OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 18 de maio de 2013

O CAMINHO DA TOLERÂNCIA (PARTE FINAL)

" (...) Os homens que gostariam que houvesse apenas uma religião, uma filosofia e uma visão de vida são como cegos que exigissem que não houvesse cores no mundo. O sol da verdade brilha sobre as mentes diferentemente constituídas dos homens, dando a cada uma delas o que precisa para sua nutrição, e as porções não usadas estão sempre fluindo de volta, como cores aos olhos dos outros. A não ser que você queira um universo sem cores na matéria e no pensamento, por que não se alegra com as diferenças de constituições que pintam o mundo mental e material com matizes inumeráveis? Assim, olhando para todas as diferentes visões à nossa volta, vemos o valor de sua variedade na riqueza e na beleza de nossas visões da verdade. 

Estudar sem empatia é ver os defeitos; estudar com empatia é ver a graça. Você nunca entenderá a beleza de uma crença e seu poder sobre as mentes de seus seguidores até que a tenha estudado com os olhos do amor e da empatia, e sentindo em si as vibrações que ela desperta. Se quiser ser um verdadeiro amante da sabedoria divina, eleve-se acima da intolerância que pretende indicar o caminho e alcance a liberdade de espírito onde a verdade é encontrada. Estude aquilo com o que você não concorda mais do que aquilo com o que você concorda. Dia após dia, familiarize-se com os pontos de vista dos outros, em vez de manter os olhos fixos sobre um objeto a partir do mesmo ponto de vista. 

Aprenda com aqueles de quem você discorda mais do que com aqueles com quem concorda; dessa maneira você será múltiplo como os múltiplos aspectos da verdade. Finalmente, quando você se elevar à magnificência do conhecimento perfeito, descobrirá que cada fragmento tem seu lugar no todo, e que cada religião é uma nota no poderoso acorde que fala de Deus ao homem. 

Pratique isso em sua vida e admire a tolerância em teoria, para tentar corrigir a intolerância natural da humanidade; busque em cada pessoa e em cada opinião o bem, não o mal. Deixe que sua primeira impressão de um livro seja a favorável, não a hostil; deixe que a primeira impressão de um homem sejam suas virtudes, não seus vícios. Pois, quanto melhor ele lhe parecer, mais você estará vendo o eu que tenta se manifestar através de sua mente e corpo. Os erros são apenas nuvens que tapam o sol; quanto mais alto o sol se eleva, mais claro se torna, e à medida que brilha, as nuvens desaparecem e o verdadeiro eu pode ser visto."

(Annie Besant - Revista Sophia nº 43 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 06/07)


TODO PENSAMENTO DEVE ESTAR DIRIGIDO PARA A PURIFICAÇÃO DA MENTE

"A mente deve estar livre de ansiedade e preocupação, de rancor e medo, de ambição e orgulho. Deve estar saturada com amor por todos os seres. Tem de buscar menos os prazeres objetivos. Nenhum pensamento baixo deve nela penetrar. Todo pensamento deve ser dirigido para a ascese (thapas) mental.

Tratemos do thapas físico: use o corpo, com sua força e suas capacidades, para o serviço aos outros, para adoração ao Senhor, para cantar Sua Glória, para visitar lugares santificados por Seu Nome, para manter os sentidos longe dos caminhos deletérios, e para trilhar a senda para Deus. O auxílio ao doente e ao sofredor, a observância dos códigos morais e tais atos beneficentes devem tornar o corpo sacrossanto.

O thapas verbal igualmente deve ser observado. Evite falar muito, desista de afirmações veementemente categóricas; não se delicie em sarcasmos e murmurações escandalosas; não fale agressivamente; fale docemente, com suavidade; fale lembrando-se de Deus, sempre no background da mente.

Destas três disciplinas ou aceses (thapas) - física, mental e verbal -, desde que uma só esteja ausente, a efulgência átmica (crística) ou atmjyothi (Luz Divina) não pode irradiar seu esplendor. A lamparina, o pavio e o óleo são indispensáveis na produção da luz. O corpo é a lamparina. A mente é o óleo. A língua, o pavio. Todos três devem estar em condições aptas."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 164)


sexta-feira, 17 de maio de 2013

O CAMINHO DA TOLERÂNCIA (1ª PARTE)

"A tolerância não pode ser confundida com uma desdenhosa permissão para que aqueles que consideramos equivocados sigam seu caminho rumo ao erro. Também não é a orgulhosa presunção que diz "sim, eu lhe tolero, permito que expresse seus pontos de vista." Tolerância implica o reconhecimento definitivo de que cada indivíduo deve ser livre para escolher seu próprio caminho, sem que o outro interfira na estrada que ele escolheu. 

