OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

POR QUE AS EXPERIÊNCIAS SENSÓRIAS SÃO SEDUTORAS

"Tentações são sedutoras; não há dúvida sobre isso. Todas as nossas faculdades sensórias estão dirigidas para o mundo exterior. Existe uma corrente de energia vital fluindo através dos nervos, que vai do cérebro aos olhos, ouvidos, nariz, língua e pele. As sensações que experimentamos por meio desses instrumentos resultam da corrente que flui para o exterior, e tendemos a gostar disso. Este é o apelo dos sentidos. Abusar deles é perigoso; enquanto o homem não se estabelecer na sabedoria, a energia que flui para fora o fará ser escravo dos sentidos.

Como o holofote de cinco raios dos sentidos, percebemos e exploramos o mundo material. Com os sentidos, aprendemos a gostar do que é agradável ver, ouvir, cheirar, saborear e tocar. O desejo de determinada sensação torna-se um hábito. O problema é que a maioria das pessoas não teve nenhuma experiência do Espírito, oculto atrás da matéria; por isso, não tem um padrão para comparar as percepções dos sentidos, agradáveis e empolgantes, com a desconhecida e inefável bem-aventurança da alma. E não conseguirão comparar até renunciarem a todos os estímulos sensórios, ou até serem mentalmente impermeáveis a eles. O único meio de evitar a armadilha é compreender, pela razão ou pela experiência, que existem alegrias mais sublimes."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 191)


terça-feira, 4 de outubro de 2016

A EXAGERAÇÃO

"É especialmente necessário que o aspirante evite toda inquietação e agitação. Muitos são os cooperadores energéticos e ardorosos que malgastam a maioria de seus esforços, sem obter deles resultados efetivos por cederem a tais vícios, pois se circundam de uma aura de trêmulas vibrações, que distorce todo pensamento ou sentimento que a atravessa e praticamente neutraliza toda influência harmoniosa procedente do interior. Sede absolutamente exatos; mas atingi a exatidão pela calma perfeita e nunca por inquietudes e agitações. 

Outro ponto que é mister incutir em nossos estudantes é que em ocultismo sempre expressamos exatamente o que dizemos, nem mais nem menos. Quando estabelecemos a regra de que não se deve dizer nada ofensivo a outrem, entende-se no sentido absoluto; não tão só que temos de passar a reduzir o número de censuras e maledicências que soltamos cada dia, senão que deve cessar definitivamente toda crítica e murmuração. Estamos muito acostumados a ouvir conselhos e máximas morais sem crer que se há de praticá-los rigorosamente, como se um assentimento superficial ou um débil esforço para tentar cumpri-los fosse tudo quanto a religião exigisse de seus fiéis. Cabe-nos eliminar por completo esta atitude mental e compreender que em ocultismo se exige a estrita e literal obediência às instruções dadas pelo Mestre ou o seu discípulo."

(C.W. Leadbeater - Os Mestres e a Senda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2004 - p. 98/99

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE (PARTE FINAL)

"(...) Como descobrir a verdade, a este respeito? Agiremos partindo deste ponto. Para se achar a verdade relativa à questão, é preciso estarmos livres de tudo quanto é propaganda, o que significa estarmos habilitados a estudar o problema independentemente da opinião. A tarefa da educação se cifra, toda ela, no despertar o indivíduo. Para perceberdes tal verdade, precisais estar perfeitamente lúcidos, isto é, não deveis depender de guia algum. Quando escolheis um guia, o fazeis porque estais em confusão, e portanto, vossos guias acham-se também confusos, como estamos vendo acontecer, no mundo. Consequentemente não podeis esperar orientação ou ajuda do vosso guia. 

