OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

APRENDA A ACESSAR UM PODER SUPERIOR (PARTE FINAL)

"Não preste atenção às agruras do caminho espiritual; elas nada são, uma vez que você tenha descoberto a paz interior, quando na meditação você esquece este corpo e este mundo. Quanta satisfação, que sensação de alegria e de perfeição do amor divino! Isso é o que Deus quer que todos vocês experimentem. Todos poderão compreender a sublime perfeição do amor de Deus se trabalharem para isso. Aqueles que experimentaram esse amor não são exceções; tiveram que se esforçar, como vocês precisam fazê-lo, para amar e conhecer a Deus. 

Faz-se esse esforço empenhando-se em conservar a mente fixa em Deus. Enquanto enfrenta os problemas que surgem a cada dia, ore interiormente: 'Senhor, se às vezes meu mar é escuro, sem estrelas no céu, ainda assim navego no rumo com Tua mercê.³ Faz o que quiseres fazer, comigo e com minha vida. Tudo o que sei é que Te amo. Ajuda-me a tornar o meu amor por Ti mais doce, perfeito sob todos os aspectos.' Que liberdade, que alegria isso traz! Tal relacionamento com Deus todos podem ter.

Não fiquem satisfeitos com nada menos do que o amor do Amado de suas almas. O amor Dele consome tudo, satisfaz completamente. A liberdade da alma surge quando você começa a conhecer-se como alma, unido ao único Amado, o divino Amante Cósmico, que é Deus."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 75/76)


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

HERÓIS PACÍFICOS NO TIBETE

"Um dos mais populares heróis do folclore tibetano é um monge do século XI chamado Milarepa. Inúmeros episódios de sua vida são citados como evidência dos poderes do amor.

Um dia um caçador e seu cão saíram para caçar um veado. Na sua tentativa de escapar, o veado por acaso penetrou na campina onde Milarepa estava sentado em meditação. Observando sua profunda calma e sua aura de ternura, o exausto animal achegou-se e deitou-se ao seu lado, na esperança de encontrar refúgio. Momentos depois o cão caçador apareceu em cena, e também se deitou ao lado de Milarepa.

Finalmente chegou o caçador. Ele estava determinado a matar sua caça, mas, após um curto período na presença de Milarepa, ficou tão tocado pela santidade do sábio que fez voto de desistir para sempre do hábito cruel de matar animais. Pediu para ser aceito como discípulo e, pouco tempo depois, tornou-se um famoso iogue.

Outra figura budista popular é o terceiro Dalai Lama, que viveu no século XVI. Mesmo quando jovem, a fama de sua erudição e santidade tinham se espalhado por toda a Ásia. A notícia de sua grandeza chegou até os ouvidos de Altan Khan, o chefe guerreiro dos terríveis mongóis Tumed. Altan ficou intrigado pelo que ouvira falar desse famoso instrutor e o convidou a instruir o povo da Mongólia. O Dalai Lama chegou em 1578.

Sua sabedoria, compaixão e presença impressionaram o grande Khan, que pediu ao povo para abandonar a trilha de guerra e ódio, e em seu lugar cultivar o caminho da coexistência pacífica. Esse evento singular marcou o fim da era de terror que os mongóis infligiram a seus vizinhos da coreia e do Japão, no Oriente, e da Europa, no Ocidente. Dessa época em diante os habitantes da Mongólia têm seguido o legado espiritual que lhe foi passado pelo terceiro Dalai Lama."

(Glenn H. Mullin - A paz na visão budista - Revista Sophia, nº 26 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 39)


APRENDA A ACESSAR UM PODER SUPERIOR (1ª PARTE)

"O homem de mente materialista está sempre pensando em termos de dinheiro, casa, família ou outras responsabilidades e interesses; e as preocupações que os seguem! O homem espiritual pode ter as mesmas responsabilidades, mas ele as cumpre colocando a mente em um nível mais elevado de pensamento. Espiritualizando o pensamento, ele aprende a acessar um Poder Superior. Chega o tempo em que pode ir a qualquer lugar, misturar-se com qualquer pessoa, cumprir suas responsabilidades, e sua mente nunca descerá do plano da consciência divina. Cristo muitas vezes associou-se a 'publicanos e pescadores', a fim de ajudá-los, mas os pensamentos e ações deles não lhe rebaixaram a consciência. Como um cisne divino, ele deslizou intocado pelas águas da materialidade. Essa é a maneira como Gurudeva nos treinou a ser. Onde quer que esteja, fique sempre centrado interiormente, com a mente focalizada em sua estrela polar: Deus.

