OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 1 de maio de 2014

COMO ENCONTRAR A CERTEZA INTERIOR DA CONEXÃO COM O DIVINO

"A pessoa espiritualizada anda com Deus dentro de si. Todos os dias silencie o corpo, acalme a mente e volte-se totalmente para dentro de si com o propósito de comungar com Deus. Se você criar o hábito de meditar, isso fará toda a diferença entre ser uma pessoa comum, cheia de incertezas, dúvidas e frustrações, ou ser uma pessoa espiritual, que sente que sua vida está completamente nas mãos de Deus e que por isso tudo está bem. 

Nada na vida nem na morte deve nos deixar amedrontados ou aflitos. A maravilhosa orientação de Paramahansa Yogananda, pela qual lhe sou eternamente grata, gravou em nós a consciência de que a vida é eterna. Por um curto período de tempo, o imortal raio de luz que é a alma reveste-se de uma perecível roupagem mortal - masculina ou feminina; branca, negra, vermelha ou amarela - mas por toda a eternidade a alma é sustentada pela Fonte Infinita dessa luz. Quanto mais meditamos, mais sentimos essa consciência. E quanto menos meditamos, menos conseguimos transcender a identificação com o eu inferior - uns tantos quilos de carne recobrindo uma mente limitada e aprisionada pelas percepções sensoriais aos conturbados ambientes do mundo. Temos que chegar ao verdadeiro Eu; ir além de seus instrumentos físicos e mentais para perceber que não somos frágeis seres mortais; que existe um elo inquebrantável entre nós e a Amada Mãe do universo, a Consciência Divina que flui por nós e que permeia o Infinito."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 11/12)


O DESAFIO DA IMPERMANÊNCIA (2ª PARTE)

"(...) 'No filme da nossa vida, a ligação entre os quadrinhos é feita pela mente. Sua  natureza é o movimento, a agitação, o que representa ao mesmo tempo uma dádiva e um tormento. Dádiva porque o movimento é a fonte da consciência, a ligação entre o conhecedor e o conhecido. Tormento porque ainda não aprendemos a dominar a mente, ficando magnetizados, escravizados ao seu jogo de medo e ansiedade, de passado e futuro.' (...)

Considerando que tudo é impermanente, devemos então, parar, desistir de tudo, renunciar à ação? No épico indiano Bhagavad Gita lê-se: ‘ambas, a renúncia e a execução de ações, conduzem à salvação, mas, das duas, o yoga da ação é melhor que a renúncia’. Como desatrelar a dor que se segue à ação? Pelo desapego ao resultado.

As ações criam estados transitórios, ‘situações de vida’, como diz Tolle. O problema é que nos apegamos às situações – tomando-as como a própria vida – e assim nunca estamos preparados para as mudanças. Isso pode mudar?

Entre as técnicas conhecidas, a auto-observação é considerada fundamental para a realização de mudanças. Ela é que nos permite descobrir a causa de muitos sofrimentos, e a partir daí agir para evitá-los. E uma dessas causas – talvez a maior delas – é o apego.(...)" 

(Walter S. Barbosa - O desafio da impermanência - Revista Sophia, Ano 12, nº 48 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 24)


quarta-feira, 30 de abril de 2014

O QUE É O DESTINO?

"Será o destino uma forma externa, misteriosa e implacável que governa os desígnios humanos? Tal conceito tem levado muitas pessoas a acreditar que tudo está predestinado e que nada se pode fazer.

Na verdade, destino significa algo determinado - mas determinado por você mesmo quando a lei de causa e efeito, ou karma, opera. Deus lhe deu a liberdade de escolher como vai agir; mas a lei de causação governa o resultado, segundo a natureza da ação. Assim, cada ato se torna uma causa, que produzirá um tipo de efeito. Quando se coloca uma causa específica em movimento, o efeito corresponderá inevitavelmente àquela causa. Faça bem ou mal, você colherá os resultados do que fizer. Portanto, dia a dia você cria as causas que determinam o seu próprio destino.

