OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 28 de outubro de 2014

TESOURO OCULTO

"67 - Um tesouro oculto não aparece pela enunciação da palavra 'apareça', pois tem de haver uma informação confiável, escavação e remoção de pedras. De maneira similar, a Verdade pura que transcende a operação de maya (maya aqui significando a força da evolução) não é obtida sem a instrução dos conhecedores do Supremo, juntamente com a reflexão, meditação e assim por diante, e nem por inferências ilógicas.

COMENTÁRIO - A procura do tesouro demanda esforço, determinação, vontade para vencer obstáculos e sobrepujar as limitações pessoais. É indispensável a informação dos que já se viram diante de tal tarefa e conseguiram atingir o Supremo, o Inominável. Deles nos vêm a inspiração, o entusiasmo para que prossigamos na busca que irá nos libertar das garras da ilusão."

(Viveka-Chudamani - A Joia Suprema da Sabedoria - Comentário de Murillo N. de A\zevedo - Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 37)

A FÉ MAIS ELEVADA: ENTREGAR-SE A DEUS SEM RESERVAS (1ª PARTE)

"A vida, com sua substância e propósito, é um enigma: difícil mas não insondável. Com nosso pensamento progressivo, diariamente desvendamos alguns de seus segredos. (...) Contudo, apesar de todos os nossos mecanismos, estratégias e invenções, parece que ainda somos brinquedos nas mãos do destino e que temos um longo caminho a percorrer antes de podermos nos tornar independentes do domínio da natureza.

Estar constantemente à mercê da natureza - certamente isto não é liberdade. Nossa mente entusiasta é rudemente tomada pela sensação de impotência quando somos vitimados por enchentes, furações ou terremotos; ou quando, aparentemente sem como nem por quê, doenças ou acidentes arrebatam um ente querido do nosso regaço. Então nos damos conta de que, na verdade, não conquistamos grande coisa. A despeito de todos os esforços para fazer da vida o que queremos que seja, sempre haverá certas condições introduzidas neste planeta - infinitas e guiadas por uma Inteligência desconhecida, operando sem nossa iniciativa - que ficam fora do nosso controle. (...) Com todas as nossas certezas, ainda temos que tolerar uma existência incerta.

Daí a necessidade de confiar destemidamente em nosso verdadeiro Eu imortal e na Divindade Suprema, à cuja imagem esse Eu é feito - uma fé que age sem egoísmo e segue adiante alegremente, sem tomar conhecimento de turbulência ou coações.

Exerça uma entrega absoluta e sem reservas ao Poder Maior. Não se importe se hoje você decide que é livre e intrépido mas amanhã pega uma gripe e fica lastimavelmente doente. Não ceda! Ordene à consciência que continue firme na fé. O Eu não pode ser contaminado pela doença. Enfermidades físicas chegam a você pela lei dos hábitos de doenças autocriados, alojados na mente subconsciente. Essas manifestações cármicas não podem negar a eficácia e o poder dinâmico da fé.

Segure-se no timão da fé e não se incomode com os embates das circunstâncias adversas. Seja mais furioso do que a fúria da desgraça, mais audacioso do que os seus perigos. Quanto mais essa fé recém-descoberta exercer influência dinâmica sobre você, mais sua escravidão à fraqueza se desvanecerá. (...)"

(Paramahansa Yogananda - Viva Sem Medo - Self-Realization Fellowship - p. 63/64)

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

APAIXONADO PELA ESPÉCIE HUMANA

"Se você compreender algo sobre a complexidade dos fenômenos que se encenam no palco de nossa mente e que constroem as ideias, descobrirá que não existem árabes ou judeus, americanos ou alemães, negros ou brancos, somos todos uma única e apaixonante espécie.

O Mestre da vida, Jesus Cristo, era profundamente apaixonado pela espécie humana. Ele dava uma atenção especial a cada ser humano. Os miseráveis eram tratados como príncipes, e os príncipes, como reis. Por onde ele transitava, almejava abrir os portais da mente das pessoas e aumentar o campo de visibilidade sobre a vida. Sua tarefa não era fácil, pois as pessoas viviam engessadas dentro de si mesmas, embora ainda hoje muitas continuem travadas na arte de pensar.

Parece que algumas pessoas são imutáveis. Elas erram os mesmos erros frequentemente, dão sempre as mesmas respostas para os mesmos problemas, não conseguem duvidar de suas verdades e nem estar abertas para novas possibilidades de pensar. Elas são vítimas e não autoras de sua história. Você é o autor de sua história ou vítima dos seus problemas?

Jesus desejava que o homem fosse autor de sua vida, alguém capaz de exercer com consciência seu direito de decidir. Por isso, ele convidava as pessoas a segui-lo. Nós, diferentemente, pressionamos nossos filhos, funcionários e clientes a seguir nossas ideias e nossas preferências. O mestre do amor tinha muito para ensinar a cada pessoa, mas nunca as pressionava a estar aos seus pés ouvindo-o. O amor e não o temor era o perfume que esse fascinante mestre exalava para atrair o homem e fazê-lo verdadeiramente livre."

