OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 8 de julho de 2016

EQUANIMIDADE

"Você é desses que se desesperam desastrosamente quando as coisas correm contrariamente a seus desejos e interesses? É?

Quem facilmente se irrita com uma adversidade, também facilmente exulta quando consegue o que deseja.

Tomara que você não seja assim!

São os egoístas e ignorantes que explodem repentinamente, seja exultando quando seus desejos são atendidos, seja se irando quando não.

Se você é assim, comece a mudar.

Emoções extremadas, que se sucedem ao sabor dos acontecimento, que não conseguimos controlar, desequilibram a saúde física e mental.

Se você não tomar cuidado vira folha ao vento. Numa hora sopra o vento da alegria excessiva, noutra, o da depressão.

Senhor, dá-nos a Paz que Tu és."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 138)


quinta-feira, 7 de julho de 2016

O CONHECIMENTO DE NOSSA VERDADEIRA NATUREZA

"Durante o período de luta, o questionamento a respeito da finalidade da vida e da própria natureza humana surge espontaneamente; as respostas que chegam, no entanto, não respondem às perguntas, mas as eliminam pela própria experiência da realidade. Portanto, com relação ao mistério humano em si, a resposta não é uma exposição intelectual da constituição do homem, porém a consciência de seu próprio Ser interno e, como consequência, a descoberta do mundo desse Ser. Quando, a partir de tal mundo, consideramos o problema da dualidade que experimentamos em nossa vida diária - de um Ser superior, de um lado, e de um eu inferior, de outro -, encontramos uma admirável verdade.

O homem é essencialmente divino; como filho de Deus, participa da natureza de seu Pai, de cuja Divindade partilha. Portanto, o verdadeiro Lar do homem é o mundo da Divindade, onde vivemos e nos movemos, e temos o nosso ser, 'de eternidade a eternidade'.

Em Seu próprio mundo, o Ego humano tem suas atividades e desfruta uma vida de júbilo e esplendor, além de toda concepção terrena. Há, no entanto, uma experiência ou lição que ele não poderá aprender, para o que ele terá que transferir sua consciência aos mundos de manifestação externa, onde existe a multiplicidade e a antítese do Eu e do não Eu. Somente nesses mundos, e por meio de corpos constituídos de matéria a partir deles, pode o Ego conquistar autoconsciência, ou seja, consciência de si próprio como individualidade separada. No mundo divino, a verdadeira morada do Ego, não há distinção entre o Ser e o não Ser, pois que nele cada fragmento participa da consciência universal da totalidade. Por essa razão, nesse mundo, a autorrealização necessário ao Ego não poderá ser obtida. Tão só no trino universo de manifestação externa, constituído pela existência física, emocional e mental, achamos a dualidade de objeto e sujeito, fundamental à aquisição de autoconsciência. Portanto, é verdadeiramente para obtenção de conhecimento que o Ego coloca a si próprio nesses mundos externos e assume corpos da matéria desses mundos. Essa transferência da Alma aos mundos de trevas é simbolicamente descrita no Gênesis.

O Paraíso primitivo não é um estado que possa perdurar, por maiores que sejam a beleza e a harmonia. A Alma tem de comer da árvore do bem e do mal, da árvore do conhecimento, mesmo à custa do Paraíso. Uma vez experimentado o desejo de conhecer os mundos da matéria, reveste-se a Alma das 'vestimentas de pele' ou corpos materiais, e tem então de viver sujeita às condições da existência material e 'ganhar o pão com o suor de seu rosto'.

A finalidade desse longo exílio é a redenção ou regeneração, que ocorre quando a Alma recobra o conhecimento de sua divindade essencial e Cristo nasce no coração do homem. Então o Paraíso é recuperado; agora, com plena consciência de si mesmo, o Ego possui em seu Lar divino os frutos produzidos pela descida da Alma aos mundos da matéria."

(J.J. Van Der Leeuw - Deuses no Exílio - Ed. Teosófica, Brasília, 2013 - p. 16/18)


quarta-feira, 6 de julho de 2016

ILUMINAÇÃO

"(2:57) Aquele que, independentemente das circunstâncias, a nada se apega, não se inebria com o bem e não se deprime com o mal é um homem de sólida sabedoria.

Assim como o cisne desliza à flor das águas sem que estas o toquem, assim o homem sábio vai pelas correntes da vida sem que estas o afetem.

