OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 29 de março de 2022

FONTE DE SABEDORIA

"Uma das formas duradouras do interesse próprio é a presunção, que pode se manifestar de maneiras grosseiras ou muito sutis. O trecho seguinte é uma advertência de
A Voz do Silêncio referente a este outro inimigo daqueles que buscam trilhar a senda do autoconhecimento: 'Evita o aplauso ó devoto. O aplauso conduz à autoilusão. Teu corpo não é o Ser, teu Ser é, em si mesmo, sem corpo, e o elogio ou a censura não o afeta. O Autoconvencimento, ó discípulo, é como uma torre altíssima à qual subiu um arrogante tolo. Ali ele se senta em orgulhosa solidão, despercebido de todos salvo de si mesmo.'

Quando se é imaturo, qualquer comentário trivial feito por alguém a respeito de nossa aparência física, por exemplo, pode gerar fortes reações emocionais. O mesmo se aplica às tarefas que fazemos. Se há crítica ou falta de apreciação, podemos nos sentir magoados. Mas é importante compreender que nutrir a presunção contribui para nosso senso de separação de outros, e em muitos casos pode levar a um senso mais profundo de isolamento, frequentemente nutrindo sentimentos de má-vontade e de ira para com os outros e o restante do mundo. Talvez muitos atos terroristas tenham surgido de uma mentalidade assim. 

Mas apesar de todos esses perigos não precisamos nos desesperar, pois certamente o caminho está dentro de nós, como mostram os trechos seguintes de A Voz do Silêncio: 'O caminho para a liberdade final está dentro do Ser. O caminho começa e termina fora do Ser.'

O autoconhecimento foi definido por um dos instrutores da tradição Advaita Vedanta como 'a mais longa viagem ao lugar mais próximo'. Em outra tradição é chamado de a busca pelo Santo Graal, cuja descoberta, após muitas provações, tribulações e fracassos, leva tanto à completa transformação interior da mente humana quanto à restauração da 'terra devoluta', que é o mundo. 

O puro ser, o Atman interior, é a fonte de toda cura, de toda sabedoria, de toda felicidade, e contudo tendemos a buscar essas coisas fora, através da atuação do eu pessoal. É inevitável que no processo experimentemos muitas perdas, tanto físicas quanto psicológicas. Certa vez pediram a Sri Ramana Maharshi sua opinião sobre a doutrina teológica das almas perdidas. Sua resposta foi: 'Haverá algo a perder? O Ser jamais pode ser perdido.' Mas a jornada em direção a ele, que é basicamente um modo de vida, envolve abandonar tudo o que não é o Ser, naturalmente, sem qualquer senso de automortificação ou autocastigo, que podem muito bem ser, novamente, sutis formas de presunção. 

Eventualmente, segundo a tradição-sabedoria, após uma longa e necessária purificação, subitamente surge a realização do solo divino no qual 'vivemos, nos movemos e temos nossos ser', que é liberdade total do egoísmo e de sua teia de ilusões. As belas palavras do Viveka Chudamani reafirmam a essencial não separatividade de toda a existência como nossa verdadeira e eterna identidade, o Ser que nada quer: 'Como onda, espuma, redemoinho e bolha - tudo é essencialmente apenas água; assim tudo, começando com o corpo e terminando com o egoísmo, é apenas consciência, que é pura e absoluta felicidade.'"

(Pedro Oliveira - O ser nada quer - Revista Sophia, Ano 15, nº 65 - p. 19)
Imagem: Pinterest. 


sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

VERDADE (PARTE FINAL)

"(...) Entre conhecimento e sabedoria existe uma diferença imensa, e é muito mais fácil obter conhecimento do que sabedoria. A sabedoria não depende nem um pouco do conhecimento, apesar de ambos serem, numa certa medida, até idênticos. A fonte da sabedoria está em Deus, a portanto no princípio das coisas primordiais (no Akasha), em todos os planos do mundo material denso, do astral a do mental.

Portanto, a sabedoria não depende da razão e da memória, mas, da maturidade, da pureza a da perfeição da personalidade de cada um. Poderíamos também considerar a sabedoria como uma condição da evolução do 'eu'. Em função disso a cognição chega a nós não só através da razão, mas principalmente através da intuição ou da inspiração. O grau de sabedoria determina portanto o grau de evolução da pessoa. Mas com isso não queremos dizer que se deve menosprezar o conhecimento; muito pelo contrário, o conhecimento e a sabedoria devem andar de mãos dadas. Por isso o iniciado deverá esforçar-se em evoluir, tanto no seu conhecimento quanto na sabedoria, pois nenhum dos dois deve ser negligenciado nesse processo. 

