OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sábado, 22 de junho de 2013

CARMA E DESTINO (2ª PARTE)

" (...) Tudo o que somos é, pois, consequência de nosso passado e seremos aquilo que prepararmos no presente. 

Indivíduos que nascem com defeitos físicos, praticaram atos de crueldade para com seus semelhantes em outras encarnações. Certos tumores malignos, que sobrevêm em idades mais avançadas, são resultantes de magia negra, que foi muito praticada na Atlântida. O indivíduo que hoje é quase um santo, já foi mau e perseguidor em existências muito longínquas e só depois de muitas encarnações vai saldar dívidas cármicas. Quantos justos condenados, porque todas as aparências confirmam um crime ou um ato doloso que não praticaram?

Em passadas encarnações, o justo de hoje praticou crimes, lesou a seus semelhantes, tendo passado toda a existência impune e feliz. Agora recebe o troco. Há também carma adquirido por instituições, agrupamentos humanos, nações, e também o carma em conjunto de toda a Humanidade. Asim, há ocasiões de grande sofrimento coletivo, como a atual, que significam esgotamento cármico. A humanidade purificada e mais evoluída irá encontrar muito melhores condições de vida daqui a algumas centenas de anos.

Mesmo que o carma não seja certeza, para nós, procuremos viver de acordo com os elevados princípios espiritualistas. Só quem pratica o bem pode avaliar as satisfações morais que ele proporciona, embora poucas sejam as compensações materiais. Se ao praticarmos o bem, tivermos algumas desilusões, ponhamo-las na conta das grandes experiências e persistamos . 

Procuremos observar os fatos que se passam conosco e com os outros. Conseguiremos, indiretamente, nos certificar de que as leis espirituais são realidade. Diz um ditado popular: "Ninguém morre antes ou depois da hora." Isto é bem certo para a grande maioria dos indivíduos. Há casos de salvamentos milagrosos, inexplicáveis, em afundamentos de navios, em desastres de avião etc. Há também ocasiões em que, visivelmente, intervêm forças ou pessoas sobrenaturais, para salvar indivíduos de morte certa.

Afirmam os Iniciados que se pode vencer o Destino, ou seja, modificar as condições cármicas. Há prognósticos de morte por acidente, antevisão do momento da morte, que se confirmam. Por que? Porque as pessoas avisadas nada fizeram, ou nada puderam fazer, por ignorância ou por falta de vontade, para se contraporem ao Destino. (...)"

(Alberto Lyra - O Ensino dos Mahatmas - IBRASA, São Paulo - p. 211/213)


sexta-feira, 21 de junho de 2013

CARMA E DESTINO (1ª PARTE)

"Ao virmos ao mundo, trazemos as consequências do que fizemos em existências passadas. A família em que nascemos, as nossas características físicas, intelectuais e morais são resultantes diretas de ações pregressas.

Um elemental constrói o nosso corpo físico com o material cedido pelos pais, de acordo com o molde etérico pré-formado. Assim é determinado o nosso Carma físico, para a encarnação que se inicia. As ações de vidas passadas nos planos mais elevados, também se fazem representar na vida presente. Elas constituem uma forma pensamento no plano mental, a qual nos influencia diretamente e age sobre nós nas ocasiões devidas. O mecanismo de sua ação é o mesmo das formas pensamentos habituais. Quando pensamos, por exemplo, em alguma pessoa, o nosso pensamento cria uma forma astro mental que vai planar sobre a pessoa focalizada. Esta será ou não influenciada pela forma pensamento, de conformidade com a correspondência vibratória. Se o pensamento for de bondade e a pessoa não tiver qualidades vibratórias correspondentes, a forma ficará planando sem atuação. Desta maneira as formas pensamento agirão de conformidade com a sintonia de vibrações. 

Ora, a forma pensamento cármica está em perfeita articulação com o ser a que corresponde e descarregará sobre ele vibrações geradoras de sofrimentos físicos ou morais, ou poderá envolvê-lo por uma aura de bem-estar e alegria. Influenciado diretamente por esta forma pensamento, o indivíduo é encaminhado a diversas situações, até a última que porá fim à sua existência. Mas ele pode subtrair-se às influências maléficas dessa forma pensamento. Há grande elasticidade nos mecanismos cármicos, desde que o indivíduo tenha desenvolvido o seu saber e a sua vontade. Só o ignorante viverá ao sabor das circunstâncias e será, de fato, escravo do Destino.

