OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 8 de julho de 2013

A TEOSOFIA NO LAR (1ª PARTE)

"O que é a família à luz das verdades teosóficas? A família é um ponto de encontro de almas, com o objetivo de se ajudarem reciprocamente no caminho da perfeição. Nenhum indivíduo chega a uma família, simplesmente, por acaso. Os mais velhos e os mais jovens, os donos da casa e os seus auxiliares, os hóspedes e até os próprios animais domésticos encontram-se reunidos numa família, porque cada um desses seres deve ajudar os demais e necessita, por sua vez, do auxílio deles. No Plano Divino, nada existe que se pareça com o que denominamos sorte; todos os indivíduos de uma família fazem parte dela, por um longo ou curto período, porque podem cooperar para o bem-estar dos demais membros. Cada um tem um papel definido na família, e o desenvolvimento de sua alma está condicionado à maneira como desempenhar esta missão, utilizando o máximo de sua capacidade. O lar é um lugar de crescimento e o lar ideal é aquele em que as condições são tais que permitam aos que nele habitam atingir sua perfeição, o mais rapidamente possível.

No lar existem vários aspectos da vida e cada um deles é afetado pelos princípios teosóficos. O que pode dizer a Teosofia, com referência às relações que existem entre os pais e os filhos, entre o marido e a mulher, entre o dono da casa e os empregados, entre o anfitrião e o hóspede?

Analisemos, em primeiro lugar, a relação entre pais e filhos. A criança possui uma dupla natureza: em primeiro lugar, como uma alma e, em segundo, como um corpo. Os pais proporcionam somente o corpo; a alma da criança vive sua vida independentemente e toma posse desse corpo somente porque espera evoluir através dele. É apenas em relação ao corpo da criança que os pais são os mais velhos; mas, como alma, ela é igual a seus pais, e, em muitas ocasiões, mais preparada, mais evoluída, mais sábia que eles. Portanto, a criança não pertence a seus pais; eles são apenas os guardiões de seu corpo, enquanto a alma não puder dirigi-lo plenamente durante a infância e a adolescência.

As palavras "meu filho" não lhes dão direito algum sobre o destino da criança, mas apenas o privilégio de colaborar na evolução de uma alma irmã. À medida que os pais evoluem, aprendendo a auxiliar os seus semelhantes, uma alma irmã lhes é enviada como filho.

Durante o tempo da infância, o dever dos pais é ajudar a alma da criança a dominar plenamente o seu corpo e capacitá-la assim a cumprir sua missão. Essa alma traz muitas experiências de vidas passadas e ela está se preparando para um grande trabalho no futuro distante. Ela nasce numa determinada família, porque esse ambiente é ao mesmo tempo o que ela merece e o que vai lhe proporcionar as experiências necessárias a seu desenvolvimento. O dever dos pais é ajudar a criança a adquirir essas experiências. (...)"

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília - p. 11/13


domingo, 7 de julho de 2013

CONCENTRAÇÃO: A CHAVE DO ÊXITO

"A falta de concentração é a causa básica de muitos fracassos na vida. A atenção é como o facho de luz de um farol. Quando ele se espalha sobre uma área muito grande, sua capacidade de iluminar determinado objeto é pequena; mas ele se intensifica quando focalizado num único objeto de cada vez. Os grandes homens são homens com forte poder de concentração. Aplicam a mente inteira a uma só coisa de cada vez.

Deve-se conhecer o método científico de concentração por meio do qual se pode desligar a atenção dos objetos de distração e focalizá-la sobre uma determinada coisa de cada vez. Pelo poder da concentração, o homem é capaz de usar o poder inenarrável da mente para conseguir o que deseja, bem como para fechar todas as portas através das quais o fracasso poderia entrar. Muitas pessoas pensam que suas ações têm de ser ou apressadas ou lentas. Não é verdade. Se mantiver a tranquilidade com intensa concentração, você executará todos os deveres na velocidade correta.

A pessoa tranquila tem todos os seus sentidos totalmente identificados com o meio ambiente em que se insere. A pessoa inquieta nada percebe; por conseguinte, envolve-se em dificuldades com ela própria e com os outros, criando uma série de mal entendidos. (...) Nunca mude o centro de sua concentração da calma para a inquietude. Só desempenhe as atividades com concentração. Focalize sempre toda sua mente no que quer que esteja fazendo, mesmo que seja algo pequeno e aparentemente sem importância. Aprenda, também, a manter sua mente flexível, a fim de poder transferir o foco de sua atenção de um momento para outro. Mas, acima de tudo, faça tudo com cem por cento de concentração. 

A maioria das pessoas faz tudo com a atenção dividida. Não empregam mais do que um décimo de sua atenção. É por isso que não têm poder de alcançar o êxito. (...) Faça tudo com o poder da atenção. A plena força desse poder obtém-se por meio da meditação. Quando você usa esse poder de concentrar-se, que é de Deus, pode aplicá-lo a qualquer coisa e obter êxito."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 67/69)


APRENDA A SE DESCONECTAR

"Para adquirir alguma coisa no universo físico, você tem que renunciar ao apego a ela. Isso não quer dizer que você desiste da intenção mas não do desejo; você desiste do apego ao resultado. Fazer isso é algo muito poderoso. No momento em que renuncia ao apego, ao resultado, combinando ao mesmo tempo intenção e desapego, você terá aquilo que deseja.

Qualquer coisa que você deseje pode ser adquirida por meio do desapego, porque o desapego está baseado na crença incondicional no poder de seu verdadeiro ser. O apego, por outro lado, baseia-se no medo e na insegurança, e a necessidade de segurança baseia-se no desconhecimento do verdadeiro ser.

