OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

AS CONDIÇÕES INTERNAS DA FELICIDADE (1ª PARTE)

"Aprenda a levar em você todas as condições da felicidade, meditando e sintonizando sua consciência com a eterna, sempre consciente e sempre nova Alegria, que é Deus. Sua felicidade nunca deveria depender de quaisquer influências externas. Qualquer que seja seu ambiente, não permita que sua paz interior seja afetada por ele. 

Quando tem domínio sobre os seus sentimentos, você permanece em seu verdadeiro estado. O real estado do Eu, a alma, é bem-aventurança, sabedoria, amor, paz. É ser tão feliz que, não importa o que esteja fazendo, você sente prazer. Não é isso muito melhor do que passar aturdido pelo mundo como um demônio inquieto, incapaz de achar satisfação em qualquer coisa? Quando está centrado em seu verdadeiro ser, você executa todas as tarefas e aprecia todas as coisas boas com a alegria de Deus. Impregnado com a Sua inebriante bem-aventurança, você executa contente todas as ações. Na vida espiritual a pessoa se torna como uma criança - sem ressentimentos, sem apegos, cheia de vida e alegria.

A verdadeira felicidade é capaz de enfrentar os desafios de todas as experiências. Quando conseguir ser crucificado pelos atos errôneos de outrem contra você, e mesmo assim, retribuir com amor e perdão; e quando for capaz de manter intacta a divina paz interior, apesar das dolorosas agressões causadas pelas circunstâncias externas, então você conhecerá essa felicidade. 

Permaneça tranquilo e silencioso [em meditação] todas as noites, durante meia hora, no mínimo, e de preferência por mais tempo antes de deitar; e novamente pela manhã, antes de começar as atividades diárias. Isso produzirá um invencível e inquebrantável hábito interno de felicidade, que o tornará capaz de enfrentar todas as situações difíceis da luta diária pela vida. Com essa imutável felicidade interior, procure atender as exigências das suas necessidades diárias. (...)"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 125/126)


A LEI DO CARMA

"À proporção que o homem cresce em conhecimento, cada vez compreende com mais acuidade que o mundo onde vive é regido por leis. Cada lei da Natureza, uma vez descoberta, torna a nossa vontade mais livre, embora à primeira vista pareça que tal descoberta venha limitar a ação. Também, como a ação é a resultante diagonal de uma série de forças de pensamento e sentimento de um mundo interior, a necessidade suprema do homem é compreender o seu mundo interior como expressão da lei e da ordem. A grande lei do Carma, ou Ação, que a Teosofia expõe, revela ao homem alguma coisa da constituição interior do seu ser e pouco a pouco o auxilia a dominar as circunstâncias em vez de ser delas escravo. (...)

A Lei do Carma é a enunciação da relação da causa com o efeito, que se estabelece quando o homem transforma a energia. Essa lei abrange não somente o universo visível e as suas forças como o faz a ciência, mas também esse universo mais vasto e invisível de forças, que é a verdadeira esfera da atividade humana. Do mesmo modo que, com um piscar de olho, o homem projeta no universo uma força que afeta o equilíbrio de todas as outras forças de nosso cosmos físico, assim também, com o vibrar de cada um de seus pensamentos e sentimentos, modifica o seu ajustamento no universo e do universo em si mesmo."

(C. Jinarajadasa - Fundamentos da Teosofia - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 61/62)


domingo, 10 de novembro de 2013

FIRMEZA NA FÉ E NA DEVOÇÃO

"Naturalmente, você pode dominar a doença e retardar a morte, como também evitar agitação e ansiedade, mediante tomar os remédios receitados e observar o regime aconselhado. Cante a glória do Senhor¹ quando aflito por sofrimento ou perturbação, pois é quando mais necessitado d'Ele você está. É quando estamos com febre que temos que ingerir os tabletes em intervalos menores ou em doses maiores. Os Pandavas² conheciam este segredo para o sucesso. Clamavam ao Senhor quando as circunstâncias conspiravam contra eles. Comumente os mortais começam se lamentando: 'Oh! Todo puja (adoração) foi inútil; todo culto que sinceramente ofereci, com todo empenho de meu coração, foi perdido.' Outros riem cinicamente diante do infortúnio dos devotos, e os arrastam para o deserto da descrença. Não dê ouvidos a tais homens maus. Firme suas raízes na fé. Nutra-as com arrependimento e oração. Somente aqueles que estão engajados no culto e na adoração, tendo somente a intenção de impressionar os outros, os abandonarão na hora em que a sorte mudar. Os demais aceitarão, com a equanimidade dos santos, o que quer que lhes venha. Para estes, a fortuna e o infortúnio, o bem e o mal não são mais que o verso e o reverso da medalha da Divina Graça.

