnatural. A atmosfera refrescante do topo de uma montanha, ou do campo, ou do jardim ou de uma área seca sob árvores que cobrem um amplo pedaço de terra e livremente ventilada com ar fresco, é o lugar apropriado para o homem morar de acordo com a Natureza.

A companhia que devemos manter. E, em terceiro lugar, é a respeito da companhia que devemos manter. Aqui também, se escutarmos os ditames de nossa consciência e consultarmos nossa inclinação natural, descobriremos de imediato que preferimos aquelas pessoas cujo magnetismo nos afeta harmoniosamente, que acalmam nosso organismo, revigoram interiormente nossa vitalidade, desenvolvem nosso amor natural e, assim nos aliviam de nossos sofrimento e nos proporcionam paz. Isso quer dizer que devemos estar na companhia do Sat ou Salvador, e evitar a do Asat, como descrito anteriormente, Permanecendo na companhia do Sat (o Salvador), somos capazes de gozar perfeito saúde física e mental, e nossa vida é prolongada. Se, por outro lado, desobedecemos à admoestação da Mãe Natureza, sem ouvir os ditames de nossa consciência pura, e mantemos a companhia de tudo o que foi designado como Asat, um efeito oposto é produzido, nossa saúde é prejudicada e nossa vida encurtada.

A necessidade do viver natural e de pureza. Assim, o viver natural é proveitoso para a prática de Yama, as abstenções ascéticas, como explicado anteriormente. Sendo igualmente importante a pureza do corpo e da mente na prática de Niyama (as observâncias ascéticas já explicadas), todo esforço deveria ser feito para alcançar tal pureza."

(Swami Sri Yukteswar - A Ciência Sagrada - Self-Realization Fellowship - p. 66/69)


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

DISCERNIMENTO - PARTE II

"(§06) Quando há trabalho que precisa ser feito, o corpo físico quer descansar, passear, comer e beber; e o homem que não sabe diz a si mesmo: "Eu quero fazer estas coisas, e preciso fazê-las." Mas o homem que sabe, diz: "Aquele que quer não sou eu, e deve esperar um pouco." Frequentemente, quando há uma oportunidade de auxiliar alguém, o corpo insinua: "Quanto aborrecimento me trará isto, deixemos que outro qualquer o faça." Mas o homem que sabe replica ao seu corpo: "Tu não me impedirás de praticar uma boa ação."

(§07) O corpo é teu animal - o cavalo sobre o qual montas. Portanto deves tratá-lo bem e cuidar bem dele; não deves sobrecarregá-lo de trabalho, deves alimentá-lo corretamente, só com alimentos e bebidas puros, e mantê-lo sempre minuciosamente limpo, sem o menor resquício de impureza. Pois sem um corpo perfeitamente limpo e saudável, não podes realizar a árdua tarefa de preparação, nem podes suportar o seu incessante esforço. Mas deves ser sempre tu quem comanda o corpo, e não ele quem comande a ti.

(§08) O corpo astral tem seus desejos -e os tem às dúzias; ele quer que fiques irado, que digas palavras ásperas, que sintas ciúmes, que sejas ávido por dinheiro, que invejes as posses de outras pessoas, que te entregues à depressão. Ele quer todas estas coisas, e muitas mais, não porque deseje prejudicar-te, mas porque gosta de vibrações violentas, e gosta de mudá-las constantemente. Mas tu não queres nenhuma destas coisas, e portanto deves discernir entre os teus desejos e os de teu corpo astral.

(§09) Teu corpo mental deseja pensar em si mesmo orgulhosamente separado, pensar muito em si mesmo e pouco nos outros. Mesmo quando tu o tiveres desviado das coisas mundanas, ainda tentará especular para si, fazer-te pensar em teu próprio progresso, em vez de pensar sobre a obra do Mestre e em auxiliar os outros. Quando tu meditares, tentará fazer-te pensar sobre as inúmeras diferentes coisas que ele deseja, em vez de pensar na única coisa que tu queres. Tu não és esta mente, mas ela é tua para que a uses; assim, aqui novamente o discernimento é necessário. Tens de vigiar incessantemente, ou falharás.

(§10) Entre o certo e o errado, o Ocultismo não admite acordo. A qualquer custo aparente, tens de fazer o que é certo, e não fazer o que é errado, sem dar importância ao que o ignorante possa pensar ou dizer. Tu deves estudar profundamente as leis ocultas da Natureza, e quando as conheceres organiza a tua vida de acordo com elas, utilizando sempre a razão e o bom senso.

(§11) Precisas discernir entre o importante e o não importante. Firme como uma rocha no que concerne ao certo e ao errado, cede sempre aos outros em coisas de somenos importância. Pois deves ser sempre amável e bondoso, razoável e conciliador, deixando aos outros a mesma plena liberdade que necessitas para ti mesmo. (...)"

(Krishnamurt – Aos Pés do Mestre – Ed. Teosófica, Brasília)