OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 17 de julho de 2014

TRANSFORMAÇÃO INTERIOR (PARTE FINAL)

"(...) O mais difícil de se modificar é o nosso ambiente, porque nesse caso estamos tratando com a forma mais densa de matéria, aquela sobre a qual a força do nosso pensamento tem menos força. Nesse caso, nossa liberdade, fica muito limitada, porque estamos no ponto mais fraco, e o passado está em seu ponto mais forte. Ainda assim não estamos de todo desamparados, porque nesse ponto, seja pelo combate, seja pela aceitação, poderemos, finalmente, obter êxito. A parte indesejável do nosso ambiente que podemos modificar com vigoroso esforço é a que temos de modificar de imediato. O que não conseguirmos modificar, aceitamos e ficamos observando o que isso tem a nos ensinar. Quando tivermos aprendido essa lição, essa parte indesejada irá desprender-se de nós como uma roupa usada. Temos uma família indesejável: bem ela é formada pelos egos que chamamos para junto de nós no passado; realizamos todas as obrigações com ânimo e paciência, pagando com honradez nossas dívidas; adquirimos paciência através dos transtornos que ela nos causa, vigor através das irritações diárias e perdão através de seus erros. Nós a usamos como o escultor usa seus instrumentos de trabalho: para aplainar nossas excrescências e alisar e polir nossas arestas. Quando a utilidade desses egos terminar para nós, eles serão levados embora pelas circunstâncias ou afastados para outro lugar qualquer. O mesmo acontecerá com os outros aspectos do nosso ambiente, que, aparentemente, são aflitivos. Como o marinheiro experiente que move suas velas conforme o vento que ele não pode modificar e então força-as a colocá-lo na rota, usamos as circunstâncias que não podemos alterar adaptando-nos a elas, de forma que se vejam compelidas a nos ajudar.

Assim em parte somos compelidos, em parte somos livres. Temos de trabalhar entre e com as condições que criamos; mas somos livres, dentro delas, para trabalhar sobre elas. Nós próprios, Espíritos eternos, somos inerentemente livres, mas só podemos trabalhar dentro e através da natureza do pensamento e do desejo que criamos. Esses são os nossos materiais e as nossas ferramentas; não poderemos ter outros enquanto nós mesmos não os produzirmos."

(Annie Besant, Os Mistérios do Karma e a sua Superação, Editora Pensamento, 2001, p.97/99)


quarta-feira, 16 de julho de 2014

PRATIQUE O EQUILÍBRIO DAS ENERGIAS

"(4:22) Está livre do karma quem aceita tranquilamente o inesperado; tem ânimo firme e não se deixa afetar pela dualidade; não nutre inveja, ciúme ou animosidade; e (finalmente) vê com iguais olhos o sucesso e o fracasso.

Embora já tenhamos abordado esse assunto, convém reexaminar aqui de passagem o caso oposto: a pessoa que se deixa abalar pelos imprevistos; que está sempre saltitante de alegria ou murcha de desapontamento; que se rói de inveja, ciúme e ódio; enfim, que se rejubila com o sucesso e se sente emocionalmente devastada pelo fracasso. Gozarão pessoas assim, alguma vez, de paz de espírito? E para quem não frui a paz interior, como disse Krishna em outra estrofe, a felicidade será possível? O que, em geral, passa por felicidade na mente mundana é mera excitação emocional ou (às vezes) o alívio temporário de alguma causa de transtorno e sofrimento. A excitação leva ao medo, à dúvida, à incerteza. O alívio passageiro provoca, não contentamento, mas quase sempre enfado e apatia.

As pessoas, é interessante notar, revelam automaticamente, com gestos, o modo como a energia está fluindo por seu corpo. Quando excitadas, dão saltos, o que se deve ao movimento ascendente no ida nadi da espinha. E que dizer das crianças pequenas, muito pouco inclinadas a controlar seus acessos de emoção? Elas revelam o movimento descendente da energia na espinha, ao longo do pingala nadi, deixando cair os braços, estacando, batendo os pés e entrecortando a respiração com grandes gritos - às vezes mesmo rolando pelo chão e esmurrando-o. Todos esses gestos indicam a direção, para baixo, de sua energia.

A satisfação, em si, é uma virtude e não apenas uma consequência. Deve ser praticada conscientemente. Convém dizer a nós mesmos: 'Não preciso de nada! Não preciso de ninguém! Sou livre em meu Eu!"