Se o conhecimento e a sabedoria andarem lado a lado no processo de evolução, então o iniciado terá a possibilidade de compreender, reconhecer a utilizar algumas leis do micro a do macrocosmo, não só do ponto de vista da sabedoria, mas também em seu aspecto intelectual, portanto dos dois pólos. 

Já tomamos conhecimento de uma dentre muitas dessas leis, a primeira chave principal, ou seja, o mistério do Tetragrammaton ou do magneto quadripolar, em todos os planos. Como se trata de uma chave universal, ele pode ser empregado na solução de todos os problemas, em todas as leis a verdades, em tudo enfim, sob o pressuposto de que o iniciado saberá usá-lo corretamente. Com o passar do tempo, à medida em que ele for evoluindo a se aperfeiçoando na ciência hermética, ele passará a conhecer outros aspectos dessa chave e a assimilá-los como leis imutáveis. Ele não terá que tatear na escuridão a no desconhecido, mas terá uma luz em suas mãos com a qual poderá romper todas as trevas da ignorância." 

(Franz Bardon - Iniciação ao Hermetismo - p. 31/32)

quarta-feira, 7 de junho de 2017

A COMUNHÃO DOS SANTOS (2ª PARTE)

"(...) Todas as coisas belas surgem da mesma fonte, e dizem que secretamente estão em afinidade entre si. No caso dos Homens Perfeitos, este elo secreto torna-se um vínculo vivo e consciente, resultando em perfeita cooperação mútua.

Os grandes santos são retratados trajando mantos brancos, por causa de sua pureza. No processo de evolução o conhecimento, a princípio, destrói a inocência, mas posteriormente, com a crescente perfeição do conhecimento, a inocência é recuperada e temos, com a sabedoria da idade, a combinação de todas as qualidades que marcam as fases prévias de nosso crescimento.

No momento oportuno, cada filho do homem atingirá esse estágio e herdará o reino preparado para ele, que não está fora, mas dentro de seu coração, 'preparado desde a fundação do mundo'; porque na consciência oniabarcante o futuro está simultaneamente presente com o passado.

Em cada um de nós existe o germe da bondade e da beleza espiritual; e, à medida que o nutrirmos assiduamente, ele se tornará uma bela planta e produzirá na plenitude do tempo a flor de sua unicidade, e lançará sobre o mundo um perfume diferente de qualquer outro que já tenha existido.

Uma maneira de nutri-lo é participar em serviços para Deus, de tal ordem que abram nos participantes cada canal espiritual e o inunde com vida crescente. Outra maneira está indicada nas palavras: 'Porquanto fizestes a um dos meus pequeninos, a mim o fizestes'. (...)"

(N. Sri Ram - o Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 61)


domingo, 9 de abril de 2017

MAESTRIA DA VIDA POR UMA DIGNIDADE SILENCIOSA

"Quem de boa vontade carrega o difícil,
Supera também o menos difícil.
Quem sempre conserva a quietude,
É senhor também da inquietude.
Por isto, o sábio carrega de boa mente
O fardo da sua jornada terrestre.
Nunca se deixa iludir
Por deslumbrantes perspectivas.
Trilha com tranquila dignidade
O seu solitário caminho.
O homem profano, porém,
Que se derrama pela vida superficial,
Dissolve com sua leviandade
A solidez da sociedade;
Destrói com sua inquietude 
A quietudo do reino,
Destrói também o seu próprio Reino.

EXPLICAÇÃO: O valor não está em atos, mas na atitude; não está no dizer ou no fazer, mas no Ser. O Ser é a fonte; o fazer e o dizer são apenas canais, cujo conteúdo não existe por si, mas graças à fonte."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 80/81)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

A PRÁTICA DO AMOR (2ª PARTE)

"(...) Tudo isso se baseia no reconhecimento de que podemos ser como nosso Pai celeste, quer o chamemos de Deus ou de nosso eu superior. Isso porque, no mais recôndito de nós, já somos um com a fonte divina do nosso ser. Apesar da mensagem de nossos sentidos e das afirmações do nosso ego, não estamos isolados. Como seres humanos, somos um com todos os outros seres humanos: compartilhamos os mesmos pensamentos e sentimentos, as mesmas tendências e características, necessidades, desejos e impulsos. E verdadeiramente compartilhamos, como um rádio receptor e transmissor captando pensamentos e sentimentos transmitidos para a atmosfera mental geral pelos outros, amplificando-os pela nossa atenção e pelo uso que delas fazemos, e depois enviando-os de volta com força aumentada. Nossa resposta hostil aos outros ignora essa interdependência psicológica.

