OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 31 de março de 2013

DESEMPENHE OS DEVERES DE BOM GRADO, SEM QUEIXA


"No cumprimento de nossos deveres, nunca devemos nos queixar. Devemos arder de entusiasmo a todo instante, não importa quais tarefas nos caibam. Quando nos lastimamos, quando somos negativos, cortamos a força que vem de Deus e o nosso contato com Ele. Ao fazermos o melhor possível, devemos nos manter sempre positivos e alegres e ter a sensação de entrega a Deus. (...) Temos de vigiar nossos motivos para que não tentemos nos enganar quando nos esquivamos de um dever. Mesmo que possamos oferecer a mais lógica das razões ao dizer “não”, sabemos quando realmente estamos afirmando isso, porque não queremos fazer essa tarefa específica; sabemos quando estamos dizendo “não” porque secretamente temos uma atitude negativa.

Devemos trabalhar com entusiasmo e criatividade para cumprir os deveres e servir a Deus, sem no entanto sermos afetados pelo orgulho da realização. Certamente ficamos felizes quando cumprimos bem alguma tarefa. Todos querem sentir alguma satisfação pelo que fizeram. Não há nada de errado nosso. Precisamos, porém, evitar o pensamento egoísta: “Fui eu que fiz”. É aí que entra o orgulho. Quando alguém pronunciar palavras de elogio a nosso respeito, devemos prontamente agradecer no íntimo a Deus: “Senhor, sei que Tu és o Autor. Eu, de mim, nada sei. Eu mesmo não consigo fazer nada. Se consigo realizar alguma coisa válida nesta vida, é apenas graças à inteligência e à fé com que Tu me contemplaste.” Essa prática atribui a Deus o crédito, a Quem este pertence. Não podemos, então, sentir orgulho egoísta."

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship - p. 128/129)


BHAKTI YOGA - AMOR, "ESSE DESCONHECIDO" (1ª PARTE - I)

"Amor não é a fonte da felicidade só porque já é a própria felicidade que os homens tanto buscam inutilmente. Há uma fase inicial do relacionamento num casal, uma condição que parece felicidade, mas é devaneio, que tem a duração de uma nuvem que passa. A euforia, o gozo, a fantasia colorida começa, cresce, decresce e some. Isto porque o amor ainda continua "esse desconhecido". Para a conquista da felicidade duradoura, é prioritário desmitificar o amor.

Amor "normal", aquele que viceja no campo da sensualidade e da paixão, é quase sempre unidirecionado, isto é, dedicado com exclusividade a uma pessoa ou determinada coisa (uma obra de arte, a profissão, e até um clube esportivo). Um apaixonado coloca sua paz, segurança, saúde, alegria, felicidade e mesmo sua vida, na dependência do objeto da paixão, sobre o qual não consegue exercer controle. Quem depende de algo (ou de quem) sobre o qual não tem gerência, sem dúvida, se já não sofre, virá a sofrer. O apaixonado se rendeu a uma condição de inferioridade, submissão, e ansiosa passividade, sempre à espera de migalhas que lhe sejam concedida. Negadas estas, o sofrimento se desencadeia. É caso de torcedores "apaixonados" por um time de futebol, que a si mesmos diagnosticam "torcedores doentes" (e infelizmente o são!). Perdida a partida decisória, com certa frequência ocorrem entre eles fulminantes colapsos. Perdem a vida, não só o campeonato. Esta é a paixão mórbida, infeliz, deprimente e lastimável. Mas, há muitos que irrefletidamente denominam amor. Eis o amor caluniado!

Outras formas de relacionamento afetivo tidas por "normais" também chegam a parecer amor, mas são simples arremedos. Paixão, como vimos, parece amor, mas não é. Apego, servidão, comunhão de interesses e de ideias, dependências mútuas... são outras formas de vínculos geradores de frustrações e tormentos que pessoas ingênuas têm por amor. Exatamente por serem falsificações do amor, até certo ponto, inviabilizam o genuíno amor. Uma vez, em Rishkeshi (Índia), no Shivnnda ashram, uma jovem companheira de viagem perguntou ao Swami Krishnananda por que sempre que ela amava acabava sofrendo, e ele sem vacilar explicou: Se gera sofrimento não é amor

Verdadeiramente ama aquele que já tenha descartado o sentimento de ser diferente e estar distante dos outros, o sentimento de posse, já eliminou o mórbido desejo de dominar, o infernal medo de perder, e esse verdadeiro terror chamado ciúme. Quem verdadeiramente ama, negando-se a si mesmo, aspira sincera, profunda e eficazmetne pela felicidade de todos os seres. Vi certa vez na vitrine de uma loja de locação de vídeos um cartaz anunciando um filme cujo nome era Os crimes do Amor. A que ponto de alienação e estupidez chegou a mente humana, que dá o nome de amor à condição patológica que induz ao chamado "crime passional"! Sensualidade passional pode matar. Amor, nunca. O amor é doador de vida, liberdade, paz, segurança, felicidade; finalmente, é luminosa manifestação de Deus. (...)"

