OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


Mostrando postagens com marcador moralidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador moralidade. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 24 de maio de 2013

TANTRA YOGA - AS ERAS E AS ESCRITURAS (1ª PARTE)

"A tradição hindu fala de quatro eras ou yugas. Elas diferem quanto ao grau de obediência dos homens ao Sanathana Dharma, isto é, à "Lei Eterna", a lei que determina justiça, retidão, moralidade e inspira e fundamenta todas as religiões, pois é a essência eterna e única de todas elas. Cada yuga tem uma dada escritura (sastra) apropriada ao nível ético de sua humanidade. 

Na sathya ou krita yuga, também denominada "Era de Ouro", quando viveram santas criaturas, o Sanathana Dharma era plenamente cumprido, sendo os vedas ou shruti* sua escritura adequada. Na treta yuga, a retidão já perdera 1/4, e sua escritura foi smriti, isto é, a sabedoria que fora guardada na memória (smriti).** A yuga seguinte chamou-se dvapara. Nela, do dharma (retidão, dever, justiça) sobrara apenas a metade. A escritura que os seres humanos deveriam então estudar, compreender e aplicar é chamada purana. A presente yuga é chamada kali (treva, escuridão). Em nossos dias, apenas 1/4 da ética ainda resta. Dizem os teóricos que a escritura que hoje nos resta seguir é o tantra. 

Os vedas, os smritis e os puranas*** agora perderam então sua validade ou são contraindicados para nós, contemporâneos da "Idade das Trevas"? A resposta é um veemente "não". Estas preciosas escrituras são eternamente válidas por serem apropriadas a homens e mulheres, que, embora vivendo durante a kali yuga, graças a esforços evolutivos que realizaram nesta e em encarnações anteriores, pertencem efetivamente a yugas mais primorosas. Numa mesma família podem conviver pessoas de diversos graus de consciência, cada uma afinada a uma yuga diferente. 

Neste caldeirão de violência, vícios e corrupção de nossos dias, a predominância é da personalidade que eu tenho diagnosticado como "normótica". Nossa "normalidade", aceitemos ou não, é mórbida, pois estamos na "era de kali". Se optarmos por um status ético, psíquico e espiritual  acima da "normose" dominante, não podemos evitar desajustar-nos da coletividade. Devemos dispor-nos a pagar o preço de sermos diferentes da mediocridade; temos de aceitar o status de "patinho feio", aquele da história. Mas é compensador assumir corajosamente uma abençoada e sadia "anormalidade", com cuidado de não tornar nossa diferença agressiva aos outros. É uma feliz opção, mas acarreta sacrifício. (...)"

* Shruti literalmente significa escutar. Os vedas é a sabedoria que foi escutada.
** Smriti - da raiz smar, lembrar. É o conhecimento que foi conservado de memória daquele que foi escutado (shruti).
*** Os purunas ensinam as verdades védicas sobre a criação, destruição e renovação do universo, sobre a genealogia dos deuses e patriarcas e o reino dos legisladores divinos (manus), entremeadas com observações éticas, filosóficas e científicas, mas tudo em caráter lendário. 

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 120/121)


quinta-feira, 2 de maio de 2013

A LIBERTAÇÃO DA MENTE

"O Senhor Buda, certa vez, disse: "O benefício da vida santa, ó monges, não está em ganhos, favores e honras; nem na observância das leis morais; nem na obtenção da concentração; nem no conhecimento e na visão; mas apenas nisto, ó monges: na firme e inabalável libertação da mente. Esse é o objetivo da vida santa. É sua essência. É sua meta."

Que quer dizer "inabalável libertação da mente"? Significa que a mente está sempre livre da compulsão de hábitos, emoções e apegos; e é governada apenas pela sabedoria, pelo amor e pela abnegação. Significa que o ego já não o controla; que você, a alma, agindo por meio da mente, é o dono de seu destino. A expressão da atitude correta em todas as condições e situações é evidência desse autodomínio. A atitude correta é o caminho para Deus. Sem ela, nunca se pode conhecer Deus. Ela é o próprio alicerce da vida espiritual. Precisamos nos esforçar constantemente no sentido da atitude correta, ou nenhuma dose de discurso a respeito de Deus, nenhuma quantidade de leitura das escrituras, nenhuma soma de anos aos pés de um guru é de qualquer proveito.  