No entanto, embora saibamos que todos somos unos, sabemos ao mesmo tempo que somos únicos e plenamente responsáveis por nossas próprias escolhas. É importante reconhecer que somente nós podemos controlar a nós mesmos - nossas atitudes, pensamentos e ações. Não podemos forçar os outros a fazer o que achamos melhor, mesmo entre nossos familiares e amigos, e muito menos em relação às pessoas que conhecemos superficialmente. Geralmente aprendemos essa lição somente após muita dor e frustração.

Como, então, podemos ajudar a retificar o sofrimento, a injustiça e a violência que vemos no mundo? Alguns de nós somos capazes de oferecer assistência direta. É mais provável que possamos prover auxílio financeiro ou de algum outro tipo àqueles que estão fazendo o trabalho que gostaríamos de poder fazer. Todavia, em nossas próprias vidas, e em nossos relacionamentos com aqueles à nossa volta, em nosso próprio ato de existência, todos nós podemos fazer um contribuição positiva para o bem-estar da humanidade e do planeta, tentando, dia a dia, dar algo de positivo e construtivo de nós mesmos. (...)'

(Sarah Belle Dougherthy - A prática do amor - Sophia, Ano 12, nº 49 - p.11/12)
www.revistasophia.com.br


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A NATUREZA DA DIVINDADE (1ª PARTE)

"O que quer dizer o termo 'Deus'? A sabedoria Antiga afirma a existência de uma vida transcendente, autoexistente, eterna, onipenetrante, que tudo sustém, por meio da qual e na qual todas as coisas que existem se originaram, vivem, movem-se e têm o seu ser. Essa vida é imanente em nosso mundo e no sistema solar como o Logos, o 'Verbo', adorado sob diferentes nomes em diferentes religiões, mas reconhecido como o único Criador, Preservador e Regenerador. O sistema solar é dirigido e guiado pelo Logos Solar por meio de uma hierarquia de seres altamente evoluídos, os 'Poderosos Espíritos diante do Trono'. Na Terra essas funções são conduzidas por uma hierarquia de homens perfeitos, referidos como rishis, sábios, adeptos, santos. O princípio Divino Absoluto revela-se num processo Universal de perpétuo desdobramento de potencialidades. Embora esse processo seja consumado segundo lei eterna, ele não é mecânico, sendo dirigido ajudado pelo Logos Solar por intermédio de Seus ministros. Deus é assim apresentado como transcendente e imanente, além de criador, sustentador e transformador de todos os mundos e a fonte espiritual de todos os seres dentro do Seu sistema solar. 

Essas definições de deidade não se harmonizam com a ideia de Deus aceita pelo cristianismo. Na sabedoria Eterna, Deus não é apresentado como uma figura antropomórfica, um ser onipotente em forma humana e com tendências humanas associadas a poderes divinos. Ele¹ não é considerado sensível à propiciação, mas é sobretudo uma incorporação da lei eterna. Ele não confere favores a alguns em detrimento de outros, todos Seus filhos são considerados igualmente. Ele não está distante num céu remoto, mas, de fato, presente como a vida divina na natureza e a divina Presença no homem, o 'Deus que opera em vós...' (Fl 2:13). (...)"

¹ O masculino é usado por conveniência apenas, sendo o princípio divino considerado igualmente como masculino, feminino e andrógino.

(Geoffrey Hodson - A Sabedoria Oculta na Bíblia Sagrada - Ed. Teosófica, Brasília, 2007 - p. 56/57)

sexta-feira, 1 de julho de 2016

AS DIFERENTES FACES DO SABER (PARTE FINAL)

"(...) A fonte interna de conhecimento deve ser descoberta pelo homem em sua própria consciência, ao se aliar à vasta mente da natureza. Os aborígines australianos indicaram aos primeiros exploradores sedentos onde cavar no deserto para achar água. Eles tinham essa habilidade porque não eram alienados da natureza como os aventureiros ocidentais.

Krishnamurti escreveu, em uma nota para si mesmo: 'Se pudéssemos estabelecer uma profunda relação duradoura com a natureza, nunca causaríamos dano, não utilizaríamos a prática da vivissecção em macacos, cachorros ou cobaias em pesquisas. Acharíamos outras maneiras de curar nossas feridas e nossos corpos.

