OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quinta-feira, 3 de novembro de 2022

JULGAMENTO

"Quando você falar mal de alguém pelo simples gosto do mexerico ou pela força do hábito, lembre-se: o Pai Celestial irá julgá-lo da mesma maneira. Atraímos aquilo que damos. Se propalarmos as fraquezas dos outros, a Lei Divina, de uma maneira misteriosa, tornará públicas as nossas.

O mexerico nunca cura sua vitima; apenas a torna colérica, desesperada ou envergonhada. Fortalece sua determinação de continuar a ser má. Reza um provérbio: 'O homem que perdeu uma orelha entra na cidade pelas vielas a fim de mostrar a que resta e esconder a que falta. Mas aquele que perdeu as duas entra pela rua principal. pois nada tem a ocultar'.

A pessoa cujas falhas morais ficam indevidamente expostas torna-se descuidada e impudente como o homem que perdeu as duas orelhas e por isso, não faz nenhum esforço para evoluir. Assim, não devemos julgar de um modo que prejudique a pessoa julgada.

'Não julgues os outros; julga a ti mesmo.' Se gosta de denunciar em altos brados os erros alheios, satisfaça esse prazer falando aos quatro ventos dos seus - esteja certo de que não vai gostar nem um pouco disso! Se não pode tolerar um minuto sequer a publicidade de seus próprios defeitos, então não se rejubile espalhando os dos outros.

O mal que você divulga sobre seus semelhantes ganha corpo por que as pessoas estão sempre prontas a punir a vítima sem conhecer as circunstancias que a levaram a falhar moralmente. Sem dúvida, em casos raros, o medo da exposição desperta em algumas pessoas o desejo de serem boas; mas esse desejo desaparece quando suas faltas são tornadas públicas. Além disso, pela publicidade, o erro da pessoa fica parecendo mais grave, enquanto gente com fraquezas bem maiores permanece ignorada.

Se existe sujeira mental em sua própria residência interior, trate de limpá-la e não perca tempo comentando o lixo mental da casa dos outros. Os críticos autoproclamados em geral não se dão ao trabalho de averiguar suas próprias fraquezas. Acham que estão muito bem porque conseguem ver as mazelas alheias. Não se esconda por trás dessa errônea cortina de fumaça mental. A menos que seja um modelo de perfeição, não tem o direito de ensinar aos outros como se livrar das falhas que você mesmo apresenta.

Somente uma pessoa gentil, sensata e equilibrada poderá criticar as faltas alheias. Segundo a lei de causa e efeito, se você julgar os outros com brandura, receberá o mesmo tratamento do princípio da Verdade, que às ocultas governa o mundo. Se julgar os outros com aspereza, atrairá dos outros críticas contundentes, que o tornarão infeliz.

Não é sábio pôr a nu as fraquezas alheias, causando embaraços e provocando ressentimentos. Julgar com crueldade as más ações dos outros nos faz esquecer que o pecador é apenas um filho de Deus vitimado pelo erro. Odeie o pecado, mas nunca o pecador, pois ele é seu irmão divino cujo entendimento foi eclipsado pela ignorância. A finalidade do julgamento deve ser apenas terapêutica, sem o arroubo impiedoso da cólera. Temos de tratar a pessoa vitimada pelo erro do modo como gostaríamos de ser tratados caso estivéssemos em seu lugar. No mesmo espírito com que julgarmos seremos julgados pela lei divina."

(Paramhansa Yogananda - A Espiritualidade nos Relacionamentos - Ed. Pensamento-Cultrix, São Paulo, 2011 - p. 25/26)
Imagem: Pinterest.


terça-feira, 22 de dezembro de 2020

A PALAVRA E O CAMINHO (1ª PARTE)

"Com frequência as coisas mais profundas são encontradas naquilo que é familiar, mas muitas vezes elas são negligenciadas. Há uma atividade comum em que todos nos engajamos - falar, dar voz a nossos pensamentos e sentimentos. A maioria de nossa fala tende a ser casual, mais ou menos por hábito ou cortesia. Todos nós já ouvimos a pergunta 'Como está você?' num dia em que não estamos nos sentindo bem, e respondemos de imediato 'Bem!' - porque essa é a conduta social.

