OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A CONSCIÊNCIA TEM ALCANCE ILIMITADO

"A mente é dotada de uma amplitude vasta, ilimitada; mas você não percebe isto. Eu posso descer às profundezas do sono, gozar desse estado e, ao mesmo tempo, estar no mundo. Ou posso dormir e sonhar, enquanto ao mesmo tempo ouço tudo que ocorre ao meu redor. Às vezes durmo como qualquer pessoa comum e, ainda, posso dormir e observar-me, conscientemente, adormecido. No estado do superconsciente, você pode ver o corpo e a mente dormindo e, apesar disso, ter consciência total de tudo. Isso só é possível se você desenvolveu a capacidade de, quando quiser, entrar na superconsciência ou retornar ao estado mental comum.

Você nunca precisa se preocupar que, por praticar a meditação (ou pela imaginação ou pelo silêncio interior), possa sair do corpo e não conseguir voltar. Essa ideia é inteiramente falsa. O apego ao corpo, induzido por maya, é tão poderoso que você não pode escapar dele tão facilmente! Mesmo que sua consciência normal de vigília esteja ofuscada, enquanto sua mente subconsciente estiver ligada ao corpo, você não poderá abandoná-lo permanentemente."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 161)

COMO VER COM CLAREZA (PARTE FINAL)

"(...) Quando estudamos a mente pura e a impura, ou a mente clara e a obscura, é como ver o sol encoberto pelas nuvens, que parece não fornecer luz e nem calor. Mas o sol está sempre lá; se as nuvens se dissiparem, ele brilhará novamente. A vasta mente que fornece algum tipo de inteligência a todas as criaturas está em toda parte, mas é obscurecida pelo desejo pessoal, egoísta.

Se todo desejo puder ser posto de lado, você irá, de acordo com certos instrutores espirituais, tornar-se iluminado. De maneira sutil, abra mão de tudo que você se apegou internamente. Você não tem que jogar fora a mobília, mas não se prenda a coisa alguma. Você deve usar as palavras 'eu' e 'meu' sem se sentir possessivo ou apegado.

Uma maneira simples de colocar isso é: 'Vou tomar um banho de chuveiro agora, mas isso não quer dizer que eu me sinta apegado ao corpo.' Embora por conveniência a pessoa possa usar um certo tipo de linguagem, o sentimento de desejo pessoal e todas as complicações que surgem a partir daí devem ser postos de lado. Então a mente será capaz de pensar de maneira lógica e sensível. Dizem que a mente impura é a mente com desejos, e que a mente pura não tem desejos.

Como pode a mente estar tão clara que compreenda o que é importante e o que não o é? Em Aos Pés do Mestre está assinalado que uma das qualificações para a correta discriminação é a clareza de visão. Se a pessoa for muito apegada às coisas que não são duradouras, o desapontamento é certo, e talvez também o sofrimento.

Nós não compreendemos que existem condições psicológicas que podem ser amplamente classificadas como sofrimento. Abrir mão é sofrimento, mas apego também é sofrimento, porque mais cedo ou mais tarde você terá que abrir mão. Muitas das coisas que consideramos prazerosas são na realidade fontes de dor, e a pessoa deve estar consicente para compreender isso. Se pudermos estar profundamente conscientes disso em nossos corações, a mente não perderá sua clareza."

(Radha Burnier - Equilíbrio na mente - Revista Sophia, Ano 9, nº 34 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 29)

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

AS OBRAS DE DEUS

"Não ouses tentar corrigir a obra de Deus.

Não faças aos gatos teu sermão sobre a não violência e sobre a coexistência pacífica. Isto poderia desequilibrar o mundo... E os ratos herdariam a Terra.

Deixa em paz a erosão.

Não protestes contra a vida da morte.

Não lamentes as inevitáveis enchentes ou os verões que se alongam.

Tua fabulosa tecnologia também tem seus limites. Há leis em marcha que tua ciência ainda não alcançou.

Cala teus vitupérios contra os calhordas.

Lembra-te de que, quando há inteligência, até de veneno se tira remédio.

Desconfias, por acaso, da inteligência de Deus?!"

