OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 20 de novembro de 2017

FRATERNIDADE (PARTE FINAL)

"(...) As explanações dadas aqui a respeito do que deve ser o discípulo, significam que ele deve ser como uma estrela que dá luz a todos sem tirá-la de ninguém; como a neve que recebe a geada e os ventos cortantes para proteger do frio as sementes que dormem na terra e permitir sua germinação quando chegar a estação do crescimento. Eis a instrução à qual os Mestres Divinos exigem obediência; eis o que eles pretendem dos homens que desejam tornar-se discípulos. Não a realização imediata, mas sim o empenho; não a perfeição imediata, mas sim o esforço; tampouco é exigida, certamente, a revelação do ideal, mas sim a luta por alcançá-lo superando fracassos e desacertos. E agora eu lhes pergunto: Acreditam que aqueles entre nós, que acatamos isto como um ideal e que reconhecemos ser uma exigência que nos é imposta por nossos Mestres, possamos prejudicar a sociedade ou que sejamos apenas os serventes da humanidade obedecendo àqueles cuja lei nos esforçamos em acatar?

Além disso, como já mencionei, vida após vida estas qualidades se desenvolvem, até chegar finalmente o momento em que as debilidades do homem tenham diminuído e as fraquezas da natureza humana tenham sido gradualmente superadas, quando haverá uma compaixão inabalável, uma pureza incorruptível, um imenso conhecimento e uma sensação de despertar espiritual; estas qualidades caracterizarão o discípulo que está se aproximando do limiar da libertação; despontará então o dia em que tiver chegado ao final do Caminho, quando o percurso estará terminado e a última possibilidade de transformar-se no Homem Perfeito surgirá diante de seus olhos. Nesse momento, a terra, tal como era concebida, passa a um segundo plano; mas ele – a Alma liberta (como é chamado), a Alma que conquistou sua liberdade, a Alma que conseguiu superar as limitações humanas – ele permanece no limiar do Nirvana, daquela consciência e bem-aventurança perfeitas que se encontram além dos horizontes do pensamento humano é das possibilidades de nossa consciência limitada. Foi dito que, enquanto ele permanece lá, há silêncio; silêncio na Natureza, pois um de seus filhos está transcendendo-a, silêncio que, por algum tempo, nada poderá perturbar, a Alma liberta conquistou sua liberdade. Finalmente, esse silêncio é quebrado por uma voz; uma voz que em uníssono representa o grito de angústia do mundo que foi deixado para trás. A súplica do mundo em sua escuridão, angústia, fome espiritual e degradação moral. Esse grito, que corta o silêncio que cercava a Alma liberta, é a súplica da raça humana à Alma que se ergueu para além de seus irmãos e encontrou a liberdade, enquanto eles permanecem acorrentados."

(Annie Besant - Os Mestres - p. 27/28)

domingo, 19 de novembro de 2017

FRATERNIDADE (1ª PARTE)

"(...) vida após vida, você deve exercitar-se, identificando-se cada vez mais com tudo, derrubando tudo aquilo que separa o homem do homem. Por esse motivo a fraternidade constitui nossa única condição, pois o seu reconhecimento é o primeiro passo para a concretização da inseparabilidade, necessária ao progresso do discípulo. E o treinamento preciso para o discípulo é aquele que o torna sensível às tristezas dos outros preparando-o, deste modo, a ajudar, e aquele que exercita sua autoidentificação com o todo de maneira que, finalmente, ele possa transformar-se num dos Salvadores do mundo. Pois, enquanto este treinamento prossegue vida após vida, desenvolve-se gradualmente neste ser humano uma simpatia em constante crescimento, uma compaixão cada vez mais profunda, uma benevolência que não pode ser perturbada e uma tolerância jamais abalada. Nenhuma injúria pode ofender, pois a dor é do seu autor e não daquele a quem se destinava. Nenhum erro pode provocar ira, pois você compreende porque o erro foi cometido e sente pena do autor, não podendo desperdiçar tempo encolerizando-se. Você não perdoará o erro, nem dirá que é justo, não simulará que o bem é o mal, pois essa seria a maior das crueldades e impediria o progresso da raça humana. Porém, mesmo reconhecendo o mal não haverá ira contra o malfeitor, por ser ele uno com sua própria Alma e por não admitir separação entre você mesmo e ele.

