OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 8 de abril de 2014

AS LEIS QUE REGEM A NATUREZA (1ª PARTE)

"Quando falamos da lei da Terra, sabemos muito bem o que se quer dizer com isso. A lei da Terra é algo que está sempre mudando; a partir das ideias das autoridades que fazem a lei, seja a autoridade de um monarca autocrata, ou de uma Assembleia Legislativa, quer seja ela proclamada em nome da Soberania, ou da comunidade na qual a lei tem que agir e governar. A lei é sempre uma coisa que é feita, uma ordem emitida, e a autoridade que promulga a lei pode mudá-la; a autoridade que a cria pode também anulá-la. Não é somente isso que podemos observar a respeito das leis da Terra. As leis são ordens: ‘Faça isto’; ‘Não faça aquilo’; e as ordens são reforçadas pelas penalidades. Se infringirmos determinada ordem, teremos que arcar com a punição. (...)

Quando falamos das Leis da Natureza, não queremos dizer nenhuma das coisas que tomamos como característica das leis do homem. A Lei da Natureza não é uma ordem emitida por uma autoridade. É uma afirmação das condições sob as quais uma certa coisa invariavelmente acontece. Onde quer que estas condições estejam presentes, segue-se-lhes um certo evento; é a declaração de uma sequência, uma sucessão, imutável, irrevogável, porque estas leis são expressões da Natureza Divina, na qual não existe mudança, nem sombra de alteração. A Lei da Natureza não é uma ordem: ‘Faça isto”; ‘Não faça aquilo”. É uma afirmação: ‘Se tais e tais condições estiverem presentes, tais e tais resultados acontecerão’; se as condições mudarem, os resultados mudarão com elas. (...)"

(Annie Besant - As Leis do Caminho Espiritual – Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 16/18)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

KARMA: A LEI INVIOLÁVEL

"Sendo o Karma uma lei Divina e, portanto, justa e perfeita, ela é inviolável. Não pode ser burlada, como acontece com as leis humanas. É uma lei neutra, mantendo todos nivelados perante a justiça divina, em sintonia com seu estágio evolutivo.

Nenhum ser humano recebe mais, ou menos, do que merece. O que pode acontecer é o indivíduo introduzir novos fatores, intensificando, atenuando ou, até mesmo, neutralizando os efeitos da lei. Isso não quer dizer violação, mas sobretudo que, no contexto dessa lei, novas forças foram introduzidas.

Exemplo: uma pessoa rouba uma quantia ‘x’ de outra, e com o passar do tempo arrepende-se e devolve esse mesmo valor, corrigido com juros e correção monetária, desculpando-se da atitude improcedente. Isso resgatou, em grande parte, a reação que teria pela lei do Karma. Logicamente, algum malefício causou a vítima, a qual talvez precisasse mais do dinheiro na ocasião do roubo. Como um prejuízo foi causado, isso, automaticamente, representa débito Kármico, apesar da devolução já feita. Entretanto, atenuou muito o mal feito e poderá até anular o Karma programado, desde que tenha uma boa conduta. Some-se a isso a autocondenação, no tribunal da consciência, desse ladrão de outrora. Acrescente-se ainda a lição advinda para sua alma, pelo respeito ao direito alheio. Outras alternativas, hipóteses e lições, o leitor pode imaginar para o caso mencionado.

Vê-se, portanto, que é muito útil a reflexão sobre as múltiplas facetas do Karma, sobretudo se for aplicado na prática de sua vida diária.

Raciocinando em sentido contrário, caso não devolvesse o dinheiro, mais cedo ou mais tarde, nessa ou noutra encarnação, essa quantia seria subtraída de si, por qualquer mecanismo da natureza, para cumprir a lei Kármica."

(Antonio Geraldo Buck - Você Colhe o que Planta – Ed. Teosófica, Brasília, 2004 - p. 24/25)


A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS ESTÁ DENTRO DE NÓS (PARTE FINAL)

"(...) Não há sombra de dúvida quanto à identidade absoluta entre a consciência de Bem-aventurança e a consciência de Deus, porque quando temos essa consciência de Bem-aventurança sentimos que nossa estreita individualidade foi transformada e que transcendemos a dualidade do amor e do ódio mesquinhos, do prazer e da dor; alcançamos um nível a partir do qual se torna extremamente óbvio o caráter doloroso e inútil da consciência comum.

