OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O PROBLEMA DO BEM E DO MAL (PARTE FINAL)

"(...) Geralmente afirma-se que o sofrimento é um mal e é comumente associado à ideia de castigo, pois predomina a concepção cristã de que o sofrimento é uma punição. Será preferível equiparar o sofrimento à experiência; boa se contribuir para a melhoria espiritual e má se não forem tiradas do mesmo lições proveitosas, ou se for acolhido com revolta.

O conhecimento da natureza humana, segundo a Teosofia, leva o homem a considerar tudo sob o ponto de vista da Mônada ou do Ego, em vez de olhar pelo prisma da personalidade, ou seja, do homem terreno. Com efeito, para o homem físico existe o dualismo: Bem - Mal. Já para o Ego, só existe experiência, propriamente dita, porque para o Ego não há bem nem mal. As experiências serão agradáveis ou desagradáveis, para a personalidade, facilitadoras ou não da evolução.

A Mônada, ou espírito divino em germe, não tem experiências a colher. Ela tem ambiente para expansão, para suas manifestações de Vida, de Ação, de Atividade ou de Trabalho cósmico nos planos inferiores. Em resumo:

Para a Personalidade : Bem e Mal.
Para o Ego                 : Experiência.
Para a Mônada           : Manifestação.

Um problema complexo, que se liga muito de perto ao do Bem e do Mal, é o do deterministo e do livre-arbítrio. Como espírito (Mônada), somos livres porque estamos identificados com Deus, mas como homem terreno, como personalidade, não o estamos (Segundo Fichte, o ego individual faz parto do Ego absoluto e, como este, é livre).

Sabemos, entretanto, que quanto mais evoluirmos, mais livres seremos, porque dominaremos maior porção do universo e que, quando melhor conhecermos e respeitarmos as leis cósmicas, menos sofreremos, porque evitaremos as consequências cármicas desagradáveis ou dolorosas." 

(Alberto Lyra  – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 225/226)
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terça-feira, 11 de novembro de 2014

A VERDADEIRA EXPERIÊNCIA DO ÊXTASE ESPIRITUAL

"Deus nos deu o poder da inspiração espiritual - a percepção da pura bem-aventurança de Sua presença em nós. Mas a força do mal na criação inventou imitações espúrias. Os efeitos temporários e euforizantes do álcool e das drogas são falsificações das verdadeiras experiências espirituais. O uso dessas substâncias frequentemente leva ao abuso do sexo, o que impede o poder da inspiração espiritual, prendendo a mente à intensa consciência corporal. 

Muitas pessoas bebem vinho para banir lembranças e preocupações tristes ou desagradáveis, mas essa espécie de esquecimento priva o homem da sabedoria inata da alma - exatamente o poder que o faria superar problemas e encontrar felicidade duradoura. Deus, sendo a própria Alegria, quer que busquemos e encontremos, dentro de nossas almas, Sua bem-aventurança sempre nova.

As imitações são nocivas, pois são as iscas de maya, a força cósmica ilusória que está sempre tentando arruinar todas as belas expressões de Deus neste universo. Em toda a criação, vemos as forças duais do bem e do mal em oposição: Deus criou o amor, a força satânica criou o ódio; Deus criou a generosidade, a força satânica criou o egoísmo; Deus criou a paz, a força satânica criou a desarmonia.

Sabendo disso, você deve compreender que o álcool e as drogas são prejudiciais à sua felicidade; eles destroem a verdadeira alegria e inteligência da alma. Até mesmo um gole de uma bebida alcoólica, ou uma única experiência com drogas, pode ser o começo de um hábito permanente, porque pode haver uma tendência de vidas passadas já gravada em seu subconsciente. O que é nocivo deve sempre ser evitado como tal."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 159/160)


O PROBLEMA DO BEM E DO MAL (3ª PARTE)

"(...) A mesma emoção grosseira, num homem evoluído, de corpo astral mais refinado, será sempre um mal, porque não tornará o corpo astral mais vibrátil e sim, exercerá efeito oposto - estará contrariando a linha da evolução. Diz-nos muito sugestivamente a Sra. Besant, que a evolução é uma escada em cujos degraus estão os homens, conforme o seu grau de adiantamento. (...)

O problema do bem ou do mal é, pois, essencialmente individual e não se julgará, também, uma ação boa ou má, pela felicidade ou pelo prazer que ela irá produzir e sim pela consequência que irá ter na evolução do indivíduo.

A maioria das ações humanas tem uma boa mistura de 'bem' e de 'mal' e só podem ser avaliadas corretamente pela precedência do 'bem' sobre o 'mal'. Às vezes podem ser aparentemente más e no entanto encerrarem apenas o 'bem'.

Assim Çakya Muni abandonou esposa e filho para se dedicar à salvação da Humanidade. Ora, neste caso particular havia apenas 'bem' porque a humanidade é mais importante do que família. Para um grande Ser, como o era Çakya Muni, seria um mal imensurável se Ele continuasse com os seus e não se oferecesse para aliviar o pesado Carma do mundo. A Sua vida foi exemplo edificante para todos os membros de sua família e esta ficou amparada em todos os sentidos, material e espiritualmente.