Por que tudo isso? Porque, enquanto esse crescimento se processa, as recordações e o conhecimento aumentarão; enquanto esse crescimento prossegue, a existência evoluída do Espírito no interior do discípulo se revelará cada vez mais na conduta do homem e, gradualmente, ele se sobressairá tornando-se um obreiro, um auxiliar e um labutador a serviço da humanidade, trabalhando para ela a fim de torná-la esclarecida, fornecer-lhe conhecimento e revelar-lhe a realidade que subjaz a todas as ilusões do mundo. Além disso, deve ser duro consigo mesmo, pois permanecerá entre o homem e o mal, entre seus irmãos mais fracos e as forças do mal que, do contrário, poderiam esmagá-los. (...)"

(Annie Besant - Os Mestres - p. 26/27)
Fonte: http://universalismoesoterico.blogspot.com.br/


sábado, 18 de novembro de 2017

O SENTIDO DA VIDA, SEGUNDO MOISÉS, BUDA, CRISTO (PARTE FINAL)

"(...) O homem que apenas desenvolve o seu ego mental, e não o seu Eu racional (espiritual), vive numa frustração existencial, e não pode deixar de ser sofredor, por ser devedor e culpado da sua não realização existencial.

Nos últimos tempos, a medicina conseguiu aumentar a longevidade da vida humana, por meio de medicamentos – mas não diminuiu os sofrimentos humanos porque essa longevidade artificial é um prolongamento da agonia do homem, que continua a ser culpado.

Enquanto o homem não se realizar, de acordo com as imutáveis leis cósmicas, não deixará ele de ser um sofredor, a despeito de todos os paliativos e camuflagens da medicina. Somente a realização existencial pode pôr termo ao sofrimento compulsório do homem.

Depois de deixar de ser devedor culpado perante as leis cósmicas, pode o homem continuar a sofrer algum tempo por seus débitos passados (karma), ou mesmo por culpa de seus companheiros ainda devedores. Só quando toda a humanidade estiver sem culpa, deixará o homem de ser um sofredor compulsório.

O sofrimento por débitos próprios é vergonhoso – mas o sofrimento por débitos alheios é glorioso.

Somente os grandes avatares da humanidade, isentos de sofrimentos compulsórios, podem, querer sofrer voluntariamente, porque sabem que sem resistência não há evolução – e eles são desejosos de evolução ulterior e autorrealização cada vez maior.

Nesse caso estava Jesus, que não sofreu por débito próprio, nem alheio, como ele mesmo diz, mas 'para entrar em sua glória'. O seu sofrimento voluntário foi um sofrimento crédito, a serviço da sua evolução superior, e não um sofrimento débito.

O grosso da humanidade vive no sofrimento débito, que pode converter-se em sofrimento crédito.

Somente a nova humanidade, liberta de débitos, estará liberta de sofrimento débito, e pode iniciar a gloriosa humanidade dos avatares, de que o Cristo foi o precursor.

'Haverá um novo céu e uma nova terra, e o Reino de Deus será proclamado sobre a face da terra'."

(Huberto Rohdem - O Homem, sua Natureza, sua Origem e sua Evolução - p. 39/40)

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

O SENTIDO DA VIDA, SEGUNDO MOISÉS, BUDA, CRISTO (2ª PARTE)

"(...) Cerca de mil e quinhentos anos depois de Moisés e seiscentos anos depois de Buda apareceu o maior gênio humano sobre a face da Terra, Jesus de Nazaré, que cristalizou numa parábola esta mesma verdade: que o homem que vive e age na ilusão sobre si mesmo é um 'servo mau e preguiçoso' e perde até a sua natureza humana, ao passo que o homem que conhece e vive a verdade sobre si Mesmo é um 'servo bom e fiel', que entra no gozo da verdade Libertadora.

Esta verdade cósmica, reduzida a termos modernos, resulta nas palavras seguintes: quem pode, deve; e quem pode e deve, e não faz, cria débito – e todo o débito gera sofrimento.

Quando as eternas leis cósmicas dão a uma creatura uma potencialidade, esperam delas a atualização dessa potencialidade. Se o homem faz o que pode e deve, ele se realiza, faz a sua realização existencial; mas, quando o homem não faz o que pode e deve, sucumbe ele à sua frustração existencial.