E também sentimos uma expansão interior e uma compaixão para com todas as coisas. Os tumultos do mundo extinguem-se, as agitações desaparecem e começamos a sentir a consciência de 'todos em Um e Um em todos'. Surge uma gloriosas visão de luz. Todas as imperfeições, todas as asperezas reduzem-se a nada. Somos transportados a outra esfera, à origem da perene Bem-aventurança, o ponto de partida de uma interminável continuidade. Não é, pois, a consciência de Bem-aventurança a mesma consciência de Deus, na qual aparecem os estados de percepção acima citados?

É evidente, portanto, que Deus não poderá ser mais bem concebido do que como Bem-aventurança se tentarmos trazê-Lo para o âmbito da experiência de tranquilidade de cada um. Deus não continuará sendo então uma hipótese, sujeito à formulação de teorias. Não é essa uma concepção mais nobre de Deus? Ele é percebido manifestando-Se em nossos corações, na forma de Bem-aventurança na meditação - em espírito de oração ou de reverente adoração." 

(Paramahansa Yogananda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 45/46)


domingo, 6 de abril de 2014

DEUS EM TUDO

"O insondável coração da montanha, por milênios, vive a beber as águas das chuvas, e, por milênios também, vive a devolver à luz do dia regatos que murmuram, que fornecem o verde às matas da encosta, que matam a sede do homem condutor dos burricos serviçais, serra acima...

É Deus-chuva... Deus-montanha... Deus-nascente... geladinho, límpido... Deus-tropeiro... Deus-burrico sóbrio... Deus-floresta... Deus-tudo... Deus-Todo... Deus-Onipresença... Deus-Uno e Deus-diverso... Deus-Informal e Deus-preso-às-formas... Deus-transcendência e Deus imanência... Deus - o milagre que, embora sempre em tudo, poucos têm o poder de ver."

(Hermógenes - Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 196)
www.record.com.br


A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS ESTÁ DENTRO DE NÓS (1ª PARTE)

"Que diz a Religião Universal a respeito de Deus? Diz que a prova da existência de Deus está dentro de nós. É uma experiência íntima. Com certeza você pode se lembrar de pelo menos uma ocasião na vida em que, durante a oração ou um culto, sentiu que as limitações do corpo quase se desvaneciam, que a experiência de dualidade - prazer e dor, amor e ódio mesquinhos, etc. - afastava-se de sua mente. Bem-aventurança pura e serenidade brotaram em seu coração, e você experimentou uma tranquilidade imperturbável: Bem-aventurança e contentamento. Embora esse tipo de experiência superior nem sempre ocorra a todos, não pode haver dúvidas de que todas as pessoas, uma vez ou outra, durante a oração ou em estado de adoração ou meditação, experimentaram alguns momentos de perfeita paz. 

Não é essa uma prova da existência de Deus? Que outra prova direta da existência e da natureza de Deus podemos dar, além da existência da Bem-aventurança dentro de nós nos momentos de verdadeira oração ou culto? Há, porém, outras provas da existência de Deus: a prova cosmológica (do efeito elevamo-nos à causa; do mundo, ao Criador do Mundo), a prova teleológica (do telos [plano, adaptação] do mundo elevamo-nos à Inteligência Suprema que criou o plano e a adaptação) e também a prova moral (da consciência e do sentimento de perfeição elevamo-nos ao Ser Perfeito, diante de quem somos responsáveis).

Ainda assim, devemos admitir que essas provas são, em certa medida, produtos da inferência. Não podemos ter conhecimento pleno ou direto de Deus por meio das faculdades limitadas do intelecto. O intelecto proporciona apenas uma visão parcial e indireta das coisas. Ver uma coisa intelectualmente não é o mesmo que experimentá-la ao se unificar com ela; é ver uma coisa à distância estando separado dela. A intuição, porém, que mais tarde analisaremos, é a apreensão direta da verdade. É na intuição que a consciência de Bem-aventurança, ou consciência de Deus, é experimentada. (...)

(Paramahansa Yogananda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 43/45)