OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 12 de dezembro de 2017

NUTRIÇÃO SÁTVICA

"Moderação no alimento, na palavra, nos desejos e anelos, mas também o contentamento com o pouco que, com trabalho honesto, se pode obter, e mais, o empenho por servir aos outros e a todos dar alegria - tais são os mais poderosos de todos os tônicos e defensores da saúde que o Sanathana Ayurveda (a eterna ciência da saúde) conhece. 

Você não deve cuidar de comer muito e assim prejudicar a saúde. Quando o corpo está doente, a mente também fraqueja, e o cérebro não funciona adequadamente.

Nutrição sátvica não significa tão somente o alimento que ingerimos pela boca, mas também o ar puro que respiramos pelo nariz, a visão pura que vemos pelos olhos, os sons puros que escutamos pelos ouvidos e os objetos puros que tocamos com mãos e pés. Tudo de puro que nos invade pelos órgãos dos sentidos pode ser descrito como dieta sátvica (pura, inteligente). Escutar sons maus, contemplar visões más, tocar coisas ruins não contituem a dieta inteligente (sátvica).

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 192)


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

A FUGA GERA CONFLITOS

"Por que somos ambiciosos? Por que queremos ter sucesso, ser alguém? Por que lutamos para ser superiores? Por que todo esse esforço para nos afirmarmos, diretamente ou por meio de uma ideologia ou Estado? Essa autoafirmação não é a principal causa do nosso conflito e da nossa confusão? Sem ambição, nós pereceríamos? Não podemos sobreviver fisicamente sem sermos ambiciosos?

Por que somos espertos e ambiciosos? A ambição não é um desejo de evitar o que existe? Essa esperteza não é realmente estúpida, que é o que somos? Por que temos tanto medo do que existe? Qual é o benefício de fugir, se, independentemente do que somos, seremos sempre assim? Podemos ter sucesso na fuga, mas o que somos continua ali, gerando conflito e infelicidade. Por que temos tanto medo da nossa solidão, do nosso vazio? Qualquer atividade fora do que existe está propensa a gerar tristeza e antagonismo. O conflito é a negação ou a fuga do que existe, não há outro conflito além desse. Nosso conflito se torna cada vez mais complexo e insolúvel porque não enfrentamos o que existe. Não há complexidade no que existe, apenas nas muitas fugas que buscamos."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016 - p. 271)


domingo, 10 de dezembro de 2017

PRECES PELOS MORTOS

"P 191: As preces pelos mortos têm algum valor? Se o têm, como devem ser oferecidas?  

R: As preces sempre têm valor, tanto para os vivos como para os mortos, quando são ditadas pelo amor. Uma prece será eficaz na proporção da intensidade do pensamento expressado por ela, da pureza e força de vontade com as quais for dirigida à pessoa em questão, e do conhecimento que possua o solicitante. Uma oração, assim como um pensamento, cria uma forma, um elemental artificial, 'um poder benéfico ativo' que vai até a pessoa para cujo benefício foi criado e que a ajuda quando a oportunidade se apresentar. Essa energia posta em jogo no plano astral pode afetar qualquer pessoa em seu corpo astral; portanto, é possível auxiliar e proteger um morto com tais formas mentais enquanto ele permanecer no mundo astral.   

Um homem que compreenda a constituição do corpo astral e o poder do pensamento pode aumentar enormemente sua ajuda pelo envio deliberado de um elemental artificial, que auxilie na desintegração dos cascões astrais que aprisionam a alma, e que impulsione seu passo para o Devachan. Alguns dos Mantrans dos Shraddhas hindus (cerimônias para os mortos) têm esse objetivo em perspectiva, e são muito eficazes quando empregados por um homem sábio e santo.  

Entretanto, o homem comum conhece tão pouco sobre a condição de seus entes queridos, já mortos, que fará muito bem em abster-se de colocar em movimento uma força que possa ser mal dirigida, por falta de conhecimento mais exato acerca do que eles necessitam. Tal pessoa procederia melhor se usasse aquela famosa antífona que tão frequentemente se ouve nos serviços para os defuntos, na Igreja Católica: 'Concede-lhe, oh Senhor, descanso eterno e que a luz perpétua brilhe para ele'. Pois essas duas cláusulas expressam exatamente as condições de que o defunto mais necessita: primeiro, perfeito descanso de todo cuidado e pensamento terrestres, a fim de que não seja perturbado seu progresso na direção do mundo celeste; e segundo, a luz perpétua do amor divino, brilhando claramente sobre ele através da parte superior e mais espiritual de sua própria natureza, atraindo-o sempre até essa elevada luz para que seu progresso possa ser rápido. Em verdade, muito pouca ajuda posterior pode a Terra oferecer a um homem para quem essa prece for repetida constante e fervorosamente. Dessa maneira, qualquer um pode ajudar seus amigos ou seres queridos, ao elevar-se a um nível superior, esquecendo-se de si e do engano da perda aparente, enviando pensamentos de 'luz perpétua e paz eterna', e substituindo a tristeza Egoísta e inútil por bons desejos, sinceros e amorosos, para que o progresso daqueles seja rápido desde o mundo astral até o celestial." 

