OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O PODER MAGNÉTICO DA AFIRMAÇÃO


“Todos deveriam praticar a afirmação. Para mim, duas das afirmações mais úteis são: “Senhor, faça-se através de mim, somente a Tua vontade, não a minha”; e: “Senhor, Tu és o Autor, não eu”.

O mundo foi criado sobre o princípio de uma partícula girando em torno de outra – um elétron circulando um próton -, assim produzindo uma força criadora. Aplica-se o mesmo princípio à afirmação. A força de vontade concentrada, girando ao redor de uma ideia, cria uma poderosa força magnética. Quando uma afirmação como: “Senhor, Tu és meu; eu sou Teu”, ou: “Senhor, Tu estás neste corpo; ele está bem”, é repetida sem cessar, como uma força crescente de pensamento possante, ela dá existência à própria coisa que está sendo afirmada.

Esse princípio também poderá operar para produzir um resultado negativo, se a vontade concentrada der voltas, repetidamente, em torno de um pensamento negativo. Com o pensamento negativo pode-se causar sério mal a si ou aos outros. Pois colhemos o que semeamos neste mundo; os pensamentos que lançamos no éter voltam para nós. É por isso que Paramahansaj dizia: “Vigie seus pensamentos. Saiba, sem sombra de dúvida, que as sementes que você planta serão um dia colhidas por você.” Aí reside a importância do pensamento positivo, do pensamento correto, para o bem de si mesmo e dos outros.” 

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 106/107)


SUGESTÕES PRÁTICAS PARA A VIDA DIÁRIA - V

"Ninguém age corretamente ao abandonar o cumprimento dos inequívocos deveres da vida, baseados no mandamento Divino. Aquele que cumpre seus deveres por pensar que se eles não forem cumpridos algum malefício lhe sobrevirá, ou que o seu cumprimento removerá dificuldades do seu caminho, trabalha pelos resultados. Os deveres devem ser cumpridos simplesmente por terem sido mandados por Deus, que pode a qualquer momento ordenar que se lhes abandone. Enquanto não tivermos reduzido a inquietação da nossa natureza à tranquilidade, teremos de trabalhar, consagrando à Deidade todos os frutos de nossa ação e atribuindo-Lhe o poder de executar as tarefas corretamente. A verdadeira vida do homem é paz em identidade com o Supremo Espírito. 

Esta vida não é trazida à existência por qualquer ato nosso, é uma realidade, "a verdade", e é completamente independente de nós. A compreensão da irrealidade de tudo que parece se opor a esta verdade é uma nova consciência e não uma ação. A libertação do homem não está de modo algum relacionada às suas ações. Na medida em que as ações promovem a compreensão de nossa total inabilidade para emancipar a nós mesmos da existência condicionada, elas são úteis; após a compreensão desse estágio, as ações se tornam mais obstáculos do que auxílio. Aqueles que trabalham em obediência aos mandamentos Divinos, sabendo que o poder para assim trabalhar é um dom de Deus, e que não é uma parte da natureza autoconsciente do homem, alcançam a liberdade em relação à necessidade de ação. E então o coração puro é preenchido pela verdade, e é percebida a identidade com a Deidade. O homem tem de primeiramente se livrar da ideia de que ele realmente faz alguma coisa, sabendo que todas as ações ocorrem nas "três qualidades da natureza" e de modo algum na alma. 

