OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

INÍCIO DO CAMINHO

"Há um momento na marcha evolutiva do homem em que ele começa a intuir, a princípio vagamente e depois cada vez mais claro, sua verdadeira natureza e nessa ocasião entrevê a realidade que está por detrás da aparência dos fenômenos. Repara que evolui, que há dentro dele um mundo desconhecido, mais real que físico,o qual pressiona para vir à luz. Principia, acima de tudo, a sentir uma necessidade imperiosa de se aperfeiçoar, de tomar conta de si próprio, de iniciar sua autoformação, uma vez que já não lhe bastam teorias e conhecimentos intelectuais; é-lhe indispensável passar a realizações práticas e a algo de concreto.

Se antes houvera um período de buscas, de exame intelectual, de aquisição mental da verdade, ou de escolha entre várias teorias, agora, ao contrário, há uma adesão íntima aos conhecimentos reunidos, uma aparição de os tornar parte real da vida da personalidade e uma necessidade de transformação de si próprio visando a tornar-se um canal de energias espirituais.

Em outras palavras, o homem declara-se, conscientemente, a favor das forças evolutivas e com elas colabora."

(Angela Maria La Sala Batà - O Caminho do Aspirante Espiritual - Ed. Pensamento,São Paulo - p. 09)


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A DIVERSIDADE NA UNIDADE

"Toda e qualquer religião externa, objetiva, atinge apenas o ego periférico do homem, mas não o seu eu central; produz uma moral externa, mas não uma ética interna. A moral pode produzir armistício, que é uma trégua entre duas guerras, mas não pode estabelecer verdadeira paz, que nasce do conhecimento intuitivo de que o Deus em mim é também o Deus em ti (namastê), e que, por isto, eu posso amar o próximo assim como amo a mim mesmo, porque o ponto de referência do amor próprio e do amor alheio é o mesmo: o verdadeiro Eu divino, seja em mim, seja em ti. O Deus em nós é o Deus em mim, o Deus em ti, o Deus nele, o Deus nela.

(...) Amor supõe diversidade na unidade. O amor é univérsico. Quando há somente diversidade não pode haver amor; quando há somente unidade não pode haver amor. Amor é a percepção da diversidade existencial como manifestação da unidade essencial.

(...) Para curar a raiz do mal não basta boa vontade, que é do ego, mas requer-se sabedoria, compreensão da realidade do Eu humano."

(Huberto Rohden - Entre dois Mundos - Ed. Alvorada, São Paulo, 1984 - p. 59/60)


A NATUREZA DA MUDANÇA

"Conforme já mencionamos, a humanidade inteira enfrenta um desafio sem precedentes – ele não se aplica apenas a uma determinada raça ou grupo de pessoas. A guerra, a corrida armamentista, poluição, pobreza, o problema populacional – todas essas questões, e também outras mais, ameaçam a humanidade. A maioria das pessoas não compreende que todos esses desafios externos refletem o que está dentro da mente humana – a sua mente, a minha mente, a mente de todos nós. O ódio que se manifesta na guerra é um reflexo da animosidade e da desconfiança em todas as nossas mentes. A pobreza reflete nossa incapacidade de nos sentirmos unos com os outros – incapacidade de compartilhar. A poluição surge da ambição de ter cada vez mais, de modo interminável. O que está dentro e o que está fora não são diferentes. Mesmo quando aceitamos isso mentalmente não fazemos um esforço real para ver a relação existente, isto é, ver que a raiz de todos os problemas está na condição psicológica do ser humano. Como não vemos isso, tentamos sempre remendar o que está fora de nós. O que imaginamos serem grandes planos para mudar o mundo nada mais representam do que um pequeno remendo superficial, temporário e inadequado.

(...) A mente que está acostumada a dividir e fragmentar tudo sempre vê a partir de um ângulo específico, porém a mente fragmentada não pode encontrar a solução verdadeira ou permanente para os problemas, ainda mais hoje em dia, quando todos os povos e nações do mundo estão interligados. Assim é importante libertar a mente de sua tendência trágica de olhar para tudo de forma fragmentada.”

