OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

COMPAIXÃO PELO PRÓXIMO

"Sempre que uma pessoa entrar no nosso círculo de vida, cuidemos para que ela deixe o círculo como uma pessoa melhor, melhor pelo contato conosco. Quando uma pessoa sem conhecimento se aproximar de nós, e tivermos mais conhecimento, que ao nos deixar ela seja uma pessoa melhor informada. Quando uma pessoa pesarosa aproximar-se de nós, façamos com que ao nos deixar ela sinta-se um pouco menos triste por termos partilhado sua dor com ela. Quando uma pessoa impotente vier até nós e formos fortes, que ao nos deixar ela saia fortalecida por nossa força, e não humilhada por nosso orgulho. Em toda a parte sejamos ternos e pacientes, gentis e prestativos com todos. Não sejamos grosseiros no nosso dia a dia, para não confundirmos nem desnortearmos as pessoas. Já existe dor suficiente no mundo. Que o homem espiritual seja uma fonte de conforto e de paz; que ele seja uma luz no mundo, para que todos possam caminhar com mais segurança quando entrarem no seu círculo de influência. Julguemos nossa espiritualidade pelo efeito sobre o mundo, e sejamos cuidadosos para que o mundo possa crescer mais puro, melhor, mais feliz, porque estamos vivendo nele."

(Annie Besant - As Leis do Caminho Espiritual - Ed. Teosófica, Brasília, 2011, p. 77/78)


terça-feira, 17 de setembro de 2013

O AMBIENTE MODELA NOSSOS DESEJOS

"Os desejos são formados de acordo com o ambiente; são criados e, portanto, limitados pelas percepções dos sentidos. Visitar uma exposição ou feira local satisfaz o desejo de um pouco de diversão; mas depois que você visitar uma feira mundial e vir todos os diferentes produtos ali expostos, a feira local já não será atraente. Isso ilustra a importância de ter comunhão com Deus agora, para compará-la com as alegrias terrenas inferiores; seus desejos, então, serão de natureza muito mais elevada e avançada. O desejo de unir-se a Deus é o maior de todos. Quando você se satisfaz com qualquer desejo menor, logo escolhe outro mas, quando tem Deus, todos os outros desejos são completamente satisfeitos. 'Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus e Sua justiça; e todas estas coisas vos serão acrescentadas.' Por que não satisfazer primeiro o desejo mais elevado? Pois quando Ele responde à prece para conhecê-Lo, todos os outros desejos se realizarão instantaneamente, por toda a eternidade.

Talvez você ache que não tem desejos. Bem, muitas vezes tenho observado o que acontece quando as pessoas vão fazer compras. Podem não ter qualquer desejo específico de comprar, mas repentinamente algo atrai sua atenção e pensam: 'Preciso ter isso!' Dia e noite, o objetivo persiste em suas mentes, até que finalmente o compram, mesmo que tenham de pedir dinheiro emprestado. Então, depois de tê-lo por algum tempo a felicidade da posse esfria e querem outra coisa. Vemos pessoas que dizem: 'Se pelo menos eu pudesse ter mil dólares (ou um carro, ou uma piscina)' e, quando o desejo é satisfeito, anseiam por algo diferente. Desejos humanos são imperfeitos, por isso sua realização não leva à felicidade perfeita.

O ambiente mundano tentará evitar que você se lembre que o único desejo que vale a pena é ter Deus. Mas você deve tentar se lembrar disso todos os dias. E quando tomar a decisão de não fumar, de não comer imoderadamente, de não mentir ou de não enganar, seja firme em seus bons propósitos; não fraqueje. Um ambiente inconveniente mina a força de vontade e é um convite aos maus desejos. Viva com ladrões e pensará que roubar é o único meio de vida. Viva com pessoas divinas e, após obter a comunhão com Deus, nenhum outro desejo o tentará. Tudo perderá a graça. Por isso, mesmo alguns minutos de meditação profunda ou a companhia de um santo serão uma balsa de inspiração, para transportá-lo pelo oceano da ilusão, rumo às praias de Deus."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 128/129)


O PODER DAS AFIRMAÇÕES E DA ORAÇÃO

"É possível que, no passado, você tenha se desapontado pelo fato de suas orações não terem sido atendidas. Não perca, porém, a fé. (...) Deus não é um Ser mudo e insensível. Ele é o próprio amor. Se você souber meditar e entrar em contato com Ele, Deus atenderá a suas amorosas exigências.

Saber exatamente como e quando orar, de acordo com a natureza de suas necessidades, é o que traz os resultados desejados. Quando o método correto é aplicado, ele faz entrar em ação as leis apropriadas de Deus. Sendo operadas cientificamente, essas leis produzem resultados.

A primeira regra da oração é dirigir-se a Deus tendo apenas desejos legítimos. A segunda, é pedir sua realização, não como um mendigo, mas como um filho: 'Eu sou Teu filho. Tu és meu Pai. Tu e eu somos um.' Quando você orar com profundidade e constância, sentirá uma grande alegria brotando em seu coração. Não se satisfaça até que essa alegria se manifeste, pois quanto sentir em seu coração essa alegria que satisfaz plenamente, você saberá que Deus 'ligou o rádio no programa da sua oração'. Ore, então, a seu Pai: 'Senhor, é disso que preciso. Estou disposto a trabalhar para consegui-lo. Por favor, guia-me e ajuda-me a ter os pensamentos corretos e a fazer as coisas certas para alcançar o êxito. Usarei meu raciocínio e trabalharei com determinação, mas guia Tu minha razão, minha vontade e minha atividade para a coisa certa que eu deva fazer.