A mente que deseja compreender um problema deve, não só compreendê-lo de maneira completa e integral, mas também ser capaz de segui-lo velozmente, visto que o problema nunca é estático. O problema é sempre novo, seja o suscitado pela penúria, seja psicológico, ou outro qualquer. Toda crise é sempre nova; por conseguinte, para compreendê-la, deve a mente ser nova, lúcida, e ser muito veloz no acompanhá-la. Creio que quase todos nós reconhecemos a urgência de uma revolução interior, pois só ela pode operar uma transformação radical do exterior, da sociedade. Este é o problema com que eu próprio e todas as pessoas seriamente intencionadas estamos ocupados. Como produzir uma transformação fundamental, básica, na sociedade — este é o nosso problema; e esta transformação do exterior não pode efetuar-se sem a revolução interior. Uma vez que a sociedade é sempre estática, toda ação, toda reforma que se efetue sem esta revolução interior se torna igualmente estática. Nessas condições, não há esperanças, a menos que haja esta constante revolução interior, porquanto, sem ela, a ação exterior se torna maquinal, torna-se um hábito. A ação resultante das relações entre vós e outrem, entre vós e mim, é a sociedade, e essa sociedade se tornará estática, não terá qualidade vivificante alguma, enquanto não se verificar esta constante revolução interior, uma transformação psicológica criadora. Uma vez que esta constante revolução interior não existe, a sociedade se está tornando sempre estática, cristalizada e, em consequência, tem que se desagregar constantemente." 

(Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade - Ed. Cultrix, São Paulo - p. 32/33)

domingo, 2 de outubro de 2016

O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE (1ª PARTE)

"Um problema se oferece à maioria de nós: se o indivíduo é simples instrumento ou fim da sociedade. Vós e eu, como indivíduos, existiremos para sermos utilizados, dirigidos, educados, controlados, ajustados a um certo padrão pela sociedade e pelo governo, ou a sociedade, o Estado, existirão para o indivíduo? O indivíduo é o fim da sociedade; ou apenas um títere, que existe para ser ensinado, explorado, massacrado como instrumento de guerra? Eis o problema que está nos desafiando. É o problema do mundo: se o indivíduo é mero instrumento da sociedade, um brinquedo à mercê de influências, pelas quais é moldado, ou se a sociedade existe para o indivíduo. 

Como esclarecer-nos a tal respeito? é um problema sério, não é? Se o indivíduo é mero instrumento da sociedade, a sociedade, nesse caso, é muito mais importante que o indivíduo. A ser verdadeira tal afirmação, o que devemos fazer, então, é abandonar a individualidade e trabalhar para a sociedade; todo nosso sistema educativo terá de ser revolucionado de alto a baixo e o indivíduo convertido num instrumento para ser usado e destruído, liquidado, eliminado. Mas se a sociedade existe para o indivíduo, a função da sociedade não é então a de obrigá-lo a ajustar-se a algum padrão e sim de dar-lhe o senso da liberdade, o impulso para a liberdade. Cumpre-nos, pois, averiguar qual das duas coisas é falsa. 

Como poderiamos investigar este problema? É um problema vital, não é? Este problema não depende de nenhuma ideologia, seja da esquerda, seja da direita; e se é dependente de qualquer ideologia, passará a ser apenas matéria de opinião. As idéias geram sempre inimizade, confusão, conflito. Se dependeis de livros da esquerda ou da direita, ou de livros sagrados, dependeis, nesse caso, da mera opinião — de Buda, de Cristo, do capitalismo, do comunismo, ou do que quer que seja. São ideias, e não a verdade. Um fato nunca pode ser negado. Uma opinião a respeito do fato pode ser negada. Se pudermos descobrir a verdade concernente a este problema, estaremos aptos a agir independentemente da opinião. Não é necessário, por conseguinte, que nos desembaracemos do que tem sido dito por outros? A opinião do esquerdista ou de outros líderes é produto do seu condicionamento, e, por conseguinte, se dependerdes, para o descobrimento de vós mesmos, daquilo que se encontra nos livros, ficareis, simplesmente, na dependência de uma opinião. Não é uma questão de conhecimento, de saber. (...)" 

(Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade - Ed. Cultrix, São Paulo - p. 31/32)

sábado, 1 de outubro de 2016

CIÚME

"Outra doença terrível, destruidora e trágica é o ciúme.

Há quem confunda ciúme com amor.

Mas não é MESMO!

Ciúme é outro sintoma do ego.

O ciumento é um egoísta que está inclusive incapacitado para amar.

Ciúme é insegurança, incerteza, e mesmo ausência de amor.

Quem ama mesmo se dá todo, sem cobrar do outro; sem pretender tornar o outro uma coisa possuída.

O ciumento diz, dentro de si: 'Você é propriedade minha e não merece um pingo de minha confiança e respeito; você é uma coisa exclusivamente para meu uso.'

Ciúme - assassino do amor.
Ciúme - criação do eu."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 149)