OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 25 de setembro de 2016

ESFORÇO (2ª PARTE)

"(...) Esforço não significa luta para transformar o que é no que não é, ou no que deveria ser ou deveria 'vir a ser'? Porque não queremos enfrentar o que é, vivemos em luta constante, tentando fugir ou transformar, modificar o que é. O homem que tem em si o verdadeiro contentamento é aquele que compreende o que é, dando ao que é sua exata significação. Este é o verdadeiro contentamento. Nele, não há preocupação de ter poucas posses ou muitas posses, mas só interesse pela compreensão do total significado do que é. E esse contentamento só pode vir quando reconhecemos o que é, quando o percebemos lucidamente, e não quando estamos tentando modificá-lo ou transformá-lo. 

Vemos, pois, que o esforço é uma luta para transformar o que é, noutra coisa que desejais que ele seja. Estou me referindo apenas a luta psicológica, e não a luta com um problema físico, como um problema de engenharia ou qualquer problema atinente a algum descobrimento ou transformação de ordem puramente técnica. Estou falando, apenas, daquela luta que é psicológica e que sempre se sobrepõe ao que é técnico. Podemos edificar com todo o esmero uma sociedade maravilhosa, com o emprego do saber imenso que a ciência nos deu. Mas enquanto não for compreendido o esforço e a luta e a batalha psicológica, e não forem superadas todas as sobrecargas e correntes psicológicas, a estrutura da sociedade, por mais soberbamente edificada, está condenada a desabar, como tem acontecido tantas e tantas vezes. 

O esforço é uma distração do que é. No momento em que aceito o que é, não há mais luta. Toda forma de luta ou de esforço é um indício de distração, e a distração, que é esforço, existe necessariamente, enquanto, psicológicamente, desejo transformar o que é em alguma coisa que não é. 

Temos primeiro de ser livres, para vermos que a alegria e a felicidade não resultam de esforço. Há criação pelo esforço, ou só há criação com a cessação do esforço? Quando é que escreveis, pintais ou cantais? Quando é que criais? Sem dúvida, quando não há esforço, quando estais completamente abertos, quando em todos os níveis há comunhão completa entre vós, completa integração. Há então alegria, e começais a cantar, ou a escrever um poema, ou a modelar alguma coisa. O momento criador não nasce da luta.

Talvez, se compreendermos o problema da criação, estejamos aptos a entender o que significa esforço. Criação é produto de esforço, e temos consciência dos momentos em que somos criadores? Ou a criação é um estado de completo autoesquecimento, aquele estado em que não há agitação, em que estamos por completo inconscientes do movimento do pensamento, quando só há Ser, completo, pleno, rico? Esse estado resulta de labor, luta, conflito, esforço? Não sei se já tendes notado que quando executais uma coisa com facilidade, com destreza, não há esforço e sim uma ausência completa de luta; mas, visto que nossas vidas são, pela maior parte, uma série de batalhas, conflitos e lutas, não podemos imaginar uma vida, um 'estado de ser' em que haja cessado completamente a luta. (...)"

(Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade - Ed. Cultrix, São Paulo - p. 59/60)


sábado, 24 de setembro de 2016

ESFORÇO (1ª PARTE)

"Para a maioria de nós, toda a vida está baseada no esforço, em alguma espécie de volição. Não podemos conceber ação sem volição, sem esforço; nisso está baseada nossa vida. A vida social, econômica, e a chamada vida espiritual são uma série de esforços, culminando sempre em certo resultado. E pensamos que o esforço é essencial, necessário. 

Por que fazemos esforço? Não é, falando com simplicidade, com o fim de alcançarmos um resultado, de nos tornarmos alguma coisa, de alcançarmos um objetivo? Se nenhum esforço fazemos, pensamos cair na estagnação. Temos uma idéia a respeito do alvo que estamos lutando para alcançar e esta luta se tornou parte da nossa vida. Se desejamos modificar-nos, mudar radicalmente, fazemos um esforço tremendo para eliminar os velhos hábitos, resistir às influências ambientes, etc. Estamos, pois, habituados a essa série de esforços no sentido de encontrar ou realizar alguma coisa, para vivermos de alguma maneira. 