Você deveria orar a Deus com intimidade, como Seu filho que você é. Deus não faz objeção quando você reza com o seu ego, como se fosse um estranho e um mendigo, mas você descobrirá que seus esforços ficam limitados por esse nível de consciência. Deus não quer que você renuncie ao seu próprio poder da vontade, direito divino que, como Seu filho, você herdou.

Uma exigência incessante¹ de qualquer coisa, mentalmente sussurrada com incansável empenho e inabalável coragem e fé, transforma-se numa força dinâmica que de tal modo influencia todo o comportamento dos poderes consciente, subconsciente e superconsciente do homem, que o objeto desejado é obtido. A emissão interior de sussurros mentais tem de ser incessante, sem ser desencorajada pelos revezes. Então, o objeto do desejo se materializará."

¹ Paramahansa Yogananda ensinou: "Preces frequentemente implicam uma consciência de mendicância. Somos filhos de Deus, não mendigos, e somos portanto merecedores de nossa herança divina. Quando estabelecemos um vínculo de amor entre nossas almas e Deus, temos o direito de exigir afetuosamente o atendimento de nossas preces legítimas." Esse princípio de exigir de Deus nossa herança divina é o vitalizante poder contido nas afirmações.

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 30/32)


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

UMA MUDANÇA EM NOSSO MODO DE PENSAR TRARÁ DEUS PARA MAIS PERTO

"Porque Deus é, nós somos. Ele é o único princípio da vida; fora Dele, nada existe. Conclui-se logicamente que somos parte Dele. O sentimento de estar separado de Deus é uma ilusão. Podemos ajudar a destruir essa ilusão ao mudar o nosso modo de pensar. Não importa o que estejamos fazendo, a mente sempre está pensando em algo. Então, que sua mente pense em Deus e fale com Ele internamente.

Enquanto externamente está cuidando do corpo, por exemplo, pense interiormente: 'Este corpo é o templo de Deus. Nada tenho a ver com ele, exceto tomar conta dele para que Deus o use da maneira que desejar. De que forma Ele vai usá-lo, ou se Ele vai sustentá-lo ou não, é assunto Dele, não meu. Tomarei cuidado em relação à saúde deste corpo, não porque esteja interessado nele, ou porque seja algo a que eu esteja preso ou queira me apegar, mas porque o estou mantendo para Ele.'

Ao fazermos um esforço para manter nossa mente em Deus enquanto cumprimos nossas obrigações, não devemos naturalmente nos distrair, mas de vez em quando a mente deve dizer: 'Senhor, se não fosse Tua energia e inteligência que fluem através deste veículo, eu nada poderia fazer'. Quando desenvolvemos, na meditação profunda, a comunhão íntima com Deus, nossa mente pode submergir em Deus, podemos conversar mentalmente com Ele, não importa o que estejamos fazendo. Isso é expresso por Paramahansa Yogananda em seu lindo poema 'Deus! Deus! Deus!': 'Ao despertar, comer, trabalhar, sonhar, dormir, servir, meditar, cantar, amar divinamente (a todos meus amados), minha alma sussurra o tempo todo, sem ninguém a ouvir: Deus! Deus! Deus!' Paramahansaji viveu assim toda a sua vida. É possível fazer isso. Quando há uma constante lembrança de Deus, um dia, de repente, Ele responderá. Então, que alegria inunda todo o ser! Essa alegria sustenta o devoto na senda espiritual."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 127/128)


SONETOS

"Nos sonetos, encontramos o tom mais lírico de Sri Aurobindo. Eles são o veículo poético de algumas de suas experiências espirituais em linguagem ‘curiosamente simples e apaixonadamente rica’ (...)

Ó Tu de quem sou instrumento!
Ó Espírito, ó Natureza secreta que em mim habitas!
Que todo o meu ser mortal se dissolva agora em Tua silenciosa glória divina!
Fiz de minha mente o canal de Tua mente, fiz de minha vontade a Tua vontade.
Não consintas que nenhuma parte de mim fique excluída de nossa mística e inefável união
Meu coração palpitará com as pulsações universais do Teu amor, meu corpo será Teu instrumento a ser usado na Terra.
Por meus nervos e veias circularão os fluidos do Teu êxtase.
Meus pensamentos buscarão a Luz que libera Teu poder.
Conserva ao menos minha alma para adorar-Te eternamente
E encontrar-Te em cada forma, em cada uma de Tuas almas.

Eis aí um exemplo gracioso de fusão mística, de entrega total à Vontade suprema, onde se destaca o anelo do apaixonado que não quer perder-se na indiferenciação do Oceano, pois prefere continuar gozando a presença do Amado/a. A Iluminação não implica necessariamente a perda total da individualidade, apenas da pseudoindividualidade egoica, que se vê substituída pela verdadeira identidade anímico-espiritual. (...)"

(Vicente Merlo - Os Ensinamentos de Sri Aurobindo – O Yoga Integral e o Caminho da vida - Ed. Pensamento, São Paulo, 2010 - p. 141/143)