OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 8 de setembro de 2013

LIBERTE-SE DOS ESTADOS NEGATIVOS DE HUMOR (1ª PARTE)

"A alegria sempre nova de Deus, intrínseca à alma, é indestrutível. Assim, também, sua manifestação na mente nunca poderá ser destruída se a pessoa souber como se prender a alegria e se não mudar deliberadamente sua atitude mental, tornado-se triste ao alimentar um humor caprichoso.

Você é uma imagem de Deus. Deveria comportar-se como um deus. Mas o que acontece? Logo de manhã cedo, perde a calma e reclama: 'Meu café está frio!' Que importa? Por que se alterar por uma coisa tão pequena? Cultive a equanimidade mental, permanecendo absolutamente calmo, livre de toda ira. Isso é o que você quer. Não deixa nada nem ninguém tirá-lo do sério. Nisso consiste a sua paz. Não permita que nada a usurpe de você. Ressuscite da mesquinhez da vida, das coisas sem importância que o perturbam. 

Ninguém gosta de infelicidade. Por que não se analisar da próxima vez que estiver de mau humor? Você verá como está, total e deliberadamente, fazendo-se infeliz. E enquanto você faz isso os demais à sua volta sentem o desprazer do seu estado mental. (...) Você precisa remover o mau humor do seu estado mental.

Sempre pense em sua mente como um jardim e mantenha-a bela e perfumada com pensamentos divinos. Não deixe que se torne uma poça de lama empestada de odiosos humores. Se você cultivar as flores celestiais perfumadas de paz e de amor, a abelha da Consciência Crística virá furtivamente ao seu jardim. Assim como as abelhas procuram apenas as flores que o mel torna doces, Deus só vem quando a sua vida é adoçada pelo mel de seus pensamentos. Cada tipo de humor tem uma causa específica, e ela está dentro de sua própria mente.

A introspecção deve ser uma prática diária, para que a pessoa compreenda a natureza de seus humores e aprenda a corrigi-los, se forem nocivos. Talvez você se encontre num estado mental de indiferença. Não importa o que seja sugerido, você não se interessa. É necessário, então, fazer um esforço consciente para criar algum interesse positivo. Cuidado com a indiferença, que fossiliza seu progresso na vida, paralisando a sua força de vontade. (...)"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 120/122)


sábado, 7 de setembro de 2013

UMA PERSPECTIVA DE VIDA MAIS ABRANGENTE

"É fácil perceber a mudança radical introduzida na vida do homem que compreende que sua vida física não é nada mais que um dia na escola, e que o seu corpo físico é simplesmente uma vestimenta temporária arranjada para o propósito de aprender através dele. Ele de imediato vê que esse propósito de ‘aprender a lição’ é o único que tem alguma importância (...).

Para aquele que conhece a verdade, a vida da pessoa comum devotada exclusivamente a objetivos materiais, à busca de riqueza ou fama, parece uma simples brincadeira de criança – um sacrifício insensível de tudo o que vale a pena ter para a gratificação de uns poucos momentos da parte inferior da natureza do homem. O estudante coloca sua afeição nas coisas elevadas, e não nas coisas da Terra, não apenas porque ele percebe que é a coisa certa a ser feita, mas porque compreende muito claramente a falta de valor nas coisas terrenas. Ele sempre tenta alcançar um ponto de vista mais elevado, pois vê que o inferior carece totalmente de confiança – que os desejos e sentimentos inferiores o cercam como um denso nevoeiro, tornando-lhe impossível ver qualquer coisa com clareza, a partir daquele nível."

(C. W. Leadbeater - Introdução à Teosofia - Ed. Teosófica, Brasília, 2010 - p. 49/50)


O CRISTIANISMO TEM SIDO SUFICIENTEMENTE PRATICADO? (PARTE FINAL)

"(...) A franca e deliberada escolha dessas práticas maléficas, como meio de ganhar poder e riqueza é, na verdade, uma negação daquela espiritualidade que foi ensinada, por preceito e exemplo, pelo fundador da fé cristã. No sermão da montanha, ele inculcou a autoentrega e exemplificou-a no seu nascimento na pobreza e na sua aceitação voluntária da rejeição, do escárnio e da morte cruel. A mais elevada lei moral, disse Nosso Senhor, impõe uma completa submissão do eu. Esse desinteresse pessoal constitui-se o fantástico ensinamento de Jesus; porém, a atitude mental moderna - 'eu primeiro e Deus depois, se tiver tempo' - é, de fato, o inverso desse ideal de abnegação cristã.

Thomas Kempis, mesmo em sua época,¹ viu essas dificuldades e escreveu estas maravilhosas palavras: 'Sabe que o amor do eu te fere mais do que qualquer coisa no mundo. Com ele, em qualquer lugar, tu levarás uma cruz. Se procurares apenas a tua própria vontade e o prazer, nunca ficarás tranquilo ou livre de preocupação; pois, em tudo, alguma coisa estará faltando.'² Quão verdadeiras mostram-se estras palavras hoje! Em tudo que possuímos (e como possuímos!) algo está faltando. Em toda nossa riqueza, nosso progresso científico, invenções e avanços na mecânica, algo está, na verdade, faltando. Esse 'algo' é alegria, saúde, serenidade e paz, baseadas no altruísmo e na obediência à lei moral.

