OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 19 de agosto de 2014

O DESAFIO DA VIDA (4ª PARTE)

A Realidade do Sofrimento

"Talvez hoje seja a situação de todos nós. Enfrentamos crises que nos forçam a perguntar qual é o verdadeiro propósito da vida – se este propósito é a mera sobrevivência ou se é algo radicalmente diferente. Todos nós somos como estudantes relutantes; não desejamos investigar a vida muito de perto, examinamos suas questões cruciais apenas quando enfrentamos uma crise. Mesmo então, o impacto do choque logo desaparece e, descuidadamente, muitas vezes, resignamo-nos a perambular no caminho de menor resistência.

Buddha disse que a primeira verdade que o homem deve reconhecer é a verdade do sofrimento. Se o homem examinar seriamente a vida e estudar qual a melhor conduta que possa ter, ele não deverá ter sofrimento nem crises. Mas, individualmente, ignorou as lições da natureza e suas leis, e a humanidade como um todo chegou ao ponto crítico ante o qual sua mente sente-se desamparada. É necessária grande criatividade para descobrir o significado da vida. O homem deve adquirir uma percepção inteiramente diferente da que possui no momento, e que não pode ter enquanto sua mente, consciente ou inconscientemente, preocupar-se com a mera sobrevivência. Certamente atingimos o ponto em que devemos fazer uma meia-volta! É hora de entrarmos no Nivriti-Marga (caminho de volta) e abandonar o primitivo desejo de sobrevivência e, como diz Mme. Blavatsky, aprender o novo alfabeto no colo da mãe natureza. Para aprender esse novo alfabeto deve-se pôr de lado o conhecimento primitivo com que começou. (...)"

(Radha Burnier - O desafio da vida - Revista Theosophia, Ano 103, Abril/Maio/Junho de 2014 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 7/11)

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A VERDADEIRA VOCAÇÃO DO HOMEM

Qual é a verdadeira vocação do homem?

"Enquanto cuida da sua vida terrestre, ele apenas pode ser consciente de sua evolução em nível humano: vive sob leis naturais. Essa evolução tem avanços e recuos; não lhe dá lucidez alguma quanto à sua origem e metas divinas e cósmicas. Portanto, se ele permanece nesse ponto, acaba por sentir-se frustrado, pois sua meta está mais além. Sua verdadeira vocação é conhecer estados de consciência mais amplos: o espiritual, o divino e o cósmico.

A finalidade do despertar da consciência cósmica é levar o indivíduo a conhecer mais de perto a Verdade. Existe uma só Verdade, e ela independe de época, de cultura e de religião. Os métodos para alcançá-la tomaram formas diferentes atraves dos tempos. Todos eles podem ser bons e úteis, como se sabe, mas para isso é necessário que sejam usados corretamente, sem cristalizações ou apegos."

( José Trigueirinho Netto - Os Jardineiros do Espaço - Ed. Pensamento, São Paulo, 1989 - p. 99/100)
http://www.pensamento-cultrix.com.br/


O DESAFIO DA VIDA (3ª PARTE)

Desejos trazem conflitos

"É esta a situação que a humanidade criou para si. Eliminou quase todas as antigas fontes de perigo, mas criou outras novas e terríveis, que não pode controlar porque são impulsionadas pelo instinto animal de sobrevivência. O próprio instinto de sobrevivência transformou-se em um perigo. Assim, já que o que quer que façamos é fonte de perigo, podemos dizer que a mente do homem chegou ao fim do caminho e não pode ir mais longe. Com a evolução mental, e ante o desafio que lhe é apresentado nos dias de hoje, ela se tornou impotente e obsoleta como força bruta.

Na situação atual, enfrentamos um novo estágio, no qual o intelecto parece estar desamparado em face dos enormes desafios. Nessa situação, algumas pessoas perguntam: que outros poderes a vida tem em si? Há apenas o poder da mente, ou a vida, neste vasto processo, revela outros poderes antes negligenciados? A mente do homem está tão encantada consigo mesma que acreditou em sua invencibilidade e raramente enfrentou seriamente essa questão. Naturalmente existiram alguns indivíduos excepcionais que a examinaram com profundidade afim de descobrir se a mente racional é tudo que pode mostrar como culminância de eras de evolução. E, se a mente quer descobrir o que a vida vai revelar mais adiante, deve também examinar a questão do desafio anterior, se realmente foi o da sobrevivência.