A verdadeira marca de um Sai bhakta (devoto de Baba) é esta firmeza. Ele não se desvia deste caminho, seja por cinismo seja pela sedução da pompa luxuriosa. Ele põe em prática os ensinamentos espirituais e conhece o imensurável ganho que eles propiciam."

¹ Usando salmos, jaculatórias, dando-Lhe louvores.
² Pandavas - na epopéia, Mahabharata, os membros de uma mesma família travam uma guerra: os Kurus ou Kauravas constituíam as hostes do mal, da perversidade, da injustiça, do abominável; os Pandavas, seus primos, defendiam a Verdade e a Retidão. A batalha decisiva foi em Kurukshetra, na qual os Pandavas, sob a chefia de Arjuna, derrotaram os diabólicos Kurus.O príncipe Arjuna foi instruído por Krishna no campo de batalha. O diálogo deles - Krishna e Arjuna - é a Canção do Divino (Bhagavad Gita). (Ver VI:73; VIII:20; X:18.) 

(Sathya Sai Baba - O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 209)


O EQUILÍBRIO NO CAMINHO ESPIRITUAL (PARTE FINAL)

"(...) Para entender o que significa o esforço correto no caminho espiritual é interessante ouvir o que Patañjali fala sobre a postura na meditação, ensinando o que vale também para a vida. Na segunda seção dos Yoga-Sutras temos: ‘46. A postura deve ser firme e relaxada. 47. Deve ser conquistada por meio de um estado de passividade alerta. 48. É aquele estado onde não há atração de opostos.’

Nos livros que comentam os sutras, essa atitude é ilustrada com a imagem da serpente Ananta, da mitologia hindu. Ananta é uma serpente gigante que vive nos espaço e sustenta a Terra em sua cabeça, mantendo-a em sua órbita. Naturalmente a Terra é muito pesada, mas a serpente consegue manter o equilíbrio perfeito, graças à sua postura de perfeita firmeza e relaxamento.

Da mesma forma, as pessoas que carregam grandes vasos na cabeça os mantêm equilibrados, num estado de alerta, firmeza e relaxamento. Se houver tensão e agitação, se a pessoa sentir essa ação como uma tortura, o vaso cai. Patañjali deixa claro que a postura no caminho espiritual deve ser essa. A prática espiritual cheia de tensão e ansiedade está fadada ao fracasso, pois o estresse é incompatível com a espiritualidade.

Porém devemos saber que o relaxamento sem firmeza também derruba o vaso. Isso acontece quando cedemos à preguiça e ao comodismo. O equilíbrio é o fio da navalha, que exige vigilância constante; as forças mecânicas da natureza humana fazem com que estejamos oscilando entre estados opostos de agitação e torpor. O equilíbrio se conquista com a plena atenção."

(Cristiane Szynwelski - O Caminho do Equilíbrio Perfeito - Revista Sophia, Ano 3, nº 10 - p. 30/32)


sábado, 9 de novembro de 2013

FILHOS PERDIDOS

"GENEROSO, CONTÍNUA e sonoramente, o regato oferecia água puríssima, gostosa, geladinha...

Para quê? 

Eles bebericavam refrigerantes e se embotavam com sofisticados drinques que coloridos anúncios apregoavam. 

O ar cheiroso, doação dos bosques de pinheiros, estava à disposição! 

Vãmente! 

Ávida, tensa e estupidamente fumavam refinadas marcas que a propaganda insistentemente impinge. 

Pássaros gorjeando, o regato cantando, a brisa arpejando no arvoredo, cigarras tinindo...

 Para quem?

Atordoados, curtiam excessivos decibéis agressivos, e, inconscientes, se consumiam no embalo de sucessos rítmicos que suspeitas ‘paradas’ impõem. 

O sol, as sombras, as águas, o ar, as energias, toda a Vida ali, nas pedras, nas folhas, nos animais, na brisa.... 

Inutilmente! 

Estavam eles ausentes, alienados, arrastados em desgraçadas viagens alucinantes, nos rumos imprevisíveis da fascinação química e trágica. 

À tardinha, tensos, dopados, agitados, frustrados, cansados, intoxicados, eles se foram... 

A Natureza ficou chorando a perda de seus ‘filhos’, que a ‘civilização’ robotizara. 

Insanos, dementes, eles voltaram para a aridez do asfalto, a elogiar a curtição da paz campestre.

Coitados!" 

(Hermógenes - viver em Deus - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 4ª edição - p. 122/123
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