(José Hermógenes - Iniciação do Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 78/80)


sábado, 30 de março de 2013

EQUANIMIDADE, CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO

"Podemos facilmente apontar, no homem, a diferença entre o tipo dinâmico e o tipo pensativo: o primeiro quer sempre trabalhar e o último só quer ficar pensando coisas. Ambos os tipos são necessários. Tipos dinâmicos querem agir de imediato. Deveriam ser ensinados a dirigir suas energias para atividades espiritualmente compensadoras. A fim de ajudar cada tipo a criar um equilíbrio harmonioso, aconselho os tipos dinâmicos a meditarem e pensarem mais, e os tipos pensativos a meditarem e trabalharem mais. 

Pessoas viciadas em maus hábitos - comer demais, fumar, beber - têm de ser tratadas com cuidado. Qualquer desejo contrariado provoca ira. Se você retirar alimento de um homem glutão, ele ficará colérico. É inútil tentar ajudar tais escravos dos sentidos até que eles mesmos demonstrem desejo efetivo de melhoras. (...)

Segundo a filosofia hindu, uma das três qualidades básicas predomina em cada homem. Sativa é a qualidade dos que apresentam tendências espirituais. Alimentam-se adequadamente, cultivam bons hábitos e têm devoção ao Senhor. A qualidade rajas manifesta-se nos que são ativos; essas pessoas se mantém ocupados com o trabalho até morrer. As pessoas em quem predomina a qualidade tamas preenchem suas vidas com disputas, raiva, ciúme, sensualidade e preguiça.

Todo hábito que o impede de alcançar a vitória espiritual deve ser superado. Você precisa ser senhor de seus pensamentos e ações. Melhor é pertencer ao tipo rajásico, ativo, com os hábitos sob controle, do que pertencer ao tipo tamásico; mas o ideal é ser do tipo sáttvico, em quem se manifesta a bondade. Quem deseja melhorar deve conviver com os tipos sáttvicos.

Pouquíssimas pessoas sabem em que consiste seu próprio bem. Você pode julgar qualquer uma, usando só este critério. Noventa e nove por cento de todas elas falham neste teste. Diga a uma delas que faça determinada coisa para o seu próprio bem, e ela fará exatamente o contrário. Por quê? Porque não pode ajudar a si mesma; seus hábitos materialistas são muito fortes. Quase sempre, as pessoas não fazem o que você sugere, mesmo sabendo que é bom para elas, só para provarem que você não pode influenciá-las. Quem realmente deseja melhorar deve conviver mais com gente calma e autocontrolada. Procure conviver com pessoas normais ou, melhor ainda, com pessoas acima do normal. Os fracos deveriam procurar os fortes, e estes devem buscar os que são ainda mais fortes. Um lutador jamais aumentará sua força se não lutar com alguém mais forte."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 316/317)


CONFIA NA TUA ESSÊNCIA INTERNA E A ELA TE ENTREGUES DE CORPO E ALMA


"Solta-te... deixa que a Vida te leve, como uma semente que se entrega ao vento que a levará ao solo fértil para ali germinar.

Deixa que a Vida, as Energias Superiores, te guiem para onde dever ir e permanecer. Não lutes contra isso. Faze o que teu coração pedir sem que tentes entender os ‘por quês’. Não resistas! Confia mais na tua Essência interna que é Deus, e a Ela te entrega de corpo e alma. Não procures racionalizar nada, apenas sente e procura ver, ouvir e falar através de teu coração.

Tem Fé na Vida, que ainda não compreendes integralmente, mas que sentes em teu coração como certo.

Não te preocupes com o amanhã, preocupa-te em ser o melhor hoje.

Como podes ter a certeza de que haverá amanhã?

Cuida de ti e não te deixes perder nas águas escuras da ignorância e falta de Fé. (...)"

(M. Stella Lecocq - Mensagens dos Mestres - de Coração a Coração - Ed. Roca, São Paulo - p. 160/161)


sexta-feira, 29 de março de 2013

FÉ, HUMILDADE E APREENSÃO SÃO SINAIS DE DEVOÇÃO A DEUS

"Bhakti ou devoção a Deus não é para ser medida por rosários, velas, marcas desenhadas na testa ou no cabelo emaranhado, nem por guizos nos tornozelos. Pureza de motivação e objetivos é essencial para que prema (Amor), que é um dos componentes de bhakti, não deserte do coração. Sinais ostensivos de bhakti são fé, humildade e apreensão. Fé em que a vitória última é da Verdade e do Amor; humildade perante os mais idosos e mais sábios; apreensão na presença do mal, ou seja, o medo de misturar-se com más companhias, de entrar em maus desígnios, e de agir contrariamente aos lampejos da consciência. 

Bhakti não pode vir de fora para dentro. Tem de crescer do íntimo, por um esforço para purificar a mente, para conhecer a natureza e origem do homem e do universo, para entender as relações do homem com todos os objetos externos que atualmente o fascinam e frustram." 

(Sathya Sai Baba - Sadhana o Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 51)