Então ele tem de estabelecer todas as suas ações na devoção. Isto é, sacrificar todas as suas ações ao Supremo e não a si mesmo. Ou ele próprio se arvora no Deus a quem são consagrados os seus sacrifícios, ou os consagra ao outro verdadeiro Deus - Ishvara; e todos os seus atos e aspirações são dedicados ou para si mesmo ou para o Todo. Aqui se evidencia a importância do motivo. Pois se ele realiza grandes obras de valor, ou de benefício para a Humanidade, ou adquire conhecimento para poder dar assistência a seu próximo, e é movido a isso meramente porque pensa que assim alcançará a salvação, ele está agindo apenas para seu próprio benefício, e está portanto consagrando sacrifícios para si mesmo. Desta forma, ele tem de devotar-se internamente ao Todo; sabendo que ele próprio não é o agente das ações, mas a mera testemunha delas. Desde que está em um corpo mortal, ele é afetado por dúvidas que irão brotar repentinamente. Quando elas de fato surgem, é porque ele ignora algo. Ele deve para tanto ser capaz de dispersar a dúvida "pela espada do conhecimento." Porque se ele dispõe de uma resposta pronta para alguma dúvida, nesta mesma proporção ele a dissipará. Todas as dúvidas vêm da natureza inferior, e jamais em qualquer caso da natureza superior. Por isso à medida que ele cresce em devoção é capaz de perceber cada vez mais claramente o conhecimento que reside em sua natureza Sattvica (bondade). Pois está dito: "Um homem que seja perfeito em devoção (ou que persiste em seu cultivo) espontaneamente descobre o conhecimento espiritual em si mesmo com o passar do tempo". E também: "Um homem com a mente cheia de dúvidas não desfruta nem deste mundo nem do outro (o mundo dos Devas), nem da beatitude final." A última frase é para destruir a ideia de que se há em nós esse Eu Superior ele irá, mesmo se formos indolentes e cheios de dúvidas, triunfar sobre a necessidade de conhecimento, conduzindo-nos à beatitude final junto com o fluxo evolutivo de toda a Humanidade. 

A verdadeira oração é contemplação de todas as coisas sagradas, em sua aplicação a nós mesmos, às nossas vidas e ações diárias, acompanhada do mais pujante e intenso desejo de tornar sua influência mais forte e as nossas vidas melhores e mais nobres, de modo que algum conhecimento delas nos possa ser concedido. Todos esses pensamentos têm de estar intimamente ligados à consciência da Essência Suprema e Divina da qual todas as coisas se originaram. 

A cultura espiritual é alcançada através da concentração, e esta tem que ser continuada diariamente e exercitada a cada momento. A meditação já foi definida como "a cessação do pensamento ativo externo." A concentração é a orientação de toda a vida para um determinado fim. Por exemplo, uma mãe devotada é aquela que considera antes e sobretudo os interesses dos seus filhos em todos os seus aspectos; e não aquela que se senta para pensar fixamente todo o dia apenas um destes aspectos. O pensamento tem o pode de se auto-reproduzir, e quando a mente é mantida firmemente em uma ideia, ela se torna colorida por essa ideia, e, como pode-se dizer, todos os correlatos daquele pensamento surgem dentro da mente. É a partir daí que o místico obtém conhecimento acerca de qualquer objeto no qual ele pense constantemente em fixa contemplação. Eis a razão das palavras de Krishna: "Pensa constantemente em mim; depende somente de mim, e tu certamente virás a mim." A vida é o grande instrutor; é a grande manifestação da Alma, e a alma manifesta o Supremo. Daí todos os métodos serem bons e serem todos apenas parte do grande objetivo, que é a Devoção. "A Devoção é o êxito na ação", diz o Bhagavad-Gitã. Os poderes psíquicos, à medida que surgem, devem também ser usados, pois eles nos revelam leis. Mas o valor desses poderes não deve ser exagerado, nem os seus perigos ignorados. Aquele que se fia neles é como um homem que  dá passagem ao orgulho e ao triunfo porque atingiu o primeiro patamar dos píncaros que ele se propôs escalar."

