OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 18 de setembro de 2025

PERDÃO

"O julgamento precipitado pode vir a ser o 'fracasse da compreensão', porque perdoar é, acima de tudo, a habilidade de compreender dificuldades.

O autoperdão consiste em fazer o nosso melhor hoje, abandonar as mágoas do passado e curar as dores do presente e, ao mesmo tempo, legitimar nossos projetos de vida para o futuro.

O passado passou e o único momento que temos é o agora. Basta utilizarmos o perdão e, imediatamente, começaremos a sentir conforto e alívio, pois descarregamos os pesados fardos de culpa, vergonha e perfeccionismo.

Quando erramos, é necessário primeiramente admitir as nossas fraquezas e, em seguida, pedir aos outros que relevem nossas falhas. Somente a partir desse ponto, é que começamos a desfazer as técnicas defensivas e a facilitar a boa comunicação, evitando, assim, a morte do diálogo reconciliador.

O autoperdão é um estado da alma que emerge de nossa intimidade, fazendo-nos aceitar tudo que somos sem nenhum prejulgamento. É quando passamos a entender que nossos aparentes defeitos são, só e exclusivamente, potenciais a ser desenvolvidos. Por sinal, o julgamento precipitado pode vir a ser o 'fracasso da compreensão', porque perdoar é, acima de tudo, a habilidade de compreender dificuldades.

À medida que perdoamos nossos desacertos, começamos também a perdoar as faltas dos outros. Quanto mais compreendermos o outro, avaliando e validando o que ele pensava e como se sentia na hora da indelicadeza, mais facilmente aprenderemos a nos perdoar. O ato do não perdão a nós mesmos nos acarreta a permanência nas sensações desagradáveis e nas energias negativas -resquícios dos dissabores e desencontros da vida.

Perdoar-nos leva ao cultivo do amor a nós mesmos e, por consequência, aos outros; enfim, é a base que mantém a humanidade íntegra e solidária. O autoperdão nos conduz à aceitação plena de nossas potencialidades ainda não desenvolvidas - seja de natureza intelectual, seja de natureza psíquica e emocional - e a uma compreensão maior de que as experiências evolutivas nada mais são do que a soma de acertos e de erros do passado e do presente.

Os erros acabam-se transformando em lições preciosas e deles podemos retirar as bases seguras para o êxito no futuro.

'Deus não age jamais por capricho e tudo, no Universo, está regido por leis em que se revelam a sua sabedoria e a sua bondade'.

'A sabedoria e bondade de Deus' aqui descrita são uma constante nos atos e atitudes de Jesus de Nazaré. No episódio ocorrido na casa do fariseu Simão, uma prostituta atira-se aos pés do Mestre, cobrindo-os de beijos, lavando-os com suas lágrimas, enxugando-os com seus cabelos e untando-os com um óleo perfumado. Ela é perdoada incondicionalmente: '(...) seus numerosos pecados lhe estão perdoados, porque ela demonstrou muito amor. Mas aquele a quem pouco foi perdoado mostra pouco amor'.

Deus estava com Jesus e Ele com o Pai, por isso amava, perdoava, estimulava e incentivava a todos sem qualquer distinção. A Bondade e a Sabedoria Providencial está e sempre esteve nos amando e perdoando, não importa o grau da escala evolutiva em que estamos situados ou o que estejamos fazendo. O amor da Misericórdia Divina é incondicional - não depende de nenhum tipo de restrição ou limitação. Ama, simplesmente por amar.

Uma introspecção a respeito desse amor incondicional que a Divindade tem para conosco é extremamente importante para o autoperdão.

Se Deus nos ama e nos aceita como somos hoje, por que haveríamos de tomar uma atitude contrária à postura divina? Entretanto, o autoperdão não significa paralisarmos nossas atividades evolutivas, acomodando-nos em nossas deficiências, fragilidades ou incapacidades, mas, sim, libertar-nos dos fardos pesados da autopunição que carregamos desnecessariamente.

O autoperdão nos traz paz de espírito, habilidade para amar e ser amados e possibilidades para dar e receber serenidade. Ele nos livra do cultivo de uma fixação neurótica em fatos do passado, o qual nos impede o crescimento no presente.

Perdoar-nos elimina a ideia fixa no remorso por algo que aconteceu ontem e a ansiedade do que poderá ser revelado ou vir a acontecer amanhã."

Texto extraído do livro "Os prazeres da alma', de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed, Boa Nova, ed. e dist. de livros espíritas, Catanduva, SP, 2003, p. 175/177.
Imagem: Pinterest

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