O homem adquiriu um ‘reflexo de sobrevivência’ de seu passado e ainda não conseguiu livrar-se desta compulsão imaginária. Mas a vida pressiona-o a buscar novos poderes da consciência que ainda estão ocultos nele e que, em tempo, assumirão a liderança, assim como a mente triunfou sobre a mera força física.
No Bhagavad-Gita, Arjuna enfrenta um dilema doloroso – deve decidir lutar ou fugir. Parece uma situação impossível porque sente que o que escolher estará errado. De um lado seus instrutores, seus parentes a quem ama e com que agora deve lutar. Do outro lado, há a lealdade a seu irmão e é preciso fazer o que for certo. E fica desesperado ao debater-se com a necessidade de escolha. (...)"

(Radha Burnier - O desafio da vida - Revista Theosophia, Ano 103, Abril/Maio/Junho de 2014 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 7/11)


domingo, 17 de agosto de 2014

A CONSCIÊNCIA PURA

"Assim como a água pode assumir a forma sólida, líquida ou gasosa, a consciência pode ser considerada 'sólida' como matéria física, 'líquida' como mente e pensamento, ou sem qualquer forma como consciência pura.

A consciência pura é a Vida antes de se manifestar, e essa Vida olha para o mundo da forma através dos seus olhos, porque a consciência é quem você é. Quando você se vê assim, então se reconhece em todas as coisas. É um estado de total clareza de percepção. Você deixa de ser alguém com um passado que pesa e através do qual todas as experiências são interpretadas.

Quando você percebe sem interpretar, pode sentir o que está percebendo. O máximo que podemos dizer usando palavras é que há um campo de calma-alerta em que a percepção acontece.

Através de 'você', a consciência sem forma torna-se consciente de si mesma.

A Vida da maioria das pessoas é conduzida pelo desejo e pelo medo.

O desejo é a necessidade de acrescentar algo a você para ser mais plenamente você mesmo. Todos os medos são medo de perder alguma coisa e, portanto, tornar-se menor, ser menos.

Esses dois movimentos nos impedem de perceber que Ser não é algo que possa ser dado ou tirado. O Ser em sua plenitude já está dentro de você. Agora."

(Eckhart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 41/42)

O DESAFIO DA VIDA (2ª PARTE)

O desejo de variar

"A mente humana ampliou o sentido da sobrevivência física e das necessidades básicas de alimento e abrigo. O homem não fica mais satisfeito em meramente alimentar seu corpo; ele perdeu o instinto animal de saber quando e quanto deve comer. O alimento tornou-se um grande problema e uma fantástica indústria. O homem não se satisfaz mais com alguns bons alimentos, anseia por uma infindável variedade. Estabelece restaurantes e hotéis que preparam e apresentam os vários pratos que inventa e precisam acessórios e recipientes de diferentes tipos e tamanho. As indústrias que os produzem criam enorme organizações para direcionar a propaganda e a publicidade. Criam intensa competição e os males que vê com ela. (...)

O vestuário também é necessário para o corpo, mas o homem criou uma enorme esfera de atividades para materiais e tecidos; inventou a moda e planeja ornamentos. (...)

O homem não está mais preocupado com a simples perpetuação da espécie: sexo e alimento tornaram-se ‘experiências prazerosas’. O prazer tornou-se uma ideia – um pensamento em sua mente. E porque é uma ideia, o homem criou várias formas de prazer, e, uma vez mais, grandes indústrias para alimentá-la, inclusive cinemas, danceterias e revistas.

No processo de buscar prazer, planejar diversões e distrações não há alegria, porque a alegria somente existe na tranquilidade interior. Assim, quando a mente está ansiosa para descobrir o prazer, quando fica tensa nessa busca, perde a alegria que uma vida simples pode proporcionar. O aumento das necessidades humanas é a principal fonte de conflito no mundo, porque essas necessidades (que no início eram alimento, abrigo e sexo), agora se tornaram ideias na mente e base de tensão e conflito. Em nível nacional, levou a grandes guerras mundiais, ao protesto de populações, à crueldade e ao sofrimento que temos testemunhado por décadas e séculos. Na vida pessoal, quem não sofreu a dor causada por discussões entre irmãos, por amigos que caem fora, por marido e mulher que se sentem isolados um do outro? (...)"

(Radha Burnier - O desafio da vida - Revista Theosophia, Ano 103, Abril/Maio/Junho de 2014 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 7/11)