Implícita na atitude correta está a humildade. Você não pode conhecer Deus sem primeiro admitir que é o menos importante a Seus olhos. Isso não quer dizer que deva sair por aí anunciando e se lamentando que você é insignificante. Não. Humildade significa que, não importa o que alguém lhe diga ou faça, você se mantém sempre o mesmo. Quando uma rosa é esmagada na mão, ela continua a desprender sua fragrância. Quando as pessoas o esmagam em suas mãos críticas, em suas mãos de palavras afiadas e ásperas, a atitude correta é continuar dando, em troca, doçura, palavras gentis, ações gentis e - acima de tudo - pensamentos gentis. Sem pensamentos bondosos não se pode, sinceramente, expressar bondade em palavras ou ações. 

O problema com a maioria das pessoas é que, quando elas ficam com raiva ou aborrecidas, não querem escutar a razão, não querem compreender. Quando uma pessoa está cegamente convencida de que está certa, nenhuma explicação, nenhuma razão ela aceitará. Só sabe que seu próprio desejo foi contrariado, e isso é tudo que lhe importa. "Fica vermelha de raiva", por assim dizer. Esse é o momento para se adotar a atitude correta."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 84/85)


quarta-feira, 20 de março de 2013

FORMAS GERADAS PELA LINGUAGEM (1ª PARTE)

"O discípulo deve vigiar sua maneira de falar, bem como o assunto, de sorte que seja amável, formosa e correta, e livre de desconsideração e exagero. Suas palavras têm de ser bem escolhidas e bem pronunciadas. Muitos pensam que na vida diária não é necessário dar-se ao incômodo de falar claramente; isso importa muito mais do que imaginam, porque estamos a todo instante construindo nosso próprio ambiente, que por sua vez reage sobre nós. Enchemos nossos cômodos e lares com nossos próprios pensamentos, e depois temos de viver ali. Se, por exemplo, um indivíduo permite deixar-se vencer pela depressão, seu cômodo fica carregado dessa qualidade, e qualquer pessoa sensitiva que ali penetre se apercebe de certa diminuição de vitalidade, de uma perda de tonalidade. Muito mais ele, que vive a maior parte do tempo nesse cômodo, é perpetuamente afetado pela depressão, e não pode facilmente livrar-se dela. Da mesma forma, o homem que se rodeia de uma atmosfera de formas sonoras desagradáveis engendradas por uma linguagem descuidada e inculta produz uma atmosfera onde estar formas reagem constantemente sobre ele, e está sujeito a reproduzir estas formas desagradáveis; se não toma cuidado, ver-se-á contraindo o hábito de falar com aspereza e grosseria. 

Tenho ouvido amiúde os professores primários: "Nada podemos fazer com a linguagem das crianças. Enquanto as temos aqui na escola, procuramos corrigi-las, mas quando vão para casa, elas ouvem a má pronúncia das palavras, e isso sempre persiste, e para nós é impossível corrigi-lo." As crianças permanecem na escola talvez umas cinco horas por dia, e a maior parte do tempo ficam em casa, onde uma atmosfera de indesejáveis formas sonoras pode pressioná-las durante todo o tempo, de sorte que são absolutamente escravas dessa atmosfera. Há certas palavras que elas não conseguem dizer, pois não podem pronunciar um som puro.

Pode-se crer que uma pequenina coisa não tem importância; de nenhum modo é uma pequena coisa, e um número delas perpetuamente repetidas produz um enorme efeito. É seguramente melhor que nos rodeemos de beleza e não de fealdade, mesmo que seja na matéria etérica. É de suma importância falar com correção, clareza e beleza, pois isso conduz tanto ao refinamento interno como ao externo. Se falamos de uma maneira grotesca e desalinhada, degradamos o nível de nosso pensamento, e tal maneira de falar repelirá e desgostará as pessoas que desejaríamos ajudar. Aqueles que não podem ser exatos no emprego de palavras não podem ser precisos em seu raciocínio; serão mesmo mais vagos em questão de moralidade, pois todas estas coisas reagem uma sobre as outras. (...)"