Todo esse esforço não representa atividade do 'ego'? Esforço não significa atividade egocêntrica? Se fazemos um esforço, procedente do centro do 'eu', esse esforço inevitavelmente produzirá mais conflito, mais confusão e amargura. Entretanto, continuamos, obstinadamente, a fazer esforço sobre esforço. Pouquíssimos dentre nós compreendem que a atividade egocêntrica do esforço não nos livra de nenhum dos nossos problemas. Pelo contrário, aumenta nossa confusão, nossa amargura, nosso sofrimento. Sabemo-lo, e entretanto continuamos a nutrir a esperança de nos libertarmos, de algum modo, dessa atividade egocêntrica do esforço, da ação da vontade. 

Penso que chegaremos a compreender o significado da vida, se entendermos o que quer dizer fazer um esforço. Vem a felicidade como resultado do esforço? Já tentastes alguma vez ser felizes? E impossível isso, não achais? Lutais para ser felizes, e não há felicidade, há? A alegria não vem como resultado de coerção, de refreamento ou transigência. Podeis ceder, mas no fim encontrareis amargura. Podeis refrear ou controlar, mas há sempre luta, subterrâneamente. A felicidade, pois, não se consegue pelo esforço, nem a alegria pelo controle e refreamento. Entretanto, toda nossa vida é uma série de esforços, de refreamento, de controle, e uma série de lamentáveis capitulações. Há também um constante esforço de domínio, uma luta constante com nossas paixões, nossa ganância e estupidez. Não é certo que estamos lutando, agitando-nos, esforçando-nos, na esperança de acharmos a felicidade, de acharmos alguma coisa que nos dê um sentimento de paz, um sentimento de amor? Mas o amor ou a compreensão resulta de luta? Julgo importantíssimo compreender o que se entende por luta ou esforço. (...)"

(Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade - Ed. Cultrix, São Paulo - p. 58/59)


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

DE ONDE PROVÉM AS DOENÇAS (PARTE FINAL)

"Apesar de determinadas doenças terem seu início no decorrer da própria encarnação em que se manifestam, muitas delas foram geradas ANTES do nascimento físico. Nós mesmos, como almas, as escolhemos como meio de purgação de antigos desequilíbrios ou como meio de fortalecimento e desenvolvimento de certas qualidades que de outro modo não emergiriam. Escolhemos nossas enfermidades com o mais profundo poder de decisão e, por esse motivo, é inútil querermos depois combatê-las às cegas. Isso não quer dizer que as doenças sejam indispensáveis à evolução do homem: pelo contrário, elas são um mal, ainda que por enquanto necessário.

Há certas correntes de pensamento que admitem que estaríamos geneticamente programados para viver nesta Terra cerca de cento e cinquenta anos (isso dentro do ATUAL código genético), e podemos facilmente compartilhar desta ideia na medida em que, refinando nossa capacidade de percepção, reconhecemos esse potencial em nosso próprio corpo físico. Três fatores impedem, entretanto, e há muito parecem impedir, que permaneçamos em encarnação o quanto nos seria possível: a alimentação inadequada de dezenas de gerações através dos séculos, os tóxicos absorvidos por diferentes vias (físico-etéricas, emocionais e mentais) e o estado de ansiedade ao qual a vida voltada para valores corriqueiros dá permanente estímulo. Assim, muito trabalho há para ser feito em favor da saúde, antes que possamos atingir nossa máxima longevidade e vigor físico. Sabe-se, porém, que faz parte do Plano Evolutivo que o homem se torne completamente são num ciclo futuro da Terra, assim como ele o é em outros planetas e estrelas desta ou de outras galáxias (referimo-nos tanto a locais físicos como a dimensões mais sutis de vida)."

(Trigueirinho - Caminhos para a cura interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1995 - p. 38
www.pensamento-cultrix.com.br


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

DE ONDE PROVÉM AS DOENÇAS (2ª PARTE)

"(...) O nosso subconsciente (que é o concentrado de nossas experiências passadas) recebe toda a impressão do que pensamos e sentimos. As camadas psíquicas (planos mental e emocional) e as camadas densas (planos etérico e físico) do planeta também recebem todas as nossas emanações. Tanto o subconsciente quanto essas camadas reagem então segundo o estímulo que lhes enviamos. Se, portanto, alguém confirma em si mesmo, com sua atitude, somente a sua aparência humana, está, sem perceber, se abrindo à possibilidade de ficar enfermo. Para estar relativamente livre dessa condição de desarmonia é necessário que aprenda a permanecer estável na ideia de que a maior parte de seu ser se encontra em níveis supramentais, e que lhe cabe tomar consciência disso de maneira cada vez mais clara. 