Dizem que um verdadeiro Mestre da Sabedoria vive na fonte da verdade. Um deles escreveu: 'Para obter mais conhecimento [o sábio] tem apenas que efetuar um minuciosos e vagaroso processo de investigação e comparação de vários objetos, e lhe é concedido um insight em cada verdade fundamental.' Ele explica que significados latentes e propósitos profundos formam a base de todos os fenômenos do universo; somente a sabedoria supersensível fornece a chave para revelá-los ao intelecto.

O homem moderno realizou feitos brilhantes com o uso da razão, mas é incapaz de atingir o nível da sabedoria supersensível, em parte porque está deslumbrado por suas conquistas. Mas há outras maneiras de saber que não envolvem esse lento processo de investigação e comparação, e que são mais seguros.

Quando a natureza psíquica do homem se combina à grande mente do universo, o conhecimento se manifesta como inspiração que abre as portas da mente. Para que isso aconteça, os homens sensíveis devem limpar a mente da vaidade, ambição e impulsos egoístas. O conhecimento infinito não pode chegar à mente finita; é preciso que a mente não pense em si mesma."

(Radha Burnier - As diferentes faces do saber - Revista Sophia, Ano 10, nº 38 - p. 28/29)

quarta-feira, 15 de junho de 2016

O UNIVERSO É INTELIGENTE (1ª PARTE)

"A inteligência é imparcial: essa é uma das mais valiosas afirmações dos aforismos de Luz no Caminho  (Ed. Teosófica). O livro indica que a percepção fragmentada não evoca respostas inteligentes. É necessária uma percepção ampla para compreender a fonte dos sérios problemas pessoais e sociais no mundo de hoje.

Não é tarefa fácil definir o que é inteligência. O dicionário Oxford a define como intelecto, compreensão, agilidade na compreensão, sabedoria. The Universal English Dictionary traz, entre outros significados, o 'poder de compreender, perceber, saber, raciocinar e discernir'. Essas definições podem ser valiosas em certos contextos mas de modo algum tocam a percepção holística da qual surgem ações harmoniosas e corretas.

A humanidade alcançou um progresso notável na compreensão dos processos da natureza. O fenomenal desenvolvimento da ciência é resultado da observação e do raciocínio. Contudo, paradoxalmente, o mundo adquiriu problemas profundos e a humanidade colocou-se numa situação caótica e perigosa, por causa da irracionalidade. O que pode ser mais irracional do que tentar alcançar a paz por meio da força, da produção de armamentos e da corrida pelo poder com novas armas de destruição em massa?

Os conceitos por trás do crescimento econômico, lucros cada vez mais elevados e a filosofia do consumismo promovem apetites egoístas e basicamente irracionais. Eles negam qualquer benefício que o poder de raciocínio tenha conferido à humanidade. Haverá alguma verdadeira inteligência em desenvolver inovações, se ao mesmo tempo criamos uma sociedade cheia de atividades autodestrutivas e ambientalmente indesejáveis? Quando se faz uso da inteligência apenas para se obter conhecimento do universo físico, e não para prenunciar paz e boa vontade sobre a terra, talvez isso não seja inteligência de uma ordem mais elevada. (...)"

(Radha Burnier - O universo é inteligente - Revista Sophia, Ano 10, nº 37 - p. 18)


terça-feira, 14 de junho de 2016

A ORIGINALIDADE, SEGREDO DOS MESTRES

"Os antigos Mestres da vida
Eram profundamente identificados
Com as potências vivas do Cosmos.
Em sua profunda interioridade
Jaziam a grandeza e o poder
Da sua dinâmica atividade.
Quem compreende, hoje, em dia, esses homens?
Sábios eram eles, 
Como barqueiros que cruzam um rio
Em pleno inverno:
Cautelosos eram eles,
Como homens circundados de inimigos;
Reservados eram eles,
Como se hóspedes fossem;
Amoldáveis eram eles,
Como gelo que se derrete;
Autênticos eram eles,
Como o cerne de madeira de lei;
Amplos eram eles,
Como vales abertos;
Impenetráveis eram eles
Como águas turvas.
Impenetrável também nos parece
A sua vasta sabedoria.
Quem pode compreendê-la atualmente?
Quem pode restituir à vida
O que tão morto nos parece?
Só quem sintoniza com a alma do Infinito! 
Só quem não busca o seu próprio ego,
Mas demanda o seu Eu real,
mesmo quando tudo lhe falta.

