OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

SAKSHI (PARTE FINAL)

"(...) Mas seria justo ficar 'sentado na margem', assistindo silenciosamente ao drama da humanidade? Seria isso honesto? Alguém tem o direito de ficar indiferente?

Quem foi que disse que para ser atuante, eficaz, fecundo na busca de uma ordem melhor para a humanidade é indispensável deixar-se conturbar, contaminar, envolver emocionalmente?! Ao contrário, quem melhor ajuda é quem, acima da crise, conserva luzes e calma, perspectiva e serenidade, pois os que estão dentro dela já as perderam. Pobre do psiquiatra que, no tratamento de um paciente neurótico, se comprometa emocionalmente. Ele tem de praticar sakshi, se não quiser perder-se e ao doente. A ninguém é lícito ficar nas arquibancadas enquanto a humanidade, na arena, se agita e sofre, mas é imprudente deixar-se agitar e sofrer junto.

Diante de suas próprias desventuras, procure galgar um ponto em que, sereno e silente, possa observar emocionalmente isento o que está acontecendo. Quando interferir, seja para acertar. Procure ficar à distância da arrebentação da ressaca, que está abalando a humanidade. A humanidade 'estressada' está precisando da ajuda dos poucos isentos homens sadios e sábios, que ainda conservam lucidez e coerência e que, portanto, podem fazer algo por ela."

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 155/156)

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

SAKSHI (1ª PARTE)

"Traduz-se por testemunha silente. Um dos meios de pairar acima dos acontecimentos é essa posição difícil de espectador vigilante, mas distanciado. Quando você pratica a purgação mental está exercitando sakshi. Está desenvolvendo essa capacidade de não se deixar contaminar pelo que acontece. É como ficar sentado na margem para assistir ao livre fluir da corrente.

A desidentificação só é acessível aos que são capazes de se manterem imunes sem renunciar ao mundo ou dele fugir, mas, ao contrário, nele viver ativa e produtivamente. Os incapazes de praticar sakshi se diluem dentro do processo mundano. Perdendo a consciência do que são e sem poder salvar um pouco de autenticidade para si mesmo. O homem vulgar é comumente um diluído dentro do ambiente em que se encontra. O mundano o ameaça, distrai, alegra, contamina, fascina, absorve e consome. Dele pouco sobra de verídico e imune. É visando a evitar o contágio, e a defender sua mente, seu caráter, suas virtudes, que alguns místicos se fazer eremitas e fogem para o ermo. Quem desenvolve essa sadia atitude espiritual e psicológica chamada sakshi atingindo a isenção, não obstante vivendo em contiguidade física com o mundano, fica, espiritualmente, à parte. Não se perde. Não se confunde. Não se identifica. Não se corrompe.

Sri Ramakrishna compara a personalidade fraca que se dilui no mundo com o leite que, se misturando com a água, é impossível separar. Aquele que tem maturidade espiritual, ele compara com a manteiga, que mergulhada na água, não se mistura.

Quando a pessoa está metida num cordão de carnaval, confundida com os outros, dança, canta, pratica uma série de saracoteios que, se estivesse sóbria, não faria. Enquanto está misturada com os foliões é apenas um deles, e age como eles. Somente depois que se afasta, e, a distância, considera o que vê os outros fazendo, só então, tem uma ideia do que andou também a fazer. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 153/154)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

EU SOU HORIZONTE



“Quando vejo longe um horizonte bonito, cheio de paz e distâncias, tenho ímpetos de correr para lá. Sinto o desejo de tocar o céu com a mão.

Como sei que, quando lá chegar, um novo horizonte, adiante, fascinante, vai-me atrair, e, assim, jamais eu pararia de perseguir fugidios horizontes sedutores, decido ficar onde estou e contentar-me. Aí dou-me conta de que onde estou está um horizonte, com o céu ao meu alcance.


Para chegar ao céu não é preciso andar doidamente, insatisfeito, perseguindo horizontes a fugir.

Contente onde estou e com o que sou, consigo ver que sou horizonte, e então a Paz me consome.”

(Hermógenes – Mergulho na Paz – p. 42)