Por longos períodos de tempo em que se desenvolvia a civilização terrestre atual, o homem habituou-se a identificar-se com os aspectos densos e pessoais do seu ser, sem saber que, com isso, polarizava sua atenção nos níveis em que ocorre o atrito entre as forças construtivas solares e a atmosfera terrestre contaminada pelas forças lunares. Seguindo no passado essa tendência (que nos dias de hoje está rapidamente declinando), os eus superiores estiveram mais receptivos à realidade do mundo concreto do que ativos em outras direções. Ainda estão vivos em nossa memória os ensinamentos típicos de épocas passadas, como, por exemplo, as doutrinas emanadas de religiões organizadas que enfatizavam a imperfeição e as limitações do homem, reforçando assim sua identificação com os níveis onde a doença existe.

A propaganda de remédios, a descrição pormenorizada (e nem sempre necessária) dos aspectos das doenças, os costumes alimentares retrógrados, a ansiedade produzida pelo hábito da concorrência e da competição e o desejo canalizado para coisas da matéria mais densa, levaram-nos a uma identificação progressiva com as áreas enfermas do planeta. Atualmente, os poderes superiores que existem dentro do homem estão sendo reconhecidos por ele, e a progressiva concentração de sua mente nas dimensões supramentais lhe propiciará certa imunidade, desde que ele persista em seu trabalho de colocar sua personalidade em alinhamento com a vontade superior. Tal trabalho nada mais é que a contínua atenção em manter-se coerente (nas ações, sentimenos e pensamentos) com a meta espiritual escolhida.

Quem assume esse processo precisa saber de um ponto básico e essencial: o antagonismo com a enfermidade reforça o desequilíbrio e o perpetua. Fomos educados para 'combater' as moléstias, e para julgá-las sempre negativas, e por isso não nos damos conta de outros aspectos que possam ter. Na realidade, elas nos estão sempre demonstrando que há algum ponto a ser transformado em nossa vida e atitude."

(Trigueirinho - Caminhos para a cura interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1995 - p. 34/36


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

DE ONDE PROVÉM AS DOENÇAS (1ª PARTE)

"Antigamente se dizia que as doenças eram enviadas por Deus para castigo dos pecadores. Séculos depois modificou-se essa ideia, e o 'diabo', criatura má, passou a ser quem as trazia. Depois disso, os pesquisadores descobriram os vírus e as bactérias e a estes foram então atribuídas as causas das enfermidades. Mais recentemente, quando começaram a surgir escolas de psicologia, certas doenças passaram a ser consideradas produto ou somatização das reações e dos estados psíquicos do homem. Assim, ideias e pesquisas sobre o assunto foram evoluindo e, por certo, não estacionaram aí.

Quando o apelo interior da humanidade por maior expansão de consciência se tornou suficientemente forte para atrair novos esclarecimentos sobre a saúde e a doença, ela pôde receber conhecimento mais amplo. Seres que trabalham nas dimensões interiores do planeta lho puderam transmitir através de uma espécie de telepatia que não se limita ao âmbito mental. Essa telepatia superior consiste num contato consciente que a alma do homem estabelece com o núcleo interior de um ser ainda mais evoluído do que ele, de onde recebe ensinamentos. Além disso, a aprendizagem por vias subjetivas também pode ser feita através da 'leitura' daquilo que está impresso nas camadas do éter cósmico, camadas sutis que envolvem a Terra e que contêm toda e qualquer informação. Através desse acervo, percebe-se pelos sentidos interiores que o atrito provocado na atmosfera terrestre pelas forças construtivas que vêm através dos raios solares produz as doenças no planeta e na maioria dos reinos nele existentes. Isso é causado não pelas forças positivas em si, mas pela própria condição impura da atmosfera terrestre, que reage à sua passagem, como vimos. 

A presença das enfermidades, como já foi dito, é própria dos níveis de consciência físico-etérico, emocional e mental - não existe além deles. É nesses três planos vulneráveis que também está localizada a parte pessoal da nossa consciência. Na verdade, o homem como um todo é emanação da Mente Única, que se manifesta sob vários aspectos, e a personalidade humana é apenas um deles. Sempre que o pensamento e a energia estejam centrados nas características mais materiais do ser, enfocando de modo exclusivo assuntos da personalidade, o indivíduo  está mais sujeito à doenças, dado que é exatamente nessa área que elas existem. 'Um homem é o que ele pensa', diz certa lei. Se polariza sua atenção apenas no lado físico, emocional e mental da própria vida, torna-se ainda mais suscetível à condição doentia dos níveis terrestres. (...)"

(Trigueirinho - Caminhos para a cura interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1995 - p. 33/34