(C. W. Leadbeater - Os Mestres e a Senda - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 94/95)


terça-feira, 19 de março de 2013

ASSUMA O DOMÍNIO DA SUA MENTE

"Hoje, o homem contraiu o hábito de agir e falar conforme seus caprichos. Nenhum controle é exercido por sua consciência, sua moral ou boas maneiras. Aquele que é perverso e determinado a caminhar para a ruína dispensa conselhos. Remédio é para quem está doente, não para quem está sadio; não para quem já está inteiramente morto. Conselho é para quem padece dúvida, ansiedade ou agitação. Este conceito se encontra nas escrituras (sastras) e em outros textos sagrados. Uma carta pode ser lançada fora uma vez que seu conteúdo tenha sido anotado e aprendidas as instruções por ela comunicadas. Assim também, aquelas escrituras (sastras) e textos sagrados podem ser descartados uma vez lidos, compreendidos mas principalmente seguidos. Não há proveito em ler, ler, reler... mais e mais. 

Declaram os textos que você realmente é Atma (O Ser). Aquilo que anima toda a criação. O corpo do homem é um templo onde Deus está morando. Os guardas de tal templo são Sama (controle sobre os sentidos) e Dama (controle sobre as emoções). Se eles forem ineficazes e negligentes, a luxúria e a ambição, o rancor e a inveja, o ódio e o orgulho se infiltrarão, se espalharão e dominarão o templo. O homem está tão iludido que presta honra a tais ladrões como se fossem os donos da casa que eles saqueiam. Assuma o domínio sobre sua mente. Esteja alerta. Erga-se, e enfrente os ladrões antes que lancem mão sobre seu tesouro. O tesouro é a percepção da presença de Deus em tudo."

(Sathya Sai Baba - Sadhana o Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 71/72)


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O VIVER NATURAL E O DESNATURAL - PARTE II

"(...) Observação dos órgãos dos sentidos. Pela observação da inclinação natural dos órgãos dos sentidos - os indicadores do que é nutritivo -, por meio dos quais todos os animais são dirigidos a seu alimento, verificamos que quando o animal carnívoro encontra a presa, ele sente prazer a tal ponto que seus olhos começam a brilhar; ele agarra impetuosamente a presa e lambe, avidamente, o sangue esguichado. Ao contrário, o animal herbívoro recusa até seu alimento natural, deixando-o intacto, se estiver salpicado com um pouco de sangue. Os sentidos do olfato e da visão o levam a escolher gramíneas e outras ervas para o seu sustento, as quais ele saboreia com prazer. De modo parecido com os animais frugívoros, notamos que seus sentidos os conduzem sempre aos frutos das árvores e dos campos. 

Nos homens de todas as raças constatamos que os sentidos do olfato, audição e visão nunca os levam a abater animais; ao contrário, eles não podem suportar sequer a visão de tais matanças. Sempre se recomenda que os matadouros fiquem bem afastados das cidades; os homens, com frequência, aprovam leis rigorosas proibindo o transporte a descoberto de carnes para consumo. Pode a carne, então, ser considerada o alimento natural do homem, se tanto seus olhos quanto seu nariz são tão contrários a ela, a menos que disfarçada pelos sabores de condimentos, sal e açúcar? Por outro lado, quão delicioso achamos o aroma das frutas, cujo simples olhar sempre nos deixa com água na boca! Também se pode notar que vários grãos e tubérculos têm aroma e sabor agradáveis, embora fracos, até mesmo quando não foram preparados. Logo, mais uma vez, somos levados a concluir a partir dessas observações que o homem foi destinado a ser um animal frugívoro.²

Observação da nutrição das crianças. Observando a nutrição das crianças, vemos que o leite é, sem sombra de dúvida, o alimento dos bebês recém-nascidos. Não haverá suprimento abundante de leite nos seios da mãe se ela não adotar frutas, cereais e verduras como seu alimento natural.

