OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 16 de março de 2014

AMIZADE - O MAIS SUBLIME RELACIONAMENTO ENTRE OS AMORES HUMANOS

"O relacionamento que existe entre amigos é o mais sublime dos amores humanos. Por não existir compulsão, o amor entre amigos é puro. Escolhemos livremente os amigos que amamos; não somos compelidos pelo instinto. O amor que se manifesta na amizade pode existir entre homem e mulher, entre mulheres e entre homens. Mas no amor da amizade não existe atração sexual. É preciso ser celibatário e esquecer completamente o sexo quando se quer encontrar o amor divino através da amizade; é então que esta nutre a cultivação do amor divino. A amizade pura existiu entre santos e existe entre os que realmente amam a Deus. Se você sentir o amor divino uma vez, nunca mais se separará dele, pois não há nada igual em todo o universo.

O amor dá sem esperar nada em troca. Nunca penso em alguém em termos do que aquela pessoa pode fazer por mim. E nunca dedicaria amor a alguém só por ter feito alguma coisa por mim. Se não sentisse amor, não fingiria dá-lo, mas conforme sinto, eu o dou. Aprendi essa sinceridade com meu Mestre. Talvez existam pessoas que não me tenham amizade, mas sou amigo de todos, inclusive de meus inimigos, pois no coração não tenho inimigos. 

Amor não se ganha pedindo; é uma dádiva do coração do outro. Tenha certeza do que sente quando disser 'eu te amo' a alguém. Quando se dá amor, tem que ser para sempre. Não porque você queira estar perto da pessoa amada, e sim por querer a perfeição para aquela alma. Desejar perfeição ao ser amado e sentir alegria pura pensando naquela alma é amor divino, e esse é o amor da verdadeira amizade."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 12)


sábado, 15 de março de 2014

O CAMINHO DO MEIO

...um caminho de fio de navalha, difícil de trilhar e difícil de atravessar.

"O Caminho do Meio, sem dúvida é o caminho do fio da navalha. Manter-nos no estreito fio da navalha é uma tarefa difícil. Não é preciso dizer que qualquer hesitação faria o homem cair no outro lado. Até mesmo o mais leve, até mesmo um pequeno movimento da mente levaria o aspirante a um dos extremos, o da esquerda ou da direita. A mente não consegue percorrer o Caminho do Meio por seus próprios esforços. Um caminho assim seria apenas um meio-termo entre os dois opostos. Mas o Caminho do Meio não é um meio-termo entre dois extremos – não é com um pouco de indulgência e um pouco de negação que se produz o Caminho do Meio. O Caminho do Meio é aquele no qual não há indulgência nem negação. É na completa negação tanto da indulgência como da resistência a ela que o Caminho do Meio é percorrido. Mas a mente só conhece a indulgência e a negação, ou um meio-termo entre as duas, que ela chama de sínteses entre os dois extremos. A mente não consegue percorrer o caminho do meio por seus esforços conscientes – e só quando os esforços da mente cessam e o controle é assumido pela Inteligência, por Buddhi, que o Caminho do Meio é percorrido. Ele é como um fio de navalha porque é muito estreito – é como uma linha matemática que tem extensão, mas não possui largura. Não pode ser concebido pela mente. Atman deve ser encontrado no Caminho do Meio – o caminho que não é conhecido pela mente, mas ao longo do qual a mente se move quando é iluminada e guiada pela Inteligência ou Buddhi."

(Rohit Mehta - O Chamado dos Upanixades – Ed. Teosófica, Brasília, 2003 - p. 74)


LEI DA JUSTIÇA DIVINA (PARTE FINAL)

"Uma vez desencadeada a ação, há uma tendência à reação, em direção à própria pessoa. Contudo, não é uma fatalidade que inexoravelmente terá que ocorrer. No exemplo citado, a criança pode desviar da bola quando a mesma retornar. Pode ainda colocar uma almofada em si para amortecer o choque da bola em seu corpo! Há a possibilidade dela agarrar prazerosamente essa bola; ou, talvez, pela sua inabilidade, sofrer um ferimento. Múltiplas ocorrências são possíveis, dependendo do procedimento da criança após o desencadear da ação...

