OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 22 de fevereiro de 2014

O PRINCÍPIO DA CAUSA E EFEITO

‘Toda a Causa tem seu Efeito, todo o efeito tem sua Causa; tudo acontece de acordo com a Lei; o Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, porém nada escapa à Lei.’ (O Caibalion)

"Os hermetistas conhecem a arte e os métodos de elevar-se do plano ordinário de Causa e Efeito, a um certo grau, e por meio da elevação mental a um plano superior tornam-se Causadores em vez de Efeitos.

As massas do povo são levadas para a frente; os desejos e as vontades dos outros são mais fortes que as vontades delas; a hereditariedade, a sugestão e outras causas exteriores movem-nas como se fossem peões no tabuleiro de xadrez da Vida. Mas os Mestres, elevando-se ao plano superior, dominam o seu gênio, caráter, suas qualidades, poderes, tão bem como os que o cercam e tornam-se Motores em vez de peões. Eles ajudam a jogar a criação, quer física, quer mental ou espiritual, é possível sem partida da vida, em vez de serem jogados e movidos por outras vontades e influências. Empregam o Princípio em lugar de serem seus instrumentos. Os Mestres obedecem à Causalidade do plano superior, mas ajudam a governar o nosso plano. 

Neste preceito está condensado um tesouro do Conhecimento hermético: aprenda-o quem quiser."

(Três Iniciados - O Caibalion: estudo da filosofia hermética do antigo Egito e da Grécia - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 27/28)


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A LIBERTAÇÃO DOS APEGOS

"O ilimitado poder criativo da consciência só pode operar quando não existem mais a limitação do apego, nem a identificação com os objetos. Com a libertação dos apegos, dá-se a descoberta de mais um dos valores eternos inerentes à consciência.

Devido ao fato de que quando não há liberdade interna os outros valores absolutos não podem florescer, no oriente, a libertação espiritual é considerada o objetivo fundamental da existência humana. A liberdade, como a felicidade, é buscada instintivamente pela vida confinada em quaisquer formas, o que indica que a liberdade é inerente à própria natureza do ser humano.  Quando está livre do apego às coisas finitas, a consciência recupera seu estado natural e original.

A liberdade tem sido descrita como o estado natural do ser humano em obras sobre ioga, pois no estado de liberdade se manifesta tudo o que é inerente à consciência, inclusive valores ainda não mencionados. Sabedoria, amor, harmonia, pureza e plenitude são alguns dons naturais da consciência – além de liberdade, bem-aventurança e inteligência."

(Radha Burnier - O Caminho do Autoconhecimento – Ed.Teosófica, 2ª Edição, p. 113/114)


O PRINCÍPIO DO RITMO

‘Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; à medida do movimento à direita e à esquerda; o ritmo é a compensação.’ (O Caibalion)

"Este Princípio contém a verdade que em tudo se manifesta um movimento para diante e para trás, um fluxo e refluxo, um movimento de atração e repulsão, um movimento semelhante ao do pêndulo, uma maré enchente e uma maré vazante, uma maré alta e uma maré baixa, entre os dois polos que existem, conforme o Princípio da Polaridade de que tratamos há pouco. Existe sempre uma ação e uma reação, uma marcha e uma retirada, uma subida e uma descida. Isto acontece nas coisas do Universo, nos sóis, nos mundos, nos homens, nos animais, na mente, na energia e na matéria.

Esta lei é manifesta na criação e na destruição do mundos, na elevação e na queda das nações, na vida de todas as coisas, e finalmente nos estados mentais do Homem (e é com estes últimos que os Hermetistas reconhecem a compreensão do Princípio mais importante). (...) Eles não podem anular o Princípio ou impedir as suas operações, mas aprenderam como se escapa dos seus efeitos na própria pessoa, até um certo grau que depende do Domínio deste Princípio. Aprenderam como empregá-lo, em vez de serem empregados por ele.