Paramhansa Yogananda empregava frequentemente a analogia dos filmes, ressaltando que eles criam a ilusão da realidade pela simples associação de luz e sombra - e, mais recentemente, de cor -, não passando tudo isso de emanações do raio único de luz que sai do projetor. Um sábio iluminado não se deixa afetar, no íntimo, pelo 'filme' da vida. Não quer dizer que seja empedernido e indiferente. Sua impessoalidade deriva do fato de nada desejar para si mesmo. E, como sua percepção de tudo e de todos vem de dentro, com todos e tudo simpatiza, rejubilando-se, por causa deles, quando estão bem e lamentando-os quando estão mal. Também teme por suas más ações e as consequências que terão para eles. Seu único desejo - se, por compaixão, ainda cultivar algum - é ajudar os semelhantes a encontrar Deus."

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramhansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 118


terça-feira, 5 de julho de 2016

ORAÇÕES

"P: Davi rogou ao Deus dos exércitos que lhe ajudasse a derrotar os filisteus e a matar os sírios e moabitas; e o 'Senhor protegeu a Davi em todas as orações'. Nisto nos limitamos a seguir o que diz a Bíblia. 

T: É claro. Mas já que se chamam de cristãos e não de israelitas ou judeus, por que não fazem o que disse Cristo? Ordena muito claramente para não imitar 'aos dos tempos antigos' ou da lei mosaica, e os convida a seguir o que ele ensinava, advertindo aos que quisessem usar a espada, que por ela pereceriam. O Cristo lhes deu uma oração que converteram em ostentação rotineira, pois só os lábios a pronunciam, e ninguém, exceto o verdadeiro ocultista, a compreende. Dizem nela, no sentido da letra morta: 'Perdoa-nos nossas dívidas, assim como perdoamos nossos devedores', coisa que nunca fazem. Também lhes disse: Amai a vossos inimigos e fazei o bem àqueles que vos odeiam. Seguramente não é o 'doce profeta de Nazaré' quem os ensina a rezar ao 'Pai' para matar e vencer aos inimigos! Aí está por que repelimos aquilo que vocês chamam de 'orações'."

(Blavatsky - A Chave da Teosofia - Ed. Três, Rio de Janeiro, 1973 - p. 81)
http://www.editora3.com.br/


segunda-feira, 4 de julho de 2016

O ABSTRATO E O CONCRETO

"A Sociedade é uma grande corporação de homens e mulheres, composta de elementos os mais heterogêneos. A Teosofia em sua significação abstrata é a Sabedoria Divina, ou a síntese da ciência e sabedoria que sustém o universo - a homogeneidade do eterno bem; e em seu sentido concreto, é somente a soma total do mesmo, concedida ao homem pela natureza nesta Terra. Alguns membros se esforçam sinceramente em viver verdadeiramente a Teosofia, objetivando-a; enquanto que outros desejam apenas saber, sem praticar; e há ainda os que entraram na Sociedade unicamente por curiosidade ou por interesse passageiro, ou talvez porque algum amigo fazia parte dela. Como se pode, portanto, julgar o sistema com o critério dos que querem ostentar o nome sem nenhum direito a ele? Devemos julgar a poesia apenas pelos que pretendem ser poetas mas só nos ferem os ouvidos? Somente em seus objetivos e motivos abstratos, a Sociedade pode ser julgada como representação exterior da Teosofia; jamais poderá pretender ser seu veículo concreto, enquanto todas as debilidades e imperfeições humanas se encontrem nela; de outro modo a Sociedade não faria mais do que repetir o grande erro e os sacrilégios das chamadas Igrejas de Cristo. Se nos for permitida uma comparação oriental, diremos que a Teosofia é o oceano infinito da verdade universal, do amor e sabedoria que se reflete na Terra, enquanto que a Sociedade Teosófica é tão só uma bolha visível desse reflexo. A Teosofia é a natureza divina, visível e invisível, e a Sociedade que leva seu nome, a natureza humana esforçando-se em se elevar até à primeira. A Teosofia, enfim, é o sol fixo e eterno, e a Sociedade o cometa que trata de entrar em sua órbita para converter-se em planeta, girando eternamente sob a atração do sol da verdade. Foi formada para ajudar a demonstrar aos homens que existe uma coisa chamada Teosofia, dando meios de alcançá-la, elevando-se até ela pelo estudo e assimilação de suas verdades eternas."

(Blavatsky - A Chave da Teosofia - Ed. Três, Rio de Janeiro, 1973 - p. 70/71)
http://www.editora3.com.br/