(Pestanji Temulji Pavri - Teosofia explicada em perguntas e respostas - fl. 175/176)
Fontehttp://www.lojadharma.org.br


sábado, 9 de dezembro de 2017

RENDIÇÃO

"Quando não aceitamos o mundo tal como ele é, estamos presumindo que não se pode confiar nele e que o universo não se apresenta como deveria. Nosso ego carrega um enorme fardo de crenças sobre como as coisas teriam de ser. Mesmo que nossa crença seja positiva e profundamente espiritual, precisamos encarar o fato de que, caso ela não corresponda à realidade, estamos gerando sofrimento interior e, portanto, conflito - por nos apegarmos a uma imagem falsa.

Em seu livro Loving What Is, Byron Katie vai diretamente ao ponto: 
Se você quiser que a realidade seja diferente, que tal também ensinar um gato a latir? Poderá tentar infatigavelmente, mas no fim o gato olhará para você e dirá: 'Miau'. É inútil desejar um mundo diferente do que é... Deveríamos saber que as coisas são boas assim como elas se apresentam, pois quando as questionamos sentimos tensão e frustração. Se deixarmos de nos opor à realidade, a ação se tornará simples, fluida, amorosa e sem riscos. 
É isso: quando deixamos de nos opor à realidade e aceitamo-la, tornamo-nos amáveis e destemidos. E, quando o medo se vai, nossas ânsias desaparecem e estamos prontos a, sem esforço, abrirmo-nos para a plena participação no momento presente e eterno.

Sugiro que você explore plenamente o que significa submeter-se à realidade. Com isso, deixará de lutar contra ela. Não perca nem mais um segundo desejando que ela seja diferente. Agora mesmo, é imperativo aceitar a realidade porque você nada poderá fazer para mudar o momento presente. Essa é a compreensão espiritual da vida. O momento presente é perfeito - simplesmente, porque não pode ser de outra maneira. Ele é o que é.

A magia da lógica reside em que apenas pela entrega total ao agora adquirimos o poder de participar de seu desdobramento e influenciar positivamente os momentos que virão. Vivendo intensamente o aqui e agora, sem nenhuma resistência à realidade, tornamo-nos partícipes plenos do momento atual. E graças a essa entrega, aceitação e participação, trazemos o poder do amor e da verdade espiritual ao momento presente - todas as nossas ações se tornam naturais, em harmonia e consonância com a verdade do espírito. Nossa realidade e a realidade do mundo que nos cerca entram em sintonia.

Só quando isso acontece fazemos progresso genuíno - não por meio da manipulação da nossa mente crítica, mas da participação da nossa alma. Submetendo-nos à realidade, submetemo-nos a Deus e permitimos ao Espírito agir por intermédio de nós, impedindo assim que o ego cheio de medos determine nossos atos. Dessa maneira, aprendemos a fazer com que o elemento meditativo da mente e da alma atue no mundo."

(John Selby - Sete Mestres, Um Caminho - Ed. Pensamento-Cultrix Ltda., São Paulo, 2004 - p. 94/95


sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

DESFAZENDO A IDENTIFICAÇÃO COM O SOFRIMENTO (PARTE FINAL)

"(...) QUANDO PASSAMOS A OBSERVADORES e começamos a deixar de nos identificar, o sofrimento ainda continua a agir por um tempo e vai tentar fazer com que voltemos a nos identificar com ele. Embora não esteja mais recebendo a energia originada da nossa identificação com ele, o sofrimento ainda tem sua força, como uma roda-gigante que continua a girar mesmo quando deixa de receber o impulso. Nesse estágio, o sofrimento pode até ocasionar dores em diversas partes do corpo, mas elas não vão durar.

Esteja presente, fique consciente. Vigie o seu espaço interior. Você vai precisar estar presente e alerta para ser capaz de observar o sofrimento de um modo direto e sentir a energia que emana dele. Agindo assim, o sofrimento não terá força para controlar o seu pensamento.

No momento em que o seu pensamento se alinha com o campo energético do sofrimento, você está se identificando com ele e, de novo, alimentando-o com os seus pensamentos. Por exemplo, se a raiva é a vibração de energia que predomina no sofrimento e você alimenta esse sentimento, insistindo em pensar no que alguém fez para prejudicá-lo ou no que você vai fazer em relação a essa pessoa, é porque você já não está mais consciente, e o sofrimento se tornou 'você'. Onde existe raiva existe sempre um sofrimento oculto.

Quando você começa a entrar em um padrão mental negativo e a pensar como a sua vida é horrorosa, isso quer dizer que o pensamento se alinhou com o sofrimento e você passou a estar inconsciente e vulnerável a um ataque do sofrimento.

Utilizo a palavra 'inconsciência' no presente contexto para significar uma identificação com um padrão mental ou emocional. Isso implica uma ausência completa do observador."

(Eckhart Tolle - Praticando o Poder do Agora - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2005 - p. 76/77