EXPLICAÇÃO: Esta apoteose da sabedoria eterna faz lembrar os mais elevados píncaros da sapiência de Salomão, de Krishna, e do próprio Cristo. A fonte de todas as coisas grandes, que se revelam por fora, brota das profundezas da interioridade, da intuição da essência divina do homem. Estas palavras de suprema sabedoria foram escritas 6 séculos antes da Era Cristã. Não terá havido uma tremenda decadência nesses 26 séculos? Verdade é que, ainda hoje, existe, em alguns Mestres, essa sabedoria - mas quão poucos são eles! A massa profana tripudia, ignara, sobre as coisas sagradas e executa a sua dança macabra em torno do bezerro de ouro - enquanto Moisés trava o seu silencioso solilóquio com o Infinito, no impenetrável cume do Sinai.

Mas... uma pequena elite anônima preserva da extinção o fogo sagrado."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 56/58)

quinta-feira, 12 de maio de 2016

A SABEDORIA INTERNA

"Para conhecer o mundo,
Não é necessário viajar pelo mundo.
Posso conhecer os segredos do mundo
Sem olhar pela janela do meu quarto.
Quanto mais longe alguém divaga,
Menor é seu saber.
O sábio atinge a sabedoria
Sem erudição;
Alcança a sua meta
Sem esforço;
Termina a sua jornada 
Sem viajar.

EXPLICAÇÃO: Toda a fonte da sabedoria está no interior do homem. O mundo externo pode apenas servir de estímulo para despertar a realidade interna do homem: mas não é fonte e causa de sabedoria. O íntimo Ser do homem é infinitamente maior do que o externo ver, ouvir, sentir e ter. Por isto, deve o homem concentrar-se no seu interno ser - e conhecerá todos os mundos externos. Sem essa interiorização, pode o homem ver todas as coisas externas sem compreender nada - assim como um analfabeto pode folhear os maiores livros da humanidade sem entender nada."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 126/127)


sábado, 5 de março de 2016

O PODER DA VIDA SILENCIOSA

"Tao é o seio materno do Universo.
Quem conhece sua mãe, sente-se filho seu.
Quem se conhece como filho, vive a vida de sua mãe,
Nem vê detrimento na morte.
Quem refreia os seus sentidos
E conserva as suas forças,
Não se esgota.
Mas quem se desgasta,
Quem se dissipa e dispersa,
Esse vive em vão.
Quem tem a consciência de ser apenas uma centelha,
Esse é iluminado.
Quem, em seu dever,
Permanece maleável e flexível,
Esse é forte.
Permanece maleável e flexível,
Quem segue à luz interna,
Esse não sucumbe à morte,
É imortal.
Quem vive na essência
Não se prende a nenhuma aparência.

EXPLICAÇÃO: O profano, sendo apenas um canal, vive na ilusão de ser a Fonte de tudo que acontece - mas o iniciado sabe que nenhum finito é Fonte. O canal cumpre a sua tarefa quando se liga à Fonte e permite que as águas dela fluam livremente através do seu condutor. 

Esta receptividade dos canais é a verdade - a pretensa datividade é pura ilusão.

Quem julga ter atingido a meta, nem iniciou ainda a jornada. A felicidade não é uma chegada, mas uma jornada. Todo o finito, em demanda do Infinito, está sempre a uma distância infinita. A felicidade está na consciência de estar no caminho certo e poder continuar sempre e sempre nesse caminho certo - isto é vida eterna."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 136/137)


quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

DIVINA GRAÇA

"Se a gente vê uma freirinha idosa, de saúde deficiente, franzina, quase etérea, como a Irmã Dulce, de Salvador, tende a dizer, que está no fim, se acabando, é quase inválida... Nada disso. Igual à figura mitológica de Atlas, ela carrega em seus ombros o peso do mundo, isto é, a miséria de milhares de sofredores.

Se conversarmos um pouco com Aurino Costa, um caquinho de gente, sem pernas, amarrado em sua cadeira de rodas, pele e osso, quase surdo, somos tendentes a dizer: 'Este pobrezinho deve ter recebido uma moratória, mas já pertence ao outro lado.' No entanto, Aurino criou e dirige com amor e admirável eficiência, uma organização de amparo aos lesados cerebrais, aos deficientes mentais...

Ela, católica; ele, espírita. Ambos não querem saber a que religião pertence o necessitado. Só querem ajudar.

Parece que Deus investiu muito pouco neles, ainda assim, são mais fortes do que um 'musculado' narcisista, que despende horas egoisticamente, com seus alteres.