O livre-arbítrio, embora relativo, existe. Quanto menos ignorantes formos e quanto melhor soubermos pôr em ação a nossa vontade, mas livres seremos. Há indivíduos cujo grau de evolução lhes permite ver todo o passado e o futuro, em consciência vigílica. Devido ao conhecimento que têm poderão modificar o futuro, anular por meio de ações contrárias, no sentido do bem, o mal que fizeram em vidas passadas e que lhes iria acarretar algumas consequência dolorosa na existência atual.

O homem comum também vê o seu passado, tem antevisão do futuro e torna as suas decisões a respeito, porém antes de nascer. Frequentemente escolhe as condições da próxima encarnação e procura se revestir de coragem para suportar os sofrimentos que anteviu e a provação cármica que aceitou. Por isso mesmo, há pessoas boas e puras, que sofrem muito. Este sofrimento foi por elas escolhido, a fim de esgotar mais rapidamente o carma. Mas como só praticam o bem, não semearão sofrimentos futuros e assim estarão preparando um destino feliz. (...)"

(Alberto Lyra - O Ensino dos Mahatmas - IBRASA, São Paulo - p. 210/211)


sábado, 15 de junho de 2013

TRANSFORMAÇÃO - PENSAMENTO E SENTIMENTO ESTÃO SUJEITOS A MUDANÇA (PARTE FINAL - I)

" (...) Assim, existe uma mudança sutil quanto à ênfase do papel predominante da vida para um papel como forma. Como a transformação ocorre dentro de nós (...) ao longo de toda nossa evolução humana, primeiramente nos identificamos com nossos corpos físicos. Leva algum tempo antes que compreendamos que esses corpos são formas que irão passar. Depois, quando vemos o corpo como uma forma passageira, são os nossos sentimentos que parecem ser duradouros. Quando adolescentes, juramos amizade eterna ou amor eterno. Posteriormente compreendemos que nossos sentimentos estão também sujeitos à transformação constante, e são nossas ideias que agora consideramos como duráveis. A essa altura somos muito dogmáticos. Isso também passa e podemos adquirir certa flexibilidade de pensamento até que compreendamos que até mesmo o pensamento é apenas uma vestimenta e que algo mais profundo interiormente representa para nós a vida eterna.  

O processo pode continuar - o que sentíamos ser um alma imortal, compreendemos ser, por sua vez, um simples veículo temporário ou uma forma, como os outros, sujeito à transformação. Até mesmo Buddhi é um veículo de Atma, não no sentido de um corpo ou de uma forma como os vemos, mas talvez como um tipo de véu tênue - mais sutil do que o mais sutil que conseguimos imaginar. À medida que o homem evolui, a personalidade torna-se cada vez mais a expressão direto do Ego, que é uma forma que reflete verdadeiramente a vida interior. O homem está agora cônscio como um Ego imortal sensibilizando a personalidade como sua forma. Dizem que, com o tempo, até mesmo o Ego deixa de existir como tal, pois, afinal de contas, ele é simplesmente o veículo ou a forma externa da Mônada. Assim, no final das contas, também ele está sujeito à transformação e parece desaparecer. Podemos começar a nos perguntar se, de certo ponto de vista, a distinção entre a vida e forma não é uma ilusão - se vida e forma são, depois de tudo, não duas coisas distintas, mas realmente duas funções da mesma coisa divina. 

Voltemos ao nosso estado atual - a nossa condição presente - em relação ao mundo objetivo, onde estamos apegados a formas materiais e sofremos quando elas são transformadas. Como vimos, até certo ponto com relação à nossa própria constituição, logo que deixamos de nos identificar com certas formas, toda nossa atitude com relação a elas muda. Ao mesmo tempo nossa atitude com relação à transformação dessa formas muda. Essa mudança é em si mesma uma transformação em nós, uma transformação na consciência até onde a consciência seja forma, até onde esteja cercada, modelada pela forma. Talvez, realmente, seja mais uma questão de ir além das formas do que atravessá-las. Em outras palavras, quando vemos as formas aprisionando nossas consciências, nossos lamentos e preconceitos com relação a elas desaparecem e nossa consciência torna-se correspondentemente livre. Uma expansão de consciência ocorre quando não mais estamos pessoalmente, e, portanto, dolorosamente, apegados a elas. (...)"

