OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 24 de novembro de 2012

A VIDA PARADOXAL DOS AVATARES



“Quando um avatar se aproxima da plenitude da sua realização – então anseia ele por um sofrimento voluntário. De tão liberto de todas as escravidões compulsórias, anseia ele por uma escravidão voluntária.

Quem é pouco livre não gosta de servir – quem é muito livre serve por amor.

Quando um avatar se aproxima do zênite da sua liberdade, desce ele ao nadir da servidão – por amor.

Por amor de quê?

Por amor não só de seus semelhantes ainda não libertos, mas por amor à própria autolibertação ulteriormente realizável.

Somente uma servidão voluntária levará o avatar a uma libertação maior.

O avatar não quer gozar um céu gozado – ele quer gozar um céu sofrido.

O zênite de gozar impele ao nadir do sofrer.

O avatar sabe que a vida não é uma meta final, mas uma jornada em perpétua evolução.

Para o iniciado, sofrimento não é infelicidade – a própria felicidade o impele ao sofrimento. A um sofrimento por amor à sua realização ultra-realizável.

O Cristo, que estava na glória de Deus, não julgou necessário aferrar-se a esta divina igualdade; esvaziou-se dos esplendores da Divindade e revestiu-se da roupagem humana; tornou-se homem, servo, vítima, crucificado; por isto, Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que está acima de todos os nomes, de maneira que em nome do Cristo se dobram todos os joelhos, dos celestes, dos terrestres e dos infra-terrestres, e todos confessam que o Cristo é o Senhor.

O Cristo encarnado se tornou um super-Cristo depois de encarnado.

É essa estranha antidromia de todos os grandes espíritos: evolver mediante uma voluntária involução.

Quem quiser ser grande – faça-se pequeno.

Quem quiser subir – desça para subir mais alto.

Quem quiser viver eternamente – morra espontaneamente.”

(Huberto Rohden – De Alma para Alma – 167/168)



DEUS AJUDA AQUELES QUE SE AJUDAM



“Jesus tinha o poder de livrar-se das mãos daqueles que iriam crucificá-lo: “Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?”¹ Ele, porém, orava: “Pai, se queres, passa de mim este cálice, todavia não se faça a minha vontade, mas a Tua”.² Para quem não sente essa sintonia numa dada situação, a oração e a afirmação são não só benéficas como também recomendáveis. Elas ajudam a mente e a consciência a ficarem receptivas às bênçãos e à orientação de Deus, reforçando a fé e estimulando a vontade que, por sua vez, desperta a força vital curativa. A oração e a afirmação portanto colocam em operação outra lei cósmica: “Deus ajuda aqueles que se ajudam” .”



(Sri Daya Mata – Só o Amor – p. 106)



  1. Lucas 12:22,20
  2. Lucas 22: 42

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A JORNADA DO SER


“Não há sabedoria maior do que a convicção de que ainda não sabemos o suficiente e o certo.

Não há maior humildade do que negar-nos a nós mesmos os méritos e prêmios das chamadas boas ações, reconhecendo que o verdadeiro obreiro e merecedor é Aquele que nos utiliza como instrumentos de seu sábio agir.

Não há maior amor do que aquele que devemos devotar ao Supremo, mesmo quando nos encontramos diante de um de seus multifários disfarces menos amáveis, ou nada amáveis.

Não há maior mal do que viver para valorizar o que é apenas miragem, sombra, efêmero – nosso eu.

Não há maior dádiva a pedir a Deus do que Ele conceder desvelar-se diante de nós.

Não há distância mais funesta do que a dor do eu em relação ao EU.

Não há maior ignorância do que supor que cada um de nós é um ser à parte, distanciado, diferente, e indiferente a seu vizinho, seu filho, seu adversário.

Não há maior paz do que aquela que alcançamos quando, com sabedoria, abandonamos a ansiosa “luta” pela paz.

Não há luz maior do que aquela que não conseguimos ver, no entanto onipresente.

Não há maior felicidade do que aquela que já É em nós, e nós ainda não conseguimos gozar.

Não há solidão que nos perturbe tanto quanto a que sentimos em plena multidão alvoroçada.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – p. 179/180)


NA ORAÇÃO, ESCUTE


“Não ores, pedindo algo a Absoluta Sapiência. Ela bem sabe o de que precisas e o que te é devido.

Não pretendas ensinar à Onisciência o que deve fazer.

Quando orares, não fales.

Deixa que Deus fale.

Teu silêncio devoto é convite a que Ele fale.

Escuta-o.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – p. 91)



PAZ NO LAR


“À medida que você encontrar o reservatório de paz da sua alma, cada vez menos as disputas serão capazes de afligir sua vida.

Lembre-se de que a maior prova por que pode passar a aspiração espiritual da pessoa está no controle dela mesma no ambiente de seu próprio lar – especialmente se esse ambiente for de discórdia. Se a paz interior da pessoa demonstrar, em casa, estabilidade e força, e se ela vencer a disposição querelante dos outros com suas permanentes e belas expressões de amor infinito, então essa pessoa se tornará um príncipe da paz.

Faça de sua casa um lugar de paz.”

(Paramahansa Yogananda – Paz Interior – p. 98)