Ser tolerante significa não julgar nem criticar os outros, com vistas a limitar suas opiniões ou conceder-lhes permissão para tê-las. A pessoa tolerante compreende e se curva à verdade do grande ditado sufi: "Os caminhos para Deus são tantos quantos os alentos dos filhos dos homens". Ou ao profundo significado das palavras de Krishna: "Qualquer que seja a estrada pela qual o homem se aproxime de mim, nessa estrada eu lhe dou as boas-vindas, pois todas as estradas são minhas." 

A pessoa realmente tolerante renuncia completamente a qualquer tentativa de apontar uma estrada que todos devam trilhar. Ela vê que, quando o espírito humano busca Deus, quando a inteligência humana tenta se elevar até o divino, quando o coração humano está sedento pelo contato com sua fonte, a estrada para Deus está sendo trilhada, e o trilhar inevitavelmente levará à meta. 

Os caminhos são diferentes porque as mentes dos homens são diferentes, porque seus corações são diferentes, porque cresceram ao longo de diferentes linhas de pensamento que foram acostumados desde tempos imemoriais a uma variedade de crenças religiosas, de pontos de vista e de concepções. Elas são úteis, e não prejudiciais, pois a verdade é tão multifacetada que pode ser vista a partir de pontos de vista diferentes, e cada nova visão é um acréscimo, não um impedimento. Estudar as visões diferentes das nossas, tentar aprender pacientemente a partir do ponto de vista do outro, ver o que ele vê - é assim que se desenvolve a visão que por fim verá toda a verdade, e não apenas um fragmento dela. Quanto mais estudamos, quanto mais compreendemos a unidade enquanto estudamos a diversidade, melhor conhecemos sua grandeza. (...)"

(Anne Bessant - Revista Sophia nº 43 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 05/06)


PLANTE BONS HÁBITOS E COLHA RESULTADOS COMPENSADORES


"Se semear gentileza, você colherá gentileza. Se, porém, você for amável com alguém durante anos e ele nada lhe deu exceto dissabores, lembre-se de que em prévias existências você plantou sementes de descortesia que agora estão trazendo seus justos frutos. Você precisa ter paciência; espere que as sementes que lançou agora produzam frutos na estação certa. Você não pode plantar uma semente hoje e obter uma árvore cheia de frutas amanhã. No devido tempo, a semente produzirá uma árvore. Plante bons hábito hoje, espalhe bondade hoje, neste mundo: em seu próprio tempo, produzirão resultados compensadores. Se o fruto que você está colhendo hoje é azedo, não se lamente por isso, nem sinta pena de si próprio. Você mesmo plantou as sementes que estão produzindo essa fruta amarga. Aceite a situação como homem, por assim dizer. Levante-se e aceite o dissabor com coragem e paciência. Aceite-o com fé em Deus."

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship - p. 35)


quinta-feira, 16 de maio de 2013

LAYA YOGA - CURTINDO O SOM NADA (PARTE FINAL)

"Se você for teimoso e insiste em aprofundar-se nesta forma de laya, deve estudar o clássico The Serpent Power, de Arthur Avalon (Ganseh & Co. Madras). É o mais sério e informativo tratado de Kundalini Yoga (nome específico desta espécie de Laya Yoga). Acima de tudo, para sua segurança, evite confiar a qualquer um que se proponha a ajudá-lo. As consequências dramáticas costumam ser irreversíveis. Evite também "gurus" e cursos pagos que se proponham a desenvolver poderes paranormais, os chamados siddhis inferiores. Meu dever é alertar. Sua felicidade está em jogo. (...)

Uma forma menos difícil e menos perigosa de Laya Yoga consiste em escutar os sons internos, denominados nada. São de explicação difícil, mas os instrutores dizem que eles são as vozes dos diferentes chakras.

Sentado numa das posturas (asanas) de meditação (padmasana ou siddhasana), e servindo-se de mudras especiais (gestos eficazes), desligado em relação às impressões sensórias do mundo de fora (pratyahara), concentre-se na sua música interior e se encante com as vozes dos chakras. E a mente inflexivelmente concentrada sobre um dos variados sons, deve segui-lo até que ela se dissolva e sobrevenha o samadhi ou laya. Pode parecer fácil, mas longe está de ser. Se não conseguir não se aborreça, e se entregue à busca do essencial, que é encontrar a Verdade, seu verdadeiro Ser."

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 118/119)