(Mary Anderson - Revista TheoSophia Jul/Ago/Set 2012 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 39/40)


sexta-feira, 24 de maio de 2013

TANTRA YOGA - AS ERAS E AS ESCRITURAS (1ª PARTE)

"A tradição hindu fala de quatro eras ou yugas. Elas diferem quanto ao grau de obediência dos homens ao Sanathana Dharma, isto é, à "Lei Eterna", a lei que determina justiça, retidão, moralidade e inspira e fundamenta todas as religiões, pois é a essência eterna e única de todas elas. Cada yuga tem uma dada escritura (sastra) apropriada ao nível ético de sua humanidade. 

Na sathya ou krita yuga, também denominada "Era de Ouro", quando viveram santas criaturas, o Sanathana Dharma era plenamente cumprido, sendo os vedas ou shruti* sua escritura adequada. Na treta yuga, a retidão já perdera 1/4, e sua escritura foi smriti, isto é, a sabedoria que fora guardada na memória (smriti).** A yuga seguinte chamou-se dvapara. Nela, do dharma (retidão, dever, justiça) sobrara apenas a metade. A escritura que os seres humanos deveriam então estudar, compreender e aplicar é chamada purana. A presente yuga é chamada kali (treva, escuridão). Em nossos dias, apenas 1/4 da ética ainda resta. Dizem os teóricos que a escritura que hoje nos resta seguir é o tantra. 

Os vedas, os smritis e os puranas*** agora perderam então sua validade ou são contraindicados para nós, contemporâneos da "Idade das Trevas"? A resposta é um veemente "não". Estas preciosas escrituras são eternamente válidas por serem apropriadas a homens e mulheres, que, embora vivendo durante a kali yuga, graças a esforços evolutivos que realizaram nesta e em encarnações anteriores, pertencem efetivamente a yugas mais primorosas. Numa mesma família podem conviver pessoas de diversos graus de consciência, cada uma afinada a uma yuga diferente. 

Neste caldeirão de violência, vícios e corrupção de nossos dias, a predominância é da personalidade que eu tenho diagnosticado como "normótica". Nossa "normalidade", aceitemos ou não, é mórbida, pois estamos na "era de kali". Se optarmos por um status ético, psíquico e espiritual  acima da "normose" dominante, não podemos evitar desajustar-nos da coletividade. Devemos dispor-nos a pagar o preço de sermos diferentes da mediocridade; temos de aceitar o status de "patinho feio", aquele da história. Mas é compensador assumir corajosamente uma abençoada e sadia "anormalidade", com cuidado de não tornar nossa diferença agressiva aos outros. É uma feliz opção, mas acarreta sacrifício. (...)"

* Shruti literalmente significa escutar. Os vedas é a sabedoria que foi escutada.
** Smriti - da raiz smar, lembrar. É o conhecimento que foi conservado de memória daquele que foi escutado (shruti).
*** Os purunas ensinam as verdades védicas sobre a criação, destruição e renovação do universo, sobre a genealogia dos deuses e patriarcas e o reino dos legisladores divinos (manus), entremeadas com observações éticas, filosóficas e científicas, mas tudo em caráter lendário. 

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 120/121)


quarta-feira, 22 de maio de 2013

A MANIFESTAÇÃO DE DEUS NAS ENCARNAÇÕES DIVINAS

"Em um universo inescrutável, confrontar-se com uma vida de mistérios não solucionados e insolúveis seria, na verdade, um desafio avassalador para meros mortais, não fosse pelos emissários divinos que vêm à Terra falar com a voz e a autoridade de Deus, para orientação do homem. Há milênios, nas remotas idades superiores da Índia, os rishis proclamaram a manifestação da Beneficência Divina, do "Deus conosco", como encarnações divinas, avatares: Deus encarnado sobre a terra em seres iluminados.(...)

Muitas são as vozes que serviram de intermediários entre Deus e o homem: os avatares khanda, ou encarnações parciais em almas que conhecem Deus. Menos comuns são os avatares purna, seres libertos que se unificaram totalmente com Deus; seu retorno à Terra visa cumprir uma missão designada por Deus. Na sabrada Bíblia hindu, o Bhagavad Gita, o Senhor declara:
"Sempre que a virtude declina e o vício predomina, Eu Me encarno como Avatar. Apareço em forma visível, era após era, para proteger os virtuosos e destruir a prática do mal, a fim de restabelecer a justiça."
A mesma - e única - gloriosa consciência infinita de Deus, a Consciência Crística Universal, Kutastha Chaitanya, assume roupagens familiares na individualidade de uma alma iluminada, com os adornos de uma personalidade peculiar e de uma natureza divina adequadas à época e ao propósito dessa encarnação. Sem tal intercessão do amor de Deus - que vem à Terra no exemplo, na mensagem e na mão orientadora de Seus avatares - seria praticamente impossível para a humanidade, em sua busca tateante, encontrar o caminho para o reino de Deus, em meio ao sombrio miasma da ilusão mundana, que é o substrato cósmico da morada do homem. A fim de que Seus filhos, envoltos em trevas, não se percam para sempre nos labirintos enganosos da criação, o Senhor vem, muitas vezes, na forma de profetas divinamente iluminados, para aclarar o caminho. (...)