Um indivíduo pouco evoluído, que abandonasse os seus, para se dedicar a uma causa mesmo elevada, estaria cometendo um mal, porque, para o mais atrasado, o dever primordial é o DHARMA familiar, e o do amparo à família. Se um Iniciado abandonar a família para se sacrificar por uma causa, poderá estar cometendo um ato bom e mau, ou seja, um ato imperfeito. Só as condições cármicas individuais e do momento poderão determinar se haverá maior soma de bem ou de mal em seu ato. O Dharma é também, estritamente individual e o do Iniciado é muito diferente do do indivíduo comum. (...)"

(Alberto Lyra  – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 224)
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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

SEM AUTOANÁLISE O HOMEM VIVE COMO UM ROBÔ

"Milhões de pessoas nunca analisam a si próprias. Mentalmente, são produtos mecânicos da fábrica do ambiente em que vivem, preocupadas com o café da manhã, almoço e jantar, trabalhando, dormindo, indo daqui para ali para se divertirem. Elas não sabem o que, nem por que estão procurando, e tampouco compreendem por que jamais encontram felicidade perfeita ou satisfação duradoura. Esquivando-se da autoanálise, permanecem como robôs, condicionadas pelo seu meio. A verdadeira autoanálise é a melhor arte do progresso.

Todos deveriam aprender a se analisar imparcialmente. Anote diariamente seus pensamentos e aspirações. Descubra o que você é - não o que imagina ser! - porque quer fazer de você aquilo que deveria ser. A maioria das pessoas não muda porque não vê seus próprios erros.

Cada um é produto da hereditariedade e do ambiente. Se você nascer nos Estados Unidos, apresentará características americanas inconfundíveis. Se nascer na China ou na Inglaterra, provavelmente refletirá as influências dessas nacionalidades. Seu ambiente é o resultado de sua verdadeira hereditariedade - traços e desejos adquiridos em vidas passadas. Essa herança de encarnações anteriores levou-o a nascer exatamente na família e no ambiente em que agora se encontra.

Quando lemos sobre famílias de pessoas importantes, notamos frequentemente que os filhos de grandes homens não são, necessariamente, da mesma fibra mental que os pais. Esta falha na hereditariedade biológica do homem suscita uma grande dúvida em nossa mente: por que não encontramos, na vida humana, os mesmos resultados que observamos nos reinos vegetal e animal, onde bons ancestrais costumam produzir bons descendentes? Temos de investigar a vida interior do homem para obter a resposta." 

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 73/74)

O PROBLEMA DO BEM E DO MAL (2ª PARTE)

"(...) O estudo profundo da natureza e do homem mostra, ao teósofo, pelo menos duas leis universais:

1 - A lei da evolução, que se manifesta pela transformação do simples no complexo, do indiferenciado no diferenciado, do uno no múltiplo (na presente fase). A reencarnação é um dos aspectos humanos da lei da evolução.
2 - A lei da unidade ou interdependência universal, conhecida também como lei de causa e efeito, ou lei do Carma.

O estudo do universo visível e invisível, mostra-nos que a evolução é um processo cósmico, universal, que se manifesta tanto na nebulosa que se acaba transformando num sistema planetário, quanto no mineral que apresenta desde as formas primitivas, até às complexas formas cristalinas; tanto no vegetal em que lobrigamos desde formas simples, unicelulares, microscópicas, até às árvores gigantescas, quanto no animal, em que vemos também as mesmas formas simples, até chegarmos aos mamíferos superiores e ao homem, em que a variedade de tipos físicos, intelectuais e morais, mostra enorme gradação. (...)

Se passarmos a considerar a vida humana, verificaremos que ela é um contínua experiência. Sofrimento e prazer são modalidades de experiência. Comumente associa-se o sofrimento ao mal e o prazer ao bem. Ora, este critério é relativo e por isto mesmo pode ser falso. Conforme o aspecto que se considere, o sofrimento é um mal ou um bem e, por outro lado, uma ação que conduza ao sofrimento pode ser boa ou má. Vejamos. Um homem, no início da evolução humana propriamente dita, é incapaz de compreender e sentir uma emoção elevada, porque o seu intelecto, e portanto o seu corpo mental, é rudimentar e porque, sendo o corpo astral grosseiro, só as emoções fortes podem fazê-lo vibrar. Portanto, é inútil querer transmitir-lhe sentimentos refinado, pois ele só vibrará com paixões fortes, que sacudirão a inércia (o Tamas, dos hindus) do corpo astral, que com isto evoluirá. 

Mas, naturalmente, pelo princípio da interdependência, ou seja do Carma, as paixões grosseiras irão produzir consequências dolorosas. Desta forma, elas foram um bem, porque impulsionaram a evolução - e só elas poderiam impulsioná-la, porque só elas fariam vibrar o corpo astral - e foram um mal, porque conduziram ao sofrimento. Entretanto, no sentido absoluto universal, elas foram um bem, porque a evolução sendo uma lei universal, é um bem e o sofrimento foi o meio pelo qual o entendimento foi desperto, serviu de advertência para que não se repetisse a ação que o gerou. Com a experiência do sofrimento, o homem irá evoluir, ao procurar emoções menos grosseiras e evitar as mais baixas. (...)"

(Alberto Lyra  – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 222/223)
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