Qual o segredo da Irmã Dulce e Aurino?

Deus não investiu neles uma pequena parte de seus Dons e os mandou ao nascimento, e pronto!...

Eles descobriram como conseguir que Deus continue permanentemente investindo neles, dando-lhes mais dons e talentos. Eles sabem como manter uma permanente ligação com a Fonte da Vida. A Graça é o que os sustenta todo o tempo.

Que Tua Graça não me falte, Senhor."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 32/33)


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O VÉU DO TEMPO

"A Estrela Mística é aquela fonte de luz e vida cujos raios constituem todo o universo. Como sabemos, cada estrela física é em realidade um sol, e a Estrela Mística é o sol espiritual central do universo. Ela aparece como uma estrela por causa da distância; essa distância não é em espaço (como no universo astronômico), mas no tempo ou manifestação.

Cada um de nós é, na verdade, um orbe espiritual de luz e beleza. Mas quando tentamos olhar para nossa própria natureza espiritual sentimos apenas uma imprecisão distante, comparável a uma nebulosa. Existem milhões de pessoas que não conseguem sentir nem mesmo isso. Pois sua natureza está tão desorganizada e envolta em densidade que a luz não consegue penetrar a partir de um objeto tão sagrado. Mas, aqui e ali, há alguém que consegue sentir que existe uma natureza espiritual em si próprio e em cada homem e mulher, um Eu espiritual esperando para ser realizado. 

À medida que crescemos espiritualmente - o que podemos pensar é uma questão de tempo, embora o espírito transcenda o tempo - essa nebulosa torna-se um esplêndido sistema estelar ou uma constelação. Isto é, no decorrer do tempo, a realidade espiritual torna-se o Logos de um sistema solar ou até mesmo o Logos Cósmico que inclui dentro de si inúmeros centros ou logoi. (...)

O astrônomo depara-se com certas nuvens que lhe parecem uma nebulosa. Mas, quando ele visualiza a nebulosa com uma lente mais potente, descobre que não é uma coisa amorfa, mas uma galáxia. Se pudermos expandir nossa visão como faz o astrônomo e olharmos para aquela coisa vaga que é nossa natureza espiritual, veremos que ela é na realidade um esplêndido sistema de luzes. Apenas parece uma nuvem amorfa por causa da distância no tempo que separa o futuro do presente.

Se o tempo é uma ilusão. O futuro existe agora, simultaneamente com o presente e o passado. A pessoa divina em nós existe mesmo agora, fora dos limites do tempo, em toda sua glória e esplendor futuros. É o véu do tempo que separa o futuro do presente. 

Remova o véu e observe: cada indivíduo é uma estrela numa multidão de estrelas que inflamam a esfera celestial, todas girando em torno de uma estrela polar que é a Estrela Mística." 

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 96/97)


quarta-feira, 8 de julho de 2015

REFLEXÕES SOBRE O AMOR (1ª PARTE)

"O amor é a mansão dourada na qual o Rei da Eternidade abriga toda a família da criação. E, por ordem divina, o amor se torna um fogo místico capaz de derreter a densidade do cosmos, tornando-a a invisível substância do Amor Eterno. 

Como um rio, o amor flui continuamente nas almas humildes e sinceras, mas passa ao largo das empedernidas almas de pessoas egoístas, egocêntricas e presas aos sentidos, pois não consegue atravessá-las.

O amor é um manancial onipresente com incontáveis fontes. Quando uma de suas aberturas, em um coração, fica obstruída pelo entulho do mau comportamento, vemos que o amor brota em outro coração. Mas pensar que o amor morreu em qualquer coração é ignorar a sua onipresença. Jamais bloqueie, com ações erradas, o canal do amor em sua alma: assim, você beberá, com incontáveis lábios de sentimento espiritual, diretamente da divina fonte de amor que flui infinitamente em todos os corações abertos.

O amor pode até existir na presença da paixão; entretanto, quando a paixão é confundida com amor, este vai embora. A paixão e o amor, juntos, formam um coquetel agridoce que produz muita alegria mas que, depois, traz tristeza. Quando o amor puro é servido, o gosto pela paixão se funda na doçura do verdadeiro sentimento.

Gotas de amor brilham nas almas verdadeiras, mas o oceano do amor só é encontrado no Espírito. É loucura esperar perfeição no amor humano, a não ser que se busque aperfeiçoar esse amor sentindo dentro dele o amor de Deus. Primeiro, encontre o amor de Deus; depois, com o amor Dele, ame quem você quiser. (...)"