Os problemas que surgem diariamente nos dão a oportunidade de praticar a serenidade. Em vez de resistir, ficar aborrecidos e irritados e pensar que não estamos progredindo, deveríamos acolhê-los bem. Lembre-se disto: muitas vezes, o devoto faz o maior progresso no caminho espiritual quando está enfrentando terríveis obstáculos, quando está sendo forçado a empregar, até o limite, os músculos espirituais a fortaleza interior, da coragem e do pensamento positivo, para combater o assalto do negativismo, do mal ou da crueldade. Não é sempre que as coisas fluem facilmente que estamos crescendo. Naturalmente, todos nós prezamos aqueles dias em que as coisas vão bem; entretanto, tenho orado amiúde à Mãe Divina² para que me ponha à prova, porque desejo que meu amor por Ela seja incondicional. Não posso ficar satisfeita em Lhe oferecer qualquer coisa que não seja o amor perfeito. O devoto de Deus não quer fugir de nada. O aspirante pode ser imperfeito em muitos aspectos; ele não reivindica nenhuma perfeição, exceto uma: ele está se esforçando para aperfeiçoar seu amor por Deus. (...)"

² O aspecto pessoal de Deus que corporifica as qualidades maternais do amor e da compaixão.

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 74/75)


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A PAZ NA VISÃO BUDISTA

"Durante a vida de Buda viveu também um assassino chamado Angulimala, ou ‘colar de polegares’. Ele era conhecido por esse nome porque de cada uma de suas vítimas arrancava um polegar, que usava num cordão em volta do pescoço.

Buda ouviu falar de Angulimala e decidiu trazê-lo para o caminho da paz. Nessa época dizia-se que Angulimala roubara e matara quase mil pessoas, e que seu colar continha 999 polegares humanos.

Para encontrar Angulimala face a face, Buda seguiu sozinho e a pé através da floresta onde se acreditava que o perigoso criminoso se escondia. Angulimala o viu aproximar-se. Ele saltou por detrás de Buda com um porrete na mão e tentou atingi-lo. O sábio, no entanto, tinha antecipado o movimento e destramente evitou o golpe. O ataque continuou durante longo tempo, mas Buda permaneceu destemido, com os olhos fixos no atacante, mantendo-se o tempo todo fora do seu alcance.

Finalmente Angulimala ficou tão exausto que caiu ao chão. Buda sentou-se ao seu lado, colocou a mão amorosamente no seu ombro e lhe falou de maneira consoladora. O aturdido criminoso começou a chorar violentamente, pois jamais alguém mostrara amor por ele antes. Eles permaneceram sentados durante horas, o corpo de Angulimala tremendo com soluços incontroláveis.

Essa experiência de compaixão transformou o criminoso completamente. Ele pediu a Buda que lhe ordenasse monge e que lhe permitisse viver com a comunidade Sangha. O Buda aceitou. Angulimala adotou as práticas de meditação e autopurificação."

(Glenn H. Mullin - A paz na visão budista - Revista Sophia, nº 26 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 39)


UMA MENTE LIVRE

"A criança cresce apegada a seus pais; cresce numa família e numa certa sociedade. Ela chama isso de ‘minha casa, minha religião, minha família’, e sente-se segura. Esse é um processo natural, mas que cerceia o pensamento, porque está o tempo inteiro preocupado em assegurar o lucro, em beneficiar a mim e àquilo que chamo de meu, que é a essência do processo egoico.
  
Consigo ver o perigo dessa armadilha? Se não consigo, meu processo mental não mais é livre para investigar; ele está o tempo todo buscando justificar o ‘eu’ e o ‘meu’. Isso significa que, enquanto estou buscando lucro ou satisfação, não estou buscando a verdade. Portanto, embora seja muito fácil dizer ‘sou um buscador da verdade’, estamos, de uma forma ou de outra, apenas buscando satisfação.

Poderá a paixão pelo aprendizado ser tão forte que consiga superar o instinto de buscar o prazer e evitar a dor? A verdade pode ferir. Ela sempre vem com uma revelação, com uma desilusão. Para alguém que vive numa ilusão confortável, a verdade choca. A não ser que desejemos enfrentar a dor psicológica, e talvez também a dor física, não podemos seriamente dizer que estamos em busca da verdade.

A mente diz que ‘tudo isso tem sentido para Buda, eu não sou um Buda, eu sou um homem comum’, e assim continua. Mas, se continuarmos assim, não temos o direito de reclamar da violência nem das guerras, porque tudo isso é consequência do modo egoísta de viver. Perceber isso é perceber também que toda desordem e toda divisão resultam da ilusão."

(P. Krishna - Novas Maneiras de ver o Mundo - Revista Sophia, Ano 7, nº 25 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 09)