(Helena Blavatsky - Ocultismo Prático - Ed. Teosófica, Brasília - p. 57/71)


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A CONSCIÊNCIA DIRÁ O QUE VOCÊ É


“Às vezes sentimos o desejo de “fugir de tudo”. Isso não é errado; afastar-se de tudo, de vez em quando, proporciona a oportunidade de refletir sobre a vida. A maioria das pessoas deixa-se flutuar ao sabor da correnteza dos costumes e da moda. Essas pessoas nunca vivem realmente a própria vida; vivem a vida do mundo, e aonde isso as leva? É uma atitude sábia, de vez em quando, afastar-se das preocupações cotidianas, acalmar a mente e tentar compreender que espécie de pessoa você é e que tipo deseja ser. E lembre-se: o testemunho mais sincero que pode encontrar é o da própria consciência, a voz do discernimento da alma. O que sua consciência diz é o que você é. Penso no poder da consciência de Jesus. Seus acusadores cuspiram nele e o crucificaram, e ainda assim ele disse: “Pai, perdoa-os.” Essa espécie de discernimento é o único poder que trará luz ao seu caminho. Sempre que em seu coração houver um desejo irresistível de rezar pedindo alguma coisa, uso seu discernimento. Pergunte-se: “O desejo que busco satisfazer é bom ou mau?”

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem –  Ed. Self-Realization Fellowship – p. 124/125)


A NATUREZA DE DEUS É ILIMITADA


“A maioria das pessoas não tem nenhum conceito de Deus. Para muitos, Deus é apenas um nome. Alguns O imaginam como tendo forma; outros acreditam que seja informe. É tolice pensar que Ele precisa ter forma ou não: Ele é tanto uma coisa quanto a outra. A natureza de Deus é ilimitada: Ele é “tudo para todos os homens”. Cada devoto pode, justamente, abrigar seu próprio conceito de Deus, o que mais lhe atraia.” 

(Sri Daya Mata – No Silêncio do Coração – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 41)


O OLHO ESPIRITUAL DE PERCEPÇÃO INTUITIVA


“(...) por meio da luz do despertar espiritual, o hábito mortal de preferir as trevas ilusórias da materialidade pode ser banido da consciência humana. Com reiterados atos de força de vontade para meditar regular e profundamente, alcança-se o contato bem-aventurado com Deus, que confere suprema satisfação, e é possível trazer de volta à consciência essa alegria, a qualquer hora, em qualquer lugar.

Enquanto a pessoa permanecer intoxicada com maus pensamentos e costumes, sua mentalidade obscurecida odiará a luz da verdade. Entretanto, um ponto positivo acerca dos maus hábitos é que eles raramente cumprem suas promessas, revelando-se, por fim, inveterados mentirosos. É por isso que as almas não podem permanecer iludidas ou escravizadas para sempre. Embora pessoas de maus hábitos demonstrem inicialmente aversão ao pensamento de uma vida melhor, depois de terem seguido maus caminhos o suficiente e atingido o ponto de saciedade – sofrendo o bastante pelas conseqüências -, elas se voltam para a luz da sabedoria de Deus em busca de alívio, a despeito de quaisquer maus hábitos que estejam ainda entrincheirados e precisem ser vencidos. Ao viverem continuamente em harmonia com a Verdade, nessa luz vêm então a conhecer alegria e paz interior que resultam do autocontrole e dos bons hábitos. (...)

Aquele que busca a Deus, tentando todos os dias modificar algo que não seja positivo em sua natureza, transcende gradualmente suas antigas tendências materialistas impostas pelos hábitos. Suas ações e sua própria vida são recriadas, “feitas em Deus”; ele, em verdade, nasce uma segunda vez. Aderindo ao bom hábito da meditação científica diária, percebe a luz da sabedoria de Cristo e é batizado nessa divina energia do Espírito Santo, que efetivamente apaga os circuitos elétricos formados no cérebro pelos maus hábitos de pensamentos e ação. Abre-se o seu olho espiritual de percepção intuitiva, conferindo-lhe não apenas orientação infalível no caminho da vida, mas também a visão do divino reino celestial e a entrada nesse reino de Deus – e, por fim, a unidade com Sua consciência onipresente.”

(Paramahansa Yogananda – A Yoga de Jesus – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 78/79)