Assim é o karma, um processo altamente dinâmico, onde uma nova ação pode introduzir novo vetor na reação, modificando seus efeitos.

Isso serve de alerta aos comodistas ao suporem ser tudo fatalidade, destino, e impossível de ser modificado. Tudo depende da nossa postura, pois a cada momento estamos colhendo o karma semeado no passado; e, no mesmo instante, semeando o karma a ser colhido no futuro.

Repetimos: há uma tendência, uma inclinação para a reação acontecer tal qual foi a ação; mas há o livre-arbítrio para alterar os efeitos dessa reação, intensificando-a, atenuando-a, ou até mesmo anulando-a."

(Antonio Geraldo Buck - Você Colhe o que Planta – Ed. Teosófica, Brasília, 2004, p. 17)


sexta-feira, 14 de março de 2014

O LEGADO DE JACOB BOEHME (PARTE FINAL)

"A segunda ‘iluminação’ de Boehme ocorreu aos 25 anos – no fatídico ano de 1600, quando Giordano Bruno morreu na fogueira. Em seu livro Aurora, ele fala dessa experiência: ‘Não há palavras que possa expressar a alegria e o triunfo que eu experimentei’. (...)

A terceira ‘iluminação’ de Jacob Boehme aconteceu dez anos depois no seu 35º ano de vida. Nessa visão, todas as suas experiências anteriores estavam sintetizadas; ele as reconheceu como diferentes expressões de uma vida fundamental, a fonte de todas as religiões, ciências e filosofias. (...)

Como podia esse humilde sapateiro alemão, sem educação formal ter aprendido sobre isso, a não ser que fosse um iniciado ou estivesse sob a supervisão dos Nirmanakayas? (...)

A única verdadeira compreensão de Deus, segundo Jacob Boehme, ‘deve vir da fonte interior e entrar na mente a partir da palavra viva de Deus no interior da alma. A não ser que isso ocorra, todo o ensinamento sobre coisas divinas é inútil e destituído de valor.’ O Deus de Boehme era um princípio universal, não um ser, mas a potencialidade do ser."

(O Legado de Jacob Boehme - Revista Sophia, Ano 2, nº 7 - p.9/10)


LEI DA JUSTIÇA DIVINA (1ª PARTE)

"Compenetrando-se das sutilezas inerentes ao karma, afeiçoando-se aos múltiplos matizes coloridos e precisos com que essa lei se manifesta, somos surpreendidos pelos segredos íntimos que ela vem nos contar. Rasgam-se véus obscuros em nossas mentes, ilumina-se a razão, e germina a luz afetiva do recôndito de nossas almas, vislumbrando o alvorecer de horizontes dignos de serem vividos em sintonia com o plano divino.

O karma não é bom nem mau, é apenas uma lei universal, neutra. Seus resultados podem ser vistos como prazerosos ou dolorosos. Entretanto, na natureza nada é mau, tudo é bom, e o que chamamos de mau é o bem ainda não desenvolvido. Na escola da vida tudo é aprendizagem visando o enriquecimento de experiências para nossa alma em evolução.

No universo ‘à toda ação corresponde uma reação igual e em sentido contrário’ – é a famosa lei de Newton. Para entendê-la melhor, vamos imaginar uma criança com uma bola de borracha na mão, jogando-a contra a parede. Com quanto mais força (ação), jogar essa bola, tanto maior o impacto no muro e maior a força com que ela voltará para a criança; isto é, maior será a reação. Este é um exemplo de karma numa visão bem materialista."

(Antonio Geraldo Buck - Você Colhe o que Planta – Ed. Teosófica, Brasília, 2004, p. 15/16)