OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


Mostrando postagens com marcador ambição. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ambição. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

ÉTICA

"Um dia, um rico senhor chamou à sua presença os pastores, seus empregados. Disse-lhe que, tendo decidido arrebanhar todas as inumeráveis ovelhas de sua propriedade, que estavam há muito perdidas nos campos, mandava-os procurá-las. Deveriam trazê-las todas.

Saíram os pastores a procurar as ovelhas, que deveriam ser reconduzidas ao grande e único redil.

Em pouco tempo, alguns deles esqueceram o que lhe havia sido ordenado, pois se tornaram mais interessados em seus próprios problemas e lazeres.

Outros começaram a pensar assim: ‘Porque hei de levar de volta essas ovelhas que estavam perdidas? Por que não faço eu um redil para as minhas ovelhas? Então, não posso tornar-me também um senhor e possuir muitas ovelhas?’ Dominados pela ambição, atraídos pela riqueza fácil, confiantes de que seu crime ficaria impune, os infiéis, traindo seu amo, tornando-se ladrões, ficaram com as ovelhas para si, as quais, para o senhor, continuariam perdidas.

Poucos pastores, sempre fiéis, amando o senhor, afastando qualquer desejo de furtar, vencendo as dificuldades múltiplas encontradas nos campo e nos caminhos, zelosos para com o rebanho, regressaram ao redil e entregaram ao verdadeiro dono todas as ovelhas que tinham recolhido. Juntamente com a grande família do senhor viveram dias de fartura e segurança.

O senhor, quando os mandou, sabia que sobreviria uma seca devastadora. E ela realmente veio e dizimou tudo e todos que não puderam contar com as reservas do celeiro do prudente senhor.”

(Hermógenes - Viver em Deus - Ed. Nova Era, 4ª edição - p. 152/153)

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

OS PERIGOS DA AMBIÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) Quem é ambicioso jamais é feliz, porque o que ele quer está sempre no futuro, e assim existe permanentemente uma sensação de que algo está faltando. Quando finalmente alcança sua meta, a pessoa ambiciosa não se satisfaz; fica desapontada e frustrada. 'A distância empresta encantamento à visão'; quando verdadeiramente chegamos à cena, descobrimos que a grama não é tão verde quanto imaginávamos. A satisfação cessa e então queremos algo mais. Finalmente, todas as nossas ambições azedam, pois 'trabalhar para o eu é trabalhar para o desapontamento'. É muito importante compreender esse fato e identificar em nós mesmos a busca de elogios e de reconhecimento.

O livro prossegue: 'Mas embora essa primeira regra pareça tão simples e fácil, não a descarte muito rapidamente.' Podemos pensar que estamos livres da ambição, mas é muito pouco provável que isso seja verdadeiro. Trabalhamos para o eu em razão de nossos apegos, que atuam em diferentes níveis - físico, astral e mental. Portanto, podemos estar apegados a uma pessoa, a nossas posses ou às nossas ideias. Qualquer que seja a natureza do apego, seu centro é o eu, e trabalhar para o eu é gerar descontentamento, porque ele é por natureza insaciável.

O artista que ama sua arte simplesmente gosta de praticá-la. Mas raramente encontramos alguém assim. Certos artistas são autocentrados, intolerantes e invejam outros que atingiram notoriedade. Certamente existem aqueles que pintam ou compõem desinteressadamente e não para a glória do seu eu. Mas podemos nos enganar ao acreditar que estamos fazendo tudo para a glória de Deus, sugerindo que o que quer que façamos tenha a Sua aprovação; ou podemos pensar que o fazemos em nome do mestre, carimbando assim nossas ações com o seu nome.

A mente é capaz de criar muitas ilusões. Devemos estar conscientes de todas essas sutilezas e dos vários processos de autodecepção, antes que possamos afirmar que somos verdadeiramente sinceros." 

(N. Sri Ram - Revista Sophia n° 37 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 24)


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

OS PERIGOS DA AMBIÇÃO (1ª PARTE)

"A ambição é um mal primário, mas em geral é considerada uma qualidade positiva. O homem ambicioso é admirado e seus superiores têm dele um bom conceito, porque faz o esforço necessário para obter uma promoção. Porém, do ponto de vista espiritual, a ambição é destrutiva e deve ser extirpada. Ela torna a pessoa insensível aos sentimentos e às necessidades dos outros. Toda a sua atenção está fixada no objetivo que deseja alcançar; essa concentração exclui tudo, até mesmo o sofrimento alheio. Por isso Mabel Collins aconselha, no livro Luz no Caminho (Ed. Teosófica): 'Mata a ambição.'

Embora compreendamos a natureza desse mal, não conseguimos reconhecê-lo em nós mesmos. Mas é verdade que as faltas que notamos nos outros provavelmente estão presentes, pelo menos em germe, em nós mesmos. 

O livro Luz no Caminho cita a ambição como 'a primeira maldição', e adverte que ela assume formas sutis no caminho oculto. Comumente pensamos que destruímos a ambição em nós mesmos, mas ela pode reaparecer com novas roupagens, pois podemos ambicionar muito, mesmo quando estamos trilhando o caminho espiritual. Podemos não nos preocupar com o elogio da 'massa ignara' descartando-o como algo sem valor, mas é bem provável que sejamos sutilmente presunçosos, embora pareçamos não nos preocupar com a apreciação dos outros. Podemos ainda estar imbuídos de vaidade e orgulhosos de nossas supostas habilidades e de nosso valor no caminho espiritual. 

Podemos, também, desejar estar à frente de outros que são devotados ao mesmo mestre, ou sentir que de algum modo demos um passo que eles não deram. Mesmo que os outros não saibam que demos um passo, o fato de pensarmos que demos é suficiente para que nos sintamos superiores e satisfeitos. Isso pode ser tão sutil que, a não ser que estejamos muito atentos a nossos pensamentos, sentimentos e motivações, será impossível evitá-lo. Podemos continuar meditando sobre a virtude da humildade que supostamente queremos possuir, e ao mesmo tempo estarmos repletos desse egoismo tão profundamente enraizado em todos nós. (...)"

(N. Sri Ram - Revista Sophia n° 37 - Ed. Teosófica, Brasília - p - 24)