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 303)
http://www.omnisciencia.com.br/o-romance-com-deus/p


domingo, 26 de abril de 2015

COMO TESTAR SEU DESEJO (PARTE FINAL)

"(...) Reivindique o que lhe seja favorável na lei e ordem Divinas. Há milhões de canais, mas só Uma Única Fonte. Sempre recorra a essa Fonte, para tudo o que desejar. A natureza interior do ser é a tendência de dar. Assim, se você tem qualquer dúvida sobre a natureza dos seus próprios desejos, procure testá-los pela qualidade de dar. A realização do seu desejo contribuirá para o seu bem-estar? Irá lhe permitir expressar mais de vida, amor e energia?

A Energia Divina, segundo o evangelho, veio à terra a fim de que possamos ter vida e tê-la mais abundantemente. ... Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (João, 10:10). Esse desejo de dar seus talentos, faculdades, amor, bondade, cordialidade e boa vontade jamais será desapontador. Tudo isso está apoiado na verdade secular: 'Quanto mais você dá, mais tem.'

Seu desejo de 'ser' - o grande curador, o grande médico, o grande mestre, o grande cantor, de expressar no nível mais elevado e lançar luz a todos que o cercam - é à imagem e semelhança de Deus e muito bom."

(Joseph Murphi - Sua Força Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 14ª Edição - p. 95/96)


sábado, 25 de abril de 2015

COMO TESTAR SEU DESEJO (1ª PARTE)

"Há um impulso em prol do crescimento e expansão em cada ser humano. É a Vida procurando se expressar por seu intermédio. Seu desejo de dar mais de vida, amor, verdade e beleza é louvável e recomendável. Seu desejo de ser maior do que é representa algo normal e natural. Se é músico, deseja produzir música mais maravilhosa, atingindo as almas dos homens. Qualquer desejo que contribua para a sua felicidade, paz ou bem-estar é excelente. Quando os desejos são pela vida, quando contribuem para a sua expansão espiritual e mental, são excelentes e de Deus. 

Seu desejo nunca deve ser o de tirar proveito de outros ou interferir com o bem-estar ou desenvolvimento de outros, sob quaisquer aspectos. Swedenborg disse: 'A essência do inferno é o desejo de predominar sobre os outros.' Deseje dar mais vida, amor e boa vontade. Quanto mais você der, mais terá. Deseje dar mais abundantemente da Força Vital que existe em você. Despeje vida e amor em seus ideais que sejam construtivos. 

Qualquer coisa no mundo que contribua para o seu bem-estar, sucesso e felicidade deve necessariamente ser uma bênção para outros, porque somos todos um. Quanto mais boa vontade, mais riso e mais alegria der aos outros, mais irá ter. Seu desejo de riqueza, promoção e expansão em seu campo de atividades profissionais é perfeitamente normal e natural. Mas não se esqueça de olhar para Deus e não para o homem como a Fonte de todas as bênçãos. (...)"

(Joseph Murphi - Sua Força Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 14ª Edição - p. 95)


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

EXPECTATIVAS

"Se você não for verdadeiro com a voz interior ou com a fonte divina do seu coração, você não será feliz. Quantas vezes dizemos ou fazemos alguma coisa que não é inteiramente verdadeira, apenas para sermos apreciados ou para nos sentirmos próximos de outra pessoa, e logo em seguida nos arrependemos? Muitos sacrificam seus sonhos individuais e seus desejos para atender às expectativas dos outros.

Eu quase fiz isto. O sonho da minha mãe era que um de seus filhos se tornasse freira ou padre. Decidi atender seu desejo e ser o padre que minha mãe sempre quis. Por quê? Porque eu pensava que com isto minha mãe sentiria orgulho de mim e me amaria ainda mais. entretanto, após um ano em um seminário, desisti, percebendo que não tinha a vocação espiritual necessária para o sacerdócio. Era o desejo da minha mãe, não o meu. Na época, eu não percebia que o amor da minha mãe estava sempre presente e sempre estaria, independentemente do rumo que eu tomasse.

Quando somos crianças, existe um padrão estabelecido: os filhos devem esforçar-se para conquistar o amor dos pais, e os pais moldam os filhos para fazer deles o que esperam que sejam. Para quem foi criado em famílias muito exigentes ou muito fechadas, o esforço para agradar pode ser interminável. À medida que as crianças crescem, os desejos dos pais permanecem em seu subconsciente e tornam-se parte de sua programação. Na idade adulta, sua autoestima pode depender da aceitação dos outros, da mesma maneira como procuravam agradar os pais para conseguir seu amor. O que acontece é que estes adultos nunca chegam realmente a viver para si mesmos. (...)"