A causa das doenças. Dessas observações, a única conclusão a que se pode racionalmente chegar é que os diversos cereais, frutas, tubérculos e - como bebidas - leite e água pura abertamente exposta ao ar e ao sol são, decididamente, o melhor alimento natural para o homem. Estes, sendo compatíveis com o organismo quando ingeridos, bem mastigados e misturados com saliva, são sempre facilmente assimilados. 

Outros alimentos são desnaturais ao homem e, sendo incompatíveis com o organismo, são necessariamente estranhos a ele; quando entram no estômago, não são assimilados de maneira apropriada. Misturados ao sangue, acumulam-se nos órgãos excretores e em outros órgãos que não lhe são devidamente adaptados. Quando não podem ser eliminados, depositam-se, pela lei da gravidade, nas fendas dos tecidos e, ao fermentar, produzem doenças mentais e físicas, levando, por fim, à morte prematura.

O desenvolvimento das crianças. A experiência também comprova que a dieta natural e não irritante para o vegetariano é, quase sem exceção, admiravelmente adequada ao desenvolvimento tanto físico como mental das crianças. Suas mentes, o entendimento, a vontade, as principais faculdades, o temperamento e a disposição geral são também desenvolvidos de maneira apropriada. 

O viver natural acalma as paixões. Constatamos que quando se empregam recursos extraordinários, tais como jejum excessivo, mortificação, ou confinamento monástico, com o propósito de suprimir as paixões sexuais, tais meios raramente produzem o efeito desejado. A experiência mostra, no entanto, que o homem pode facilmente vencer essas paixões, o arqui-inimigo da moralidade, pelo viver natural com a dieta não irritante acima referida; desse modo, os homens ganham uma tranquilidade mental que todo psicólogo sabe ser a condição mais favorável à atividade mental e a uma compreensão clara, tanto quanto a uma maneira de pensar judiciosa. (...)"

2. "{E Deus} disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão de alimentos" Gênesis 1:29. (Nota da editora)

(Swami Sri Yukteswar - A Ciência Sagrada - Self-Realization Fellowship - p. 63/66)


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

CONHEÇA AS LEIS DIVINAS DA PAZ INTERIOR E DA FELICIDADE


“A moralidade, tal qual o camaleão, tende a assumir as cores da sociedade circunjacente, mas as leis inescrutáveis da natureza, pelas quais Deus sustenta Sua criação, jamais são alteradas pelas determinações do homem.

A felicidade tem raízes na moralidade e nas qualidades divinas.

Aqueles que se insurgem contra a lei divina pagam o preço de perder a paz interior.

As estrelas de cinema e outros artistas são considerados as pessoas invejáveis. Por que, porém, suas vidas pessoais são tão frequentemente uma confusão de infelicidade e múltiplos divórcios? A maior parte dessas pessoas vive com excessiva energia nervosa concentrada nos sentidos. Excesso de alimentos, sexo promíscuo, intoxicação com bebidas alcoólicas e drogas – tudo isso produz uma contrafração da felicidade.
[As leis morais] harmonizam o corpo e a mente com as leis divinas da natureza, ou da criação, produzindo força, felicidade e bem-estar interior e exterior.

Essa é a razão pela qual o êxito moral – a liberdade do império dos maus hábitos e impulsos – produz mais felicidade do que o êxito material. No êxito moral há uma felicidade psicológica que não pode ser roubada por qualquer condição física. (...) Adote os pensamentos e as ações que levam à felicidade.

Aqueles que têm contentamento interior estão vivendo de maneira correta. A felicidade só vem de fazer o que é certo.”

(Paramahansa Yogananda – Paz interior – Self-Realization Fellowship – p. 80/82)


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

LEIS DA NATUREZA




“A moralidade, tal qual o camaleão, tende a assumir as cores da sociedade circunjacente, mas as leis inescrutáveis da natureza, pelas quais Deus sustenta Sua criação, jamais são alteradas pelas determinações do homem.”

(Paramahansa Yogananda – Paz Interior - 80)