OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

SERES ILUMINADOS

"A pessoa que viu Deus não carece de conhecimento acadêmico para ensinar religião. Seu coração foi purificado e iluminado e sua luz se irradia e conforta a todos. Ele não precisa sair à cata de discípulos. Sri Ramakrishna constumava dizer que, quando a flor de lótus desabrocha, as abelhas afluem de toda parte, espontaneamente, em busca do mel. 'Façam a lótus florir!' - repetia ele aos discípulos.

Quando um iluminado desse tipo aparece e os aspirantes espirituais se lhe agrupam em torno, eles não podem deixar de pensar em Deus e de amá-lo. Na presença dessa alma, eles sentem que a manisfestação de Deus é fácil. Essa foi a minha experiência aos pés dos discípulos de Sri Ramakrishna. Não é difícil de entendê-lo: não há mistério nisso. Quando se visita um advogado, que espécie de pensamentos nos ocorre? Pensamentos de natureza jurídica. Junto de um médico, pensamos sobre doenças e remédios. Tais pensamentos nos vêm porque a pessoa com quem estamos vive nessa atmosfera particular. Assim também com o homem santo. Você pode não saber nada a respeito dele, mas a prova será esta: quando se chega à sua presença, o pensamento de Deus nos advém, ainda que a pessoa santa possa estar falando de algo absolutamente diferente.

Na verdade, é preciso ser um buscador da verdade de Deus para que se tenha essa susceptibilidade à atmosfera espiritual. Se não estivermos interessados na manifestação de Deus, pode o próprio Cristo pôr-se a nossa frente para ensinar-nos - e nós não lhe daremos valor nem reconheceremos sua grandeza. Dar-lhe-emos as costas, como o fez a maioria das pessoas há dois mil anos passados. Mas, se formos aspirantes da espiritualidade e nos virmos diante de uma alma iluminada, não saberemos fazer outra coisa senão glorificar a Deus, porque em sua presença sentiremos a presença do Pai."

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamentos, São Paulo - p. 42/43)

SAKSHI (PARTE FINAL)

"(...) Mas seria justo ficar 'sentado na margem', assistindo silenciosamente ao drama da humanidade? Seria isso honesto? Alguém tem o direito de ficar indiferente?

Quem foi que disse que para ser atuante, eficaz, fecundo na busca de uma ordem melhor para a humanidade é indispensável deixar-se conturbar, contaminar, envolver emocionalmente?! Ao contrário, quem melhor ajuda é quem, acima da crise, conserva luzes e calma, perspectiva e serenidade, pois os que estão dentro dela já as perderam. Pobre do psiquiatra que, no tratamento de um paciente neurótico, se comprometa emocionalmente. Ele tem de praticar sakshi, se não quiser perder-se e ao doente. A ninguém é lícito ficar nas arquibancadas enquanto a humanidade, na arena, se agita e sofre, mas é imprudente deixar-se agitar e sofrer junto.

Diante de suas próprias desventuras, procure galgar um ponto em que, sereno e silente, possa observar emocionalmente isento o que está acontecendo. Quando interferir, seja para acertar. Procure ficar à distância da arrebentação da ressaca, que está abalando a humanidade. A humanidade 'estressada' está precisando da ajuda dos poucos isentos homens sadios e sábios, que ainda conservam lucidez e coerência e que, portanto, podem fazer algo por ela."

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 155/156)

terça-feira, 4 de novembro de 2014

SILÊNCIO E CALMA

"A calma é nossa natureza essencial. O que é a calma? É o espaço interior ou a consciência onde as palavras desta página são assimiladas e se transformam em pensamentos. Sem essa consciência, não haveria percepção, não haveria pensamentos nem mundo. Você é essa consciência em forma de pessoa.

Quando você perde contato com sua calma interior, perde contato com você mesmo. Quando perde esse contato, fica perdido no mundo. Sua mais íntima noção de si mesmo, de quem você é, não pode ser separada da calma. Ela é o eu sou, mais profundo do que seu nome e sua forma externa.

O equivalente ao barulho externo é o barulho interno do pensamento. O equivalente ao silêncio externo é a calma interior. Sempre que houver silêncio à sua volta, ouça-o. Isso significa: apenas perceba-o. Preste atenção nele. Ouvir o silêncio desperta a dimensão de calma que já existe dentro de você, porque é só através da calma que você pode perceber o silêncio.

Veja que, quando percebe o silêncio à sua volta, você não está pensando. Está consciente do silêncio, mas não está pensando. Quando você percebe o silêncio, instala-se imediatamente uma calma alerta no seu interior. Você está presente. Nesses momentos você se liberta de milhares de anos de condicionamento humano coletivo."

(Eckhart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 11/12)

SAKSHI (2ª PARTE)

"(...) Se você estiver metido na multidão e houver correrias e atropelos por causa de um conflito de rua, o pânico geral poderá contaminá-lo, a menos que você consiga se comportar como um 'espectador silente', observando o que se passa, a menos que exercite sakshi.

Muitos alunos meus têm obtido proveitosos resultados no controle de crises da 'coisa' mediante se comportar como 'testemunha silente'. Saem mentalmente, da condição de pacientes e de envolvidos, e se conduzem como se a taquicardia, ou ataque de asma, ou quaisquer sintomas que antes os alarmavam, estivessem se processando em algo que não eles mesmos. Tomam consciência apenas do que se passa no corpo, sem se deixar cair presas do medo. As coisas desagradáveis, que antes conseguiam deixá-los apavorados, eles agora conseguem 'desmoralizar', por se colocarem a distância, como se não fosse com eles. O interessante é que essa atitude tem efeito tranquilizante imediato, afrouxa a tensão e consequentemente o mal-estar. Esse sentar-se na margem e ficar vendo o rio correr atua como os tranquilizantes comprados em farmácia. Desenvolva esse instrumento de redenção.

Os acontecimentos internacionais, cada dia mais dramáticos, com o choque de ideologias; os acontecimentos econômicos, políticos, sociais, realmente são assustadores pelos maus presságios. A iminência de uma guerra nuclear, os atos terroristas, as greves e as sabotagens, as injustiças sociais, os golpes de estado, mil e um acontecimentos, que a voz caprichosamente emocionada dos locutores e as manchetes da imprensa fazem ainda mais traumatizantes, estão aí para liquidar com seus nervos. Você precisa ficar imune a isso.

Como? Sakshi é a resposta. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 154/155)

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O MEDO NÃO PODE ENTRAR NUM CORAÇÃO TRANQUILO

"O medo vem do coração. Se alguma vez você se sentir dominado pelo medo de alguma doença ou acidente, deve inspirar e expirar profunda, lenta e ritmicamente várias vezes, relaxando a cada expiração. Isso ajuda a normalizar a circulação. Se o seu coração estiver realmente calmo, você não sentirá medo algum.

A consciência da dor desperta a ansiedade no coração; por isso, o medo depende de alguma experiência prévia - talvez um dia você tenha caído e quebrado a perna, e daí aprendeu a temer a repetição dessa experiência. Quando você abriga esse tipo de apreensão, a vontade e os nervos paralisam-se, e você pode realmente cair outra vez e quebrar a perna. Além disso, quando o coração fica paralisado de medo, sua vitalidade diminui, dando aos germes nocivos a oportunidade de invadir seu corpo."

(Paramahansa Yogananda - Viva Sem Medo - Self-Realization Fellowship - p. 20/21)