Talvez diga todos os dias, no jantar: 'Acho que vou comer um pouquinho mais'. Depois, pensa: 'Ah, mas eu não devia ter comido tanto!' Assim, é a natureza humana. De todas as criaturas de Deus, somos as mais engraçadas. Nós nos consideramos seres inteligentes, mas somos escravos dos desejos. Já que você come 'um pouquinho mais' todos os dias, 'de repente' descobre que está com dores estomacais ou problemas cardiacos. Entristecido, você se pergunta: 'Por que isso tinha que me acontecer? Acho que meu destino era ficar doente.' Mas não é verdade. Você esqueceu que comeu 'um pouquinho mais', quando deveria ter usado o autocontrole e comido menos. Se um motor está sobrecarregado e você coloca mais carga ainda, é claro que isso o danificará: ele pode parar de funcionar. Você também, neste caso, sobrecarregou o motor da digestão. Essa foi a causa, que foi criada por você; suas dores de estômago originadas por úlceras ou indigestão são apenas o resultado."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 48)


O DESAFIO DA IMPERMANÊNCIA (1ª PARTE)

"A única coisa que não muda é o fato de que tudo muda. Mudanças, apesar de ocorrerem todos os dias, sempre nos pegam de surpresa. ‘Fulano morreu?’; ‘Eles se separaram?’ – reagimos com incredulidade diante de coisas que ‘jamais poderíamos esperar’. E quanto a aceitar?

A impermanência é algo inerente ao fluxo da vida. A esse respeito, afirma Tolle: ‘Existem ciclos de sucesso, quando as coisas acontecem e dão certo, e ciclos de fracasso, quando elas vão bem e se desintegram. Devemos permitir que elas terminem, dando espaço para que o novo aconteça. Se nos apegamos às situações e oferecemos uma resistência à mudança, estamos nos recusando a acompanhar o fluxo da vida e isso resultará em sofrimento.’

Tudo muda porque a existência material é baseada em ciclos, em vai-vens. A continuidade das coisas é mantida pela descontinuidade, assim como a manutenção de nosso corpo físico depende das batidas do coração. Cada batida é mais um segundo vivido aqui.

Nossa história, desde que nascemos, é como uma fita de cinema. Milhares de quadrinhos rodados vertiginosamente, um após o outro, dão a impressão de vida, encanto, atividade. Contudo, se a fita é olhada fora da máquina, torna-se apenas um rolo inerte. Para onde foi a vida? Foi-se embora com o movimento que existia nela. (...)"

(Walter S. Barbosa - O desafio da impermanência - Revista Sophia, Ano 12, nº 48 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 24)

      

terça-feira, 29 de abril de 2014

AS MUDANÇAS E O PROCESSO EVOLUTIVO

"A vida é um processo. Então haverá, de algum modo, uma mudança fundamental?

RB: É claro que a todo momento existem mudanças na vida, muitas das quais são imperceptíveis. Cada um de nós passa por mudanças durante diferentes encarnações. Se não houvesse mudança, não haveria processo evolutivo. O processo não somente implica mudança, mas também, a longo prazo, perfeição. A perfeição do organismo físico é produzida através de um lento processo de mudança e de melhoria até o estágio do complexo corpo humano, com um cérebro incrivelmente complexo, muito do qual ainda não é utilizado. Complexidade implica crescente sensibilidade etc. A partir do ponto teosófico, através da evolução biológica, processa-se o desabrochar da consciência. A habilidade de perceber mais e responder mais é desenvolvida através de longos períodos de tempo. Então, deveríamos tomar alguma atitude ou deveríamos deixar que o processo evolucionário nos lançasse à perfeição, aliviando-nos dos nossos problemas?

Aparentemente não funciona dessa maneira. H.P.B, declara em A Doutrina Secreta: ‘o homem é o único agente livre na Natureza’. Na obra Viveka Chudamani (A Jóia suprema da sabedoria), de Sri Shankaracharya, e no Dhammapada, que supostamente contém as palavras do Buda, há declarações que indicam uma posição especial para o ser humano. (...) A consciência humana é capaz de perceber a própria posição em relação a tudo o mais. Pode questionar os aspectos certos ou errados de tudo o que acontece. Deseja conhecer o porquê e procura agir de acordo com as próprias percepções, impulsos e conceitos. Esses podem estar em contradição com o atual movimento de avanço em virtude da falta de compreensão suficiente. Porém, a beleza está no homem ser capaz de compreender, e ele precisa esforçar-se para compreender. Ele pode e precisa saber o que é o Plano Divino, participando de grandes movimentos dirigidos à perfeição, com plena percepção e liberdade. Os outros reinos agem a partir da inteligência inconsciente que lhes é oferecida pela Natureza, sendo sua retidão simplesmente parte da Natureza. Porém, o ser humano não pode fazer isso. (...)

Desejamos uma mudança que nos satisfaça de imediato. Mas a mudança fundamental significa crescer em percepção e inteligência, compreendendo a beleza de todo o processo divino e com ele cooperando livremente porque é tão maravilhoso fazê-lo. A mudança fundamental ou mudança na direção certa deve ser compreendida por todos os seres humanos mais cedo ou mais tarde, e eles terão de realizá-la por si mesmos."

(Radha Burnier - Regeneração Humana – Ed. Teosófica, Brasília, 1992 - p. 160)