OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 25 de maio de 2013

SOMOS FEITOS À IMAGEM DE DEUS

"As escrituras do mundo dizem que somos feitos à imagem de Deus. Se é verdade, por que não sabemos que somos imaculados e imortais, como Ele é? Por que não temos consciência de que somos personificação de Seu espírito? (...)

O que é mesmo que as escrituras dizem? "Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus". "Orai sem cessar." (...)

Praticando regularmente a meditação iogue com séria atenção, chegará a hora em que subitamente você se dirá: "Ah! Não sou este corpo, apesar de usá-lo para me comunicar com o mundo. Não sou a mente, com suas emoções de ira, ciúme, ódio, ganância, inquietude. Sou este maravilhoso estado de consciência interior. Sou feito à divina imagem da bem-aventurança e do amor de Deus."

(Sri Daya Mata - No Silêncio do Coração - Self-Realization Fellowship - p. 37/38)


TANTRA YOGA - A DEMOCRATIZAÇÃO DO YOGA (2ª PARTE)

" (...) A palavra tantra deriva da raiz tan (espalhar, divulgar) e mais o sufixo tra (salvar). Significa, portanto, "divulgar para salvar". Talvez, seja mais apropriado entender o tantra como uma democratização do Yoga. Em meu trabalho ao longo das décadas, fui descobrindo que há um "Yoga para quem pode" e - graças a Deus! - um "Yoga para quem precisa". Até agora tenho me ocupado somente deste Yoga. O outro é elitista. Usamos o termo elitista no melhor sentido. Há realmente um número muito reduzido de pessoas formando uma abençoada e luminosa "elite espiritual" que tem virtudes e potencial suficiente para o altíssimo ônus de avançar por caminho estreitíssimo.

O tantra sastra ou escrituras tântricas consta de diálogos entre Shiva e sua esposa Parvati, ao longo dos quais importantes informações são divulgadas e verdades profundas são "des-veladas" com o misericordioso propósito de ajudar aqueles que, vivendo na "era das trevas", sinceramente anelem pela salvação. O Cristo declarou que viera, não para os bons, mas para os maus (os da kali yuga?).

Trata-se de diálogos entre o Senhor (a Consciência Suprema) e sua divina esposa também denominada Shakti (a energia cósmica criadora). Quando é Ela que pergunta e Ele responde, o texto é conhecido como agama, no caso contrário, nigama

Cada texto inclui os tópicos seguintes: (a) criação do universo; (b) sua destruição; (c) a adoração; (d) os exercícios espiritualizantes (Yoga); (e) os rituais e cerimônias; (f) as seis ações (kriyas) de purificação; e (g) meditação (dhyana). (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 121/122)


sexta-feira, 24 de maio de 2013

PROVAÇÃO - EGOÍSMO

"Há muitas outras formas de egoísmo, que podem retardar seriamente o progresso do discípulo. Uma delas é a negligência. Vi uma pessoa tão deleitada na leitura de um livro, que não apreciava interrompê-la para ser pontual; outra talvez escreva de qualquer jeito uma carta, sem reparar no incômodo que produzirá na vista ou ânimo de quem tenha de decifrar sua caligrafia. As pequenas negligências contribuem para reduzir a receptividade às influências superiores, desorganizar e atormentar a vida para outros e destruir o autodomínio e autoeficiência. A pontualidade e eficiência são condições essenciais para o cumprimento satisfatório da obra a realizar-se. Muitas pessoas são ineficientes. Quando se lhes confia um trabalho, não o concluem acabadamente e de mil modos se desculpam; ou se se lhes pede alguma informação, não sabem onde encontrá-la. As pessoas diferem muito neste particular. A alguém lhe podemos perguntar uma coisa e responderá: "Não o sei." Outro dirá: "Não o sei, mas o averiguarei", e volta com a informação solicitada. De análoga maneira, há quem diz que não pode fazer uma coisa e outro que persevera até fazê-la.

Contudo, em toda boa obra que o discípulo empreenda, tem de pensar no bem que aos demais acarrete e na oportunidade de servir com isso ao Mestre (pois ainda que seja minúcias materiais, têm muito valor espiritual), e não no seu bom karma daí resultante, o que seria outra forma muito sutil de egoísmo pessoal. Recordemo-nos das palavras de Cristo: "Tudo que fizestes ao menor de meus irmãos, a mim o fizestes."

Outros sutis efeitos da mesma espécie se vêem na depressão, na inveja e na agressiva afirmação de seus próprios direitos. Disse um adepto: "Pensai menos em vossos direitos e mais em vossos deveres." Há certas ocasiões, ao tratar de assuntos do mundo profano, que o discípulo possa achar necessário expressar gentilmente o que ele necessita, mas entre os seus condiscípulos não há lugar para tais direitos, e sim apenas oportunidades. Se um homem está contrariado, projeta sentimentos agressivos; e ainda que não chegue ao extremo de sentir ódio, anuvia densamente o seu corpo astral com riscos de anuviar também o corpo mental."