Todos os indivíduos que atingiram qualquer grau de Domínio próprio executaram isto até um certo grau, mais ou menos inconscientemente, mas o Mestre o faz conscientemente e com o uso de sua Vontade, atingindo um grau de Equilíbrio e firmeza mental quase impossível de ser acreditado pelas massas populares que vão para diante e para trás como um pêndulo. Este Princípio e o da Polaridade foram estudados secretamente pelos Hermetistas, e os métodos de impedi-los, neutralizá-los em empregá-los formam uma parte importante da Alquimia Mental do Hermetismo."

(Três Iniciados - O Caibalion: estudo da filosofia hermética do antigo Egito e da Grécia – Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 26/27)


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

TRANSCENDER O LIMIAR DA ILUSÃO

"Enquanto você estiver submetido pela ignorância (avidya), na medida em que seja destreinado e ignorante, é-lhe impossível saborear a Bem-aventurança; você não a pode alcançar. Atado ainda se encontra pela corda trançada de três ‘pernas’ – a negra, de tamas; a vermelha, de rajas; e a branca, de sattva¹. Negue que está amarrado, e a corda cairá. Daí por diante, administre sua vida de forma tal que não cause lesão à natureza interna. Com isso, quero dizer que viva em constante consideração de seu parentesco com os outros e com o universo. Faça bem aos demais. Trate toda natureza com bondade. Fale manso e docemente. Faça-se uma criancinha sem inveja, ódio ou cobiça.

Quando seu ego transpuser as fronteiras da família ou do grupo e você tomar, com bondade, aqueles que estão além de tais fronteiras, terá então dado o primeiro passo para transcender o limiar da ilusão (maya)."

¹ O universal material (Prakritti) é formado pela interação dos três gunas (tamas – ignorância, treva, estagnação...; rajas – paixão, força, agitação, violência...; sattva – harmonia, luz, santidade...), que se entrelaçam com as três ‘pernas’ que formam uma corda. (...)

(Sathya Sai Baba – Sadhana O Caminho Interior – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 – 152)


O PRINCÍPIO DA POLARIDADE

‘Tudo é Duplo; tudo tem polos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau. Os extremos se tocam; todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados’ (O Caibalion)

"Este Princípio encerra a verdade: tudo é duplo; tudo tem dois polos; tudo tem o seu oposto, que formava um velho axioma hermético. Ele explica os velhos paradoxos, que deixaram muitos homens perplexos, e que foram estabelecidos assim: A tese e a Antítese são idênticas em natureza, mas diferentes em grau; os opostos são a mesma coisa, diferindo somente em grau; os pares de opostos podem ser reconciliados; os extremos se tocam; tudo existe e não existe ao mesmo tempo; todas as verdades são meias-verdades; toda verdade é meio-falsa; há dois lados em tudo, etc., etc. (...) Por exemplo: o Calor e o Frio, ainda que sejam opostos, são a mesma coisa, e a diferença que há entre eles consiste simplesmente na variação de graus dessa mesma coisa. (...)

O Princípio de Polaridade explica estes paradoxos e nenhum outro Princípio pode excedê-lo. O mesmo Princípio opera no plano mental. Permitiu-nos tomar um exemplo extremo: Amor e o Ódio, dois estados mentais em aparência totalmente diferentes. (...)

Muito de vós que ledes estas linhas, tiveram experiências pessoais de transformação do Amor em Ódio ou do inverso, quer isso se desse com eles mesmos ou com outros. Podeis pois tornar possível a sua realização, exercitando o uso da vossa Vontade por meio das fórmulas herméticas. Deus e o Diabo, são, pois, os polos da mesma coisa, e o Hermetista entende a arte de transmutar o Diabo em Deus, por meio da aplicação do Princípio da Polaridade. Em resumo, A Arte de Polaridade fica sendo uma fase da Alquimia Mental, conhecida e praticada pelo antigos e modernos Mestres Hermetistas. O conhecimento do Princípio habilitará o discípulo a mudar sua própria Polaridade, assim como a dos outros, se ele consagrar o tempo e o estudo necessário para obter o domínio da arte."

(Três Iniciados - O Caibalion: estudo da filosofia hermética do antigo Egito e da Grécia – Ed. Pensamento, São Paulo, 2006, p. 24/25)