(Augusto Cury - O Mestre do Amor - Ed. Academia de Inteligência, São Paulo, 2002 - p. 17/18)

O MENDIGO E O ABASTADO (PARTE FINAL)

"(...) Chegou a hora, meu amigo, de pensar em viver à sua própria custa, com seus recursos, com o pouco que possa ter, contentar-se com o que tem, de recusar-se a mendigar, a depender do que lhe concederem... Não por orgulho ou vaidade, mas por medida profilática, isto é, para evitar afundar-se nos escuros domínios da indigência material, psíquica e espiritual. Se você se lembrar que o 'Reino de Deus' está dentro de você, e é um tesouro de felicidade, então, não na condição de mendigo, mas de hábil e confiante garimpeiro, dele retirará aquilo de que necessita para si e ainda mais para dar aos outros. Dê, sem ligar se o tesouro vai exaurir-se e acabar. Os bens materiais podem, materialmente, diminuir, na medida em que os esbanjamos. Os bens espirituais, ao contrário, crescem na proporção que com ele beneficiamos os outros. Vamos fazer esta experiência.

Se até hoje, por palavras, gestos de desânimo, olhar indigente, gemidos e mesmo através das descrições de seus sintomas, você comportou-se como alguém que mendiga piedade, simpatia, palavras de caridade ou qualquer forma de ajuda, agora mesmo assuma o compromisso de evitar que os outros tenham 'peninha' de você. Erga a cabeça, mesmo que a dor o queira vencer. Faça seus olhos brilharem. Tenha sempre um sorriso nos lábios. Substitua seus ais pelas notas de qualquer musiquinha animada. Não peça. Ofereça. Não capitule diante do velho hábito de posar de coitadinho.

Mesmo que você esteja em sofrimento, no chão, em pedaços, quando alguém lhe dirigir o convencional 'como vai?', responda-lhe sorrindo: 'Vou bem. Não vou melhor para não fazer inveja.'

Experimente esse miraculoso tratamento.

Abaixo as lamúrias! Nunca mais a autopiedade nem a piedade dos outros!"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 204/205)

domingo, 26 de outubro de 2014

CONVIDA A DEUS PARA TEU SÓCIO!

"Meu amigo! Se eu te dissesse que, para solveres certos problemas dolorosos da vida, devias 'orar' ou 'rezar', talves terias um gesto de desilusão ou pouco caso. E eu te compreendo, porquanto, para milhares e milhões de cristãos 'orar' quer dizer pedir, mendigar ou recitar determinada fórmula - e depois aguardar a decisão de Deus, de um Deus que, como eles entendem, reside em algum misterioso recanto do universo, para além das estrelas e vias-lácteas, e , por exceção, visita a nossa terra.

Por isto, não vamos falar em 'oração'. Em vez disto sugiro o seguinte: quando te achares em dificuldade de qualquer natureza, ou quando tua mente estiver repleta de amargura ou revolta, suspende por alguns minutos todo e qualquer pensamento nessa direção; não penses em nada; faze de tua mente uma espécie de vácuo, carta branca, um silencioso deserto. E, quando estiveres inteiramente calmo e sereno, dize pausadamente: 'Convido-te, Senhor, para seres meu sócio e meu conselheiro neste impasse em que me encontro! Ilumina os caminhos da minha vida, para que eu veja claramente o que, neste momento, devo fazer ou deixar de fazer! Dá-me a força necessária para que eu possa fazer o que está certo! Ajuda-me, Senhor! Sê meu sócio e companheiro, tu que sabes mais do que eu!'...

Repete, muita vezes, o mesmo pedido, ou melhor dize positivamente: 'Tu, Senhor és meu sócio, e eu estou certo de que me ajudarás eficazmente, com teu poder e tua sabedoria. Eis-me aqui às tuas ordens! Não fales a esse 'senhor' como se fosse alguém ausente; esse 'senhor' é teu próprio centro, teu Eu central; desperta-o do seu sono. Depois de te manteres uns cinco minutos nesse clima, verificarás que os horizontes se vão desanuviando lentamente; as nuvens da amargura e revolta dissipam-se ao avanço da luz da serenidade; o teu despeito cederá lugar a uma atitude de compreensão e benevolência.

Em vez de esbarrares, qual besouro estonteando, contra as vidraças de uma janela fechada e caires, finalmente, exausto, sobre o peitoril da janela para morrer; em vez dessa manobra ridícula e estúpida, olha calmamente em derredor - e acabarás por descobrir, com grata surpresa, que, a dois passos da janela fechada, há uma porta aberta de par em par, pela qual poderás ganhar sem esforço a liberdade e sair da tua prisão voluntária."

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda, São Paulo, 1982 - p. 95/96)