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramahansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 194/195)


TRANSFORMAÇÃO INTERIOR (1ª PARTE)

"O primeiro passo a examinar, refletidamente, é o que se refere ao que podemos chamar de nosso ‘estoque de mercadorias’, e são nossas faculdades e qualidades inatas, boas e más, são os nossos poderes e as nossas fraquezas, as nossas oportunidades presentes e o nosso ambiente atual. Nosso caráter é o que pode ser modificado mais rapidamente, e nele temos de começar a trabalhar, selecionando as qualidades que convém fortalecer e as fraquezas que constituem nosso perigo mais premente. Vamos tomá-las, uma a uma, e usar a força do pensamento da forma antes descrita, lembrando sempre que jamais devemos pensar em fraqueza e, sim, na força de que o pensamento é dotado. Pensamos naquilo que desejamos ser e, aos poucos, de uma forma inevitável, nos tornamos aquilo em que pensamos. Essa lei não pode falhar. A nós cabe, apenas, trabalhar para que ela obtenha êxito.

A natureza do desejo também é modificada pelo pensamento, e criamos as formas-pensamento de que necessitamos. Alerta para ver e captar uma oportunidade conveniente, nossa vontade se fixa nas formas que o nosso pensamento cria, e assim coloca-as ao nosso alcance, produzindo-as, literalmente, e aproveitando as oportunidades em que o karma do passado não nos apresenta. (...)"

(Annie Besant, Os Mistérios do Karma e a sua Superação, Editora Pensamento, 2001, p.97/99)


terça-feira, 15 de julho de 2014

A VIDA ESPIRITUAL (PARTE FINAL)

"A busca do espiritual também pode ser um ‘seguro’ contra possíveis desgostos no outro mundo, e nesse caso ela é uma expressão de medo latente. Assim, pode ser uma forma de investimento, uma precaução do homem contra tempos difíceis; quanto mais ele peca e torna-se indulgente consigo mesmo, mais necessidade sente de preparar um caminho seguro no outro mundo.

Portanto, cada pessoa que deseja viver a vida espiritual deve testar a si mesma e examinar seus motivos, que em geral são dissimulados para que não sejam trazidos à luz. Mas se o aspirante se permite ser iludido, não encontrará a iluminação. Ele deve examinar a si mesmo para ver se realmente deseja seguir o que é espiritual ou se está apenas buscando uma válvula de escape, uma confortável conformidade ou uma segurança futura. Quando a busca do espiritual é irreal, somente uma parte da vida da pessoa é dedicada a ela. Essa parte está apenas na superfície; então, a pessoa age no nível superficial e se preocupa somente com atividades externas que gosta de chamar de espirituais. Ou pode ainda devotar um pequeno compartimento em sua vida a certas práticas, enquanto o restante do ser se entrega totalmente a diferentes ocupações. Dessa forma, ela pode ir à igreja, ao templo, envolver-se em orações rotineiras e tentar uns poucos momentos de meditação, mas a maior parte de sua vida permanece desvinculada dessas ocupações e não é por elas influenciada.

A busca pelo espiritual não deve ser compartimentada; ao contrário, deve ser feita com todo o coração, não com um interesse pessoal, mas como uma busca pessoal e, contudo, ávida."

(Radha Burnier - A Vida Espiritual - Revista Sophia, Nº 9, Ano 35 - p.27/29)


MEDO (PARTE FINAL)

"(...) Quando o medo entra na vida de uma pessoa, ele esconde a luz da alma. Qualquer raio de luz que possa estar tentando aliviar o medo não consegue passar. Quando sucumbimos aos nossos medos, eles inevitavelmente tomam conta das nossas vidas e nos impedem de assumir riscos e de fazer as coisas que desejamos.

Então, como vencer e controlar o medo? Em primeiro lugar, pensando positivamente e usando a lei universal da afinidade: 'semelhante atrai semelhante'. Sempre que um pensamento negativo ou assustador surge na minha mente, repito a afirmação (...): 'Eu sou saudável, eu sou sagrado, eu sou feliz.' Deixo que ela penetre no meu subconsciente. Como já disse muitas vezes, nossos pensamentos criam nosso destino. Substituindo um pensamento negativo por um pensamento positivo, começamos a atrair tranquilidade e confiança em vez de medo e incerteza. Em segundo lugar, podemos controlar o medo usando de forma construtiva a lei de causa e efeito. Caso queiramos o bem em nossa vida, precisamos ser amorosos e generosos nas situações que encontrarmos. Você não pode esperar a paz e o contentamento se estiver criando miséria para os outros. Em último lugar, se desejamos felicidade e alegria, não podemos buscar a verdade no mundo externo. Quando tivermos consciência de nossa origem divina, saberemos que viemos do amor e sentiremos esse amor dentro de nós.

Lembre-se de que Deus sempre diz sim,
Somos nós que dizemos não."

(James Van Paagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 59/60)