(James Van Praagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 51)

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A PRESENÇA DO ETERNO (PARTE FINAL)

"(...) Percebendo a importância da ação individual, podemos nós criar um mundo de paz e harmonia? Se não formos, nós próprios, a paz e a harmonia que queremos ver no mundo, a transformação desejada será utópica e, talvez, uma mera tentativa de fuga das condições caóticas em que vivemos. A busca da paz que parte apenas do desejo de não ser incomodado é tão somente uma forma sutilizada de egoísmo e de isolamento, que gera dor e sofrimento.

Se há uma paz que ultrapassa o entendimento, ela precisa ser encontrada no que há de mais profundo no nosso ser, que toca a dimensão do sagrado. Através da meditação - que não é apenas o ato de cruzar as pernas e fechar os olhos, mas essencialmente de observar atenta e cuidadosamente tudo o que se passa, a cada momento, dentro e fora de nós mesmos - podemos aprender a morrer psicologicamente para o nosso apego a tudo o que é transitório e de importância relativa para, naturalmente, encontrar, na mais íntima e profunda subjetividade, a presença do eterno.

Esta não é uma tarefa fácil, porque estamos sendo constantemente bombardeados com influências desarmônicas que surgem de dentro e de fora. Mas se empregarmos toda a nossa energia e encontrar a fonte primordial da vida, que é interna, de onde tudo provém, e nela estabelecermos a nossa consciência, a paz e a harmonia fluirão naturalmente, independentemente das condições externas. (...)"

(Marcos Luís Borges de Resende - A presença do eterno - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 04)

terça-feira, 24 de junho de 2014

AS AMARRAS DA IGNORÂNCIA

"Não se deixe desencaminhar pelo que você vê. O que seus olhos não veem é mais significativo. O homem tem em si toda Bem-aventurança, como também o necessário equipamento para a manifestar, mas está preso por terrível ignorância quanto a suas próprias fontes internas. Boa parte do desejo sensual deve ser descartada antes que a fonte interior de paz e alegria possa livremente fluir. Nenhuma tentativa pode se fazer para isso, e, assim, não há nem paz, nem amor, nem verdade no lar, na comunidade, na nação, no mundo. Mesmo os gêmeos tomam caminhos diferentes por viverem num mundo hostil, dominado por paixões e emoções. Só quando Deus é tomado como objetivo e guia, é que pode haver paz, amor e verdade. A constante evocação do Nome de Deus é um sintoma de autorrendição. Smarana (repetida evocação) é bastante. A ininterrupta evocação de soham, da Unidade Eu-Ele, é chamada akhanda-hamsa-japa, isto é, o incessante japa do mantra hamsa ou soham. Ele assegura libertação da ansiedade, do medo e da aflição. Quando a mente cessa, também cessam moha (desejo e o apego falhos), e kshaya ou declínio de moha já é libertação (moksha)."

(Sathya Sai Baba - Sadhana - O Caminho Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1993 - p. 231)
www.record.com.br


sexta-feira, 14 de março de 2014

O LEGADO DE JACOB BOEHME (PARTE FINAL)

"A segunda ‘iluminação’ de Boehme ocorreu aos 25 anos – no fatídico ano de 1600, quando Giordano Bruno morreu na fogueira. Em seu livro Aurora, ele fala dessa experiência: ‘Não há palavras que possa expressar a alegria e o triunfo que eu experimentei’. (...)

A terceira ‘iluminação’ de Jacob Boehme aconteceu dez anos depois no seu 35º ano de vida. Nessa visão, todas as suas experiências anteriores estavam sintetizadas; ele as reconheceu como diferentes expressões de uma vida fundamental, a fonte de todas as religiões, ciências e filosofias. (...)

Como podia esse humilde sapateiro alemão, sem educação formal ter aprendido sobre isso, a não ser que fosse um iniciado ou estivesse sob a supervisão dos Nirmanakayas? (...)

A única verdadeira compreensão de Deus, segundo Jacob Boehme, ‘deve vir da fonte interior e entrar na mente a partir da palavra viva de Deus no interior da alma. A não ser que isso ocorra, todo o ensinamento sobre coisas divinas é inútil e destituído de valor.’ O Deus de Boehme era um princípio universal, não um ser, mas a potencialidade do ser."

(O Legado de Jacob Boehme - Revista Sophia, Ano 2, nº 7 - p.9/10)