A fonte de riqueza, de abundância ou de qualquer coisa no mundo físico é o ser; é a consciência que sabe como suprir cada necessidade. Tudo mais é símbolo: automóveis, casas, dinheiro, roupa, aviões. Os símbolos são transitórios: eles vêm e vão. Procurar símbolos é como tomar uma certa direção no mapa em vez de fazê-lo no território. Isso cria ansiedade, termina fazendo você se sentir vazio, oco por dentro, porque você troca o ser pelos símbolos do ser.

O apego, na verdade, vem da pobreza de consciência, porque nós nos apegamos sempre a símbolos. Desapego é sinônimo de riqueza de consciência, porque com desapego existe liberdade para criar. Somente com envolvimento desapegado pode-se ter alegria. Por conseguinte, os símbolos de riqueza são criados espontaneamente e sem esforço. A verdadeira riqueza de consciência é a habilidade para ter qualquer coisa que se queira, com o mínimo de esforço.

Para basear-se firmemente nessa experiência você precisa ter fundações profundas na sabedoria da incerteza. Nessa incerteza você encontrará liberdade para criar o que quer que seja. Quando entender o desapego, você não se sentirá compelido a forçar soluções. Ao forçar soluções de problemas você apenas cria novos problemas; porém, quando volta a atenção para a incerteza, quando testemunha a incerteza, quando espera cheio de expectativa que a solução surja do caos e da confusão, então o que surge é algo fabuloso e excitante. 

Esse profundo estado de alerta, sua prontidão no presente, no campo da incerteza, junta-se à sua meta e à sua intenção e permite apreender cada situação, problema ou desafio como uma oportunidade. Uma vez adquirida essa percepção, você se abrirá a toda uma gama de possibilidades e descobrirá o mistério, a maravilha, a excitação e a aventura de estar vivo."

(Deepak Chopra - Revista Sophia nº 36 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 39)


sábado, 6 de julho de 2013

YOGA: O MÉTODO PARA ALCANÇAR A VITÓRIA

"O metafísico prático, no curso de suas tentativas para libertar a alma dos laços da matéria, aprende o método exato para alcançar a vitória. Por meio de ações e pensamentos consistentemente corretos, em harmonia com a lei divina, a alma do homem ascende lentamente no transcurso  da evolução natural. Mas o iogue prefere o método mais rápido que acelera a evolução: a meditação científica, pela qual o fluxo da consciência é invertido e, da matéria, volta-se para o Espírito pelos mesmos centros cerebrospinais de vida e consciência divina que foram os canais para a descida da alma ao corpo. 

Por trás das forças energéticas de cada centro está um expressão da consciência divina da alma. (...) Por meio de cada contato triunfante com o Espírito, a consciência da alma torna-se fortalecida e detém com mais firmeza o domínio do reino corporal. 

Mesmo o principiante na meditação rapidamente descobre que é capaz de captar o poder espiritual e a consciência do mundo interior da alma e do Espírito para iluminar seu reino corporal e suas atividades - físicas, mentais e espirituais. Quanto mais capacitado ele se torna, maior é a influência divina." 

(Paramahansa Yogananda - A Yoga do Bhagavad Gita - Self-Realization Fellowship - p. 28)


A VIDA: GRANDE PEÇA TEATRAL

"Na verdade, o mundo, em todos os seus aspectos, pode ser comparado a um palco. O diretor escolhe pessoas para ajudá-lo na encenação de certa peça teatral e atribui papéis específicos a determinados indivíduos. (...) A um, o diretor atribui o papel de rei, a outro o de ministro, a um, o de servidor, a outro o de herói, e assim por diante. Uma pessoa tem de representar um papel triste, outra, um papel alegre.

Se cada um representa sua parte de acordo com as instruções do diretor, então a peça, com todas as suas diversidades de papéis cômicos, sérios e tristes, torna-se um sucesso. Mesmo os papéis insignificantes são indispensáveis na representação.

O êxito da peça está na perfeita encenação de cada papel. Cada ator representa seu papel de tristeza ou prazer com realismo e, externamente, parece ser afetado por seu papel. Interiormente, porém, ele não é afetado pelo papel nem pelas paixões que retrata: amor, ódio, desejo, malícia, orgulho, humildade.

Se um ator, porém, ao encenar seu papel, se identificasse com determinada situação ou sentimento particular expressos na representação e perdesse sua própria individualidade, seria considerado um tolo, para dizer o mínimo. (...)

Nesse mundo complexo, nossas vidas não passam de peças teatrais. Mas – que pena! – identificamo-nos com a peça e, por isso, experimentamos dissabores, tristeza e prazer. Esquecemos a orientação e as instruções do Grande Diretor. No ato de viver a vida – desempenhando nossos papéis – sentimos como se fossem reais todas as nossas mágoas e prazeres, amores e ódios – numa palavra, tornamo-nos apegados, afetados.

Esta peça que é o mundo não tem começo nem fim. Todos devem representar o papel que lhes foi atribuído pelo Grande Diretor. (...) Devem expressar tristeza quando representarem um papel triste, ou prazer quando encenarem um papel prazeroso, porém nunca se identificar com a peça. Também não deve uma pessoa querer representar o papel de outra. Se todos neste mundo representassem o papel de rei, a peça perderia interesse e sentido.

Aquele que alcançou a consciência de Bem-aventurança sentirá que o mundo é um palco e representará seu papel da melhor maneira possível, lembrando-se de Deus, o Grande Diretor, assim como conhecendo e sentindo Seu plano e orientação."

(Paramahansa Yogananda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 53/55)