(Hermógenes, Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 181/182)


COMO VER COM CLAREZA (1ª PARTE)

"Os Yogasutras de Patañjali mencionam a doença. Como sabemos, quando o corpo de alguém se torna doente, a mente não funciona de maneira adequada. Tomemos como exemplo uma pessoa que sempre foi gentil, hospitaleira, que amava servir aos outros, e que viveu até uma idade provecta. Ao se aproximar o fim de seus dias, ela parecia ter perdido todas essas qualidades. Essas e várias outras coisas podem acontecer por causa da condição corporal. No Bhagavad-Gita está dito que certos tipos de alimento produzem inquietação, distração e agressividade, e outros criam inércia, preguiça, relutância em se empenhar e assim por diante. Para ter uma capacidade mental calma e lógica, a pessoa precisa comer o tipo certo de alimento. 

Krishnamurti tinha algumas maneiras interessantes de responder. Parece que não comia nada que contivesse leite de búfala; às vezes, na sua comida, só permitia leite de vaca. Quando lhe perguntaram o que havia de errado com o leite de búfala, ele simplesmente respondeu: 'Olhe para o animal! O animal é pesado, gosta de se espojar nas poças de lama e é geralmente lento. Se comer esse tipo de alimento, você irá absorver algo dessas qualidades.' O hábito de comer carne jamais foi recomendado para pessoas que desejem estar despertas e alertas, porque as influências que estão no corpo animal - violência, ferocidade e assim por diante - até certo ponto atrapalham quando absorvidas.

Aquilo que bebemos também é importante. Uma pessoa viciada em álcool mais cedo ou mais tarde tem sua capacidade prejudicada. Existem também emoções que afetam a clareza da mente. Na tradição indiana, dizem que os inimigos de cada pessoa estão dentro dela, e não fora - sendo os inimigos a raiva, a ganância, a vaidade etc. É importante perceber isso. Aquilo que Buda chamou de 'as chamas' arde internamente.

A mente também não fica em condição melhor quando vê tudo isso. Nas escolas religiosas ensina-se a necessidade de permanecer calmo, de aceitar as coisas como são e de não inventar maneiras para aumentar a própria insatisfação. A ganância faz com que as pessoas destruam o ambiente. Atualmente o poder do dinheiro subjugou a sociedade moderna; a irracionalidade existe muito embora a mente se tenha tornado proficiente de algumas maneiras. 

O corpo, os sentimentos, a capacidade mental, os modos como a pessoa age e se relaciona estão interligados. Quando o pensamento se torna mais claro, mais lógico e mais sensível às necessidades dos outros, a outro pessoa é auxiliada, e isso também clareia a mente. Mas se nos sentimos emotivos e ansiosos isso então não é possível, porque as atitudes autocentradas obscurecem a mente. (...)"

(Radha Burnier - Equilíbrio na mente - Revista Sophia, Ano 9, nº 34 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 29)


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

MATURIDADE ESPIRITUAL: ENFRENTANDO OS PROBLEMAS COM FORÇA E CALMA

"Para ter receptividade, precisamos estar mentalmente relaxados. Paramahansa Yogananda costumava dizer que às vezes as pessoas se esforçam tanto para tentar entender que a mente corre em todas as direções e em consequência elas acabam não entendendo nada. Ocasionalmente ele nos dizia: 'Você está exagerando no esforço!'

Costumávamos pensar em todas as coisas que precisávamos perguntar a Paramahansaji; mas, quando estávamos em sua companhia e ele conduzia nossa mente em direção a Deus, as perguntas perdiam a importância.

É comum que os chamados 'problemas' resultem de pensamentos imaturos. Na presença de nosso Guru a mente se acalmava, e a tensão interior e a inquietude criadas por problemas e perguntas eram completamente apagadas. Mesmo quando não diziamos nada, os pensamentos se formavam de modo mais claro ao retornarmos aos nossos deveres, e sentíamos a segurança do senso interior de direção.

Mas Guruji não pensava por nós; ensinava-nos a 'crescer', pois a maturidade e o crescimento espiritual andam de mãos dadas. Não podemos fazer nenhum progresso real se continuamos dependentes dos outros. Maturidade significa a capacidade de enfretar os problemas da vida com força e calma objetiva e concentrar-se, com inteligência e discernimento, em encontrar a melhor solução. A maturidade espiritual vem quando nos aproximamos de Deus; é assim que se aprofunda a percepção intuitiva e o entendimento."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p 48/49)