Se pensarmos um pouco mais sobre o dom divino da fala, poderíamos ser mais conscientes do modo como a usamos. A fala é um reflexo de um poder divino que está dentro de todos nós. É muito considerada nas Escrituras de inúmeros povos do mundo. Na Bíblia, as primeiras palavras do Evangelho de João afirmam que 'no princípio era o Verbo' - a fala não como nós a entendemos, mas talvez no sentido do som que trás todas as coisas à existência.

Quanto João fala da vinda do Grande Instrutor, do surgimento de um Avatar, a linguagem usada é: 'E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós.' Uma compreensão clara do poder da palavra, corretamente entendida, é algo que perpassa as religiões do mundo.

Em A Doutrina Secreta, H. P. Blavatsky escreveu sobre o som e a fala: 'Pronunciar uma palavra é evocar um pensamento, e torná-lo presente: a potência magnética da fala humana é o começo de toda manifestação no Mundo Oculto.' Blavatsky escreveu a respeito da capacidade da fala de magnetizar, de atrair para si. Isso não se relaciona apenas às práticas ocultas conscientes, mas às conversas normais em que nos engajamos de momento a momento.

Na maioria das vezes usamos a fala sem sabedoria. Segundo Blavatsky, emitir uma palavra é evocar um pensamento e torná-lo presente. Toda palavra que dizemos, seja casual ou profunda, traz um pensamento à nossa presença e à presença dos outros. Ela prossegue dizendo: 'Emitir um nome não é apenas definir um ser, mas colocá-lo sob a influência de uma ou mais potêmncias ocultas.' Assim, ao simplesmente dizermos um nome, nós nos engajamos num ato que registra a participação de 'potências' cooperativas. 

É claro que, em nossa conversação normal, não aplicamos um nível de pensamento tão profundo. Estamos apenas conversando, e para nós não é algo tão sério ou importante. Mas a verdade é que nosso discurso é sempre algo com essa profundidade. Pronunciar um nome é definir um ser e colocá-lo sob a influência de forças divinas - ou daquelas forças mais adequadas à fala irrefletida e a uma mente que não é refinada. (...)" continua...

(Tim Boyd - A palavra e o caminho - Revista Sophia, Ano 18, nº 87 - p. 5/6)


sábado, 9 de janeiro de 2016

CONSELHO DO MESTRE

"(...) Alguns dos obstáculos que te instruíram para vencer podem parecer-te sem importância, mas em realidade não o são, porque são as indicações superficiais de uma condição interior que deve ser alterada. Isso significa uma transformação radical, que não te será fácil realizar, mas o esforço compensa o tempo empregado. As regras que desejo que cumpras são as seguintes:

1 - Esquece-te de ti e dos desejos de tua personalidade, e lembra-te apenas do serviço aos outros, dedicando totalmente a isso tua energia, teu pensamento e teu entusiasmo.

2 - Não ofereças uma opinião sobre qualquer assunto, a não ser que diretamente solicitada.

3 - Antes de falar, considera sempre quanto o que vais dizer afetará outros.

4 - Nunca divulgues, nem comentes, a fraqueza de um irmão.

5 - Lembra-te que tens ainda muito que aprender, e portanto, podes frequentemente errar; fala, pois, com conveniente modéstia.

6 - Quando chamado, movimenta-te rápido, não esperando concluir o que estiveres lendo ou fazendo; se estiveres executando uma obrigação importante, explica muito gentilmente o que é. (...)"

(C.W. Leadbeater - Os Mestres e a Senda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2004 - p. 88)


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

NA ORAÇÃO, ESCUTE


“Não ores, pedindo algo a Absoluta Sapiência. Ela bem sabe o de que precisas e o que te é devido.

Não pretendas ensinar à Onisciência o que deve fazer.

Quando orares, não fales.

Deixa que Deus fale.

Teu silêncio devoto é convite a que Ele fale.

Escuta-o.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – p. 91)