Jesus foi precedido por Gautama Buda, o "Iluminado", cuja encarnação relembrou a uma geração negligente o Dharma Chakra ou a roda do karma em constante rotação - ações iniciadas pela própria pessoa e os efeitos dessas ações, que fazem com que cada homem, e não um Ditador Cósmico, seja responsável por suas condições atuais. (...)

A intercessão divina para mitigar a lei cósmica de causa e efeito (karma), pela qual o home sofre por causa de seus erros, estava no âmago da missão de amor que Jesus veio cumprir. (...) Jesus veio para demonstrar o perdão e a compaixão de Deus, cujo amor nos protege até mesmo da rigorosa lei.

O Bom Pastor de almas abriu seus braços a todos, a ninguém rejeitando, e com amor universal incitou o mundo a segui-lo no caminho da libertação, por meio do exemplo de seu espírito de sacrifício, renúncia, perdão, amor tanto pelos amigos quanto pelos inimigos e, acima de tudo, supremo amor por Deus. Como um pequeno bebê na manjedoura de Belém e como o salvador que curava os doentes, ressuscitava os mortos e aplicava o bálsamo do amor sobre as chagas dos erros, o Cristo em Jesus viveu entre os homens como um deles, para que também eles pudessem aprender a viver como deuses."

(Paramahansa Yogananda - A Yoga de Jesus - Self-Realization Fellowship - p. 03/04)  


segunda-feira, 25 de março de 2013

A ATITUDE CORRETA EM RELAÇÃO A ERROS PASSADOS (PARTE FINAL)

"A escuridão pode reinar numa caverna por milhares de anos, mas leve a luz para lá e as trevas se esvaecerão como se nunca tivessem existido. Analogamente, quaisquer que sejam os seus defeitos, eles já não mais serão seus quando você levar para dentro a luz da bondade. Tão grande é a luz da alma que encarnações do mal não a podem destruir. 

Não há pecado que não possa ser perdoado; não há mal que não possa ser superado, pois o mundo da relatividade não abriga absolutos.

Deus jamais abandona alguém. Quando você acredita, depois de ter pecado, que sua culpa seja imensurável, sem redenção; e quando o mundo declare que você não vale nada e que jamais chegará a ser qualquer coisa, pare um momento para pensar na Mãe Divina. Diga a ela: "Mãe Divina, eu sou Teu filho, Teu filho travesso. Perdoa-me, por favor." Quando você apelar para o aspecto materno de Deus, não há recusa - você simplesmente derrete o Coração Divino. Entretanto, Deus não o apoiará se continuar agindo mal. Ao rezar, você tem de abandonar as más ações.

Os santos são pecadores que não desistiram. Quaisquer que sejam as suas dificuldades, se não desistir, você estará progredindo na sua luta contra a corrente. Lutar é ganhar a graça de Deus. 

Um diamante terá menos valor só por estar coberto de lama? Deus vê a beleza imutável da sua alma. Ele sabe que nós não somos os nossos erros.

Por algumas encarnações você tem sido um ser humano, mas ao longo da eternidade tem sido filho de Deus. Nunca se considere um pecador, pois o pecado e a ignorância são apenas pesadelos mortais. Quando despertarmos em Deus, veremos que nós - a alma, a consciência pura - jamais fizemos algo errado. Imaculados pela experiências mortais, somos e sempre fomos filhos de Deus.

Cada um de nós é filho de Deus. Nascemos do Seu Espírito, em toda a pureza, glória e alegria. Essa herança é inalienável. Condenar-se a si próprio como pecador, comprometido com o caminho do erro, é o maior de todos os pecados. A Bíblia diz: "Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?" Lembre-se sempre: o Pai o ama incondicionalmente."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 106/108)