(C. W. Leadbeater - Os Mestres e a Senda - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 91/92)


TANTRA YOGA - AS ERAS E AS ESCRITURAS (1ª PARTE)

"A tradição hindu fala de quatro eras ou yugas. Elas diferem quanto ao grau de obediência dos homens ao Sanathana Dharma, isto é, à "Lei Eterna", a lei que determina justiça, retidão, moralidade e inspira e fundamenta todas as religiões, pois é a essência eterna e única de todas elas. Cada yuga tem uma dada escritura (sastra) apropriada ao nível ético de sua humanidade. 

Na sathya ou krita yuga, também denominada "Era de Ouro", quando viveram santas criaturas, o Sanathana Dharma era plenamente cumprido, sendo os vedas ou shruti* sua escritura adequada. Na treta yuga, a retidão já perdera 1/4, e sua escritura foi smriti, isto é, a sabedoria que fora guardada na memória (smriti).** A yuga seguinte chamou-se dvapara. Nela, do dharma (retidão, dever, justiça) sobrara apenas a metade. A escritura que os seres humanos deveriam então estudar, compreender e aplicar é chamada purana. A presente yuga é chamada kali (treva, escuridão). Em nossos dias, apenas 1/4 da ética ainda resta. Dizem os teóricos que a escritura que hoje nos resta seguir é o tantra. 

Os vedas, os smritis e os puranas*** agora perderam então sua validade ou são contraindicados para nós, contemporâneos da "Idade das Trevas"? A resposta é um veemente "não". Estas preciosas escrituras são eternamente válidas por serem apropriadas a homens e mulheres, que, embora vivendo durante a kali yuga, graças a esforços evolutivos que realizaram nesta e em encarnações anteriores, pertencem efetivamente a yugas mais primorosas. Numa mesma família podem conviver pessoas de diversos graus de consciência, cada uma afinada a uma yuga diferente. 

Neste caldeirão de violência, vícios e corrupção de nossos dias, a predominância é da personalidade que eu tenho diagnosticado como "normótica". Nossa "normalidade", aceitemos ou não, é mórbida, pois estamos na "era de kali". Se optarmos por um status ético, psíquico e espiritual  acima da "normose" dominante, não podemos evitar desajustar-nos da coletividade. Devemos dispor-nos a pagar o preço de sermos diferentes da mediocridade; temos de aceitar o status de "patinho feio", aquele da história. Mas é compensador assumir corajosamente uma abençoada e sadia "anormalidade", com cuidado de não tornar nossa diferença agressiva aos outros. É uma feliz opção, mas acarreta sacrifício. (...)"

* Shruti literalmente significa escutar. Os vedas é a sabedoria que foi escutada.
** Smriti - da raiz smar, lembrar. É o conhecimento que foi conservado de memória daquele que foi escutado (shruti).
*** Os purunas ensinam as verdades védicas sobre a criação, destruição e renovação do universo, sobre a genealogia dos deuses e patriarcas e o reino dos legisladores divinos (manus), entremeadas com observações éticas, filosóficas e científicas, mas tudo em caráter lendário. 

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 120/121)


quinta-feira, 23 de maio de 2013

FAÇA AFLORAR A IMORTALIDADE OCULTA DE SUA ALMA

"Tudo que o Senhor criou foi feito para testar-nos, para manifestar a imortalidade da alma, que está encerrada dentro de nós. Essa é a aventura da vida, o seu único propósito. E a aventura de cada pessoa é diferente, única. Você deve estar preparado para lidar com todos os problemas de saúde, da mente e da alma mediante o uso dos métodos do bom senso e da fé em Deus, sabendo que, na vida ou na morte, sua alma permanecerá invencível. Você jamais pode morrer. “As armas não podem ferir a alma; o fogo não pode queimá-la; a água não pode molhá-la; nem pode o vento ressecá-la. (...) A Alma é imutável, tudo permeia, está perenemente tranquila e inamovível.” Você é, eternamente, a imagem do Espírito.

Não é libertador para a mente saber que a morte não pode matar? Quando a doença chega e o corpo para de funcionar, a alma pensa: “Morri!” Mas o Senhor sacode a alma e diz: “O que é isso! Você não morreu. Não continua pensando?” (...) “Não é tão terrível assim. Foi somente a minha consciência temporária da vida terrena, de ser um corpo físico, que me induziu a crer que perdê-lo seria o meu fim. Eu tinha esquecido que sou alma eterna.”"

(Paramahansa Yogananda – Viva sem Medo – Self-Realization Fellowship - p. 08/09)