Associado ao declínio da moralidade está o crescimento do cinismo, que se aprofunda até tornar-se amargor, originando-se ambos na perda da fé e dos ideais frustados. Os que enfrentam a adversidade com amargura e que, quando a tragédia e a perda tocam suas vidas, sentem que não pode haver Deus; os que clamam por ajuda e não a encontrando, em seu desespero, submergem na descrença em sua religião e, até mesmo, negam a existência de Deus - esses não encontram na religião ortodoxa aquela rocha sólida sobre a qual suas crenças e vidas podem estar seguramente alicerçadas. Essa é um tragédia que o cristianismo poderia ter evitado - particularmente pelas doutrinas expressas na lei da impessoalidade (Mt 5:18 e Gl 6:7) e da divina Presença no interior do homem (Jo 14:20, 1Cor 3:16 e 6:19, 2Cor 6:16, Fl 2:13, Cl 1:27) e por seu ideal de amor universal (Mt 5:44, Jo 15:12, 13 e 17, 1Pd 1:22). Até agora ele não tem sido praticado assim, pelo menos por grande número de seus seguidores."

¹. 1380-1471.
². A Imitação de Cristo

(Geoffrey Hodson - A Sabedoria Oculta na Bíblia Sagrada - Ed. Teosófica, Brasília - p. 22/23)


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

OS PERIGOS DA AMBIÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) Quem é ambicioso jamais é feliz, porque o que ele quer está sempre no futuro, e assim existe permanentemente uma sensação de que algo está faltando. Quando finalmente alcança sua meta, a pessoa ambiciosa não se satisfaz; fica desapontada e frustrada. 'A distância empresta encantamento à visão'; quando verdadeiramente chegamos à cena, descobrimos que a grama não é tão verde quanto imaginávamos. A satisfação cessa e então queremos algo mais. Finalmente, todas as nossas ambições azedam, pois 'trabalhar para o eu é trabalhar para o desapontamento'. É muito importante compreender esse fato e identificar em nós mesmos a busca de elogios e de reconhecimento.

O livro prossegue: 'Mas embora essa primeira regra pareça tão simples e fácil, não a descarte muito rapidamente.' Podemos pensar que estamos livres da ambição, mas é muito pouco provável que isso seja verdadeiro. Trabalhamos para o eu em razão de nossos apegos, que atuam em diferentes níveis - físico, astral e mental. Portanto, podemos estar apegados a uma pessoa, a nossas posses ou às nossas ideias. Qualquer que seja a natureza do apego, seu centro é o eu, e trabalhar para o eu é gerar descontentamento, porque ele é por natureza insaciável.

O artista que ama sua arte simplesmente gosta de praticá-la. Mas raramente encontramos alguém assim. Certos artistas são autocentrados, intolerantes e invejam outros que atingiram notoriedade. Certamente existem aqueles que pintam ou compõem desinteressadamente e não para a glória do seu eu. Mas podemos nos enganar ao acreditar que estamos fazendo tudo para a glória de Deus, sugerindo que o que quer que façamos tenha a Sua aprovação; ou podemos pensar que o fazemos em nome do mestre, carimbando assim nossas ações com o seu nome.

A mente é capaz de criar muitas ilusões. Devemos estar conscientes de todas essas sutilezas e dos vários processos de autodecepção, antes que possamos afirmar que somos verdadeiramente sinceros." 

(N. Sri Ram - Revista Sophia n° 37 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 24)


O CRISTIANISMO TEM SIDO SUFICIENTEMENTE PRATICADO? (1ª PARTE)

"Os críticos dizem que é nisso que o cristianismo falha; que nem as suas formas ortodoxas nem seus oficiantes respondem com sucesso ao anseio da alma humana por luz e entendimento espiritual e intelectual. As influências espiritualizantes e purificadoras que podem motivar o homem a abandonar seus caminhos errôneos não são, é alegado, encontradas na religião ocidental. Essa é uma crítica severa, mas, onde quer que a falha possa estar, não pode ser realmente negado que a maldade é, de fato, excessiva na Terra. Uma resposta já foi adiantada. É a de que o ideal cristão não tem sido plenamente exercitado; que ele é, de fato, constantemente negado pelo modo de vida seguido por cristãos professos. O conselho e exemplo de Cristo incorporados em sua vida e em suas palavras: 'Isto vos ordeno: amai-vos uns aos outros' (Jo 15:17) e 'como quereis que os outros vos façam, fazei também a eles' (Lc 6:31) são ignorados. (...) Poucos, na verdade, aceitam e ratificam o nobre ditado de Einstein: 'O homem está aqui por causa dos outros homens'.

A acusação pode, entretanto, ser considerada muito radical, pois embora seja verdadeira na maior parte da ação coletiva, não o é definitivamente na prática individual, que inclui 'a multidão de caridades não ostentadas pelos homens.' Todavia, é ainda verdade que, exceto em certas ordens religiosas, o cristianismo não tem sido praticado coletivamente. O mundo moderno tem-se, por exemplo, confrontado com fenômenos como Hitler, Mussolini e seus sucessores no campo internacional; a desonestidade prevalecente nos negócios, incluindo o tráfico (especialmente para os jovens) de narcóticos, frequentemente dados gratuitamente para induzir o vício; prostituição e escravidão branca; a franca e quase exclusiva perseguição dos prazeres temporais; entretenimentos e propagandas pelo rádio e televisão que, deliberadamente e por lucro, incitam a ilegalidade, sensualidade e padrões artificiais de vida, tudo isso são características difundidas pela civilização ocidental moderna. (...)"

(Geoffrey Hodson - A Sabedoria Oculta na Bíblia Sagrada - Ed. Teosófica, Brasília - p. 22)