Sendo o homem essencialmente o seu Eu racional (espiritual), ele pode e deve realizar esse Eu divino, esse seu Logos; é esta a sua realização existencial, que as leis cósmicas esperam dele. O homem é, potencialmente, o 'sopro de Deus', diz o Gênesis, que pode e deve atualizar-se na 'imagem e semelhança de Deus'; esta realização é a razão de ser da sua existência. O homem é dotado do poder do livre-arbítrio, e não há evolução sem resistência; por isto crearam as leis cósmicas no homem o ego mental, que o Gênesis chama a serpente, que deve manifestar-se e ser superado para que o homem se realize plenamente pelo poder do seu livre-arbítrio. Deus creou o homem o menos possível (sopro divino), creou o homem perfectível, para que o homem se possa crear o mais possível (imagem e semelhança de Deus) no estado do homem perfeito.

Enquanto o homem não atualizar a sua potencialidade, está ele sujeito ao sofrimento, porque não faz o que pode e deve; torna-se devedor e culpado em face das leis cósmicas. E a reação dessas leis contra o culpado é o sofrimento. 

Até hoje, quase toda a humanidade é culpada perante as leis cósmicas, porque todos os homens são realizáveis, e poucos são realizados. A humanidade sofre porque é culpada e devedora em face das eternas leis do Universo, e sofrerá sempre, enquanto não estiver quite com as leis da justiça cósmica.

Enquanto o servo não duplicar os talentos recebidos, as potencialidades que de Deus recebeu, continua ele devedor e sofredor, porque as leis cósmicas não distribuem potencialidade a esmo, mas exigem que o homem duplique por esforço próprio o que recebeu; quem apenas devolve o que recebeu é um servo mau e preguiçoso. (...)"

(Huberto Rohdem - O Homem, sua Natureza, sua Origem e sua Evolução - p. 38/39)

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

O SENTIDO DA VIDA, SEGUNDO MOISÉS, BUDA, CRISTO (1ª PARTE)

"Qual o sentido da vida humana, a razão de ser da sua existência?

Todos os gênios da humanidade respondem o mesmo: o sentido da vida do homem é a sua autorrealização. E essa realização supõe, acima de tudo, o conhecimento da verdadeira natureza do homem.

Cerca de seis séculos antes da Era Cristã, vivia na Índia um príncipe real chamado Gautama Siddhartha. Pouco depois do seu casamento abandonou ele, clandestinamente, o Palácio Real e foi peregrinar pelas florestas da Índia, durante 16 anos, meditando, meditando e jejuando. Queria descobrir uma resposta definitiva ao tenebroso mistério do sofrimento universal da humanidade. Os animais selvagens não sofriam, e por que devia o homem, coroa da creação, viver em sofrimento permanente? Certo dia, estava o príncipe sentado à sombra de uma árvore, mergulhado em profunda meditação. Quando despertou do seu prolongado samadhi, proferiu quatro palavras – e os discípulos dele, sentados em derredor, exclamaram: Buda! Buda! isto é: acordou, acordou.

O peregrino real dormira toda a vida o sono da ilusão sobre si mesmo, identificando-se com o seu ego mental; de repente, despertou para a vigília da verdade – da verdade libertadora sobre si mesmo. Os discípulos dele resumiram a sabedoria do Mestre nas chamadas 'quatro verdades nobres de Buda'. O que Buda disse, depois de despertar para a luz da verdade, foram as palavras seguintes:

1) a vida humana é essencialmente sofrimento,
2) a causa deste sofrimento universal é a ilusão em que o homem vive sobre si mesmo,
3) com a transformação da ilusão em verdade sobre si mesmo, termina a culpa do sofrimento,
4) o meio para o conhecimento da verdade é a profunda meditação sobre si mesmo.

Cerca de mil anos antes de Buda dissera Moisés, com outras palavras, estas mesmas verdades: 'Maldita seja a terra por tua causa', disseram os Elohim ao primeiro homem, porque este se identificava com o seu ego ilusório, aberrando da verdade libertadora sobre a sua verdadeira natureza. E esta ilusão funesta provocou sua autoexpulsão do paraíso e o início do sofrimento Universal. (...)"

(Huberto Rohdem - O Homem, sua Natureza, sua Origem e sua Evolução -  p. 37/38)