(Radha Burnier - Regeneração Humana - Ed. Teosófica, Brasília - p. 22/23)


terça-feira, 12 de novembro de 2013

AS CONDIÇÕES INTERNAS DA FELICIDADE (PARTE FINAL)

"(...) Se mantiver fechados os olhos da sua concentração, você não poderá ver o incandescente sol da felicidade no seu seio; mas não importa quão apertados estejam os olhos da sua atenção, permanece o fato de que os raios da felicidade estão sempre tentando penetrar pelas portas fechadas de sua mente. Abra as janelas da tranquilidade e você verá a irrupção súbita do sol brilhante da alegria no interior do seu próprio Eu.

Os alegres raios da alma podem ser percebidos quando você interioriza sua atenção. Você poderá ter estas percepções se treinar a sua mente para apreciar o belo cenário de pensamentos no reino invisível e intangível dentro de você. Não procure a felicidade apenas em roupas bonitas, casas limpas, jantares deliciosos, almofadas macias e objetos luxuosos. Eles aprisionarão sua felicidade atrás das grades da superficialidade externa. (...) 

Não deixe que os sentimentos o governem. Como pode ser feliz se está todo o tempo preocupado com as suas roupas ou outros pertences? Vista-se decentemente com roupas limpas e esqueça-se delas; limpe sua casa e esqueça-a. Quanto mais depender das condições externas para a sua felicidade, menos felicidade você experimentará.

Se você pensa que pode viver feliz esquecendo-se de Deus, está enganado, pois chorará na solidão, vezes sem conta, até compreender que Deus é tudo em tudo - a única realidade no Universo. Você foi feito à Sua imagem. Jamais encontrará felicidade duradoura em coisa alguma, porque nada é completo, exceto Deus.

A felicidade pura que eu encontro na comunhão com o Senhor não pode ser descrita com palavras. Dia e noite estou em estado de alegria. Essa alegria é Deus. Conhecê-Lo é realizar os ritos fúnebres de todas as suas tristezas. Ele não exige que você esteja estoico e melancólico. Esse não é o conceito correto de Deus, nem a maneira de agradá-Lo. Se você não for feliz, não será nem mesmo capaz de encontrá-Lo. (...) Quanto mais feliz você for, tanto maior a sua sintonia com Ele. Os que O conhecem estão sempre felizes, porque Deus é a própria alegria."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 126/129)


COMPULSÃO PSICOLÓGICA

"A herança biológica do homem o faz buscar sobrevivência e segurança. Em grande parte, ele mantém intacta sua herança animal, que serve para garantir a segurança da vida tanto para si quanto para as outras espécies. Essa segurança é obtida quando se tem comida suficiente e adequada para manter o corpo saudável; e quando se tem abrigo e roupas para proteger o indivíduo. No entanto, a mente humana deu uma importância excessiva às necessidades básicas, e fez o homem acreditar que enormes mansões, uma grande variedade de objetos, diversos tipos de comida, iguarias e prazeres são necessários à sua existência.

Como resultado desse desejo infindável de mais e mais objetos para essa suposta segurança e bem-estar, foi criada uma vasta organização que cria incontáveis objetos, fábricas, mercados, sistemas bancários, redes de comunicação e assim por diante.

Agora o homem é vítima de sua própria organização e se sente como uma peça de engrenagem numa enorme máquina, sofrendo com a sensação de alienação que é um sintoma dos tempos atuais. Tudo isso porque o que era inicialmente um simples instinto biológico de autoconservação tornou-se para o ser humano um impulso psicológico, do qual ele nem sequer está consciente, e que é incapaz de frear, mas que precisa conter para ser livre."

(Radha Burnier - O Caminho do Autoconhecimento - Ed. Teosófica, Brasília, 2000 - p. 74/77).